Traição
Algustus andava de um lado para o outro em sua sala. Ligará mais de dez vezes para Amélia sem obter respostas.
Sua vampira estava realmente magoada com que ele havia feito. Mesmo convivendo com ela por séculos, não tinha ideia de onde encontrá-la. Pior seria se resolvesse falar para alguém sobre Aless.
Apesar de não ter lhe contado toda a história, sabia que ela era inteligente o suficiente para encaixar as peças.
Apressado guardou o celular no bolso, apanhou seu terno e seguiu para seu apartamento. Ao entrar seguiu para seu cofre ao digitar a senha 12/07 sendo esse o aniversário de Patrícia. A porta de metal se abriu revelando o cubo de luz brilhante.
Adrian não se sacrificaria pela humana, mas ele sim era capaz disso.
Apanhando o objeto, o colocou dentro de uma outra caixa de madeira. Daria a bruxa o que ela queria, em troca da segurança de Aless, e quando chegasse o momento certo lhe diria a verdade.
Dirigiu em alta velocidade pelas ruas pouco movimentadas até chagar a um prédio no centro da cidade. Passou pelo Hall e seguiu para a recepção. Se quer precisou se apresentar os olhares que o encaravam, mostrava conhecimento de sua condição.
- Que bom que resolveu voltar. - uma voz feminina vinda de trás de si chamou sua atenção.
Poucas pessoas conseguiam surpreender um vampiro, e Aurora era uma dessas poucas.
- Aurora. - ele sussurrou ao se virar.
- Ela está esperando por você. - a moça dos cabelos cinzas falou ao lhe dar as costas. - venha comigo.
Algustus certo tempo chegou a desejar a moça a sua frente, cujo os olhos lembrava a Aurora boreal lhe fazendo juízo ao nome, tão poderosa quanto qualquer outra bruxa porém seus dons se diferenciava, Aurora podia criar mundos alternativos na mente de seus oponentes, levando os a loucura temporária. Semelhante a um bruxa Dreams que podia matar em sonhos. Ela trazia os sonhos a realidade.
Algustus não conseguia entender como os mestiços conseguiam ser mais fortes do que aqueles que se achavam puros.
Ele seguiu Aurora até a cobertura, a moça parou diante de uma porta de metal dourada e ao bater duas vezes a mesma se abriu.
- Pode entrar. - ela falou ao lhe dar passagem.
Algustus engoliu o no que se formou em sua garganta e seguiu. A bruxa estava deitada em um divã vermelho. Ao se levantar seu vestido preto com fendas dos lados voou lhe dando um ar místico e sedutor.
- Eu sabia que viria. - ela sorriu.
- Preciso do feitiço. - ele disse sério e estendendo a caixa concluiu - aqui está o que me pediu.
- Sem duvidas é alguém muito especial, já que está disposto a abrir mão da única coisa que pode mantê-lo vivo. - ela apanhou a caixa a depositando sobre uma mesa de vidro que se materializou no meio deles.
Apenas com um olhar a tampa da caixa voou para longe, e com olhar sedento e uma adoração exagerada ela apanhou o cubo admirando o objeto.
- Tão resistente e tão frágil. - ela sorriu.
- O feitiço. - ele pediu sentindo um aperto em seu coração.
- Claro. - Ela sussurrou e com um movimento de mãos fez a pequena caixa azul desaparecer. E em suas mãos estava um pergaminho. - Aqui está. - Ela estendeu para ele.
Algustus apanhou o e ao abri-lo leu do que precisava.
- Sabe que ainda sim precisará de uma bruxa para realizar o ritual.
- Pelo preço que me cobrou seria justo que fizesse isso. - ele a encarou.
A bruxa riu alto. - não faz parte do nosso acordo mas... - Ela se aproximou tocando no peitoral dele. - pela oferta certa posso ajudar.
Algustus segurou com força a mão dela.
- O que mais quer? - falou com um pequeno urro que nasceu em seu interior.
- A dessa vez não seria nada muito caro. - ela lambeu o canto de seus lábios.
Algustus sentiu o cheiro que dominou o corpo feminino em sua frente. E sem querer riu.
- Sério? Só pode ser brincadeira. - falou ao soltar a mão da mulher.
- Eu sou curiosa. Dizem que vocês são insaciáveis. - Ela o encarou com intensidade. - e se realmente for tão bom quanto dizem, posso fazer o feitiço para você. O que me diz?
Ela seguiu para o divã sentando de frente para ele. Algustus nunca em sua existência havia traído Amélia, e só a ideia já o matava. Porém, onde arrumaria outra bruxa para conseguir o que precisava. Devia isso a Patrícia e a Aless também.
- Posso conseguir um amigo para ti. - ofereceu com um sorriso.
A mulher riu é balançando a cabeça em negativa se levantou.
- Eu quero você. - falou e descendo as alças do vestido, revelou seu belo corpo e suas curvas perfeitas. - se me rejeitar terá que resolver tudo sozinho.
Algustus pouco foi afetado por ela, no entanto, precisava da ajuda da oferecida. A passos lentos ela se pós frente a frente com ele.
- O que foi. Não se sente capaz? O quanto realmente quer isso?
Sem responder ele a segurou nos braços empurrando com força contra a parede escura. A mulher não se abalou com o gesto sorrindo vitoriosa. Algustus ergueu lhe as pernas se pondo entre elas.
- Não serei gentil. - rosnou entre dentes.
- Eu não quero que seja. - sorriu ao beijá-lo com volúpia.
Ele enlaçou seus dedos nos cachos dos cabelos dela puxando os com força.
A mulher lhe tirou o terno jogando em um local qualquer para em seguida rasgar a camisa de seda que ele usava, dispersando os botões para lugares aleatórios.
Algustus se moveu com ela presa ao seu corpo, a deitando sobre a mesa. Se erguendo abriu as pernas dela que ofegante o olhava com luxúria.
Ele tirou a calça revelando seu corpo perfeito e másculo. Se deitou sobre ela a penetrando sem reservas. Ela gemeu e lhe arranhou as costas. Apesar de não querer deixar seu cheiro nela e de seu corpo não estar disposto a se entregar ao prazer com uma estranha. A bruxa tocou em sua cabeça.
- Vou mostrar como isso pode ser bom. - Ela riu sonorica.
O corpo dele aqueceu, como se uma fogueira tivesse sido acessa em seu interior, a luxúria antes inexistente lhe atingiu com força, trazendo um desejo surreal.
Seu corpo passou a se mover por vontade própria. Agarrando a mulher pela cintura a tirou da mesa a levando para o divã. No lugar de suas unhas surgiram garras que ele se quer sabia que tinha. Seus olhos de azul se tornaram vermelhos como sangue. Conforme a penetrava com toda sua força e sem nenhum cuidado. A bruxa ria e o arranhava enquanto gemia. Algustus sentiu o ardor em sua garganta e a sede insana que passou a tortura-lo.
- Me morda. - ela pediu ofegante inclinando a cabeça para trás.
Sem pensar duas vezes, ele obedeceu. O sangue dela era quente e queimava sua garganta. Se unindo a cada célula de seu corpo. O orgasmos invadiu o corpo de ambos, seguindo de espasmos febris. A mulher girou o derrubando sobre o chão e se pondo sobre ele, apesar do prazer sentido ainda queria mais. Ao deslizar pelo membro ereto, passou a serpentiar sobre ele. Algustus agarrou os seios pequenos que balançavam diante de seus olhos, os apertando. A fome voltou, sentando ainda com ela em seu colo, agarrou os cabelos dela, puxando sua cabeça para trás. Tomou um de seus seios entre os lábio o mordendo compartilhando todas as sensações que envadiam irracionalmente seu corpo.
A mulher gemeu e se inclinou ainda mais para trás sentindo que mais uma vez seu corpo explodiria nas mãos dele. Algustus sentiu seu corpo vibrar com o sangue que descia por sua garganta. Aquela mulher maldita o havia enfeitiçado e sabia que agora só lhe restava obedecer.
- A doce vampiro. - sussurrou. E encarando o beijou seus lábios.
Algustus girou a colocando embaixo de si, suas estocadas estavam cada vez mais rápidas. Ela não parecia se importar, seus olhos mudarem do castanho para lilás enquanto gemia alto no ouvido dele.
Sentindo que não aguentaria mais ele a colocou em cima de si e arranhou as costas dela com suas garras sentindo o sangue escorrer. Ela riu. Enquanto movia se movia, pulando sobre o corpo masculino.
Seu ventre se moveu sentindo que o orgasmo mais uma vez lhe viria. Ela agarrou nos ombros dele e o encarou.
- Vem comigo. - pediu ofegante.
Ele não tinha escolha, seu corpo reagiu por conta própria. E ambos levitaram até o teto. Ela o enlaçou com as penas enquanto ele ainda a estocava. Quando a semente do vampiro lhe envadiu ela deixou que seu mel o molhasse.
Com um último gemido pendeu a cabeça para trás deixando seus cabelos suspensos no ar. Ele urrou gutural seu corpo tremeu como nunca antes havia feito. E ambos despencaram no chão.
A mulher se levantou risonha. E o observou. Algustus em silêncio se levantou e apanhou suas roupas a vestindo.
- A não fique com essa cara. - ela pediu sorrindo.
Algustus a encarou e passando a mão no cabelo bagunçado, apenas balançou a cabeça em negativa.
- Bem, pelo menos agora tem que faça seu feitiço. - ela apanhou suas roupas do chão.
- Quando eu posso vir buscar? - perguntou taciturno.
- Daqui a dois dias. - e ao se reaproximar tocou no rosto dele. - e quem sabe repetir isso.
- Esqueça! - ele rosnou ao afastar a mão dela.
- Vai dizer que não foi bom? - ela sorriu vitoriosa.
Apesar de se sentir que havia sido forçado, o pior era ter que confessar que aquilo fora de um modo infernal, a melhor transa que já teve com uma mulher.
- Aaa... tadinho eu violei você? - Ela zombou.
- Não seja estúpida. - falou ao colocar o terno, já que sua camisa estava em frangalhos.
- A Algustus, sua pior maldição é ter o coração bondoso e a lealdade no lugar errado.
Ela sussurrou ao se afastar. Ele seguiu para saída do prédio, e apesar de ter o conhecimento de que ninguém sabia o que havia acontecido naquela sala, a cada olhar que recebia era como se soubessem de seu crime.
Entrou no carro se encostando no banco.
- Você não devia ter feito... - se lamentou. Porém agora era tarde.
Ao estacionar na garagem de seu prédio, seguiu para sua cobertura. Porém ao abrir a porta se deparou com Amélia.
- Amélia. - sussurrou surpreso.
- Eu pensei que depois de me ligar tantas vezes estivesse arrependido. - uma lágrima escorreu pela face pálida da vampira.
- Eu posso explicar. - ele tentou se aproximar.
- Não precisa. O cheiro em você diz tudo. Eu não vou perguntar quem é ela. - chorou. - afinal é muito evidente.
- Não é isso eu não estava com a Aless. - Ele correu até ela e recebeu um empurrão.
- Então é pior do que eu imaginava, afinal cansou de mim, não foi? - Ela falou entre soluços. - depois de séculos...
- Amélia eu posso explicar.
- Então porque não explica!! - gritou. - me explica... por que eu estou odiando você.
- Eu precisei fazer isso, para manter uma pessoa a salvo. Eu queria poder explicar. Mas...
- Mas não pode. Porque isso... - Apontou para ele - não tem explicação.
Ela lhe deu as costas prestes a sumir diante de seus olhos. Algustus correu e a enlaçou em seus braços.
- Por favor não vá. - chorou.
- Você escolheu isso. E o seu cheiro está insuportável. - chorou e com força se desvenciliou dele desaparecendo.
Algustus caiu de joelhos no meio da sala. Sentindo seus olhos queimarem. Vampiros podiam chorar uma ou duas vezes a cada século. Porém eram poucas as lágrimas. O sangues escorreu por sua face em lugar das lágrimas.
- Amélia!! - urrou com todo ar de seus pulmões.
Amélia correu tão depressa que olhos humanos não conseguiriam acompanhar, ao longe ouviu quando ele gritou seu nome.
- Traidor.... traidor... - sussurrou em fúria.
Conseguiu entender os motivos dele proteger a humana, porém aquilo fora demais. E não ficaria assim. Algustus teria o que merecia.
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