Juventude Perpétua

Olho o Céu, mas temo o Éden egrégio
Ora, meu lugar está na criança eterna
Onde um morcego na aurora hiberna
Pois a morte a mim é um sacrilégio

Ah! Viverei pelo atemporal sem padecer
Enquanto outros, no fim, verão anoitecer
E sofrerão, por ventura, da ímpia velhice
Sempre que os ver, coitados, em tal cafonice!

Para todo o sempre, nunca direi jamais
Ainda que cace em teus olhos o destino
Ele próprio se definhará por meu desatino
E se queimará, sozinho, em chamas cabais

Quem quer viver pela eternidade?
Deixe-me mostrá-la a imortalidade!
Basta um leve toque, e tu sentirás
Tua veia se abrir, meu amor, e já não morrerás. 


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