Chapter Twenty (pt. two)
Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!
ACORDO COM uma dor horrível nas costas, eu dormi pouco e quase sentada. O Noah dormiu do meu lado porque o outro quarto nem exite mais de tanta coisa que tem lá dentro, mas quando eu me viro ele não está aqui.
Passo a minha mão pelo criado mudo e acho o meu celular. São dez horas da manhã, têm algumas mensagens da minha mãe sobre o almoço de hoje, até que o meu celular começa a vibrar e é ela.
— Bom dia, meu amor. Eu acordei você? — ela pergunta.
— Bom dia, mãe. Não, eu já estava acordada.
— Ótimo, vocês vêm?
— Sim, mãe. Eu já te respondi isso por mensagem.
— Desculpa, mas eu quero ouvir a voz da minha filha, mas tá bom então, te espero aqui em meia hora.
— Claro, mãe.
— Beijos, meu amorzinho. Eu te amo!
— Eu também te amo.
Ela desliga e eu coloco o celular em cima do criado mudo de novo e saio da cama.
Depois de tomar banho e trocar de roupa vou para a cozinha. O Noah está mexendo no notebook em cima da mesa, tomando uma xícara de café.
— Bom dia — digo, ele me olha e sorri.
— Dormiu bem? — ele pergunta, quando eu me sento à frente dele.
— Mais ou menos, e você?
— Não dormi, aí peguei o notebook e comecei a escrever umas coisas — ele explica.
— Escreveu o quê?
— Nada demais — ele diz, dando de ombros. — Lembra daquela audição que eu fiz antes de ir embora? — pergunta.
— A que teve o curta cancelado?
— Exatamente.
— O que tem?
— Bom, um outro diretor resolveu assumir o cargo e ele vai transformar em um longa-metragem... — ele explica, claramente empolgado.
— E aí?
— Eu fiquei com o papel da minha audição — ele diz.
— Ah! Parabéns! — digo, empolgada, ele sorri. — E quando vocês vão começar a gravar?
— Eles querem começar em Janeiro — ele diz.
— Mas você vai voltar a morar aqui?
— Eu não sei ainda, o meu contrato com a gravadora é até Agosto, então talvez eu tenha que conciliar os dois e tentar gravar máximo que eu puder enquanto estiver por aqui — ele explica.
— Noah, isso é maravilhoso! — digo, saindo da minha cadeira e indo abraçar ele.
— Obrigado — ele diz, me abraçando de volta. — Já está pronta para a gente ir? — pede.
— Eu só vou trocar de sapato e a gente sai — digo, ele assente e guarda o notebook.
Vou para o quarto e decido trocar de roupa. O clima de hoje é consideravelmente frio, estamos perto do Inverno, deve estar uns dezesseis graus agora. Coloco uma calça que eu comprei há alguns meses e ela está sendo bem útil, porque a cintura é de moletom e estica junto. Coloco um moletom vermelho e calço uma sapatilha preta.
— Pronta? — Noah pergunta, assinto e nós saímos.
Como a minha mãe se mudou há pouco tempo e eu não sabia, ela me mandou o endereço e estamos procurando. Ela mora em Hidden Hills, um dos bairros com as casas mais caras de Los Angeles. Não imaginei que a minha mãe tivesse feito tanto dinheiro em Ohio, um estado tão diferente da Califórnia.
Paramos em frente à casa do endereço. É uma casa enorme, é tão grande que eu não sei medir. É uma casa sem muro, com um pedaço enorme de grama. As paredes são de um tijolo escuro mesclado com branco, as portas e portões são pretos e tem muitas luzes em volta da casa. Aparentemente tem dois ou três andares.
—Puta merda! — digo, assim que estacionamos o carro. — Acho que a minha mãe não dá apenas aulas de Yoga.
— Credo, Casey — Noah diz, mesmo tão incrédulo quanto eu.
— Eu só estou falando a verdade, essa casa custa, pelo menos, uns dois milhões de dólares — digo, sem acreditar nos números que eu falei.
— Para de pensar nisso — Noah diz, então nós finalmente saímos do carro.
Tocamos a campainha e logo a porta preta de uns três metros de altura se abre e a minha mãe aparece, radiante, com os cabelos longos cor de caramelo que brilham junto com os olhos e as pérolas e joias em volta dela. O vestido branco midi exibe o corpo perfeito que ela sempre teve.
— Olá, meus amores! — ela diz, dando um abraço em mim e no Noah.
— Oi, mãe — digo.
— Oi, senhora Allen — Noah diz.
— Gen — a minha mãe diz, ele apenas assente. — Entrem, o Christopher já está na sala nos esperando.
— Christopher? — murmuro e assim que andamos pelo corredor principal vejo vários quadros com fotos de casamento, mas não são fotos dela com o meu pai, são fotos dela com outro cara que eu nunca vi na vida.
Analiso a mão da minha mãe enquanto ela nos guia. Tem uma aliança enorme em seu dedo anelar direito. Agora faz sentido toda essa casa enorme e essa elegância.
— Casey e Noah, esse é o Christopher, meu marido — a minha mãe nos apresenta, quando chegamos perto de um homem que aparenta ter uns cinquenta anos, ele tem o cabelo e a barba grisalhos, ele é bem bonito, à altura da minha mãe, mas não deixo de sentir o meu estômago revirar.
A minha mãe é recém-casada, mora em uma mansão em Hidden Hills e está mais jovem do que nunca, exibindo luxo por onde passa. Essa definição não entra na minha cabeça.
— Bom dia — Christopher diz, apertando a mão de Noah e me cumprimentando com um beijo na bochecha, ele encara a minha barriga. — A Vie me contou que você está grávida, devem estar muito felizes — ele completa, sorrindo.
Ninguém chama a minha mãe de Vie a não ser o meu pai, ignoro essa parte da fala dele.
— Pois é... Estamos — Noah diz, já que ele não fala nada há um tempo.
— Bom, o almoço já está servido na sala de jantar, vamos para lá — a minha mãe diz, sorrindo para a gente.
Ela pega a mão de Christopher e nós seguimos eles até uma sala gigante com uma mesa enorme em toda decorada com pratos brilhando, parecem diamantes.
A casa fica maior a cada passo, parece que eu entrei na casa de alguma Kardashian.
— Quando vocês se casaram? — pergunto, sem me tocar do momento, as empregadas da casa estão servindo pratos de comida para a gente.
— Nos casamos dois meses antes de nos mudarmos para Los Angeles — a minha mãe conta, sorrindo. — O Chris estava a trabalho em Ohio, nos encontramos por causa de amigos em comuns e em pouco tempo nos apaixonamos, dois meses depois estávamos casados e fazendo todos os planos do mundo — ela completa, com um sorriso enorme no rosto.
— Foi amor à primeira vista — Christopher completa, olhando para a minha mãe.
Não acho que ele seja uma pessoa ruim, muito pelo contrário, mas acho que eles não combinam, esse casamento relâmpago pode fazer muito mal depois, mesmo eu não querendo ver a minha mãe devastada.
— Parabéns — Noah diz, depois de olhar a minha expressão.
— É... parabéns... — repito.
— Eu tenho uma proposta para vocês — a minha mãe diz, nos encarando. — Pelo que vocês me disseram, ainda não têm muitas coisas para o bebê. Eu conversei com o Chris e nós queremos fazer um chá de bebê! — ela diz, empolgada, como um sorriso branco enorme.
— Aqui? — pergunto.
— Aonde vocês quiserem. Podemos fazer um chá de bebê neutro antes do bebê nascer ou podemos fazer assim que nascer também... — ela narra as possibilidades.
— Vamos pensar no assunto — digo, ela sorri.
Os assuntos não fluem muito bem, até o Christopher comentar que ele é técnico do Los Angeles Lakers.
— Você é técnico do melhor time de Basquete do estado! — Noah indaga, ele realmente parece impressionado.
— Ele estava em Ohio para um recrutamento da faculdade aquele dia — a minha mãe explica.
— Eu tenho uma sala de artefatos da história do Basquete aqui em casa, se você quiser ver — Christopher propõe, Noah assente.
— Bom, vocês vão conversar sobre futebol ou sei lá o quê... Eu e a Casey temos que ter uma conversa à sós — a minha mãe diz, se levantando, sigo ela.
Christopher e Noah saem da sala também e as empregadas entram em ação.
— Aonde estamos indo? — pergunto, quando começamos a subir uma escadaria enorme.
Ela não diz nada, apenas me guia até um quarto enorme, empurra as portas altas de madeira e me guia até o que parece ser o closet dela.
— Senta aqui — ela pede, apontando para um puff perto de uma penteadeira cheia de maquiagens.
Me viro de frente para o espelho, ela pega uma escova e começa a passar pelos meus fios castanhos, quase vermelho escuro.
— Casey, meu amor, eu sinto muito — ela diz, ainda penteando os meus cabelos, olho ela pelo reflexo do espelho à minha frente.
— Está tudo bem, você seguiu a sua vida e está bem, o papai também e está tudo ótimo — digo, ela sorri.
Sinto ela segurar algumas mechas da lateral do meu cabelo.
— Lembra que eu arrumava o seu cabelo? — ela lembra, eu sorrio para ela.
A minha mãe ficou poucas vezes comigo, mas ela era sempre muito atenciosa e me tratava com uma princesa, de um jeito que eu nunca imaginei que fosse ser tratada, mesmo ela me vendo uma vez por mês só.
Ela pega uma fita colorida dentro de uma das gavetas e prende na trança lateral que ela fez no meu cabelo. Esse era o penteado que ela fazia em mim todas as vezes que a gente se via. Observo a fita, listrada de vermelho, azul e branco, é a mesma de dezoito anos atrás.
Sinto uma lágrima se formar no canto do meu olho, ela coloca todas as mechas do outro lado para trás, arrasta um outro puff para perto de mim e segura as minhas mãos.
— Por que você está chorando, meu amor? — ela pergunta, passando o polegar pela minha bochecha.
— Eu estou com medo, mãe... — digo, a minha vontade de chorar aumenta muito.
— É normal e vai acontecer por um tempo ainda. Eu já disse isso para o Noah, eu não sou ninguém para falar alguma coisa sobre isso, mas eu preciso que confie em mim, vai ficar tudo bem e tudo vai dar certo... Eu não sei quando ou como, mas vai. Você acredita em mim? — ela pergunta, ela tem lágrimas no canto dos olhos, mas ela limpa e sorri para mim.
— Eu acredito — digo, ela me abraça forte por alguns minutos. Longos minutos.
Sinto o meu peito relaxar e as lágrimas vão embora depois de um tempo.
— Vem, eu quero mostrar uma coisa que eu fiz aqui na casa — ela diz, empolgada, segurando a minha mão.
Andamos pelo enorme corredor do andar de cima. O Noah e o Christopher saem de um dos quartos, provavelmente o que ele iam ver.
— Noah, vem com a gente — a minha mãe pede.
— Eu preciso sair para resolver algumas coisas, divirtam-se — Christopher diz, se despedindo da gente.
— O que você quer nos mostrar? — pergunto, o Noah para do meu lado e a minha mãe nos encara, sorrindo.
— Vocês vão ver — ela diz, sorrindo.
Seguimos ela e paramos em frente à uma porta branca.
Ela abre a mesma e o meu coração dispara.
— Isso é um quarto de bebê? — indago, entrando no mesmo.
É um quarto todo branco, com um berço, alguns puffs, prateleiras e cômodas por todo o lado, com um tapete que cobre o chão todo. Tem até uma poltrona de amamentação.
— O que é isso? — indago, novamente.
— É um quarto para o meu neto — ela explica, empolgada.
— Mãe... isso é lindo, mas... — Olho para o Noah, ele tem a mesma reação que eu, como se tudo isso fosse demais.
— Na verdade, eu pensei que talvez vocês quisessem ficar um tempo aqui depois que o bebê nascer, tem um quarto para vocês ali naquela porta — ela completa, apontando para uma porta ao lado do berço.
— Mãe, isso é incrível, mas é demais, a gente não pode fazer isso. Quando o bebê nascer eu e o Noah queremos o ambiente mais tranquilo possível — tento explicar, mas ela parece não entender. — Mãe, essa é a sua vida, não a nossa. A gente não é assim, me desculpa — peço.
Ela não tira o sorriso do rosto, apenas diminui e assente.
— Tudo bem, eu sei. Eu me empolguei demais.
— Está tudo bem — Noah diz. — Não vamos morar aqui, mas não vamos deixar de te visitar, tenho certeza de que você vai gostar mesmo assim...
— Vocês têm razão — ela diz, sorrindo.
Ficamos mais algum tempo ali, mas já são quase duas horas da tarde, então decidimos ir embora.
— Desculpa pelo exagero dela — digo, quando chegamos no apartamento.
— Está tudo bem, acho que com a minha mãe não ia ser diferente — Noah diz, rindo. — Eu vou terminar de responder alguns e-mails, mas vou fazer isso lá na gravadora, à noite eu volto — completa, me dando um beijo na testa.
— Tchau — digo.
Ele sai e eu vou deitar, as minhas costas estão doendo e é provável que a Jadie chegue daqui a pouco para a gente fazer alguma coisa.
Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes
O capítulo de hoje foi escrito por mim, espero que tenham gostado.
Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.
Nos vemos no próximo capítulo.
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