Capítulo 30 - De volta à Moscou
EM 1969, A URSS vivia sob um regime austero liderado pelo Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e pelo Secretário Geral Leonid Brejnev. O período ficou conhecido como a era da "estagnação" ou "Era Brejnev", caracterizada por uma estabilização política e econômica, porém, com um sistema político altamente centralizado e com falta de liberalização.
O país aplicava uma política de controle rigoroso sobre suas fronteiras e a imigração, portanto, a entrada de pessoas de fora era custosa. Visitantes estrangeiros, incluindo turistas, eram submetidos a um processo burocrático complexo e, muitas vezes, sujeitos a restrições de movimento e vigilância por parte das autoridades soviéticas. A obtenção de um visto soviético era um processo rígido e, geralmente, exigia uma justificativa clara para a visita, além de supervisão governamental durante a estadia.
Num passado remoto, eu tinha sido uma cidadã e membro da alta classe aristocrática russa de nome Dasha Grigorevna Vassilieva. Além disso, fazia parte da diretoria da Rassvet, a empresa petrolífera que Costel e eu havíamos gerido nas primeiras décadas do século, e que, mais tarde, viria a ser absorvida por Adon Gorky e transformada na atual Novvy Kordon.
Apesar das dificuldades impostas pelo regime comunista soviético na entrada de seu país, eu ainda me reservava a certos privilégios com minha cidadania russa, e consegui atravessar suas fronteiras sem maiores contratempos.
Era verão na Europa quando desembarquei com a minha pequena comitiva em solo moscovita. Apesar de sua recente temporada de calor, aquele era um dia frio na cidade, e nós encontramos os termômetros marcando onze graus.
Eu estava acompanhada por Saeid Al-Madini na chegada ao prédio que servia como sede da Novvy Kordon e ele havia levado a sua secretária pessoal, Sami, consigo. Atrás de nós, vinham três agentes da escolta particular árabe da Rux-Oil que eu havia requisitado para a viagem, e os homens se mantiveram em alerta o caminho todo do aeroporto até a empresa, levando a sério o que eu os havia dito sobre atenção redobrada a possíveis ataques.
A última coisa que eu precisava era ser surpreendida antes mesmo que descobrisse o que, afinal, o convite até aquele país significava.
— Ótchinh priátna, senhorita Di Grassi. É mesmo uma honra conhecê-la pessoalmente.
Estávamos sentados em torno de uma mesa retangular comprida e lustrosa ao centro de uma sala decorada em estilo imperial russo. Embora não estivesse ali para apreciar a arquitetura do lugar, saltavam-me aos olhos os elementos ornamentados, grandiosos e opulentos que refletiam a influência do design da era dos czares que eu, até certo ponto, havia conhecido de perto há mais de um século.
O homem sentado na cabeceira da mesa era um senhor de sessenta anos, cabelos brancos, cavanhaque espesso no rosto quadrado e olhos azuis fulgentes. Havia se apresentado a mim como o legítimo Theodor Constantinescu, o presidente da petrolífera que visitávamos e, enquanto ele falava, eu só conseguia pensar em quão absurda era toda aquela farsa.
— Espero que tenha feito uma boa viagem e que tenha descansado durante o voo até Moscou. Temos assuntos muito importantes para tratar hoje.
Saeid e Sami estavam perfilados perto de mim enquanto os nossos guarda-costas vigiavam a porta do lado de fora. Do outro lado da mesa, havia um assistente de "Constantinescu" pequeno e alabastrino trajando um terno cinzento que parecia anotar tudo que falávamos em um caderno. Estava perfeitamente à vontade na nossa presença e não portava nenhum tipo de arma nos bolsos do paletó. Tudo que recendia de suas roupas perfeitamente asseadas era um perfume adocicado de jasmim.
— A viagem foi tranquila. A Aeroflot tem assentos realmente muito confortáveis a bordo.
Eu estava disposta a saber qual era a jogada do falso Theodor e a razão de eu estar naquele escritório pomposo. Desde que cumprimentara o velho a presidir a reunião, eu havia estampado no rosto um sorriso simpático e meus gestos eram polidos, mas todos os meus sentidos estavam em alerta máximo, percebendo o nosso entorno e esperando o momento em que, finalmente, o verdadeiro Theodor daria as caras para me apunhalar.
— Tenho que parabenizá-la pelo crescimento exponencial de mercado de 46% da Rux-Oil no último semestre, senhorita Di Grassi. Certamente, a descoberta das reservas de petróleo e gás na costa britânica significou um grande avanço em seus negócios.
— Na verdade, 47,6% — Saeid interrompeu o homem quase que instintivamente. Era obcecado por estatísticas e costumava acompanhar todo o crescimento financeiro da empresa na ponta do lápis.
— Prastíti?
O velho parecia insultado pela interrupção e a correção dos valores exatos feita por meu assistente.
— Mil perdões, senhor Constantinescu. Meu assistente só estava sendo muito didático. Ele não quis ofendê-lo.
Saeid engoliu em seco ao perceber a gafe, mas não voltou a se pronunciar. Ele e Sami permaneceram atentos durante a minha deliberação com o velho Theodor e, pelos próximos vinte minutos, nós dois discutimos assuntos referentes a maquinários de perfuração, preço do petróleo no mercado estrangeiro em rublos, dificuldades de mercado com a Guerra Fria e outros temas que só serviam para alongar desnecessariamente a minha estadia na União Soviética. Quando me cansei de toda aquela chateação, o questionei diretamente o motivo de eu estar ali, e ele me foi direto:
— Eu a chamei aqui para sugerir uma aliança entre nossos blocos comerciais, senhorita Di Grassi. Como bem sabe, os ocidentais têm implementado uma série de políticas de restrição à importação de nosso petróleo e gás. Eles visam limitar as transações comerciais soviéticas para prejudicar a nossa economia, e uma parceria com a Rux-Oil nos seria de grande valia como forma de entrada do nosso produto no mercado estrangeiro.
De repente, eu estava sendo convidada a me aliar aos soviéticos em plena Guerra Fria, colocando em risco a boa relação que mantinha com alguns países do lado extremo daquele conflito. Eu não deveria nem considerar tal sugestão, mas lhe dei corda.
— Interessante. E de quanto seria a porcentagem de lucro da Rux-Oil para fazermos a ponte entre vocês e seus possíveis clientes do eixo ocidental?
Theodor manteve o dedo indicador em riste sugerindo um segundo para responder. Apanhou o aparelho de telefone vermelho que encimava a mesa, do seu lado direito, e discou um número curto.
— Vou chamar a senhorita Mikhailova para que ela lhe informe os detalhes.
Aquele nome aguçou todos os meus sentidos de uma só vez. Depois de tanto tempo, eu finalmente estaria frente a frente com a mulher-vampira que estivera assistindo as ações perniciosas de Costel em todos aqueles anos, desde que eu o havia visto pela última vez em Donetsk, recém-dominado por Thænael, em 1928.
— Ah, aí está ela. Aproxime-se, senhorita Mikhailova. Deixe-me apresentá-la à senhorita Di Grassi.
A mulher que adentrava o escritório tinha estatura mediana, cabelos loiros ondulados e olhos verdes faiscantes. Batia em tudo com as descrições feitas a mim por Alex, e se parecia muito com a silhueta borrada que eu havia identificado nas fotografias em preto e branco tiradas pelos empregados de Lucien Archambault, há alguns anos.
— Ótchinh priátna — ela me cumprimentou com um aperto de mão firme e um sorriso cínico no rosto. Diferente do velho à cabeceira da mesa e do rapaz asseadinho sentado de frente para mim, não havia nada de humano nela. O ritmo cardíaco lento, a respiração espaçada e até a temperatura corporal indicavam que ela era mesmo uma vampira... ou algo muito pior.
No momento em que soltei a sua mão, eu decidi que queria terminar com aquele engodo. Me levantei de meu assento e indiquei que Saeid e Sami se retirassem do escritório.
— Mas, senhorita Di Grassi, nós ainda não concluímos...
— Saia agora, Saeid, e leve a Sami com você.
Enquanto a dupla deixava a sala com os pensamentos confusos e sem entender a razão da minha exaltação, eu me fixei no rapaz em frente, e enfatizei:
— Você também, garoto. Se manda!
Após uma confirmação visual com o velho de que ele devia mesmo sair, o assistente pegou o caderno, a caneta e se apressou em direção à saída. Quando ele estava longe o suficiente da porta para não nos ouvir mais, lancei um olhar firme de um para o outro, começando pela loira.
— Vamos acabar logo com os joguinhos. Vocês não me chamaram aqui para sugerir uma parceria entre as nossas empresas. Por que não param de atuar e falam logo o que querem? Onde está Costel? O que ele está tramando?
Havia um ar de genuíno desconcerto no semblante do homem com as minhas questões, mas Yuliya mantinha-se álgida. Ela tinha desfeito o sorriso debochado e trocou um leve olhar com o "chefe".
— Deve estar havendo algum tipo de equívoco. De que jogo está falando, senhorita Di Grassi? Quem é Costel?
A pulsação do velho tinha se acelerado, e aquilo podia ter dois significados: ou ele estava apreensivo pela maneira ríspida com que eu o estava tratando, ou o canalha estava mentindo.
— Não se faça de desentendido. Você não se chama "Theodor Constantinescu", e sabe muito bem quem é Costel. Eu estava com ele na época em que o meu irmão criou essa identidade para que nós dois comandássemos juntos o mercado petrolífero russo na época. Eu sei muito bem que você é apenas um fantoche que ele usa para se fazer passar por ele e enganar as pessoas.
O ritmo cardíaco continuava intenso por baixo do terno alinhado e da gravata rubra. Seus olhos desviaram dos meus para os de Yuliya, parada em pé do outro lado da mesa.
— Eu não faço ideia do que está falando, senhorita Di Grassi. Isso é um insulto. Eu a chamei aqui para negociarmos uma parceria, mas não pensei que trataria com uma louca desvairada!
Por um instante, suspeitei que o velho era mesmo um ator de teatro a nível shakespeariano tal era a qualidade da sua atuação. Das duas uma: Ou ele estava encenando com perfeição o papel da sua vida, ou ele realmente acreditava ser o presidente da Novvy Kordon.
— Eu sei que Costel o usa para se fazer passar por "Theodor Constantinescu" e comandar a empresa enquanto ele atua nos bastidores. Sei muito bem qual é o seu papel nisso tudo, velhote. Você não me engana!
Seu rosto assumia um tom enrubescido. Ele estava mesmo enraivecido pela maneira insultuosa que eu me dirigia à sua pessoa.
— E você, "senhorita Mikhailova" — me virei para a loira na borda extrema da mesa — Você é a cadelinha vira-lata de meu meio-irmão. Sei muito bem que o tem ajudado todos esses anos em seus planos malignos. Cooptando, traindo e enganando em seu nome. Me diga. Qual é a jogada de vocês? Por que me atraíram até aqui? Qual é o plano perverso para me apunhalar dessa vez?
O falso Theodor perdeu a paciência e tornou a empunhar o telefone para, agora, chamar a segurança do local. Enquanto eu ouvia os passos dos guardas da empresa se aproximando da sala, a mulher loira me fitou com fisionomia fria, e disse, sem titubear:
— Eu não sei sob o efeito de que tipo de alucinógeno você se apresentou hoje a meu chefe para fazer tantas acusações infundadas, mas certamente, a senhorita está muito alterada para continuar aqui. Essa reunião está encerrada.
Meio segundo depois, quatro homens de porte físico avantajado usando ternos caros invadiram a sala e se encaminharam em minha direção para me conduzir à saída. Imediatamente, os seguranças da Rux-Oil se interpuseram entre nós e houve um breve embate entre os russos e os árabes.
Enquanto eles se estranhavam, acompanhei Saeid e Sami até as escadas do prédio, e começamos a descer para o térreo. Eu tinha ficado muito aborrecida com toda aquela situação, porém, parte de mim começava a se questionar se havia mesmo ocorrido uma atuação ali.
E se aquele homem for, de fato, Theodor Constantinescu? E se o Costel usou da identidade de um homem real para construir o seu personagem de empresário rico e bem-sucedido? E se eu nunca soube realmente a verdade por trás de toda aquela história da compra do grupo Novvy Kordon após o falecimento de seu antigo dono, Adon Gorky?
♦
A noite já havia caído por completo sobre Moscou, e os trabalhadores seguiam para as suas casas andando apressados pelas vias públicas e ruas da metrópole agitada.
Depois de despachar Saeid e Sami para o hotel e dispensar o auxílio dos guarda-costas da Rux-Oil, eu aluguei um veículo em uma loja do centro e fiquei de vigília em frente ao prédio da Novvy Kordon, aguardando o fim do expediente da empresa.
Toda aquela história de acordos comerciais, mentiras e atuações no escritório ainda estava entalada na minha garganta, e era difícil digerir que eu havia sido chamada ali para nada. Havia uma razão para que eles me quisessem naquela cidade naquele dia específico. E eu precisava saber qual era.
Eu não sabia bem o que podia esperar ao seguir Yuliya após a sua saída do escritório, mas não titubeei em dar partida no modelo econômico russo que havia arranjado para a ocasião e perseguir o táxi em que a mulher embarcou tão logo deixou o prédio.
Vamos lá, vadia. Me leve até seu líder.
Segui o táxi em velocidade constante da saída de Tverskaya até o norte de Tverskoy, um dos bairros residenciais mais caros e mais conhecidos de Moscou. As casas por ali eram, em sua grande maioria, luxuosas, mas tive que reduzir a marcha conforme adentrávamos uma viela um pouco menos nobre, a quase trezentos metros de sua entrada.
Parei o carro a uma distância segura, de modo que os sentidos ampliados da moça não acabassem captando a minha presença, e fiquei a observá-la a saltar do táxi pela esquerda, e a se meter em um beco suspeito, entre um sobrado largo e uma casa em estilo arquitetônico imperial.
Não tão rápido, vagabunda. Espere por mim.
O táxi seguiu viagem agora sem sua passageira, foi quando resolvi descer do carro para segui-la a pé. Eu tinha vestido o meu antigo sobretudo italiano com os bolsos internos extras, e as duas Berettas em seus coldres roçavam meus seios por dentro da roupa, prontas para entrarem em ação.
Me aproximei do beco com cautela, atenta aos sons e odores à minha volta. O bairro estava bastante silencioso para aquele horário, e a temperatura já havia atingido quase os três graus quando a minha audição captou movimentação acima da minha cabeça, no alto dos telhados circundantes.
Ah, droga! Como sou estúpida!
Eu estava agora em meio ao beco, cercada por paredes altas de mais de cinco metros de altura cada, e não havia qualquer sinal de Yuliya ou Costel ali. Sem que eu suspeitasse, a megera havia me atraído para uma armadilha e, de repente, eu não era mais a caçadora e sim a caça. Fiquei cercada por seis vampiros que saltaram dos dois telhados para o chão do beco, prontos a me atacar.
— Pensou que escaparia do Concílio de Sangue para sempre, vadia?
Randolph Delacroix liderava a missão de captura, e estava acompanhado de outros cinco vampiros que eu desconhecia. Havia uma mulher com eles, de pele preta, cabelos curtos e olhos vermelhos. Se parecia muito com Arnaud, o sujeito mal-encarado que eu conhecera em Montbéliard, e eu não demorei a deduzir que devia se tratar da outra filha adotiva de Adela Quinn, Maeve.
Não houve interlúdio, e os seis se precipitaram sobre mim sem piedade. Diziam para si mesmos em pensamentos que estavam ali para me capturar e me levar para Lucien, mas atacavam com ferocidade, como que prontos a me arrancar alguns pedaços.
Fui jogada contra uma das paredes antes que pudesse alcançar as minhas pistolas, e tive que jogar duro para resistir a seus golpes. Perto de mim, eles eram jovens e menos experientes, mas eram incrivelmente habilidosos e mais bem-treinados em artes marciais do que eu.
Então vai ser na grosseria mesmo, pensei, um segundo antes de encaixar um chute no estômago de Maeve e ver a garota cuspir sangue com o impacto.
Tive tempo de aplicar um soco no nariz de outro dos acompanhantes de Randolph, estraçalhando a sua cartilagem, mas fui jogada ao chão por um golpe giratório de pernas de um terceiro sujeito, que usou Karatê para me atingir.
— Detenham-na. Lucien a quer viva.
A minha queda me deu tempo suficiente para sacar as duas Berettas de meus coldres. Havia munido as pistolas com balas de prata, semelhantes às que usava na época de agente da Teia, e o efeito foi devastador na testa do garoto que havia me atirado ao chão.
— Sacrebleu!
A interjeição assustada de Randolph seguiu-se de dois novos estampidos de tiros que vitimou outro de seus colegas. O tipo, que era um ruivo de rosto sardento, caiu morto no chão antes que soubesse o que o havia atingido. Menos disposta a se sacrificar em nome da missão, Maeve Quinn começou a correr no sentido contrário ao que estávamos, e buscou se salvar das balas. Um segundo vampiro a seguiu, e também disparou a correr, assustado.
No momento em que os meus dois pentes descarregaram, Randolph aproveitou a oportunidade para tentar a sorte novamente e me capturar. O último de seus colegas a acompanhá-lo tinha sido atingido no ombro por um de meus tiros de prata, e cuspia sangue enquanto seu ferimento infeccionava e o matava dolorosamente por baixo do casaco.
— Maudite femme!
Mesmo ferido, o sujeito desconhecido agiu no intuito de me acertar com chutes e serviu de distração, enquanto Randolph agarrava o meu pescoço e me pressionava contra a parede às minhas costas. Havia ódio no rosto do garoto de cabelos compridos e, por um instante, li em sua mente que ele estava disposto a desistir da sua missão de me capturar. Agora, ele queria vingança pela morte dos dois amigos naquele beco, e ele mesmo a traria até mim.
— Vou acabar com você, Alina da Valáquia! Seu legado termina aqui!
Eu sentia os dedos firmes de Delacroix tentando penetrar a carne do meu pescoço no momento em que o som de um objeto metálico girando no ar zuniu em meu ouvido. De repente, o amigo de Randolph parou de reagir e caiu para a frente, imóvel, atingido na nuca por uma lâmina curva e afiada com uma borda pontiaguda e outra em forma de gancho.
— Que diable?
Antes que obtivesse a sua resposta do que havia acertado seu parceiro, eu senti as mãos de Randolph se afrouxarem em meu pescoço e o seu corpo se sacudir à minha frente. Uma outra lâmina com a espessura de uma espada atravessou-lhe o peito por trás, e começou a subir em direção ao topo da sua cabeça, cortando-lhe ao meio.
— Puta que pariu!
O sangue do lacaio de Lucien Archambault esguichou quente em meu rosto enquanto as duas metades do que antes era o seu tronco caíram para os lados. Uma figura de ombros largos e porte elegante surgiu das sombras do beco moscovita e, tão logo a iluminação pública refletiu em seu rosto de ébano, eu reconheci a imagem de Akanni a sorrir para mim.
— Desculpe pelo sangue. Não achei que a minha lâmina fosse fazer tanto estrago nesse vampiro. O desgraçado derreteu feito manteiga!
A minha pulsação ainda estava acelerada, mas à medida que eu realizavaque estava na presença do meu anjo da guarda, eu comecei a relaxar.
Ótchinh priátna = muito prazer
Aeroflot (companhia aérea estatal da União Soviética)
Prastíti = Perdão?
Sacrebleu = Caramba (para ser educado)!
Maudite femme = Mulher maldita
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