Chapter Thirty-one

Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

— O que você está fazendo aqui? — pergunto, vendo o Marcus na porta da faculdade.

      Existe a chance dele estar esperando outra pessoa, mas é muito improvável eu passar despercebida.

      — Oi, eu queria falar com você, tentei te ligar, mas você não me respondia... — Ele tem um sorriso tímido no rosto.

      — Achei que você fosse entender e não vir até aqui.

      — Eu queria ver você de novo! — Ele se aproxima de mim e passa a mão no meu rosto.

      — Não vamos fazer isso, Marcus, eu estou ocupada e, sinceramente, voltei a ser a boa garota que eu era.

      — Tem certeza disso? — Ele se aproxima mais e tenta me beijar.

      Marcus é como um sonho fisicamente, mas eu e ele estamos em pontas diferentes na vida, não quero ser como ele e acho que também não quero estar com ele, ele é uma boa pessoa, mas não para mim.

      — Lara! Oi, tudo bem? — Olho para trás e a Kayla se aproxima.

      — Oi. — Olho para a ela e volto a olhar para o Marcus. — Por favor, vai embora...

      — Eu vou voltar, você não vai conseguir se livrar tão fácil assim de mim. — Ele pisca e passa reto por mim e depois para a Kayla que vem na minha direção.

      — Quem é esse pedaço de mal caminho? — ela pergunta, parecendo um tarada.

      — Se controla, menina. — Ela dá um risadinha e começa a se abanar como se estivesse com calor. — Ele é o meu traficante.

      Então ela para de se abanar e me olha apavorada, depois começa a rir, mas o olhar de pavor ainda está ali.

      — Eu estava brincando, bobinha! — digo e começo a andar para dentro da faculdade.

      — Eu te conheço, não duvido que seja verdade.

      As aula não voltaram ainda, mas temos que voltar a fazer residência no hospital, se não não vamos ter a quantidade de horas suficiente para a gente se formar.

      — Animada para terminar logo a faculdade? — Kayla pergunta.

      — São seis meses de aula ainda, me pergunta quando tivermos a um mês do fim.

      Precisamos ir na sala do coordenador, assinar uns papéis e pegar uns documentos para levar para o hospital. Depois disso podemos voltar a trabalhar sem problema.

      — Cadê o Sam? — pergunto, quando vejo que ele não está na secretaria também.

      — Ele deve vir amanhã, disse que não estava se sentindo bem hoje, mas amanhã ele estaria muito melhor... Vocês já fizeram as pazes?

      — Que eu me lembre sim, por quê? Ele te disse alguma coisa?

      — Muito pelo contrário, vocês não me falam nada sobre essa relação complicada de vocês! — ela bufa.

      — Relação complicada é a que eu tenho com o Noah!

      — O quê? Por quê? — Ela gruda em mim querendo saber das fofocas.

      — Ele me pediu em namoro...

      — Então vocês estão namorando? — Ela parece animada.

      — Eu não respondi, pedi um tempo para pensar.

      — Por quê? Pra quê? Achei que você ainda gostasse dele.

      — Eu sei, eu gosto, mas agora as coisas estão diferentes, ele tem uma filha e eu tenho o Arthur, tenho que terminar a faculdade, é tanta coisa...

      — Realmente, é muita coisa, mas tenho certeza que o Noah não vai te atrapalhar em nada disso, mas a decisão é sua, se vai ser uma chata e não deixar ele te amar de novo.

      — Obrigada por esse conselho com zero de ajuda — digo, sorrindo para ela.

      — O sexo entre vocês deve ser uma merda! — ela diz, de repente.

      — O que, Kayla, como assim?

      — É simples, porque se fosse bom você não estaria aqui pensando tanto!

      — Não, o sexo com o Noah é o melhor, ele é um dez definitivamente.

      — Então não sei porque você está deixando um dez passar.

      — Não estou deixando ele passar, só quero pensar mais.

      — Tudo bem, Lara, depois me avisa o que decidiu.

      A gente continua na fila até chegar a nossa vez, assinamos as fichas e pegamos o que precisamos.

      — Eu vou para casa, tenho que arrumar umas coisas — Kayla avisa.

      — Tudo bem, vou deixar esse papéis no hospital logo e daí vou para casa também.

      — Ah, depois me passa o contato do seu traficante, ele é um gato!

      — Pelo amor de Deus, menina! — digo, rindo, mas ela está séria nesse momento. — Eu te passo mais tarde.

     Ela vai para o lado oposto ao meu, no caminho para casa fico pensando em como as coisas estão indo. Sei lá, parece bom pensar em alguma coisa e pensar em como as coisas estão indo parece uma boa.

      Mas na minha pequena retrospectiva desde que a minha mãe morreu, sei lá, parece que nada está dando certo. Com certeza nada estava dando certo até eu conhecer o Arthur, mas mesmo ele trazendo a luz para a minha vida novamente, as coisas ainda não estão saindo como planejado.

      E agora o Noah, com certeza não tínhamos planejado isso, com certeza não tínhamos nem pensado nisso, mas quando eu precisei o Noah estava ali, ele me deu uma mão, e isso foi mais que o suficiente para que os meus sentimentos por ele se tornassem fogo novamente.

      Os meus sentimentos por ele não se apagaram, apenas estavam como brasa e uma coisinha fez o fogo acender novamente.

      — Oi, eu estava te procurando! — o meu pai está na frente do meu apartamento.

      — O que foi, está tudo bem com o Arthur? — pergunto logo.

      — Claro, ele está em casa com a Candice... Posso conversar com você, filha? — ele pergunta.

      Eu tenho que ir no hospital ainda, mas ele veio até aqui e parece importante.

      — Sim, quer subir e tomar um café?

      Ando na frente dele e ele me acompanha, no elevador ele não diz nada, parece realmente importante, mas nada, nem uma possibilidade passa pela minha cabeça.

      — Então? — pergunto, quando entramos.

      — São só duas coisas... hum... — Ele olha em volta e senta no sofá. — Quero te pedir desculpas, parece que você nunca gostou da Candice, mas mesmo assim sempre estava por perto, por mim. — Ele me olha.

      — Você é o meu pai, e eu te amo... Você estar casado com ela não muda isso. — Sento ao lado dele.

      — Mesmo assim, me desculpa, eu não fazia ideia. — Sorrio para ele. — Ela pode não ser perfeita, mas a sua mãe também não era...

      — Não faz isso, não tente me fazer gostar dela agora, já faz quatro anos, se eu não gostei dela no início, não vou gostar dela agora.

      — Tudo bem, eu só queria que você soubesse, na verdade, queria que você pedisse desculpas para ela. — Como, eu ouvi direito? — Ela teve um filho, com o primeiro marido dela, mas o bebê morreu horas depois do parto, então o que você disse foi bem cruel aquele dia.

      — Eu não sabia... — Abaixo a cabeça.

      — Vai ser melhor para o Arthur se vocês se derem bem, ele vai morar com a gente por enquanto, e ela vai ser a mãe dele legalmente depois dos três meses.

      — Vou pedir desculpas. Concordo com você, o Arthur merece o melhor, e eu não sabia que ela tinha perdido um bebê...

      — Obrigado, meu amor, e desculpa, mais uma vez. — Ele me abraça.

      — Está tudo bem, apesar de não justificar nada, sei que naquele dia estávamos bravos e dissemos coisas sem pensar. Preciso me desculpar com você também, sei que você queria o melhor, desculpas.

      — Estamos quites então? — o meu pai pergunta, com um sorriso no rosto.

      — Claro.

     — Ah... A outra coisa que eu queria te falar, era perguntar se você queria dormir lá em casa nesse final de semana, o Arthur tem dificuldade para dormir e ele pergunta de você toda vez.

      — Eu vou sim...

      Pego o meu celular da minha bolsa e tem algumas mensagens do Noah, perguntando se ele pode falar comigo hoje.

      — Um passarinho verde me contou sobre você e o Noah...

      — Não é bem assim, pai, é diferente, tudo está diferente agora — digo, olhando para a tela do celular.

      — E os seus sentimentos pelo Noah também estão diferentes?

      — Não, ele ainda me faz me sentir como uma menina boba, apaixonada.

      — Lara, deixa eu te dizer uma coisa. As coisas que você espera, nunca vão acontecer, vocês nunca vão estar no mesmo lugar, vocês nunca vão ter os mesmos horários e nunca nada vai estar as mil maravilhas para vocês, mas isso não deve e não impede vocês de se amarem. Só por vocês estarem na mesma cidade, já é uma grande vitória, outras pessoas estão em países diferentes, com fusos diferentes e isso não impede elas. Se você ama ele, e ele te ama como eu sei que ama, não torna isso mais difícil do que já é, tá? — Ele beija a minha cabeça.

      — Você é muito melhor nisso do que a minha mãe — digo, rindo. — Ela teria dito alguma coisa como: se vocês querem ficar juntos, fiquem; se não quiserem, tudo bem também, eu vou estar aqui para te apoiar!

      — Com certeza ela diria alguma coisa assim...

      — Ela te amava muito, você sabe disso, né?

      — Sei, e eu ainda amo ela. — Ele olha para a minha foto com ela no porta retrato em cima da mesinha de centro.

      — Eu preciso fazer umas coisas e depois vou encontrar o Noah, então...

      — Ah sim, eu tenho que fazer umas coisas agora também, encontrar o designer do novo café, trabalho, mas depois você vai lá em casa, né?

      — Vou, acho que umas sete horas vou lá.

      — Até depois, princesa! — Ele beija a minha testa, se levanta e vai embora.

      Eu não sabia da Candice, sinceramente não sabia, deve ter sido difícil para ela escutar aquilo. O meu pai está certo, preciso pedir desculpas para ela também, e fico muito feliz dele vir aqui me pedir desculpas com sinceridade, ele já tinha pedido desculpas antes e eu também, mas agora pareceu que ele estava com o coração aberto.

      Pego uma bolsa, coloco as minhas roupas para o final de semana e vou para o carro. No hospital é realmente entregar uns papéis e assinar outros, quase a mesma coisa da faculdade, é rápido.

      Antes de sair de casa combino com o Noah de encontrar com ele na praia, está frio hoje, mas eu quero muito sentir o vento nos meus cabelos, ouvir o som das ondas do mar, ficar ali naquele silêncio perfeito.

      Como está frio, não tem ninguém na praia, algumas pessoas caminhando, mas ninguém na água. Essa é a mesma praia que o Noah me trouxe quando eu vim fazer uma surpresa para ele, muito tempo atrás, quando ainda éramos namorados, quando ele ainda estava na faculdade, quando a minha mãe ainda estava viva. Muito coisa aconteceu de lá pra cá, mas essa praia, por incrível que pareça, ainda parece a mesma daquela noite.

      — Ei... — Noah para ao meu lado.

      — Oi... — Continuo olhando para frente, as ondas quebrando antes de chegar na costa.

      — Eu vou voltar para Nova Iorque essa semana, pegar algumas coisas, arrumar tudo lá, acho que vou demorar um mês, talvez...

      A voz do meu pai vem na minha cabeça, com tudo aquilo que ele disse mais cedo.

      — Eu quero que a gente dê certo, quero que sejamos felizes como éramos, quero ter tudo com você, Noah, acho que não vou me importar se a gente brigar, se você não tiver todo o tempo de mundo para mim...

      — Eu faço! — ele me corta, parecendo um pouco impaciente.

      — Como assim?

      — Eu te amo, Lara, o certo é eu criar todo o tempo do mundo para estar com você, as outras coisas não deviam importar, né? Porque quando estivermos velhinhos, vamos nos lembrar dos dias de hoje, quero que as minhas horas com você sejam infinitas, quero ter tudo com você, quero te dar tudo...

     É fofo e é lindo, ele consegue fazer tudo parecer um conto de fadas, como se nada disso pudesse acontecer, nunca, mas é real ao mesmo tempo.

     — Noah, você tem uma filha e eu tenho o Arthur, você tem um emprego em Nova Iorque agora, e eu tenho a faculdade e mais a minha residência, tudo isso vai ocupar muito tempo, vai ocupar toda a nossa atenção, mas quero criar mais uma hora no meu dia para passar com você, eu quero ser a sua namorada de novo.

      — Lara Williams, você acabou de me fazer o homem mais feliz do mundo!

      Ele me pega no colo e me gira pelo ar, o Noah é a minha grande paixão, é o menino que faz o meu coração errar as batidas e me privar desse amor por mais um dia seria loucura, seria a pior das torturas.

Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes e que esse capítulo foi escrito por ela.

Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.

Nos vemos no próximo capítulo.

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