Chapter Twenty-two
Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!
— Mãe, eu já falei, você está exagerando! — digo, ainda incrédula com tudo o que eu estou ouvindo.
— Casey, eu já te disse, nada é exagero quando estamos falando de meu neto!
— Mãe, um chá de bebê é tão nada a ver — digo.
— Nada a ver? — ela repete. — Me diz o que você já tem em casa?
— Um berço...
— O que mais?
— Algumas roupas que eu e o Noah compramos há uns três meses — digo, mas dá para contar no dedo a quantidade de peças de roupa que esse bebê tem.
— Casey, senta aqui — a minha mãe pede, me sento na cama ao lado dela. — Um bebê exige responsabilidade, atenção e muito cuidado. Três peças de roupas e um berço não suprem essa necessidade, você entende?
— Eu sei, mas...
— Mas você é orgulhosa demais para aceitar isso tudo. Eu te conheço, você puxou isso do seu pai — ela explica. — Casey, um bebê recém-nascido usa cerca de oito fraldas por dia, você não tem nenhuma e o seu bebê nasce em menos de seis semanas. Eu estou fazendo isso porque eu te amo e sei que você precisa, eu me importo com vocês dois — ela explica o seu ponto de vista.
— Obrigada, mãe — digo, deitando a cabeça no ombro dela. — O papai vem?
— Sim, ele vai trazer a namorada nova dele — ela diz, com um certo tom de deboche. — Ótima ocasião para ele apresentar a namorada nova... — A minha mãe sempre teve o poder de ser extremamente sarcástica.
— Você contou para ele que está casada? Quer dizer, se você se casou, ele tem, no mínimo, o direito de namorar outra pessoa... — provoco ela.
— Sim, ele sabe. Eu chamei ele para o casamento — ela revela, levanto a cabeça, estou espantada. — Mentira. Quer dizer... contei do casamento, mas não chamei ele. — Ela dá risada da minha cara de espanto.
— Às vezes não sei se você está brincando ou falando a verdade — confesso.
— Você sabe sim...
Ela finalmente se levanta da cama.
— Bom, o chá começa em duas horas, você precisa colocar uma roupa e exibir essa barriga incrível! — Ela sorri e passa a mão pela mesma.
Estou com o mesmo pijama desde a hora que eu acordei, ou seja, há sete horas.
— Não sei o que vestir — digo.
— Eu tenho um vestido que vai ficar divino em você — ela diz, andando em direção ao seu enorme closet.
— Definitivamente não — digo. — A minha cintura está dez vezes maior do que a sua.
— Relaxa, é um vestido bem largo, você vai ver, ele fica perfeito no corpo.
Ela começa a passar os dedos por cima de todos os tecidos pendurados em araras pratas.
— Aqui! — ela diz, depois de achar o tal vestido perfeito.
Ela tira da arara um vestido com alças todo em tom de amarelo queimado, ele é midi e parece realmente divino.
— Mãe!
— Experimenta — ela pede.
Tiro o meu pijama e coloco o vestido. Os meus peitos estão tão grandes que eu nem preciso mais de sutiã. Vou sentir tanta falta disso depois, já que os meus peitos antes não eram quase nada, mal apareciam nas roupas.
Obrigada por esse momento de felicidade, bebê, eu nunca vou esquecer — digo para eu mesma.
— Uau! — a minha mãe diz, dando dois passos para trás.
— O que achou? — indago, mesmo já tento notado pela reação dela.
— Se olha ali. — Ela aponta para o espelho ao meu lado.
Me olho de corpo inteiro e eu realmente pareço uma deusa. Esse é um dos poucos momentos durante essa gravidez que eu me sinto bonita de algum jeito. Normalmente eu estou inchada e com o rosto cheio de espinhas ou me achando mais gorda do que o normal.
Mas agora não. Agora eu estou me sentindo gostosa, talvez levemente sexy.
— Eu amei — digo, por fim.
— Eu te disse. Agora vai lá arrumar o cabelo e cobrir essas espinhas — ela brinca, depois que eu olho apavorada para o meu rosto.
Tenho apenas uma na ponta do queixo, nada que um creme e uma base não façam isso desaparecer por algumas horas.
Vou para o meu quarto aqui na casa da minha mãe. A Jadie foi viajar com os pais dela para o México, então como o Noah está em Nova Iorque de novo, a minha mãe me ofereceu um quarto aqui enquanto o Noah ou a Jadie não chegam.
Tiro o vestido e vou tomar um banho decente. Tenho uma banheira por uns dias, então coloco uns sais de banho que dizem ser para grávidas. Fico imersa no banho por mais de quarenta minutos, apenas sentindo o cheiro de uma vela de Lavanda e ouvindo uma música que eu coloquei no celular.
Tomo banho de vez e sinto uma leve pontada nas costas, de acordo com a minha médica, são contrações de treinamento, já que daqui seis semanas eu vou dar à luz definitivamente, o meu corpo e o meu útero estão se preparando para isso.
Conforme o tempo vai passando o meu desespero vai aumentando. Eu e o Noah conversamos com a médica e fizemos todo o nosso plano de parto. A nossa primeira e única opção é o parto normal. Já que, de acordo com os exames meus e do bebê, nós dois estamos preparados para um parto normal. Eu optei por usar a peridural em último caso, fora isso, vou sentir cem por cento do processo.
Cada contração de treinamento que eu sinto me apavora, porque não é nem metade do que eu vou sentir no dia. Tenho medo de simplesmente não conseguir fazer isso, e não estou falando apenas do parto. Estou falando de criar uma criança.
Tento limpar a minha mente. Seco o cabelo e passo um corretivo para cobrir a parte vermelha das minhas bochechas e cubro a espinha enorme no queixo.
Coloco de novo o vestido amarelo queimado e calço uma sandália. Já que qualquer sapato fechado não entra no meu pé. Mesmo eu tendo engordado muito pouco, inchei mais do que o normal.
Pego o meu celular e são duas e quarenta. Marcamos o chá para às três, mas talvez as pessoas demorem um pouco. Na verdade, não sei bem quem vem. A Margot, a Ella e a Gillian vêm porque elas já estão aqui para as festas de final de ano. Da família da minha mãe eu não sei exatamente quem vem.
Desço as escadas depois de responder algumas mensagens.
— Uau — digo, vendo a decoração.
Têm várias mesas com toalhas brancas e cadeiras em volta espalhadas pelo quintal dos fundos. A mesa principal é branca e dourada, já que não temos um gênero específico, mesmo não fazendo diferença. Eu sempre digo isso, o sexo do bebê não influencia na quantidade de amor que ele vai receber. Tem um pequeno bolo e doces bem bonitinhos organizados em volta. Tem alguns vasos com plantas verdes em volta das mesas também. Tem quatro balões de gás hélio formando a palavra baby na parede atrás da mesa.
— Gostou, meu amor? — a minha mãe pergunta, vindo na minha direção.
— Ficou incrível — digo, já sentindo uma lágrima no canto do olho, limpo antes que ela escorra.
Ficamos uns vinte minutos sozinhas até a campainha tocar.
As primeiras pessoas a chegar são a Margot, a Ella e a Gillian.
— Oi, Casey! — Margot diz, sorrindo para mim. Abraço ela de volta.
Todas se cumprimentam entre si.
— Podem deixar os presentes aqui — a minha mãe diz, apontando para a mesa com uma toalha branca com bordados dourados perto da porta.
— Tudo está lindo — Gillian diz.
— Verdade, está um amor — Ella concorda.
— Obrigada — agradeço. — Mas a minha mãe foi responsável por tudo isso, eu sou péssima com essas coisas — admito.
— Entendo bem como é — Gillian diz, rindo.
— Vamos lá fora — chamo.
Vamos todas para perto das mesas brancas.
A minha mãe e a Margot já estão conversando como se fossem amigas há anos. Isso é bom, eu acho.
— Casey, o seu pai chegou, vai receber ele — a minha mãe me avisa, perto da mesa aonde estamos.
Levanto-me e vou até a porta. Olho através do olho mágico e vejo o reflexo de uma mulher alta e morena. Respiro fundo e abro a porta.
— Papai! — digo, abraçando ele o mais rápido possível.
— Oi, pequena — ele diz, retribuindo o abraço, me fazendo rir. — Casey, essa é a minha namorada, Allie. Allie, essa é a minha filha, Casey — ele nos apresenta.
— É um prazer conhecer você, Casey. Parabéns pelo bebê — ela diz. A voz dela é macia e ela parece um anjo de tão linda, o meu pai teve sorte.
— Obrigada. Entrem! — convido.
Ela me entrega dois presentes e eu os coloco em cima da mesinha.
— Eu comprei uma outra coisa para vocês, mas ainda não chegou — o meu pai explica, segurando a minha mão.
— Tudo bem, não se preocupe — peço.
Chegamos nos fundos da casa de novo. A minha mãe e a Margot nos olham.
— Jacob? — Margot indaga, vindo na nossa direção.
— Oi, Margot. Quanto tempo... — Eles se cumprimentam com um abraço.
— Só nos vimos no enterro da Jenna, eu não sabíamos que éramos tão próximos assim — Margot confessa.
— Pois é, seu filho foi meu genro por um tempo e eu nem sabia disso — ele brinca.
— Vocês se conhecem? — me intrometo.
— Há mais tempo do que você imagina — Margot explica. — O Jacob namorou uma amiga minha há uns bons anos, mas perdemos contado depois do término deles — ela resume.
Me pergunto se foi a minha mãe que causou o término deles, mas eu acho que não, a minha mãe diz que eles se conheceram quando ele estava solteiro.
— Que legal — digo.
— Muito — a minha mãe finalmente entra na conversa. — Eu sou a Genevieve, você deve ser a... — ela chama a atenção da namorado do meu pai.
— Allie — a mesma diz.
— Muito prazer, Allie — a minha mãe cumprimenta ela, dando um abraço rápido nela.
Depois de quarenta minutos a casa está cheia de pessoas. Muitas eu mal conheço, vi poucas vezes na minha vida. Fico mais com a Gillian e com a Ella. Até que é a hora fatídica em que eu tenho que acertar os presentes ou receber uma pintura com batom vinte e quatro horas em qualquer parte do corpo.
Perto das oito horas da noite eu estou toda pintada de vermelho, tendo acertado apenas dois presentes.
Nos despedimos de todos e ficamos apenas eu e meu pai no quintal, a namorada dele teve que sair no meio da festa para atender uma cliente, ela é estilista particular de umas modelos aqui na região e atende algumas fora de horário. A minha mãe está na cozinha.
— E aí, gostou? — o meu pai pergunta.
— Claro, foi bem legal. — Aponto para a grande bola vermelha na ponta do meu nariz, dessa vez não é uma espinha. — Agora o meu bebê tem roupas e outras coisas.
— A sua mãe me contou que você estava relutante — ele diz, empilhando algumas cadeiras e mesas enquanto eu guardo os doces em uma bandeja.
— Você sabe, eu não quero que façam tudo por mim, quer dizer... sempre — desabafo.
— Eu sei, mas têm algumas situações em específico que toda ajuda é bem-vinda. Você sabe disso, não sabe? — Ele para de empilhar as cadeiras e me olha.
— Eu entendo agora — admito. — Obrigada por se preocupar comigo.
— Eu te amo, pequena. — Ele me abraça.
— Eu também te amo, mas, por favor, para de me chamar assim — peço, olhando para ele e passando o dedo indicador na bochecha dele, que agora tem um pouco de batom. Não quero que a Allie pense que ele beijou outras mulheres. — Eu realmente quero que seja menina, para você parar de me chamar assim e achar outra pessoa para gostar desse apelido — digo, por fim.
— Eu nunca vou parar — ele diz, sarcástico.
Terminamos de arrumar tudo e já são onze horas da noite. O Christopher ainda não chegou porque ele está em uma reunião em Chicago.
O meu pai vai embora logo depois.
— Foi um dia divertido, obrigada — digo para a minha mãe. — Mas agora eu realmente preciso descansar antes que eu não sinta mais os meus pés — digo.
— Tudo bem, meu amor. Boa noite! — Ela me dá um beijo na testa, dou um abraço nela e vou para o meu quarto. Todos os presentes estão em cima da mesa, alguém os trouxe para cá.
Fico observando as pequenas peças e as milhares fraldas espalhadas pelo chão do quarto. Logo isso não vai estar mais aqui e eu espero que essas seis semanas passem em slow motion.
Tento ligar para o Noah antes de dormir, mas ele não me atende. Mando algumas fotos que foram tiradas do meu celular para ele, mas as fotos nem chegam. Tento me acalmar e não pensar em nada de ruim. As minhas noites de sono estão ficando cada vez mais piores e difíceis. Então coloco qualquer playlist calma no YouTube e tento, pelo menos, fechar os olhos.
Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes
O capítulo de hoje foi escrito por mim, espero que tenham gostado.
Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.
Nos vemos no próximo capítulo.
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