CAPÍTULO 4


𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 ❛Passado❜

❛ato um: amanhecer!❜

𝐀 𝐔𝐋𝐓𝐈𝐌𝐀 𝐕𝐄𝐙 𝐐𝐔𝐄 𝐉𝐎𝐇𝐍𝐍𝐘 𝐋𝐀𝐖𝐑𝐄𝐍𝐂𝐄 𝐕𝐈𝐔 𝐀𝐋𝐈 𝐌𝐈𝐋𝐋𝐒 𝐅𝐎𝐑𝐌𝐀𝐋𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐅𝐎𝐈 𝐍𝐎 𝐓𝐎𝐑𝐍𝐄𝐈𝐎 𝐃𝐄 𝐂𝐀𝐑𝐀𝐓𝐄 𝐀𝐋𝐋 𝐕𝐀𝐋𝐋𝐄𝐘 Seu cabelo estava fofo e seu sorriso era radiante; linda, como sempre. Johnny passou anos sonhando com ela: como seria beijá-la e abraçá-la novamente. Chegou um ponto em que ele desistiu. Ali não voltaria para ele.


Porém, talvez a vida, pela primeira vez, tenha tido pena dele, porque, bem na sua frente, estava uma garota que poderia ter se passado por uma cópia de Ali.

- Foi como brincar de "encontrar as diferenças entre essas duas imagens". Não eram muitas...

Mas lá estavam elas, sutis como uma fragrância: a cor dos olhos, as covinhas que se formavam nas bochechas da jovem e a maneira como ela o olhava.

- Sensei? - A voz confusa de Miguel o tirou de seus pensamentos.

- Qual é o seu sobrenome? - Johnny questionou, franzindo a testa, a curiosidade brilhando em seus olhos azuis. Havia a possibilidade de que aquela garota fosse parente de Ali; tinha que ser.

- É Mills.

- Meu nome é Lara Mills. - A garota sorriu, e suas bochechas assumiram uma expressão suave.

Johnny olhou-a diretamente nos olhos, e seu rosto suavizou-se ligeiramente. Ela era... exatamente como ela. O mesmo que Ali.

- Bem, treine você mesma. Díaz lhe dirá como. - O loiro virou-se novamente para seu escritório, com ar pensativo, mas parou no último momento para olhar para ela novamente.

- Vamos. Não olhe para mim, há trabalho a fazer. - Ele não conseguia parar de pensar que um fantasma o estava atormentando.

Especificamente, o fantasma de Ali Mills.

No final da aula, Lara acabou suada e corada, mas feliz.

Tinha um pressentimento bom. Ainda não sabia exatamente o quê, mas ali estava, latente.

À sua esquerda estava Miguel e, à sua direita, Eli, hoje mais conhecido como Falcão. Lara adorava o cabelo do menino, mas nunca lhe contaria.

- Ei, Mills! - Falcão virou-se para ela e sorriu zombeteiramente. - Estou ansioso para ver se você tem potencial.

- Deixe-me em paz. - Lara olhou para ele com uma sobrancelha levantada.

- Vocês não deveriam mexer com ela. - Miguel se aproximou da dupla e deu uma risadinha ao olhar para a garota.

- Sensei gosta dessa garota. - Falcão riu e gentilmente empurrou Lara com a mão.

- Você ouviu, Mills? Sensei gostou de você.

- Pare com o absurdo. Sensei não gostou de mim. - Lara revirou os olhos.

- O Sensei é uma boa pessoa e busca o melhor para nós.

- Sim, sim. - Falcão balançou a cabeça, mas manteve o sorriso.

- Diga o que quiser, Mills.

- Nós sabemos a verdade. - Ele zombou.

- De qualquer forma, Lara já tem namorado. - Miguel fez beicinho.

- Isso é assustador, eu juro.

- Geralmente, ele é doce... como um bolo. - Lara sorriu, e aquele olhar clássico de amantes apareceu em seus olhos.

- Ele é especial.

- Todos dizem isso quando estão apaixonados. - Destacou Falcão, obviamente irônico.

- Não podemos conversar bem com vocês. - A garota franziu a testa, irritada, e mostrou-lhes o dedo médio antes de se afastar dos dois.

- Mills! - Falcão a chamou.

- Não vá. Ele não quis dizer isso.

- Ah, certo? - Lara retrucou.

- Ugh, isso é coisa de menina.

- Você está esquecendo que ela é uma garota? - Miguel expressou, apontando o dedo para Lara. - Literalmente.

- Ei! Não sou uma menininha. - Corrigiu Lara.

- Eu sou boa.

- Sim, claro.

Miguel riu daquele comentário.

Agora foi a vez de Lara rir. Ela se aproximou de Falcão para empurrá-lo de leve.

- Você nos tornou poetas.

- Muito engraçado.

- Já não é tão legal, né? - O garoto de olhos cor de mel olhou para ele triunfante.

Os olhos claros de Falcão brilharam novamente de orgulho, e ele disse:

- Nossa, ainda acho isso hilário.

- Você quer que eu te dê uma carona?

Robby saiu do ônibus com uma aura agitada. O dia não tinha sido dos melhores por causa do primo do seu chefe, que armou armadilhas para fazê-lo falhar...

E, como um tolo, ele caiu em cada uma delas. Quão ingênuo e inocente ele parecia. Pelo menos, o Sr. LaRusso viu algo de bom nele, e essa era a única coisa reconfortante na situação.

Ok, talvez sua "vingança" contra o pai não estivesse saindo como planejado. No entanto, Robby se sentia confiante.

Ele sorriu ao ver a casa de Lara de longe e acelerou o passo para chegar mais rápido.

Estar com a garota era a única coisa estável em sua vida.

Eles eram amigos desde os 12 anos e estavam juntos desde os 15.

Lara Mills era sua rocha.

- Porra, Mills. - A voz de um garoto o tirou de sua viagem pela estrada da memória.

- Você é mimada, não é?

- Você poderia calar a boca por um segundo? - A voz de sua namorada parecia irritada, mas não o suficiente para indicar problemas.

- Não. Você torna tudo muito divertido para se preocupar. - O menino tinha o cabelo tingido de azul e espetado, usava um moletom preto e tinha um olhar arrogante.

Robby nunca o tinha visto antes e já estava cheio de ciúmes. Agora, não precisava mais se preocupar apenas com o cara do supermercado, porque agora tinha outro.

O pior é que esse garoto de cabelo azul parecia um valentão, e Robby odiava valentões.

Eles o lembravam de seu pai. Johnny Lawrence era seu nome.

Seu pai era um assunto delicado, e isso era bem conhecido. Aquele homem de olhos azul-safira sempre carregava uma aura intimidadora e seu rosto, apesar de bonito, quase sempre era sério.

- Cale a boca, Falcão. Você vai alarmar os vizinhos.

- Cale-me. - Ele se aproximou de Lara.

Robby franziu a testa, e seu rosto ficou vermelho. Aquele bastardo não tinha vergonha.

Ele começou a se apressar para chegar à entrada com seus olhos verdes brilhando.

- Não vou cair nessa. - Lara negou.

Robby se acalmou um pouco, observando a reação da garota.

- Saia daqui agora se não quer que eu te bata amanhã.

- Que violento. - Repreendeu-o Falcão.

- O bom é que primeiro deixamos o Miguel no apartamento dela. Talvez ele estivesse com medo agora.

- Você é um selvagem.

- Eu? - O jovem de cabelos azuis arqueou a sobrancelha.

- O único selvagem aqui é você. - Ele disse, despedindo-se.

- Até amanhã, Mills.

Robby esperou o outro garoto sair para poder abraçar a namorada por trás. Seu ciúme já havia se acalmado... mais ou menos.

- Esse! - Lara gritou e deu um leve tapa nele.

- Robby!

- Sim, meu amor? - A voz do loiro soava melosa enquanto ele apertava os braços em volta da cintura de Lara.

- Você quer me matar? - Lara se aconchegou em seu abraço.

- Sim, mas por amor. - Robby beijou seu pescoço e a apertou contra ele.

Lara se virou e o beijou, percebendo que os lábios do loiro tinham gosto de baunilha, como sempre.

Ele agarrou o cabelo dela com a mão direita e a puxou para mais perto com a esquerda.

Lara Mills era dele.

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