Caída

Dormente passa a seguir um preto gato
A menina cujo passado é torto e abstrato
Na silente névoa do eclipse está perdida
Pelo bosque selado e deserto está rendida

Mas olhe só! Na trilha opaca há uma falha
Então eternamente ela gira, como migalha
Do seu murcho coração ferido e sangrento
Que rasteja, duro, no subterrâneo friorento

Só, no roxo céu seus sonhos ela derrama
Pelas vis criptas lodosas de poucas ramas
Transborda-se, repleta de mágoas e dores
Imersa em hostis fainas de íntimos teores

Queria ela, desaparecer crua pelo tempo
Afundar tão distante pelo esquecimento
E perguntar-se: isso é real ou imaginário?
A resposta é cair para sempre no mortuário

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top