Delírios do Eu

Aquarelas, gritos, vísceras e sons
Lamentos trocados em segredo, fótons
Luzes dançando num mar de dores
Golpes no vácuo, vitrine dos bastidores

Penso e colapso.
Ouço o que não há aqui
 Navego entre mundos, tomo um chá ali
Pisco, lembro, um lado a outro, e esqueço
Absurdo e grotesco.
Neste lugar desvaneço

De quem é aquela voz no fim do abismo?
São os que se foram? Um cruel sofismo?
O antes e o depois. O agora. O Além.
Vistos e não vistos. Há um certo alguém.

Enveredei por encruzilhadas e vis tumbas
Fugir-me-ei do pesadelo, nesta penumbra?
Vultos estrangulados choram, suor carmim
O caos se ergue, grave, e perco-me de mim

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top