Chapter Eighteen

Não se esqueçam de comentar e favoritar se gostarem do capítulo, obrigada!

CHEGO NO apartamento às dez da manhã, nem a Casey ou a Jadie estão em casa, elas devem estar no trabalho da Jadie.

      Deixo as minhas coisas no quarto e observo o quanto tudo está diferente, nem parece que há oito meses eu morava aqui. O lugar parece que viajou no tempo uns dois anos, pelo menos.

      Ignoro as coisas que eu deixei tudo fora do lugar.

      Mando mensagem para a Casey avisando que eu acabei de chegar.

      Eu vim de carro porque vou ficar duas semanas, já que a minha mãe e o Ansel vêm passar o feriado de Ação de Graças aqui. Estou de folga até a primeira semana de Dezembro, que é quando eu volto para a gravadora e fecho todos os contratos antes do dia vinte e quatro.

      Eu tenho que levar uma caixa de papéis para a gravadora aqui de Los Angeles. Saio do apartamento e volto para o carro, dirijo até a gravadora. São quase vinte minutos até lá. Passam devagar, já que a Ação de Graças é em dois dias o trânsito está um verdadeiro inferno.

      Quando eu chego na gravadora encontro duas pessoas novas, provavelmente outros estagiários. A Nessa está na sala dela e o Alex aparenta não estar aqui. Entro na sala da Nessa.

      — Noah! Quanto tempo! — ela diz, saindo da cadeira dela e vindo na minha direção para me abraçar.

      — Pois é, mas eu estive aqui há uns dois meses — digo, depois de abraçar ela.

      — Mesmo assim, você faz falta — ela diz. — Senta aí — completa, apontando para uma das cadeiras em frente à mesa dela, ela se senta em uma à minha frente.

      — Imagino que deve estar uma loucura. O Samuel viajou de novo?

      — Como sempre, mas dessa vez ele está em uma conferência no Japão.

      — Caramba, mais tempo do que o normal então — indago, ela concorda com a cabeça. — E como vai a sua nova posição de chefe?

      — Eu não sou a chefe geral — ela diz, mesmo eu sabendo que ela quer se gabar pelo feitio dela. — Mas realmente é um trabalho e tanto. Eu sempre falei o quanto eu sonhei com isso, né?

      — Verdade, chegava a ser insuportável — provoco.

      — Ridículo — ela diz, rindo. — Acho que o Alex chega em meia hora, podíamos ir no Flake — sugere.

      — Pode ser.

      Ficamos mais um tempo conversando até que o Alex entra na sala, com uma case de violão nas costas.

      — E aí, Noah! — ele diz, estendendo a mão para um high five.

      — Como vai? — Correspondo o toque de mão dele.

      — Bem cansado — ele diz, largando as coisas no chão.

      — Ei! Essa não é a sua sala! — Nessa intervém.

      — Só por alguns minutos! — ele implora, juntando as duas palmas das mãos e fazendo cara de cachorro sem dono.

      — Tá bom — ela cede, balançando a cabeça. — Estávamos conversando sobre ir almoçar no Flake, o que acha? — pergunta diretamente para ele.

      — Eu acho uma ótima ideia, eu já estou liberado — Alex diz, olhando a tela do celular dele.

      — Então vamos — Nessa diz, se levantando, faço o mesmo logo em seguida.

      Saímos da gravadora e vamos no meu carro, já que o Alex veio à pé hoje e o carro da Nessa está na oficina.

      O restaurante está cheio como todas as vezes que viemos aqui.

      — E aí! — Robin diz, chegando perto da nossa mesa.

      — Vê o de sempre para nós — Nessa diz, Robin já pega o pequeno tablet para anotar os pedidos.

      — Tiveram algumas mudanças no cardápio, caso vocês queiram ver — Robin completa.

      Todos negam com a cabeça. Aceitamos apenas os nossos pedidos de sempre.

      — Como é Nova Iorque? — Alex pergunta, tomando o suco dele.

      — É agitado, mas parece um pouco com Los Angeles — digo.

      — Você já fez amigos lá? — Nessa dramatiza. — Quer dizer, já achou alguém para substituir a gente? — provoca.

      — Você sabe que não. Além do mais, só tem eu, a Wanda e o Jacob trabalhando lá...

      — Não quero você de gracinha com eles — Nessa diz, rindo.

      — Como quiser! — digo.

      — E como você e a Casey estão lidando, quer dizer, com a gravidez e tal...

      — É um pouco difícil porque eu não consigo estar aqui cem por cento do tempo, mas a gente está tentando — explico, então o Robin aparece, colocando os nossos pratos na mesa.

      Ele assente e sai.

      — Eu sempre achei que entre você e o Alex, ele seria pai primeiro — Nessa confessa.

      — Por quê? — Alex indaga, ele parece ofendido.

      — Sei lá, você namora há cinco anos e vocês já moram juntos há tanto tempo, achei que isso iria acontecer mais rápido com você, sabe, vocês já estão mais prontos... digamos assim — ela tenta explicar o seu ponto de vista.

      — Pois é, mas a gente quer casar primeiro — Alex ironiza, rindo.

      — Bom, mas já que aconteceu primeiro com o Noah, o próximo com certeza é o Alex — Nessa continua, eu só dou risada.

      — E por que você acha que isso não vai acontecer com você? — indago.

      — Eu não estou namorando com ninguém, então no momento é quase impossível — ela explica.

      O meu celular vibra no bolso, é uma mensagem.

      Casey: Oi, temos que ir na consulta à uma hora, aonde você está?

      Noah: Estou no Flake, vem aqui e nós vamos juntos.

      Casey: Tá bom.

      — O que foi? — Nessa se intromete na troca de mensagens.

      — Nada, a Casey só está vindo aqui para a gente ir na consulta — explico.

      — Que legal, mas vocês realmente não querem saber se é menino ou menina? — ela indaga.

      — Quanto mais vocês perguntam, menos a gente quer saber — digo, ela balança a cabeça negativamente.

      — Entendi, McCay — Nessa diz, por fim, comendo o último pedaço do seu burrito.

      Depois de vinte minutos a Casey entra no restaurante, com um vestido preto longo.

      — Oi, gente — ela diz, sentando com a gente.

      — Oi, Cas — Nessa diz, dando um beijo na bochecha dela.

      Alex a cumprimenta com um sorriso.

      — A gente já vai — digo.

      — Até mais — Alex diz.

      — Vou arquivar os papéis que você trouxe — Nessa avisa.

      Andamos até o carro e vamos para o hospital.

      — Preciso te falar uma coisa — Casey diz.

      — O que foi?

      — Bom, digamos que a minha mãe veio morar em Los Angeles...

      — Nossa. Onde ela está morando?

      — Em uma casa por aí, não sei bem qual é o lugar. Ela me ligou para contar tudo hoje de manhã, mas ela já está aqui há um mês — ela explica, parece tem um pouco de raiva ou sarcasmo na voz dela.

      — Entendo, e vocês vão se ver?

      — Então... ela me contou que abriu um estúdio de Yoga aqui e quer que eu vá visitar ela hoje à tarde e...

      — Você quer que eu vá junto — completo, entrando no estacionamento do hospital.

      — Você pode me fazer esse favor? — ela indaga, me encarando.

      Dou um longo suspiro e olho para ela.

      — Eu vou.

      — Obrigada! — ela grita de alegria e me abraça.

      Saímos do carro e entramos no hospital. A consulta é em vinte minutos, então ficamos esperando nas cadeiras do lado de fora do consultório da Doutora Eva.

      — Boa tarde — a doutora diz, quando entramos na sala. Assentimos para ela e a mesma entrega um macacão para a Casey, depois vamos para a maca. — Como você se sente, Casey? — pergunta.

      — Do mesmo jeito da última consulta, só estou um pouco mais cansada e com muita insônia ultimamente — ela declara, enquanto a doutora liga o aparelho.

      — Bom, sinto-lhe informar, mas faltam nove semanas ainda, hoje você está com trinta e uma semanas, tem algum tempinho de cansaço ainda — explica, dando uma leve risada. — Mas pode ficar tranquila, vamos conversar sobre como você deve agir nessas últimas semanas.

      Ela ergue o macacão da Casey e começa a passar o aparelho em cima da barriga dela. Eu fico observando os movimentos.

      — Olha, o bebê de vocês está na posição perfeita para nascer já, mesmo faltando nove semanas ainda, é possível que ele mude de posição, mas vamos monitorando isso até o final do nono mês — ela explica. — Vocês optaram pelo parto normal, certo?

      — Sim — assentimos.

      — Tá bom, por enquanto eu indicaria para você, Casey, algumas aulas de Yoga ou meditações, para ir preparando o seu corpo, já que você precisa dilatar dez centímetros naturalmente, sem nenhuma intervenção médica, por enquanto — ela comenta. — Na nossa próxima consulta você já vai estar com trinta e quatro, já vamos começar a preparar o seu corpo com mais intensidade — conclui, limpando o gel da barriga dela.

      — A gente também organiza o plano do parto? — Casey pergunta.

      — Sim, podemos deixar tudo certo, sobre as descrições de tudo o que vamos fazer, para deixar vocês três seguros — ela explica. — Vocês querem uma cópia do ultrassom? — assentimos.

      Ela tira a cópia e desliga o aparelho, a Casey vai se trocar e nós saímos do consultório e do hospital.

      O celular da Casey começa a tocar e ela anda até o carro respondendo com algumas palavras ou frases curtas.

      — Quem era? — pergunto, quando entramos no carro.

      — Era a minha mãe, ela falou que tem um horário livre no estúdio e ela quer me mostrar ele agora — ela diz.

      — Tá bom, só me fala o endereço.

      Ela coloca no GPS do carro e nós seguimos caminho, leva vinte minutos para chegar até lá, é perto do Campus da UCLA.

      Chegamos em um lugar que tem a entrada parecida com a de uma casa, mas com alguns bancos de madeira brancos do lado de fora, com plantas penduradas por todos os lados.

      — Casey, meu amor! — Uma mulher aparece depois de abrir a porta, aparentemente ela é a mãe da Casey.

      — Oi, mãe — ela diz, retribuindo um abraço demorado.

      — Você deve ser o Noah — a mulher diz, me abraçando por alguns segundo. — Eu sou a Genevieve, mas pode me chamar de Gen, se quiser.

      Genevieve e Casey são muito parecidas, o formato do rosto e a cor dos olhos, são bem verdes, entre o claro e escuro, parecem olivas. Conhecendo a mãe da Casey agora, claramente dá para entender que a Casey é uma mistura óbvia entre a Genevieve e o Jacob.

      — Venham, vamos entrar! — Genevieve convida, empolgada, nos guiando para dentro do estúdio.

      É um lugar cheio de salas abertas com janelas de vidro que tomam conta de quase todas as paredes. O lugar tem colchonetes retangulares com pequenas almofadas no chão.

      — É um lugar lindo, mãe — Casey diz, analisando em volta.

      — É bem calmo — completo.

      — Foi a minha intenção. Queria que fosse um lugar cem por cento iluminado pela luz do Sol, já que ajuda a recuperar as energias — ela explica.

      — Parece ser bem legal ficar aqui — Casey diz, sorrindo.

      — É sim. Bom, eu tenho algumas roupas confortáveis que você pode usar, estão no guarda-roupas ali atrás daquela porta — Genevieve explica, apontando para a porta atrás da gente.

      Casey anda até lá e Genevieve começa a organizar alguns colchonetes.

      — Me conta sobre você, Noah — Genevieve começa.

      — Hum... não sei muito bem o que falar — digo, e é verdade.

      — A Casey me contou que você faz Cinema.

      — Achei que vocês não se falavam — me intrometo.

      — Conversamos poucas vezes, mas ultimamente estamos nos falando mais.

      — Entendi. Sim, eu fiz, na verdade, me formei há alguns meses — explico. — Agora estou trabalhando em Nova Iorque.

      — Interessante, e você pretende voltar para cá quando o bebê nascer?

      — Eu ainda não sei como as coisas em Nova Iorque vão se resolver, eu preciso ficar lá por um ano, depois disso tenho que ver se vão precisar de mim aqui ou lá.

      — Bom, eu não sou ninguém para falar alguma coisa, eu não sei se a Casey já te contou sobre isso, mas quando ela nasceu eu e o Jacob já estávamos quase terminando, no entanto, decidimos manter um relacionamento de aparências, enquanto ele viajava o mundo, praticamente, eu ficava em casa. Algumas semanas depois que a Casey nasceu a minha mãe foi me visitar e eu sumi por um tempo, a minha mãe criou ela por dezesseis anos enquanto eu aparecia algumas vezes por mês, assim como o Jacob fazia o mesmo. — Ela termina de organizar os colchonetes no chão. — O que eu quero te dizer, Noah, é que eu e o Jacob fomos péssimos pais, fomos ausentes e desinteressados. Não quero que isso se repita com o meu neto, não quero que isso se repita com a Casey como mãe, não quero que nenhum de vocês dois abandonem essa criança.

      — Eu prometo fazer o meu melhor — digo, ela abre um sorriso e observa a Casey vindo na nossa direção.

      Ela está com uma calça legging cinza e com um top branco.

      — Só esse top serviu em mim — Casey justifica, quando eu percebo que estou encarando ela.

      — Desculpa — digo, balançando a cabeça.

      — Os peitos dela vão crescer mais do que isso ainda, acredite — Genevieve diz, dando risada.

      — Mãe! — Casey altera.

      — Apenas verdades. — Ela dá de ombros. — Vamos começar, você pode fazer também, Noah.

      Cada um fica em cima de um colchonete em forma de tapete no chão.

      — A primeira posição é fácil, chama-se Postura da Montanha. Vamos deixar um pé ao lado do outro e juntar as palmas das mãos na altura do peito. — Ela demonstra e nós fazemos. — Vamos inspirar, contar até cinco e depois expirar, cinco vezes.

      Fazemos o mesmo movimento repetidas vezes. Depois mais alguns e ela vai falando os nomes e dando as ordens.

      São exercícios calmos e que precisam de muita paciência mesmo para fazer.

      — Agora eu preciso que você ajude ela, Noah — Genevieve diz. — Chama-se Postura da Ponte. Deita em cima do colchonete, Cas. Agora você vai dobrar os joelhos para cima e ir levantando o quadril, enquanto mantém os braços esticados ao lado do corpo. Noah, você pode ajudar ela mantendo os pés dela no chão.

      Não parece ser muito fácil, já que depois de duas séries a Casey está com as bochechas vermelhas e com o cabelo molhado.

      — Está tudo bem, meu amor, pode descansar. Vamos nos sentar no chão e cruzar as pernas em formato de borboleta — Genevieve explica.

      Ficamos mais uns trinta minutos fazendo os exercícios, até que a Casey se troca de novo e eu ajudo a Genevieve a guardar os colchonetes.

      — O que vocês acham de jantar lá em casa hoje? — Genevieve pergunta, enquanto saímos do estúdio.

      — Já temos compromisso hoje, mas podemos ir no final de semana — digo.

      — Sem problemas, se quiserem passar a Ação de Graças com a gente, vão ser muito bem-vindos — ela diz, nos abraçando.

      — Eu te aviso amanhã — Casey diz. — Tchau, mãe, obrigada pelo dia. Boa sorte com o estúdio.

      — Tchau, Genevieve — digo.

      Ela sorri e nos observa enquanto entramos no carro.

      — Aonde vamos? — Casey pergunta.

      — A Amanda e o Gabe nos chamaram para jantar, o que você acha?

      — Tudo bem, eu só não achei que você fosse me incluir nisso — ela diz, colocando o cinto.

      — Se não quiser ir, tudo bem.

      — Eu quero. — Ela sorri e eu dou partida no carro.

      Dirijo até o apartamento.

      A Jadie está tomando café na mesa quando entramos no apartamento.

      — Oi, como vocês estão? — ela pergunta.

      — Bem — Casey responde. — Eu vou tomar um banho.

      Assinto e vou me sentar com a Jadie.

      — Aconteceu alguma coisa? — ela pergunta.

      — Não.

      Ela me encara por alguns segundo e depois volta a focar no café dela.

      Perto das oito horas nós saímos de casa. Eles pediram para irmos em um restaurante no centro, por sorte o movimento não é tão grande assim. Chegamos às oito e quarenta no restaurante. Junto com o Gabe e com a Amanda, de mãos dadas.

      — Oi — Casey diz, quando vê eles.

      — Oi, vocês chegaram — Amanda responde, nos cumprimentamos e entramos no restaurante.

      Depois de algum tempo jogando conversa fora — do Gabe comentando como é a Pós-Graduação dele e da Amanda falando como é exaustivo atuar como Psicóloga Infantil de vez em quando —, a nossa comida chega.

      — Tem mais uma coisa que a gente queria contar — Amanda diz, ela parece apreensiva, como se estivesse nervosa para falar isso.

      — Pode falar, acho que não é como se você tivesse matado alguém, eu acho... — digo, ela dá risada.

      — Bom... — Ela segura a mão do Gabe. — Eu e o Gabe estamos noivos — anuncia, eu apenas intercalo os olhares entre eles.

      — Caramba... — digo. — Isso é incrível — completo.

      — Parabéns — Casey diz, Amanda sorri e mostra o anel de noivado dela, tem uma pedra enorme em cima dele.

      — Quando vai ser o casamento? — pergunto.

      — Ainda não sabemos, mas provavelmente depois da Pós-Graduação do Gabe, queremos juntar dinheiro primeiro e o Gabe termina a Pós só no ano que vem. Precisamos organizar tudo — Amanda explica.

      — Vocês têm muito trabalho pela frente então — digo

      — Pois é — Gabe concorda e sorri.

      — Que bom que vocês decidiram voltar, seria uma tragédia para a humanidade se isso não acontecesse — provoco, eles dão risada.

      Terminamos de jantar e decidimos ir embora. Eles vão para um lado e eu e a Casey vamos para o carro, e depois em direção ao apartamento. Foi um dia agitado e tudo o que eu preciso é dormir agora.

Hey, obrigada por ter chegado até aqui. Primeiramente, queria deixar claro que essa obra é uma parceria com a larissahenkes

O capítulo de hoje foi escrito por mim, espero que tenham gostado.

Deixem suas opiniões, feedbacks e críticas construtivas.

Nos vemos no próximo capítulo.

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