Chapter Nine

 Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

— Preciso ir para Nova Iorque, tenho que resolver umas coisas com uma Galeria que quer se tornar uma das nossas filiais — Margot fala para a minha mãe.

      — Já vai embora? — pergunto, entrando na sala.

      — Vou ter que ir para Nova Iorque resolver umas coisas.

      — Vamos fingir que você não está indo só para ver aonde o Noah vai ficar e vigiar ele — a minha mãe diz.

      — Para, Jenna, preciso mesmo resolver umas coisas que eu estava evitando. Não gosto muito de Nova Iorque, é muito movimentado.

      — Dallas também é — digo.

      — Mas é diferente, eu vou para Nova Iorque e o Ansel vai voltar com as meninas para casa.

      — Animada com o casamento da Gillian? — a minha mãe pergunta.

      — Estou, ela é a nossa princesinha, queria fazer uma grande festa, mas ela e a El já me disseram que querem uma coisa mais simples.

      — Você está se corroendo por dentro, né? — a minha mãe brinca com ela.

      — Só um pouquinho, mas vou só ajudar ela, eu acho que ela vai ficar chateada se eu me intrometer demais.

      — Claro, o casamento é delas — afirmo. — Mas a senhora e o tio Ansel podem fazer uma festa de bodas de ouro, prata ou bronze, não sei bem como se comemora isso.

      — Quando chegarmos às bodas de ouro vamos estar bem velhinhos, mas fazer uma festa para comemorar as de safira é uma boa ideia.

      — Por que deu essa ideia, Lara? — Já consigo imaginar o quão grande e maravilhosa essa festa vai ser.

      — Bom, eu tenho que ir se não vou perder o meu voo. — Margot levanta e pega a bolsa e a mala.

      — Faça uma boa viagem, qualquer coisa é só ligar para a gente — a minha mãe se despede dela.

      — Pode deixar.

      — Quer que eu te leve para o aeroporto? — pergunto.

      — Não, eu já chamei um táxi que já está aqui em baixo.

      Ajudo ela a colocar a mala no elevador e volto para dentro de casa.

      — O que vai fazer hoje? — pergunto, sentando no sofá, a minha mãe está levando algumas xícaras para a cozinha.

      — Vou ter que ir no centro comunitário, depois o Peter quer me levar para sair, e você?

      — Pensei em ficar em casa, fazer vários nada.

      — O seu pai me disse que ainda está aqui, porque você não sai com ele, vocês mal se viram durante a formatura.

      — Pode ser, você quer que eu te leve? — pergunto, indo até a cozinha.

      — Não precisa, o Peter disse que vai vir.

      — Ninguém precisa de mim. — Abraço ela. — Todo mundo tem compromissos.

      — Ah, meu Deus, coitadinha dela — ela ironiza. — Chama um dos seus amigos para sair se não quer ficar em casa.

      — Eu quero ficar em casa, com você. — Abraço ela mais forte.

      — Vamos fazer assim, não marca nada para amanhã, então a gente faz um dia só de garotas.

      — Eu vou cobrar! — Solto ela.

      — Tudo bem, deixa eu me arrumar, estou atrasada.

      Ela sorri para mim e vai para o quarto. Pego do armário uma caixa de cereal e uma vasilha, da geladeira pego o leite.

      Sirvo a vasilha com o cereal e vou para a janela, o dia está ensolarado, dá para ouvir as ondas do mar que não são tão longe de casa.

      Termino de comer aqui mesmo na janela, coloco o prato na pia e vou para o meu quarto.

      Abro o meu notebook que está em cima da mesa, começo a ler sobre as coisas que vamos ver no próximo semestre da faculdade.

      — Estou indo, Lara, liga para o seu pai... — A minha mãe aparece na porta do meu quarto.

      — Sim, vou ligar para ele. Divirta-se, qualquer coisa me liga.

      — Tchau.

      Ela sai da porta do meu quarto e vai embora, ouço a porta da sala fechando quando ela sai.

      Levanto e vou para a sala, por algum motivo quero ver ela de longe, curiosidade talvez. Espero uns minutos e ela aparece na rua, Peter sai de um carro branco, cumprimenta ela com um beijo e abre a porta do carro, eles entram no carro e vão embora.

      Volto para o meu quarto, pego o meu celular e mando mensagem para o Sam e para a Kayla, pergunto para ela quando vai voltar das férias e pergunto para ele se quer fazer alguma coisa hoje comigo. Nenhum dos dois me responde.

      Sento de novo na minha escrivaninha e tento focar toda a minha atenção nos livros, no conteúdo que eu estou estudando.

      E eu consigo, me envolvi tanto nos livros que acabei nem vendo as horas passarem, só percebo que já é de tarde quando levanto a cabeça para respirar um pouco e absorver tudo que tinha lido, é aí que eu vejo que o Sol não está mais no alto.

      O horário do meu computador diz que já são quatro e quarenta e cinco. Pego o meu celular de cima da cômoda, o Sam tinha me respondido, disse que não ia dar para ele sair hoje, a Kayla disse que vai estar de volta na próxima semana. E tem uma mensagem nova do meu pai e uma da Casey, a do meu pai pergunta se eu quero jantar com ele e com a Candice, e a Casey me chamou para dar uma volta, respondo ambos com sim.

      Marco de encontrar com a Casey na praia que tem aqui perto da minha casa. Tomo banho, visto uma camiseta branca larga e um shorts jeans, pego um chapéu e uma sandália.

      A praia que tem aqui perto de casa na maioria das vezes está vazia, porque a água é muito gelada para nadar, mas dá para ver algumas pessoas, andando juntas.

      — Oi — Casey diz, atrás de mim.

      — Oi, você chegou, tudo bem?

      — Mais ou menos. Na verdade, eu acho que não está tudo bem.

      — Você não vai ficar com o Noah em Nova Iorque?

      — Não, não quero ir para lá.

      — Você contou para ele que está grávida? — pergunto, analisando as expressões dela, ela não parece feliz.

      — Contei, e a gente terminou...

      — Como assim, o Noah não quer ter o bebê com você?

      — Não, não é isso. Você conhece o Noah, ele nunca me abandonaria nessa situação, terminamos porque concordamos que ficarmos juntos já não era mais uma coisa que estava fazendo bem para a gente, mas, mesmo assim, ele ainda vai me apoiar e ajudar a criar o nosso filho. Ele tem que ir para Nova Iorque, agora eu vejo que não é só um trabalho, precisamos de dinheiro para criar esse bebê, sei que assim que precisar dele, ele vai vir correndo, mas não tem muita coisa que ele possa fazer agora.

      — Nossa, eu nem imagino como deve estar a cabeça dele agora. Ter um filho já é uma coisa difícil quando se está por perto, imagina com ele a horas daqui. — Ela concorda com a cabeça. — Vai ficar aonde agora que a faculdade acabou e você e o Noah não estão mais juntos?

      — Eu vou ficar na casa dele até ele voltar.

      — Vai ficar lá sozinha, tem certeza disso? Não quer ficar na minha casa, tem eu e a minha mãe, podemos te ajudar com alguma coisa? — ofereço.

      — Não precisa, eu vou ficar bem. Qualquer coisa eu ligo para a minha médica particular. — Ela sorri para mim.

      — Aliás, já falou com os seus pais sobre isso?

      — Ainda não e, sinceramente, eu não quero falar, principalmente com o meu pai. Eles nem vieram na minha formatura, tenho certeza de que não vão ficar felizes com a minha gravidez e que se foda também, a única pessoa que eu preciso que concorde com isso é o Noah. — Ela parece tensa.

      — Relaxa, respira um pouco.

      — Verdade, ando esquecendo que preciso de oxigênio em dobro. — Ela dá risada e respira fundo.

      — Deve ter muita coisa na sua cabeça. Você devia parar e respirar fundo, tentar organizar os seus pensamentos, você ficar agoniada dessa maneira não faz bem para você e nem para o bebê.

      — Tá bom.

      Ela começa a andar na areia e eu sigo ela. Caminhamos até o Sol se pôr, ela me conta sobre o que pretende fazer agora. Ela têm muitos planos, planos até demais, para vários meses, acho que ela esqueceu que está grávida e como isso vai tomar o tempo dela.

      — Tenho que ir, falei que ia sair com a Jadie hoje — Casey se despede perto do carro dela.

      — Tá bom, também tenho que encontrar com o meu pai daqui a pouco. Tchau. — Abraço ela.

      Ela entra no carro e vai embora, eu continuo na praia. O restaurante que nós combinamos de nós nos encontrar é bem perto daqui, é um restaurante simples, perto da praia, a roupa que eu estou parece boa o suficiente para a ocasião.

      Entro no carro, me encosto no banco, fecho os olhos e respiro fundo. A minha mente parece vazia, eu estou pensando em várias coisas, mas não foco em nada.

      Às sete horas ligo o carro e vou para o restaurante. Chego lá e já vejo eles de longe, a Candice e o meu pai sentados um ao lado do outro, duas taças de vinho sobre a mesa. A mão dela percorre o braço dele de vez em quando, quando ela fala e sorri para ele.

      — Oi, cheguei — digo, sorrindo, o meu pai se levanta e me abraça, depois eu abraço a Candice.

      — O que vai pedir? — O meu pai me entrega o cardápio.

      — Vou pedir o mesmo que vocês. — Sorrio, gentilmente. — Como foi a lua de mel de vocês?

      — Lara, você precisa ir conhecer o Caribe, tudo é muito lindo. — A Candice parece fascinada.

      — Eu imagino, eu vi as fotos de vocês nas redes sociais.

      — Talvez no final do ano você queira ir viajar com a gente para lá de novo — o meu pai sugere.

      — Claro, por que não. Como estão as coisas em Dallas, muito trabalho na cafeteria?

      — Na verdade, sim. Estamos pensando em abrir outra filial lá — o meu pai comenta.

      — Vai ser a terceira, né?

      — Sim, mas ainda estamos planejando, procurando o melhor lugar.

      Os nossos pedidos chegam, são quase nove horas quando terminamos de comer e vamos embora.

      — Foi muito bom te ver, pai. — Abraço ele.

      — Também, você está muito longe da gente e muito ocupada, quase nem dá para falar com você direito.

      — Pois é, desculpa...

      — Eu te amo, filha.

      — Eu também te amo.

      Solto ele, a Candice já está dentro do carro, pronta para ir embora, aceno para ela.

      — Promete que vai ir visitar a gente? — ele pergunta, antes de responder ele, pego o meu celular que está tocando freneticamente dentro da minha bolsa, é o Peter me ligando.

      — Só um minuto, pai. — Atendo o celular. — Oi, Peter, tudo bem?

      — Lara, a sua mãe está no hospital, ela passou mal e desmaiou. Tem como você vir aqui? — ele pede, o meu coração já aperta.

      — Ela está bem? Em qual hospital vocês estão?

      — O médico deu uma medicação para ela e estão fazendo alguns exames... — Ele me passa o endereço e eu estou tentando ficar calma para não entrar no carro e dirigir à mil para o hospital.

      — Eu estou indo. — Desligo o celular e olho para o meu pai, que está com os olhos fixos em mim. — Ela passou mal e está no hospital.

      — Eu vou com você. — Ele se vira para a Candice que está dentro do carro só nos observando, fala com ela rápido, então entra no carro comigo. — Não se preocupa, Lara, a Jenna já está no hospital.

      — Eu sei. — Olho para a estrada e tento não pensar em nada, tento não pensar que alguma coisa de ruim pode acontecer, juro que tentei ver a minha mãe como uma paciente, a minha paciente.

      Chegamos no hospital em dez minutos, na recepção está o Peter, sentado em uma das cadeiras de espera.

      — Cadê ela? — pergunto para ele.

      — Os médicos levaram ela para fazer uns exames. Calma, Lara. — Ele me abraça. — Ela vai ficar bem.

      — Quem é o responsável pela a senhorita Auriga? — o médico pergunta.

      — Sou eu! — me apresento para o médico.

      — Por favor, me acompanhe. — Sigo ele até o consultório dele. — Ela é a sua mãe?

      — Sim, qual foi o motivo do desmaio, na verdade, o senhor deve estar com o prontuário dela, e viu que ela tem Esclerose Múltipla, sei que desmaios são coisas até que comuns de acontecer no caso dela.

      — Sim, eu vi. Na verdade, por ela já ter essa doença temos um problema, fizemos uma ressonância magnética nela e encontramos um tumor no cérebro. — Ele me mostra a ressonância. — Ele já está grande e a localização que ele está é muito difícil de operar, ela pode ficar cega e como ela tem uma doença autoimune, fica ainda mais difícil para ela se recuperar da cirurgia.

      — Como não viram esse tumor? Ela vem toda semana fazer exames, como não viram essa merda de tumor na cabeça dela? — Tento falar com calma, mas eu estou brava, quero gritar com todos à minha volta.

      — Eu vi a última ressonância que ela fez, o tumor estava bem menor que agora, ele cresceu de uma maneira incrivelmente rápida.

      — Cadê ela? — Respiro fundo.

      — Ela está no quarto 1320 — ele fala.

      — Não vou tomar nenhuma decisão agora, me dá um tempo para pensar. — As lágrimas se formam nos meus olhos, não consigo evitar que elas caiam.

      Saio do consultório dele e vou ver a minha mãe, o meu pai e o Peter estão no corredor, me esperando.

      — E aí? — Peter pergunta.

      — Ela tem um tumor, é muito arriscado operar.

      — Em que quarto ela está? — o meu pai pergunta.

      Ando e eles me seguem. Na pequena janela da porta dá para ver a minha mãe, ela está acordada, olhando para a grande janela. Limpo as minhas lágrimas, sorrio e entro no quarto.

      — Oi, como você está? — pergunto.

      — Oi, meu amor, você veio com seguranças? — ela brinca, olhando para o Peter e para o meu pai atrás de mim.

      — O senso de humor continua intacto pelo visto. — Peter se aproxima e segura a mão dela.

      — Está sentindo alguma coisa, algum desconforto? — pergunto.

      — Só estou com um pouco de sede — ela diz, o meu pai, que está mais próximo da água pega um copo e dá para ela. — Obrigada, Tyller. Vou ter que ficar aqui até quando?

      — Na verdade, mãe, precisamos conversar. — Ela me olha com atenção. — Eles fizeram uns exames e acharam um tumor no seu cérebro, ele já está grande.

      — Vão operar? — ela pergunta, não parece nada surpresa.

      — Você já sabia disso, né? — Ela não diz nada, mais uma vez tento ficar calma, não surtar, não gritar com ela. — Esquece, eles podem operar, mas tem um risco muito grande de você ficar cega, o tumor está em uma área muito delicada para mexer.

      — O que você acha que deve ser feito, no seu ponto de vista médico.

      — Não sou médica ainda, mãe, não sou eu quem vai operar você, mas apesar de ter esse risco, apesar de ter uma recuperação muito difícil, eu acho melhor operar. O tumor está crescendo muito rápido.

      — Posso falar sozinha com ela? — a minha mãe fala para o Peter e para o meu pai, eles concordam e saem do quarto. — Não fica brava comigo, tá, eu não contei sobre esse tumor porque você já se preocupa demais comigo. — Ela passa a mão gentilmente pelo meu rosto. — Eu te amo demais, meu amor, mas não vou fazer a cirurgia, tá. É arriscado demais do meu ponto de vista e eu não quero passar um mês tendo que cuidar dos pontos na minha cabeça, te ver ainda mais preocupada comigo. Então vamos fazer assim, vamos deixar as coisas como estão, eu vou para casa com você e a gente faz várias coisas, podemos ir fazer compras, fazer uma tatuagem juntas, todas essas coisas. O que me diz?

      Respiro fundo, não vou discutir com ela, eu só quero que ela fique bem e se ficar bem seja viver um dia de cada vez, não sabendo se vai ter um amanhã tudo bem, vou só apoiar ela.

      — Claro, vamos pegar os seus papéis para ter alta então. — Sorrio gentilmente para ela. — Eu te amo, mãe.

      — Eu te amo, meu bebê. Vou tirar um cochilo, tá, esses remédios me dão sono.

      — Tudo bem.

      Ajeito bem os lençóis dela, olho para as bolsas de soro, são medicamentos pesados, é normal ela estar sonolenta dessa maneira.

      Me afasto da cama e estou prestes a sair do quarto quando os equipamentos dela começam a apitar freneticamente.

      — Merda! — Olho para o monitor que controla os sinais vitais dela, a pressão dela está caindo muito rápido, é uma parada cardíaca.

      Aperto a campainha para chamar a emergência, abaixo a cama dela e subo em cima dela para fazer uma massagem cardíaca de emergência.

      — Lara! — Ouço o meu pai atrás de mim.

      — Ajuda! — digo, fraco, toda minha energia estava concentrada em salvar a minha mãe. — Um... Dois... Três...

      Conto as vezes que forço as minhas mãos contra o peito dela.

      — Vamos, mãe! Um... Dois... Três...

      — Deixa com a gente, Lara! — Ouço a Megan dizer atrás de mim.

      Têm umas três pessoas da equipe médica aqui. Saio da cama, eles abrem a blusa da minha mãe e pressionam o desfibrilador contra o peito dela.

      — Aumenta para 150 — alguém diz, então ele pressiona o equipamento contra o peito dela de novo.

      Nada, sem mudança.

      — Aumenta para 200 — ele diz, de novo, e mais uma vez ele pressiona contra o peito dela, faz isso duas vezes com a mesma voltagem.

      — Hora do óbito... — Megan começa a dizer.

      — Não, ainda não... — digo, com voz de choro. — Vamos lá, mãe, amanhã a gente vai ficar o dia todo juntas, você me prometeu.

      Subo em cima da cama de novo e começo a fazer a massagem cardíaca mais uma vez. Os olhos dela estão fechados, parece um pouco pálida.

      — Vamos lá, Jenna, você não vai morrer agora! — Continuo a fazer a massagem nela.

      — Lara! — O meu pai me puxa.

      — Não! — grito. — Ainda não.

      — Vem aqui, filha.

      Ele me puxa para fora da cama e me abraça.

      — Hora do óbito, meia-noite e quarenta, dia vinte e oito de Julho.

      Hoje foi o último dia, o último dia que eu vi ela sorrir para mim, o último dia que ouvi ela dizer para parar de me preocupar. Eu perdi mesmo ela, tudo que eu tinha de importante foi ela quem me deu, foi ela quem me ensinou. A minha mãe é a mulher mais magnífica do mundo e eu nunca mais vou poder dizer isso para ela, nunca mais vou poder ouvir ela dizer que me ama.

      Nesse momento eu perco todas as minhas barreiras de proteção, estou me sentindo uma criancinha perdida no shopping.

      — Eu sinto muito, Lara — Megan diz para mim.

      — Pai... — Abraço ele bem forte, quero que ele me diga que isso é mentira. Não quero acreditar.

      — Estou aqui, princesa. — A voz dele está rouca.

      Me solto dos braços dele e vou até a cama da minha mãe, eles cobriram ela até a cabeça, abaixo o lençol e pego na mão dela.

      — Por favor, por favor, mãe, acorda! — peço. — Eu ainda preciso de você. Preciso que você me ensine a fazer aquele bolo de chocolate que só você sabe, preciso que você veja eu me formando e que conheça os seus netos. Eu sou muito nova para ter que aprender a viver sem você, então... por favor, mãe, abre os olhos. — Aperto a mão dela mais forte. — Por favor, estou te pedindo, abre os olhos.

      O quarto está em um silêncio absoluto, ninguém diz nada, o único som que tem aqui é o do meu choro.

      — Vem, Lara. — O meu pai me puxa para fora do quarto.

Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes e que esse capítulo foi escrito por ela.

Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.

Nos vemos no próximo capítulo.

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