A FIGURA FANTÁSTICA do vampiro povoa o nosso imaginário há muito tempo e é quase impossível dizer que pelo menos uma das tantas obras publicadas sobre o assunto não nos tenha impactado de maneira positiva. Desde o livro Drácula — lançado por Bram Stoker em 1897 —, passando pelo longa metragem Nosferatu — dirigido por F. W. Murnau e roteirizado por Henrik Galeen em 1922 — a Cultura Pop, de uma forma quase geral, tem bebido muito na fonte da lendária criatura das trevas que se alimenta de sangue — é provável que você tenha se lembrado também de Crepúsculo, The Vampire Diaries, True Blood, Anjos da Noite e tantas outras criações — e não deixa de ser uma tarefa hercúlea criar algo que seja totalmente inovador nos dias de hoje com esse tema.

Por que então escrever uma história sobre vampiros, Rodman?

Bem, em primeiro lugar, é necessário ressaltar que meu intuito com Alina e a Ordem do Portal de Fogo não é e nunca foi lançar algo completamente inédito sobre o mundo dos vampiros, mas sim contar uma história sobre uma personagem que, por acaso, é uma vampira.

Isso parece complicado, Rodman!

Pois é! Até eu achei no começo, mas devo dizer que gostei muito do processo de criação, bem como o resultado final.

A Alina nasceu há muitos anos de uma ideia que tive de inserir um vampiro em um grupo de super-heróis que eu estava desenvolvendo, e eu nunca sequer tinha pensado num background para a personagem. Na época, eu queria mesmo era explorar as capacidades físicas de um "moroi" em um cenário de ação, algo como ter na linha de frente de uma batalha alguém capaz de levar chumbo grosso e possuir a capacidade de se regenerar com facilidade, bem como contra-atacar com ferocidade. Assim como um Wolverine nos X-Men! "Cara! Imagina só como isso ia ser massa!". A personagem estava lá. Seu codinome — infame! — era Vampíria, ela usava um sobretudo e roupas pretas. E era só isso. Nada de Alina. Nada de origem. Nada de passado sofrido.

A ideia para a origem da personagem surgiu muito tempo depois e acabou se mesclando à minha paixão por História Contemporânea. Eu amava as aulas sobre a Segunda Guerra Mundial na escola, devorava livros sobre o começo do século XX, gostava de estudar mapas geográficos, saber nomes de cidades históricas, capitais mundiais — o que mesmo assim, claro, não me tornou um especialista! Ter uma personagem imortal que poderia estar viva ao longo desse período inteiro era excitante e foi assim que construí a base para a Alina Grigorescu. E sim, eu me apaixonei ainda mais por ela!

Alina e a Ordem do Portal de Fogo é resultado de horas e horas de estudos, leitura sobre a Romênia do início do século XX, sobre todas as guerras que se sucederam à da Crimeia na Europa e, principalmente, como o mundo em conflito acabou afetando o destino da personagem; seja fazendo-a se tornar uma dama da sociedade russa pré-União Soviética ou a obrigando a embarcar rumo à América do Sul.

Óbvio que erros históricos ocasionais devem ter sido cometidos nessa construção de enredo — afinal, sou um designer gráfico que ousou querer falar sobre História de forma adulta! —, e exatamente por isso, peço perdão a possíveis historiadores profissionais que venham a ler esse texto.

Alina e a Ordem do Portal de Fogo é uma homenagem às grandes histórias sobre vampiros que permeiam nossa imaginação desde a criação máxima de Bram Stoker, por isso, contém descrições de violência, sexo e nudez, não sendo recomendada para MENORES DE 18 ANOS.

Os detalhes do desenvolvimento desse livro, minhas inspirações como autor e como foi criar o universo de Alina estão lá no meu blog, em um post especial:

Espero que se divirtam e acompanhem a leitura degustando uns "bons drinks". NAMASTE!

Rod Rodman

DESCRIÇÃO DA CAPA

Em primeiro plano, uma vampira usando trajes negros aparece de costas segurando uma lâmina rapieira em sua mão direita e uma pistola na esquerda. Ela observa um portal circular em cor alaranjada (simulando fogo) onde se vê em seu interior espectros sinistros com asas (podendo ser interpretados como seres demoníacos). O portal tem em suas laterais duas torres que geram raios e há uma névoa na parte do solo, gerada pelos equipamentos tecnológicos.

Ao fundo da imagem, atrás do portal, se observa uma montanha escura em um céu roxo. À esquerda do quadro, de maneira esmaecida, aparece o rosto da vampira, com pele pálida, cabelos negros e olhos azuis. Sobre a sua boca, percebe-se respingos de sangue num vermelho escuro.

No topo do quadro, aparece o logotipo "Alina" em tamanho maior, com letras pontiagudas e abaixo, em tamanho menor, "e a Ordem do Portal de Fogo". 

Na parte inferior da página, aparece o nome do autor, "Rod Rodman" em vermelho.