Solitude

Quantas vezes será preciso?
Olhar ao redor e severamente ver
Apenas indícios inconcisos? 
Dissidentes, tudo tentam para sobreviver. 

Selado pelo tempo hostil,
Tocou rosas espinhentas e ferozes,
Capazes de mostrarem o covil
De incontáveis segredos e neuroses.

Devaneios mordazes infinitos,
Noites paralelas assombradas,
Reflexões decadentes aterradas,
Palcos incrédulos de aflitos. 

Danças madrugueiras particulares.
Um esqueleto, uma sombra. 
Desengonçados atores singulares
Nessa lúgubre façanha medonha. 

Pois o social fugiu para o além
Enterrou-se num caixão invisível
Protegido da atitude impassível,
Como se ela fosse uma doença de Salém. 

Queimaram-no com o silêncio disfarçado.
E julgaram, e falaram, e se afastaram. 
Restando somente aparições do estilhaçado
Universo fictício quando se calaram. 

Ele sabe que morre a cada dança.
Vê o quanto é insignificante,
Percebe a juventude esvair-se sem esperança
Num ritmo veloz e sufocante. 

Tão sem fim...

Enfrentando o destino já aceito,
Porque ficará para sempre sozinho;
No canto do cômodo mais rarefeito,
Onde habitam brisas frientas vizinhas. 

Ele era o único que possuía,
De todos na sala do aviso,
Esparramados em fileira sombria, 
O mais triste sorriso. 

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