Raiva mortal

- Adrian! - a vampira gritou ao invadir a cada. - Apareça desgraçado!

Do quarto de Aless, ele a ouviu. Porém o que Amélia estaria fazendo ali? Seria possível que Algustus estivesse em perigo? Foi a única teoria que se passou pela mente do vampiro. Amélia nunca iria até ele se não fosse algo sério.

Com dificuldade se levantou e seguiu lentamente para as escadas. Descendo as devagar.

- O que houve Amélia? - perguntou.

Amélia paralisou ao ver a fisionomia do vampiro, sua pele seca quase transparente, seus lábios roxos iguais de um cadáver.

- O que aconteceu com você? - perguntou boquiaberta.

- Uma longa história. Aconteceu alguma coisa com Algustus? - perguntou ao se sentar no sofá.

- Aconteceu! - falou irritada. - Afinal como pede para que fique de babá daquele garota estranha? Sabendo que eu não gosto de dividir o que é meu e...

- Espera. - Ele pediu se levantado. Não conseguia acreditar no que ouvia. - ficar de que?

- De babá. Afinal pediu que ele cuidasse da humana não foi? - Ela perguntou irritada.

- Que humana? - perguntou sentindo sua raiva aflorar. Algustus não teria mentido o condenando ao inferno que estava, teria?

- Algustus a chama de Aless. Aless que porcaria de nome.

- Aless... Aless esta viva? - perguntou sentindo seu corpo tremer. Sua humana estava viva e Algustus a escondeu. - Eu vou matá-lo. - sussurrou enfurecido.

- Espera você não sabia que Algustus estava com ela? - foi a vez dela se sentir traída.

- Ele vai pagar caro isso não se faz. - usando o restante de suas forças correu para rua, precisava se alimentar com urgência se fosse arrancar a cabeça de Algustus.

- Adrian! - a vampira gritou tarde. - Algustus você me paga desgraçado, mentiroso. - a vampira coreu para fora.

[...]

Aless dançava no pole e sorria tentando esquecer a tristeza de ter sido abandonada de novo. Algustus a olhava sentado em uma cadeira no bar. Ela dançava e girava levando a multidão a loucura. Agora ele se perdia em um único pensamento. Só conseguiria protegê-la se a tirasse da cidade e conseguisse o amuleto. Porém entregar sua caixa alma era um preço caro a pagar.

Mas por Patrícia teria válido a pena. E por ela, faria isso por Aless. Mesmo que custasse sua vida. Os dois dia que passou com ela se sentiu como quando estava com Pat. Toda a vida voltou para seu corpo, e vê-la dançar o fazia sorrir. Nem Adrian e nem ninguém faria mau a sua garota, sua protegida.

Aless bebeu e dançou até não aguentar mais. No meio da noite puxou Algustus pelas mãos o levando para o meio da pista. E ao som de teenage Dreams de Katy Perry. Ambos dançaram. Aless jogava suas mãos para cima e mechia no cabelo. Algustus a abraçou pela cintura a girando pelo salão. A sangue nas veias dela brilhava se mesclando as luzes da boate e Algustus sentiu-se privilegiado de poder ver tamanha beleza e ser o único que podia ver.

Sem que ela esperasse, Algustus a puxou pela cintura a jogando para cima. Com um grito abafado ela gargalhou. Sentindo as mãos fortes lhe abraçarem.

- Obrigada. - ela falou ao olhá-lo nos olhos.

- Pelo que? - perguntou ao gira-la entorno de si.

- Você e Adrian fazem os meus dias mais feliz. - Ela sorriu genuinamente.

Apesar da menção ao nome de Adria, Algustus compartilhava da alegria. Afinal a tempos não se divertia tanto.

Ao sair da boate ambos seguiram para a Mercedes dele. Algustus abriu o capo do carro como Aless havia pedido. No rádio tocava Happier de Marshmello pt Bastille. A garota se levantou no banco segurando no vidro do carro. O vento noturno bateu em seus cabelos os levando para trás enquanto ela dançava e cantava junto.

O vampiro ao seu lado ria da cena se deleitando no aroma da moça.

- Uruuuuu.... - Ela gritou em meio a avenida, abrindo os braços como se pudesse voar.

Algustus a levou a outra boate onde dançaram até seus pés doerem. Aless bebia e não perdoava as azeitonas no fundo das taças. Seu sangue tingia as bochechas corando seu rosto que lembrava um morango de tão vermelho.

- Algustus. - Ela o chamou segurando no gola da camisa de seda branca.

- Fala querida.

- Querida. - Ela repetiu empurrando a cabeça dele para o lado.

- Acho que você bebeu demais.

- Posso te contar um segredo? - Ela o olhou manhosa.

- Pode me contar o que quiser.

- E que hoje é meu aniversário. - Ela sorriu triste.

- Sério? - o sorriso dele se desfez.

- É. Eu queria pedir uma coisa. - Ela começou a encarar seus mãos.

- Pode pedir. - Ele falou enternecido.

- Será que você podia ligar para ele? Sabe só ligar.

O coração dele se partiu por ela, se não lhe contasse a verdade, nunca poderia protegê-la. Mas temia a reação dela, visto que Patrícia não tivera uma reação compreensível.

- Aless eu acho melhor não.

- Fala a verdade. Ele desistiu de mim né? - perguntou chorosa. - eles sempre desistem.

Algustus a abraçou com todo carinho que tinha em seu coração.

- Me desculpa. Eu acabei com a noite. -  sussurrou de encontro ao pescoço dele.

- Está tudo bem. - Ele a afastou. - Vamos embora. - a ajudou a levantar.

Dentro do carro Aless pegou no sono. Seu rosto marcado pelas lágrimas de outrora lembravam o vampiro que não podia mantê-la assim. Ou lhe contava a verdade ou lhe devolvia para Adrian o que estava fora de cogitação. Por mais que soubesse que a humana estava perdidamente apaixonada pelo outro.

- Se pelo menos ele se apaixonasse por ti. - Ele sussurrou ao olhá-la.

[...]

Adrian se aproximou de uma mulher que voltava para casa depois do expediente em um supermercado. Ao segui-la por uma rua pouco movimentada a abordou parando em sua frente.

- Nossa você me assustou. - Ela falou colocando a mão de encontro ao peito. - Posso ajudá-lo em alguma coisa.

- Mas claro que pode. - Quando as íris de seus olhos se tigiram de vermelho a mulher gritou tentando correr.

Adrian a capturou sem muito esforço ao perfurar o pescoço feminino se deliciou com o sabor do sangue quente que desceu por sua garganta aplacando a sede que a dois dias o atormentava. Após drena-la, procurou por outra vítima, visto que só aquilo não o sustentaria por muito tempo.

Sua próxima vítima fora um mendigo que tentava se aquecer em uma das latas em chamas dentro de um beco.

- Foi mal amigo mas estou com pressa. - se justificou ao agarrar o homem pelas costas sem lhe dar tempo de gritar.

Seu corpo estava quente e sua aparência voltará a ser como era. Ao parar de frente a uma loja de roupas, na vitrine viu seu reflexo. Seu camisa preta aberta mostrando seu peitoral. A calça que a dois dias não trocava, assim como os pés descalços. Está a bem parecido com o homem que matou.

Apesar da presa em reencontrar sua humana. Deveria ao menos estar apresentável quando a visse. Seu cheiro não era ruim. Afinal como um bom predador seu aroma atraia as presas. Mesmo assim tomaria um banho. Mesmo que fosse se sujar com o sangue de Algustus.

- Traidor. - rosnou.

Ao voltar para casa tomou um banho e trocou de roupa, optado pelo terno que Aless admirava nele. Sorriu com a  lembrança. Mesmo tentando manter sua raiva acesa. Seu coração se alegrava com a ideia de vê-la outra vez.

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