Chapter Seven

Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

— Vamos com a gente, mãe, vai ser legal — peço, ela não está querendo ir comigo e com o Sam viajar.

      — Já disse que não, Lara. A Margot vai chegar essa tarde, tenho que conversar com ela.

      — Essa é a pior desculpa que você já deu... — digo, fazendo cara de chateada.

      — Vai lá, Lara, divirta-se, não precisa me levar para cima e para baixo com você, vou ficar bem. — Ela me olha com gentileza.

      — Tem certeza? — pergunto, uma última vez.

      — Claro que tenho, além disso, a Margot vai ficar aqui comigo uns dias, acho que não tem espaço suficiente na casa do Noah.

      — Tudo bem, então, vou ir arrumar a minha mala.

      — Por favor, isso já devia estar pronto há muito tempo, você não acha? — Ela me empurra para o quarto.

      — Faz aqueles sanduíches para a gente levar, por favor — peço.

      — Tá, pode deixar. Agora vai logo, o Sam já está vindo, não é?

     — Tudo bem, estou indo.

      Vou para o meu quarto, as minhas roupas já estão separadas em cima da cama, só esperando para serem colocadas na mala, então é fácil, ou parece ser fácil, até descobrir que tenho muita roupa para essa mala ou a mala é muito pequena, então eu ia preciso fazer algumas decisões sobre o que levar e o que deixar.

      É uma semana no meio do mato, acho que não preciso de muitas roupas, um pijama quente, três calças confortáveis, três blusas e dois casacos, consigo me virar com isso, eu acho.

      Guardo de novo no guarda-roupas as camisetas que sobraram e termino a mala, nesse momento o meu celular toca, é uma mensagem do Sam dizendo que está me esperando lá em baixo, respondo ele pedindo para subir e corro trocar de roupa. Visto uma camiseta branca, uma calça preta, pego um cardigã cinza e um sapato preto.

      — O Sam está aqui! — a minha mãe grita.

      Pego a minha mala e levo para a sala, o Sam está em pé me esperando, não parece pronto para ir para o mato, talvez para um shopping. Está vestindo uma calça preta com rasgos nas pernas, uma camisa branca listrada, uma camiseta xadrez vermelha e por cima uma jaqueta.

      — Vai aonde assim? — pergunto.

      — Vamos acampar, esqueceu? — Ele dá risada.

      — Você parece arrumado demais para isso.

      — Desculpa, mas é que, na verdade, as minhas roupas de ir acampar foram comidas por traças — ele brinca.

      — Tá bom...

      Ele pega a minha mala e se dirige até a porta, vai até a minha mãe que está terminando os sanduíches.

      — Vai ficar bem, né? — pergunto uma última vez.

      — Claro que sim, vai e se divirta, prometo que vou estar aqui quando voltar. — Ela me abraça.

      — Tá bom, eu te amo, mãe. Obrigada pelos sanduíches.

      Pego o pote da bancada e ela me acompanha até a porta.

      O Sam já desceu com a minha mala, então eu desço sozinha.

      — Com problemas aí? — pergunto, vendo ele tentar colocar a mala no porta-malas.

      — Estou achando que o meu carro é muito pequeno.

      — Meu Deus, é claro que não vai caber assim. — Olho para o porta-malas, todas as coisas jogadas de qualquer jeito.

      Ele me ajuda a tirar as coisas e eu ajudo ele a arrumar da maneira certa, alguns cinco minutos depois as coisas estão prontas e sobrou até espaço, podemos partir.

      — Precisamos só passar no mercado comprar algumas coisas, não tem muita coisa para comer na casa — ele diz.

      — Casa? Não íamos acampar?

      — É um chalé, achei que você ia querer uma cama, mais confortável.

      — Ah, que sem graça! Eu ia direto acampar com a minha família quando eu era criança, a gente não ficava em chalés para ficar confortável, essa é a graça de ir acampar, ficar totalmente desconfortável — explico.

      — Podemos comprar barracas também, daí a gente pode montar à noite, se você preferir assim — ele diz, focando toda a atenção na estrada.

      — Por favor, aliás, eu quero toda a experiência de um acampamento de verdade, a gente tem que assar marshmallow e tudo mais.

      — É claro que sim. — Ele dá risada, ainda olhando para a rua.

      Ligo o som e deixo tocando até a gente chegar no mercado, pegamos um carrinho e um monte de guloseimas, planejamos fazer tanta coisa que não tenho certeza se vamos conseguir comer tudo em uma semana.

      Saímos do mercado quase depois de uma hora esperando a senhora de má vontade passar as nossas compras, finalmente pegamos a estrada.

      — Estou louca para a gente chegar, espero que você tenha escolhido um ótimo lugar — digo, comendo um dos snacks que a gente comprou.

      — Acho que você vai adorar... — ele diz.

      — Aqui. — Entrego para ele mais um snack. — Acho bom!

      Ele dirige por mais duas horas e eu não sei em que ponto eu peguei no sono, acordo quando já estamos chegando.

      — Viagem longa essa, né! — digo, como se estivesse ficado acordada o tempo todo.

      — Pelo menos você conseguiu dormir bem... — ele diz, com um sorriso no rosto.

      Não respondo nada para ele, fico olhando ao nosso redor, altas árvores, tem muito verde, o clima está incrível. Ele estaciona na frente de uma cabana de madeira, parece perfeita, como de um filme.

      — Aonde você achou esse lugar? — pergunto, saindo do carro.

      — Essa casa é minha, herança. — Ele abre o porta-malas.

      — Então você não teve trabalho nenhum para escolher esse lugar!

      — Tive que mandar alguém aqui para limpar, isso conta?

      — Não, mas tudo bem.

      Pego a minha mala e levo para dentro da cabana. É tudo de madeira, até o sofá, é só um banco com um cobertor para deixar tudo mais confortável.

      Tiramos tudo do carro, ele me mostra aonde fica o meu quarto, a gente guarda a comida e saímos para dar uma volta, é final do dia, dá para ver que o Sol já está quase se pondo.

      — Você vem aqui com frequência?

      — Na verdade, não. Não venho aqui faz quase cinco anos, não tem graça vir sozinho.

      — Acho que esse é o lugar perfeito para vir sozinho e pensar um pouco.

      Ele não concorda comigo, continua andando, ele parece calado demais.

      Voltamos para a cabana quando começa anoitecer. Fazemos um jantar com o que tínhamos comprado antes.

      Os outros dias a gente não faz muita coisa, fomos na cidadezinha próxima, mas não tinha muita coisa para fazer, então voltávamos para a cabana e jogávamos algum jogo que tinha guardado no armário.

— Vamos montar a barraca... — peço.

      — Agora, já está tarde — Sam diz, com um prato na mão.

      — Era para a gente ter montado no primeiro dia, vamos montar hoje, a gente vai ir embora amanhã à tarde. Precisamos de uma noite na barraca para ser um acampamento.

      — Tá bom, eu vou pegar as coisas.

      Ele larga o prato em cima da bancada e pega o saco com a barraca, caminha para fora de casa e eu só sigo ele.

      O Sol está quase todo escondido, já é bem tarde, mas ainda dá para montar a barraca com a luz natural. A gente abre tudo e eu tento ajudar ele, depois de uns dez minutos a barraca está montada, pego os nossos travesseiros e algumas cobertas.

      — Não acredito que você quer dormir aqui — ele diz, sentando ao meu lado dentro da barraca.

      — Você nunca fez um acampamento de verdade, né? — Olho para ele.

      — Fiz alguns na época da escola, mas a gente dormia em cabanas.

      — Deita aqui. — Puxo ele. — A gente consegue ver as estrelas, sentir o ar natural.

      A barraca tem um tule no teto, dá para ver o céu e as estrelas.

      — Não é mais gostoso dormir assim, olhando para as estrelas? — Puxo a coberta e me aproximo dele.

      Ele passa o braço pelo meu pescoço e me abraça.

      — Você está certa, parece perfeito aqui, agora.

      Não fazemos mais nada, não dizemos mais nenhuma palavra, apenas ficamos deitados, aos poucos meus olhos vão fechando e de repente eu pego no sono.

Acordo com o som dospassarinhos cantando. O Sam ainda está me abraçando, parece que ainda está dormindo profundamente. Me levanto devagar e vou para dentro da cabana, tenho que tomar banho e arrumar algumas coisas da minha mala, já que hoje a gente ia voltar para Los Angeles.

      Termino de arrumar todas as minhas coisa e então tento fazer alguma coisa para o café da manhã, não tem muita coisa sobrando, tem uns três pães, ovos e bacon, então isso vai ser o nosso café da manhã.

      Estou terminando de fritar o bacon, quando o Sam entra na cabana enrolado em um dos cobertores.

      — Bom dia, donzela! — brinco, ele me olha e sorri, o cabelo está todo bagunçado e ele mal abre os olhos. — Dormiu bem?

      — Na verdade, não. Não foi nada confortável dormir no chão duro.

      — É que a gente devia ter colocado um colchão dentro da barraca, só o cobertor não ajuda muito.

      — Pois é, não come tudo sozinha.

      — Quem disse que eu fiz comida para você comer? — pergunto, ele apenas me ignora.

      Como primeiro, depois pego as coisas da barraca, dobro os cobertores e arrumo tudo.

      — Está com pressa para voltar? — Sam pergunta, me olhando, com os cobertores dobrados no braço.

      — Tenho que fazer umas coisas, amanhã é a formatura do Noah, a minha mãe disse que vai ter uma jantar hoje para comemorar, tenho que voltar.

      — Tudo bem, eu vou só tomar um banho, daí a gente sai.

      Ele coloca os cobertores no armário e vai para o banheiro, coloco as minhas coisas no carro e jogo o lixo no lixo, está quase tudo pronto para a gente ir, só falta o Sam terminar de arrumar as coisas dele.

      Depois de uma meia hora, o Sam sai do banheiro, já vestido, com o cabelo quase pingando.

      — Vamos? — ele pede, colocando as coisas dele dentro da mala.

      — Não vai secar o cabelo?

      — Ele vai secar sozinho, além disso, você disse que está com pressa.

      — Mais uns minutos ninguém vai morrer. — Pego a toalha que ele deixou em cima do sofá e faço ele sentar no sofá. — Até parece uma criança.

      Coloco a toalha no cabelo dele e começo a secar, ele fica parado, não diz nada.

      — Obrigada, eu adorei a viagem — digo, olhando para ele.

      Ele me puxa e me beija, dessa vez é diferente da primeira, dessa vez ele não parece com medo de me machucar, parece querer me mostrar o quanto gosta de mim através de um beijo.

      — Não precisa agradecer. — Não tenho certeza sobre o que exatamente não precisa agradecer. — Vamos, temos um longo caminho até chegar em casa.

      — Tá bom. — Me levanto do colo dele.

      Terminamos de colocar as coisas dele no carro e vamos embora, eu acabo dormindo durante toda a viagem de volta. Chegamos na minha casa perto das cinco horas.

      — Te vejo na segunda? — pergunto, quando tiramos as minhas coisas do carro.

      — Pode ser. Tchau, Lara. — Ele me segura pela cintura e me beija.

      — Tchau, Sam — digo, tentando conter o meu sorriso.

      Esqueci como são bons os beijos de despedida, acho que, na verdade, eu esqueci como são muitas coisas.

      Antes mesmo de abrir a porta de casa já dá para ouvi a voz da Margot e da minha mãe, também ouço a voz do Ansel e do Peter.

      — Oi! — digo, abrindo a porta.

      Todos estão na sala com taças de vinho na mão, a Margot vem me abraçar assim que me vê.

      — Lara, cada dia mais linda! — Ela mexe no meu cabelo.

      — Oi, tia, tudo bem? — pergunto.

      — Tudo, querida, a Jenna disse que você tinha ido viajar, aproveitou a viagem?

      — Claro, foi muito legal. Oi, tio Ansel. — Abraço ele. — Oi, Peter. Cadê a Gillian e a Ella?

      — Elas estão com a Casey na casa do Noah, estávamos só esperando você para ir jantar — a minha mãe responde.

      — Sério? Eu vou só tomar um banho rápido e a gente sai.

      — A sua mãe só está brincando, as nossas reservas para o restaurante estão marcadas para às sete, não precisa de pressa — a tia Margot explica.

      — Tudo bem. Oi, mãe, como você está? — pergunto, quando chego perto dela para finalmente abraçá-la.

      — Estou ótima, meu amor, vai se arrumar, daqui a pouco o seu pai também está chegando.

      — Ele vai vir também?

      — Claro, ele é o padrinho do Noah — Ansel diz.

      — Eu achei que ele ainda estava na lua de mel — comento. — Vou ir me arrumar.

      Pego a minha bolsa e vou para o meu quarto, logo vejo que a minha mãe vem atrás de mim.

      — E aí, como foi a viagem, vocês se divertiram? — Ela faz uma cara maliciosa.

      — Nós nos divertimos, mas não foi bem da maneira que você está imaginando.

      — Não acredito que você não deu nem uns beijinhos nele! — a minha mãe parece indignada.

      — Que isso, mãe.

      — Sam é um garoto lindo, educado, vocês têm várias coisas em comum, se eu fosse você, mandava a ver com ele.

      — Meu Deus do céu, eu vou tomar banho. — Pego uma toalha do meu armário e deixo ela falando sozinha.

      A água está fria, mas depois do que a minha mãe falou, tudo o que eu consigo imaginar é o Sam, me beijando como ele tinha feito antes.

      Caramba, tudo o que eu queria agora era ele em cima de mim! — penso.

      Fico o dobro de tempo necessário no banho só para tentar tirar ele da minha mente, não adianta muito.

      Saio do banho, me enrolo na toalha e vou para o quarto, não tenho ideia do que vestir. É um jantar simples, só com pessoas da família, para comemorar uma realização do Noah.

      Pego um vestido branco com detalhes em renda por todo ele, ele é curto e com alças, comparado com a minha mãe e a Margot, acho que esse vestido é perfeito. Calço um salto preto, faço rabo de cavalo alto, a minha maquiagem é bem básica.

      Na tela do meu celular, o horário marca seis e meia, estou pronta no horário exato.

      — Estou pronta! — Vou para a sala.

      — Lindíssima. — A tia Margot vem me abraçar. — A sua mãe me contou que você tem um namorado novo.

      Apenas olho para ela, que conversa com o Peter e me olha ao mesmo tempo.

      — Não tenho um namorado, ele é apenas um amigo da faculdade.

      — Hum, sei. — Ela não parece acreditar em mim.

      Vamos para os carros, a Margot e o Ansel vão em um carro e eu, a minha mãe e o Peter em outro carro.

      — Como foi a viagem, Lara, você se divertiu? — Peter pergunta.

      — Foi legal, a gente foi para a casa do Sam, ele tem uma cabana que é afastada de tudo.

      — Achei que vocês iam ficar na cidade. — A minha mãe se vira para mim.

      — Não, e vocês, o que fizeram? — pergunto.

      — Fomos ao cinema e saímos para comer, nada demais — Peter comenta.

      — Hum, você dormiu lá em casa? — pergunto, só para incomodar a minha mãe.

      — Que isso, que tipo de pergunta é essa? — a minha mãe indaga, nervosa.

      — Eu só estava brincando — respondo, rindo.

      Chegamos no restaurante, chegamos junto com a Margot e o Ansel. O Noah, a Gillian, a Ella e a Casey já estão à mesa, apenas nos esperando.

Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes e que esse capítulo foi escrito por ela.

Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.

Nos vemos no próximo capítulo.

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