3. Era uma vez... uma despedida

cuidado capítulos com prováveis erros por culpa do corretor da autora

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Jeon Jungkook andava rapidamente até a sala de reuniões do reino, enquanto arrumava seu informe de forma desengonçada.

Seus pais haviam solicitado sua presença imediatamente por algum motivo desconhecido, fazendo o príncipe temer o assunto da conversa. Mesmo não tendo total presença nos assuntos que se dizem do reino, Jungkook se mantinha constantemente informado e ciente de tudo, afinal, aquele reino seria sua responsabilidade algum dia e nada melhor que ele se acostumasse logo com certas coisas.

Por consequência disso, estava ciente das desavenças que estava ocorrendo entre os ducados. Seu primo Min Yoongi recentemente completou a maior idade, assim recebeu de volta o título de duque de Daegu, que antes pertencia a seus pais; o problema era que alguns duques haviam simpatizado com seu substituto, JaeBum, este que havia tomado de conta do ducado de Daegu até o herdeiro Min amadurecer. Depois disso, nenhuma reunião do concelho real tinha terminado de um jeito amigável, alguns duques tendiam a provocar Yoongi, que revidava sem papas na língua.

Então, certamente seus pais lhe chamaram para acalmar o primo, novamente. Não era?

Era isto que Jungkook pensava, até antes de abrir a porta da extensa sala e ver somente seus pais e o concelheiro real. O garoto naquele momento não conseguiria ao menos escrever um poema legível de tanto que suas mãos tremiam. Aquilo não era, digamos que "normal"; dava-se para notar pela carranca do conselheiro Kim, pela angústia de sua mãe e pela felicidade mesclada com raiva de seu pai.

Algo de errado não está certo, pensou o príncipe.

— Vossa alteza! —O conselheiro se aproximou às pressas de Jungkook, e o puxou para que se sentasse ao lado de dos Reis. — Que bom que chegou, assim impedirá essa loucura!

— Loucura? Do que está falando, Dominic? —O príncipe franziu o cenho para a cena dramática do beta e direcionou seu olhar de questionamento para seus pais.

— Jun, querido... —A rainha levantou-se para se aproximar da cadeira do filho. Enquanto afagava os ombros de Jungkook trocou um olhar cúmplice com o marido. — Lembra-se dos agentes que mandamos a procura de uma ajuda para ti?

Logo a mente do garoto se clareou com as palavras da Alfa, e sabia que a notícia era boa pelo olhar esperançoso que seu pai direcionava a si, mas algo impedia o lúpus de também ficar feliz com o que estava por vir: a hesitação para lhe contarem o que descobriram e a desespero do alfa Dominic.

Certo que o conselheiro real sempre foi dramático, mas hoje Jungkook via verdade no alvoroço do outro.

— Me recordo perfeitamente, mãe... —Falou o lúpus, meio hesitante. — creio que seria difícil para mim esquecer.

— Pois então, meu querido filho! — o rei levantou-se para se juntar a esposa e ao filho. Chung-hee se mostrava muito animado com a descoberta dos agentes. — Finalmente encontramos a sua cura!

— Suposta! —Ralhou Dominic com tremor na voz. — Suposta cura, vossa alteza!

O rei se irritou e acabou dando um peteleco não cabeça do conselheiro que olhou para majestade incrédulo. Jungkook acabou rindo dos dois, achava a amizade de Chung-hee e Dominic muito verdadeira e fiel já que os dois são amigos desde filhotes e nunca se separação mesmo com tantas desavenças.

O lúpus esperava ter uma amizade forte assim, e enfim encontrar seu melhor amigo e fiel conselheiro como seu pai encontrou Dominic.

— Qual é o problema?

— Perdão, querido? —Sandara olhou confusa para o filho mesmo sabendo que Jungkook desconfiava que tinha algo escondido por trás de tudo.

— Vocês estão enrolando e Dominic não para quieto. Tem algo de errado e vocês estão apreensivos com isso.

Os três lupinos mais velhos presentes na sala olharam para o garoto com supresa e orgulho, cada vez mais Jungkook se mostrava um verdadeiro rei. Objetivo e observador.

O rei Chung-hee voltou a sentar-se em seu trono, agora com seriedade por causa da conversa que teria com seu filho.

— Bom, já dissemos a você: a sua cura foi encontrada, e pelo nosso agente que foi enviado para Índia. — Mesmo com a face séria que o lúpus mostrava, Sandara podia ver os olhinhos negros do filho brilhar com a notícia que recebia. — é uma flor, extremamente rara; o monge guardião dela disse que essa espécie de planta já foi usada por muitos lupinos com doenças raras e até agora todos foram curados. Enviamos uma carta ao monge e ele está disposto a nos entregar um exemplar dela pra o seu tratamento, meu filho.

— Mas...?

— Mas ele só entregará nas nossas mãos. —Sandara continuou.— em sua carta de resposta ele disse que se quisermos ser abençoados com a planta, deveremos buscá-la nós mesmos pois entregar a flor a um simples cavaleiro era uma ofensa aos deuses.

— Vocês vão deixar o reino? —Jungkook olhou surpreso para seus pais.

Chung-hee e Sandara nunca haviam se distanciado do reino desde que tiveram seu filhote, achavam que ele os ter sempre por perto evitariam que algo acontecesse ao príncipe. Algo este que seria outra crise da alergia misteriosa de Jungkook.

E eles estavam realmente certos.

Ao decorrer da vida Jungkook só teve dois ataques alérgicos graves: um ao nascer e outro quando Jaehwa entrou no seu primeiro cio em um cômodo fechado com o príncipe. Este último acontecimento deixou o povo de WallWolves em grande pânico e seus reis desesperados; o pobre garoto ficou entre a vida e a morte mas por um milagre divino ao decorrer dos dias foi melhorando.

Chegaram a pensar que finalmente o príncipe estava curado, mas tal suspeita foi descartada poucas semanas depois, quando um empregado ômega entrou nos aposentos de Jungkook afim de limpar o local; o resultado foi uma tosse compulsória que acabou até ferindo a garganta do herdeiro Jeon.

Mas agora os reis achavam que seu filho tinha maturidade o suficiente para s emantar seguro sem eles por perto, e se algo acabasse acontecendo... bom, eles já estariam com a planta.

— Os impeça, príncipe Jungkook! —Implorava Dominic.

— creio que você conseguirá viver algumas semanas sem mim, caro amigo. —Brincou o rei alfa fazendo seu conselheiro revirar os olhos. — E também creio que meu filho está pronto para um teste real, é que maneira melhor de testá-lo do que deixar o reino em suas mãos?

O queixo do príncipe foi ao chão com a frase dita por seu pai. Saber que Chung-hee confiava em si tanto, para deixar o reino em suas mãos em uma temporada o enchia de satisfação, mas ainda não gostava nem um pouco de saber que seus pais deixariam o reino sem uma data certa para a volta.

—Mae, pai... — Jungkook os chamou hesitante e em sussurro.— sei que é normal os pais fazerem sacrifícios por amor aos filhos, e que vocês vêm fazendo isso a vida toda por mim... mas não estou confortável com essa viajem tão repentina.

— Jungkook, meu filho... —Sandara segurou o rosto do lúpus com carinho o fazendo encara-la.— daqui a algum tempo você terá que que assumir o trono e se casar, por isso-

— Eu posso me casar com um alfa!

Os reis o olharam esquisito, sabiam o fascínio que o filho tinha pela classe ômega mas não iriam questiona-lo pois sua sexualidade é um assunto apenas dele. E no futuro apoiariam seu casamento com quem quer que fosse, apenas procurariam saber se a pessoa realmente o fará feliz.

— Okay, se isso for de sua vontade. —Sorriu a rainha enquanto afagava os cabelos negros do filho. — mas e seus súditos ômegas? Irá excluí-los de tudo por não poder ficar perto deles? Creio que isso não é de seu  feitio, jun.

— Não, não é. —Falou cabisbaixo.

— Não pense nessa viajem como um favor a você, Filhote, pense como um sacrifico pelo povo e por nossa próxima geração! —Chung-hee falou alto e animado abraçando seu filho de lado e beijando a esposa. — Nós sairemos assim que possível, Dominic, mas só se Jungkook concordar. Então filho?

O lúpus respirou fundo e olhou firme para seu pai.

— Prometo que cuidarei do reino em sua ausência, querido pai.

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Jungkook?

Namjoon viu o olhar reprovador que seu pai e Dominic o direcionavam por usar de tamanha intimidade com o príncipe em público, logo concertou sua ousadia.

— Sua alteza...? — O príncipe apenas ouvia calado chamados do amigo, mas o Kim sabia que o amigo estava o ouvindo.

A frente de Jungkook haviam duas lápides: Jeon Chung-hee II, O rei bondoso. Jeon Sandara, A sábia rainha.

Por insistência dos duques, clamor dos súditos e exigência dos reinos aliados; Jungkook subiria ao trono na próxima lua cheia e para que pudesse receber a coroa de seu pai, o clérigo declarou os reis alfas como mortos. E isso acabou com o lúpus por dentro; saber que nem os corpos de seus pais ele tinha para vela-los com honra.

Por toda a missa que os duquesa organizaram em homenagem a Chung-hee e Sandara, o príncipe se manteve em silêncio. Namjoon afastava qualquer um que ousasse se aproximar, e pela segurar dos outros, pois Jungkook estava com seu lobo a flor da pele de tanta raiva que sentia.

— Nem o corpo dos meus pais eles se deram ao trabalho de achar, Hyung. —Jungkook ralhou entre dentes.

Agora, no cemitério real, só haviam os dois amigos ali. Os duques haviam voltado para seus ducados e o povo só iriam ser autorizados de a visitar o túmulo e seus reis após a partida do príncipe.

— Vamos, Jun. —Namjoon puxou o lúpus pelo braço para fora do cemitério.

O caminho de volta para o castelo foi assim como a ida ao cemitério, em completo silêncio.

A raiva de Jungkook havia se evaporado e agora somente restava a tristeza profunda; Namjoon pode ver algumas lágrimas saírem dos olhos do príncipe, sabia o que se passava pela cabeça dele. O lúpus se via no dilema entre manter as esperanças que um dia seus pais voltariam sãs e salvos ou acreditar que eles realmente estão mortos, o que o machucava ainda mais.

Ao chegar no castelo os dois subiram diretamente ao quarto do príncipe, seria melhor evitar a presença de mais pessoas.

Jungkook jogou a coroa em cima da cama e a observou por alguns instantes, fazendo Namjoon o questionar sobre aquela ação.

—Sempre pensei que... meu pai me entregaria sua coroa em minha coroação.

O aprendiz de cavaleiro suspirou entristecido, não sabia o que fazer e se tinha alguma forma de alegrar seu amigo. Então achou pela o deixar sozinho por alguns instantes.

—Pedirei que tragam algo para você comer.

— Obrigado, hyung.

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Ao sair do banho, Jungkook notou uma bandeja de comida sobre sua mesa e alguém de costas para si mexendo em sua caixa de músicas.

Que atrevido! Riu com o pensamento sobre a pessoa que ao menos havia notado sua presença. O lúpus esperou alguns minutos, para ver em que momento aquela pessoa o notaria ali e depois de algum tempo parado a pessoa em fim lhe notou acabando por se assustar consigo.

Posso ajudá-lo? — Jungkook falou risonho pela cara de escondo que o pequeno garoto tentava esconder.

Depende, —O garoto falou firme após se recuperar do susto que o alfa havia lhe dado.— o senhor é o príncipe Jeon Jungkook?

— Sim, sou eu. —O lúpus continuava risonho, aquela pessoa lhe trazia uma energia boa. Sem explicação alguma. — Há algo que eu possa fazer por você?

O garoto respirou fundo por algum tempo, parecia que estava tomando coragem pra algo. E logo em seguida o sorriso estampado no rosto de Jungkook sumiu.

— Sou Park Jimin, um ômega, e tenho bastante coisa para conversar com o senhor.







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Pra quem não entendeu a primeira parte é um flashback

eu sumo do nada e volto do nada tbm haha
a única coisa pra tranquilizar vcs é que essa fic é meu xodó ent se demorar não é pq eu desisti dela tá?

até, filhotes!

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