Querido Diário,

Marcada pelo destino está a morte
Da minha alma onde há passaporte
Para cego ir à chancela gangorra da vida
Com alegria que, torpe, o Diabo duvida

Pois à minha era não sei se pertenço
De cobiça, agonia e dor, me convenço
Que se chamar pelo amor no exílio
Ele rirá das vãs gotas em meus cílios

Nesta idade patética ouço dizer: 
"Encontrarás paixão para si bendizer"
Mas oblíquo ando pelo vale escuro
À espera eterna de um sonho procuro

Queria, na noite, a um coração pertencer
Longe desta alcova onde irei adoecer
Se lágrimas caírem no vazio imortal
Ou ventos soarem no meu funeral.
 

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