Chapter Fifteen
Este capítulo contém cenas com descrição de sexo, a leitura a partir de agora é de sua total responsabilidade!
Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!
— Fala comigo, Lara, conversa com os seus amigos, só assim a gente pode te ajudar — Kayla pede.
— Não tenho o que falar, não preciso de ajuda — digo, sem olhar para ela.
— Lara, você está muito diferente, sei que a sua mãe morreu, sei que é um momento difícil, mas precisa conversar com a gente e...
— Que merda, Kayla, tudo que eu fizer de errado ou qualquer coisas que eu fizer vão me dizer isso, vão me lembrar da minha mãe morta. Dá para você não fazer isso, não usa isso como desculpa. A minha mãe morreu, tudo bem. Agora eu não tenho que ficar em casa me preocupando se ela vai comer, vai ficar bem ou se vai morrer a qualquer momento. Era isso que você queria antes, era isso que todo mundo queria, eu estou só vivendo a minha vida. Então para de falar sobre ela, ou para de dizer que eu mudei e está preocupada comigo. Estou sendo eu e fazendo todas as merdas que eu não podia fazer antes — digo, irritada.
Kayla fica parada, me olhando, como se eu tivesse soltado um bomba para cima dela, como se eu tivesse mostrado o monstro que tem dentro de mim.
— Só estou dizendo que pode ter a ver... — E mais uma vez eu a interrompo.
— Se eu matar alguém é porque eu quero, se eu transar com vários estranhos é porque eu quero, se eu me drogar toda noite é porque eu quero. Não é por causa da minha mãe morta, a minha mãe morreu e não tem nada que eu possa fazer para mudar isso, então não tem sentido você tentar explicar o meu comportamento só porque a minha mãe morreu. Você entende isso?
— Tudo bem, Lara, eu entendi. — Ela finalmente desiste, mas eu já estou fodida com essa conversa.
Ela é minha amiga e se importa comigo e apenas por isso resolvo parar e explicar a situação, pelo menos assim ela pode parar com essas merdas de perguntas e preocupação sem sentido.
— Cansei dessa aula, eu vou para casa. — Levanto e pego a minha bolsa, a Kayla levanta seu olhar até mim. — Relaxa, garota, vou para casa tomar um banho e estudar lá mesmo.
— Se cuida, eu te amo. — Ela sorri gentilmente para mim.
— Eu também te amo, garota.
Saio da sala sem fazer muito barulho, o corredor está vazio, nenhuma alma cruza o meu caminho até o meu carro, tudo está silencioso demais, a minha mente está começando a queimar com as palavras que eu tinha dito para ela. Eram verdades, mas eu sei muito bem porque eu estou fazendo o que eu faço.
O luto passou, eu acho, já entendi que ela morreu e que não vai voltar, sei que a minha mãe agora vai ser apenas um boa memória, entendi isso, não sou estúpida. O problema é quando eu chego em casa e estou sozinha, o problema é quando a minha mente viaja para as lembranças que ainda só machucam. Então é por isso que de noite eu encho a cara e durmo com um estranho, para não pensar, para não sentir e não chorar.
De dia é muito fácil eu me distrair, a faculdade, o meu trabalho, ou simplesmente conversar com a Kayla pode ser o suficiente, mas quando eu chego em casa, tudo é tão frio, tão silencioso, vejo a minha mãe na cozinha, vejo ela sorrindo e me dizendo para sair e me divertir. E eu não quero ver ela, não quero poder vê-la e não poder abraçá-la.
— Estamos fechados, Lara, hoje a gente não vai abrir. — Marcus aparece na porta da boate, depois que eu bato na porta várias vezes.
— Você disse que me daria um desconto se eu comprasse direto de você... — digo, séria, concentrada no que eu quero.
— Estamos fechados, Lara. — Ele me olha tão sério quanto eu estou.
— Por quê?
— Porque sim, vai ficar bem sem se drogar um dia. — Ele continua me encarando.
Olho para ele tentando descobrir os seus segredos, porque ele está assim, normalmente Marcus é um cara muito descontraído, é muito difícil ver ele bravo ou focado como dessa maneira, então porque hoje ele não vai abrir a boate, porque hoje ele não quer vender para mim, ainda mais quando eu estou aqui, pessoalmente, tentando comprar dele.
Sinto o olhar dele me analisando, provavelmente da mesma maneira que eu estou fazendo com ele e sem pensar muito, me aproximo dele, puxo a sua camisa para ficar mais próximo de mim, estamos próximos, os seus olhos passam da minha boca para o meu decote e um sorriso fraco surge em seus lábios. Aqueles lábios que me desejaram por muito tempo e hoje eu estou o desejando.
Passo a minha outra mão por trás do pescoço dele, trazendo a sua boca para perto da minha, sinto o cheiro de álcool da boca dele. Ele não espera mais, não espera que eu comece a beijá-lo. Seus lábios são tão impacientes e vorazes, é o beijo quente e mais cheio de vontade que alguém me deu em meses.
Ele segura a minha cintura e me puxa para mais perto do seu corpo, em poucos passos entramos na boate, Marcus prensa o meu corpo contra a parede, ele parece que quer me sentir por inteira sem ter que usar as mãos, apenas com o contato dos nossos corpos.
— Faça isso valer a pena como me prometeu — digo, sem fôlego.
— Vou foder você como ninguém nunca teve coragem de fazer — ele diz, perto do meu ouvido.
Então ele beija a minha orelha e desce os beijos para o pescoço. As minhas mãos agarram o cabelo dele e seguem seus movimentos. A minha coxa sobe até a cintura dele e ele percebe que eu quero que ele me pegue, as suas mãos vão de encontro com as minhas coxas, Marcus agarra elas e aperta a minha bunda. Agora eu estou sentada nos braços dele.
O meu único apoio está nos meus braços que estão em volta do seu pescoço. Ele começa a andar e levar a gente para o seu quarto que fica no andar de cima.
Ele me solta para abrir a porta e tenho quase certeza de que ele está cansado por me trazer até aqui em cima.
— Vem cá. — Ele me puxa depois que tira a camisa.
— Não é assim que vai funcionar... — Empurro ele para a cama, ele cai sentado.
Ele me olha com admiração, como se estivesse enfeitiçado por mim. Tiro a minha calça e continuo de calcinha. Sento devagar no colo dele e rebolo em cima do seu membro, que está duro, os meus olhos, que estão olhando para baixo, encontram os dele. Ele passa a mão na minha nuca, aperta e me puxa para um beijo.
— Chega disso, Lara, não consigo esperar mais para foder você todinha — ele diz.
— Acho que preciso ir para casa. — Me levanto do colo dele e finjo tentar ir embora.
Ele sorri e balança a cabeça, levanta da cama, me puxa e joga na cama.
— Você não sai daqui antes que eu tire a sua calcinha e te faça gritar o meu nome. E depois tenho quase certeza de que você nunca mais vai querer foder com mais ninguém.
Marcus vem para cima de mim.
— Você é muito confiante.
Ele começa a me beijar, desce o beijo pelo meu pescoço e por cima da minha camisa beija o meu mamilo que está rígido, ergue a minha regata e beijos agora a minha pele da barriga e depois beija novamente o mesmo mamilo, a pressão é perfeita, a sensação é maravilhosa, ele termina me mordendo.
Marcus continua a sua trajetória descobrindo o meu corpo, desce um pouco mais seus beijos e parou quando está de cara com a minha parte íntima. Ele passa a sua língua sobre a minha calcinha forçando contra a minha pele. Beija o interior da minha coxa, ele poderia ter retirado a minha calcinha, mas ele resolve rasgar a minha pequena calcinha de renda vermelha.
— Esse vai ser o meu prêmio — ele diz.
— Você coleciona calcinhas? — questiono.
— Só as suas... — Ele dá risada, como se tivesse muitas outras.
Ele beija com delicadeza a minha vagina, logo depois ele encontra o meu ponto de prazer e, de alguma forma, a língua dele se move em mim e me faz querer que ele nunca pare.
— Você está muito molhadinha, gatinha — ele diz.
— Caralho, não para. — Agarro os cabelos dele.
Com certeza Marcus sabe o que está fazendo e poderia muito bem me fazer gozar agora, apenas com a habilidade que ele tem com a boca.
Então tudo fica dez vezes melhor quando ele coloca dois dedos dentro de mim, os movimento e tudo parecem perfeito demais, Marcus estava certo, ele é a melhor foda que eu já tive, e eu estou dizendo isso antes mesmo dele me foder de fato.
— Marcus... — a minha voz sai fraca, sinto a sua boca sobre mim curvar como um sorriso.
— Já, Larinha? — ele pergunta, com a voz cheio de si.
Eu agarro seus cabelos mais forte e gozo, a sensação é muito boa. Marcus me beija uma última vez e deita do meu lado. Respiro fundo e tento me mexer, as minha pernas ainda estão bambas.
— E aí, foi ou não o melhor oral que você já teve? — ele pergunta.
— Posso dizer que está no top cinco — digo, com certeza ele é o número um nisso, mas não precisa saber para ficar se vangloriando mais ainda.
Sento em cima dele mais uma vez, jogo o cabelo para o lado e me aproximo da boca dele.
— Vamos ver se eu consigo estar no seu top cinco também. — Beijo os lábios dele.
Comigo as coisas vão ser diferente, beijo ele como se fosse a última coisa no mundo que eu possa fazer e então, bem antes do fim eu paro. Quero fazer ele sentir a agonia de não ter o que quer tanto.
Desço os meus lábios sobre o pescoço dele, faço o mesmo caminho que ele fez no meu corpo com beijos. A boxer dele não esconde o seu tamanho, não é grande coisa, mas, com certeza, dá para brincar muito bem.
Passo a minha língua sobre a marcação do seu membro, sinto quando os seus pelos da perna ficam arrepiados, não digo nada, apenas admiro em silêncio como o corpo dele involuntariamente age ao meu toque.
Tiro a boxer dele e lá está o seu membro, ereto, sua extensão rosada pulsante. Primeiro chupo suas bolas e depois passo a língua por todo o seu pênis, a minha mão começa masturbando ele e depois é a vez da minha boca finalizar o trabalho.
Conforme eu faço, Marcus solta uns gemidos fracos, em momento nenhum ele me pediu para parar, logo suponho que ele está gostando, então faço os meus movimentos ficarem mais intensos, a minha mão e boca encontram um ritmo perfeito. Marcus agarra os meus cabelos e tenta me fazer ir mais fundo.
Depois de uma repetida série de movimentos sinto o gosto dele nos meus lábios.
—Top cinco? — pergunto, deitando ao lado dele, que ainda parece um pouco desnorteado.
—Top três — ele diz.
Olho para ele, Marcus está com os olhos fechados tentando organizar a sua respiração, é um pouco engraçado de ver.
— Não acabamos ainda — digo.
— Só me dá um segundo, você acabou comigo.
— Sério? — pergunto, incrédula. — Achei que você seria muito melhor que só um boquete.
Levanto da cama, pego as minhas roupas que estão espalhadas no chão do quarto.
— Espera aí, só preciso de um minuto mesmo — ele pede.
— Ou você me fode aqui e agora, ou esquece, não vai acontecer de novo — digo, totalmente decepcionada.
Ele fecha os olhos e me estende a mão, não tenho certeza sobre o que exatamente ele está sentindo no momento, mas a princípio com um pouco mais de esforço e iniciativa ele pode continuar.
Largo as minhas roupas no chão do quarto novamente, vou até ele e pego na sua mão. Apesar de que eu quero que seja o sexo mais radical que eu tenha na vida, sento no colo dele com calma, mesmo não me importando muito vejo o que ele está passando, mas talvez seja tudo que ele precise agora, talvez fazer sexo comigo seja a resposta para o problema.
— Você quer que eu vá mais devagar? — pergunto, olhando para ele deitado no meio das minhas pernas.
— Só no começo — ele pede e então eu começo a rir, eu já vi alguma coisa assim antes e eu acho que foi quando eu perdi a minha virgindade. — O que foi?
— Você parece uma garotinha prestes a perder a virgindade — explico, ele não acha nenhuma graça.
— Não tem graça, Lara, você me deixou assim, tenha um pouco de dó. — Eu não consigo parar de rir.
Respiro fundo e tento parar de rir, pego o membro dele que está realmente muito duro e coloco com cuidado dentro de mim. Olho para ele para ver se está tudo bem, seus olhos estão fechados e a sua expressão parece concentrada, começo a me mexer devagar em cima dele, que fica mais séria ainda.
— Tudo bem? — pergunto.
Espero por uns segundos antes de me mover novamente, mas ele não diz nada.
— Não vai dar, gatinha, você realmente acabou comigo.
Levanto do colo dele, totalmente decepcionada, pego a minha calça e camisa do chão e vou embora.
— Foi mal, Lara, hoje não é o melhor dia. — Olho para ele, que está deitado, olhando para o teto do quarto, tão decepcionado quanto eu.
— Tudo bem, acontece. — Tento ser gentil. — Eu estou indo.
Era tudo que precisava, nada dar certo mais uma vez.
Saio da boate e encosto a porta, entro no carro. Eu realmente estou chocada com o que aconteceu, não esperava por aquilo, definitivamente não achei que fosse ser daquele jeito.
Chego em casa, tiro a minha camisa e fico apenas de calcinha e sutiã, pego o meu celular e leio algumas mensagens que tem no celular, mas não respondo ninguém, ninguém precisa da minha resposta. Vou até a cozinha e procuro alguma coisa para comer, qualquer merda serviria, mas não tem nada aqui, além de um três garrafas de cervejas.
Vou até o meu quarto e pego uns livros para estudar. É melhor que eu foque em alguma coisa para que os meus fantasmas não me assustem, caso contrário eu vou enlouquecer e estudar querendo ou não é uma ótima forma de fazer isso.
Mas a minha cabeça está muito cheia, a conversa que eu tive com a Kayla ainda está me perturbando, achei mesmo que ele fosse ajudar, achei que o Marcus pudesse tirar toda essa merda da minha cabeça hoje, mas ele falhou.
As horas passam bem mais rápido do que eu pretendia, do que eu achei que fosse acontecer.
Vou ao banheiro e tomo um banho gelado. A água apenas escorre sobre os meus cabelos e a minha pele e eu lembro dos vários caras que me tocaram, eu me sinto estranha, perdida, como se eu estivesse caindo de um penhasco, mas, na verdade, quem se importa? Todas as pessoas são sujas de alguma forma, são nojentas e tem algum defeito ou alguma coisa em si que quer mudar e agora eu não sou diferente.
Ninguém pode ser um príncipe ou uma princesa por muito tempo, todos nós caímos dos nossos tronos de uma forma ou de outra, ninguém é puro por muito tempo, mas talvez essa seja só a minha consciência tentando culpar todo o Universo para livrar a minha culpa, me fazer sentir melhor pelas merdas que eu ando fazendo.
Sinto como se meses atrás eu fosse como uma santa, ou uma princesa, aparentemente perfeita para tudo mundo. As coisas aconteceram e eu mudei muito rápido com isso. Acho que não me reconheço mais, não sou mais uma garotinha e isso é bom, né? Mas também não quero ser a vadia que estou sendo. Preciso colocar a minha cabeça no lugar e encontrar as minhas prioridades, mas toda vez que eu tento pensar em mim, penso nela. Doí demais tudo isso, toda essa merda que esta acontecendo, quando isso vai acabar?
Agora, nesse exato momento, eu estou fodidamente frustrada, porque estou pensando nela, não quero chorar mais uma vez por causa disso, mas as lágrimas já estão formadas nos meus olhos e a qualquer momento elas vão cair.
Quero gritar de frustração e é isso que eu faço. Jogo todos os vidros de shampoo e coisas que estão perto de mim no chão, grito e uso todo o ar que eu tenho no meu peito, por fim estou no chão do box, chorando, perdida e com dor.
Eu sabia que ela estava doente, que ela ia morrer, então por que eu estou assim? Por que está doendo tanto?
Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes e que esse capítulo foi escrito por ela.
Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.
Nos vemos no próximo capítulo.
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