O Vampiro

Ele passou anos procurando pelo bebê desaparecido. Porém nunca o encontrou. O clã ao qual pertencia o fez líder por ser um dos vampiros mais antigos.

Sempre levando uma vida dissoluta de regalias que seus poderes permitiam. E por mais que fosse frio e matasse a maioria de suas amantes. Durante a noite seu sono era perturbado por lembranças do dia em que se tornou o que era.

A mulher responsável por seu sofrimento fora uma criada da corte inglesa. Seu nome era Taruna. Tão linda quanto o dia era assim que ela era conhecida. Seus cabelos lembravam o ouro e seus olhos os mais belos e azuis diamantes. E apesar de ser cortejada pela maioria dos homens, ela só tinha interesse em um. Adrian era sua única obsessão.

Durante os jantares ou bailes, bastava um olhar dele para que ela soubesse que a desejava. Porém o que Tamura não sabia era que assim como a maioria. Adrian só estava se divertindo com ela.

Seu coração foi partido durante o inverno. Adrian pensou que Taruna havia viajado para o sul, quando na verdade ela se desfez de seu compromisso pata poder ficar com ele. Pois ele havia prometido que se casaria com ela no início da primavera quando retornasse. Ela queria fazer-lhe uma surpresa.

No entanto, foi ela que se surpreendeu. Ao entrar no quarto dele ela se deparou com a cena mais triste e decepcionante de sua vida. Adrian estava deitado nos braços de outra mulher. Tomada pelo ódio ela puxou as cobertas e gritou com ambos. Adrian enfurecido a pegou pelos braços e com ofensas ele a expulsou de seu quarto.

Alguns dias se passaram. Tamura havia sido expulsa do Palácio. Porém ela havia jurado vingança.

Adrian não tinha como saber. Que naquela noite Tamura morreria e renasceria como seu algoz.

Ele se casou com Serena. A cerimônia ocorreu como planejado. Adrian estava radiante por estar com a mulher que amava. Porém ao deixar o quarto aquela noite. Ele não podia imaginar o que esperava por ele.

- Parabéns vejo que conquistou tudo o que desejava.

Ele se virou para encará-la e pronto para expulsá-la. No entanto com uma velocidade sobre-humana. Tamura avançou sobre o pescoço dele.

Adrian não entendia como uma mulher tão pequena podia ter força contra um homem do porte dele. O que aconteceu depois ficará borrado em sua mente. Ele acordou sobre o chão da cozinha.

Sua garganta queima como se brasas estivesse presas a ela. Sua mandíbula doía e coçava o deixando agoniado. O sons estavam mais altos. E a fome o atingiu com força.

Adrian correu para despesa e apanhou o que podia devorando a carne vermelha e ensanguentada. No entanto, isso o enjou fazendo o vomitar.

- Querido vosmicê está bem? - ele ouviu a voz doce de Serena.

Ao se virar para ela e sentir o cheiro de jasmim que exalava de seu corpo. Um desejo incontrolável o tomou. Apesar de ter acabado de possuí-la a vontade estava ali.

Sem cuidado ou delicadeza ele a puxou pelos braços, desconhecendo sua própria força.

- Adrian pare está me machucando. - ela suplicou.

Porém seus ouvidos só conseguiam escutar as batidas frenéticas do coração feminino. Ele rasgou as roupas dela. E em sua mente ela também o queria. Serena chorou e se debateu em seus braços.

Ele a jogou no chão e a penetrou com força sentindo a pele macia sobre seus dedos. Enquanto seu corpo se aproximava do prazer, sua sede aumentava. Ele se quer percebeu quando seus olhos mudaram do âmbar para o preto. E suas presas aumentaram de tamanho. Ao morder o pescoço esguio e macio. Ele sentiu-se extasiado com o sabor adocicado do líquido viscoso que desceu por sua garganta.

Porém o prazer durou pouco. Um dor aguda atingiu seu estômago e seu corpo sacudiu em um choque. Aos gritos ele se jogou para trás caindo sobre os sacos de batatas.

Um líquido estranho escorreu de seu corpo. E o frio o tomou. Ele não sabia mas já estava morto.

Ao abrir seus novos olhos ele se sentiu confuso. Tudo lhe pareceu um sonho. Porém o cheiro de sangue o atingiu e ao olhar em meio as sombras o corpo de Serena jazia sobre o chão frio.

Suas roupas rasgadas e seu corpo violado. Havia sangue no chão a sua volta e em seu corpo. Assim como nas próprias roupas de Adrian.

Desnorteado ele correu até ela e a sacudiu.

- Serena. - ele chamou sentindo seus olhos queimarem. - Por favor Serena.

Ele a tomou em seus braços e a abraçou.

- Por favor Serena não morra.

- Ela já está morta. - Ele ouviu a voz de Tamura.

E ao erguer os olhos a viu parada no batente da porta.

- O que fizestes comigo Bruxa! - ele gritou e com cuidado colocou o corpo de Serena no chão.

- Apenas retribui o favor que me fez. Afinal quando me expulsou me fez passar pela mesma coisa que sua querida. Toda dor e horror não foram diferentes.

- Vosmicê me transformou em um monstro! - ele sentiu um rosnando em seu peito. E com fúria avançou contra ela.

Tamura com um movimento de mão o derrubou jogando ele sobre o chão, ela se pós sobre ele, e dando leves batidas em seu peito, falou:

- O monstro sempre existiu em ti. Eu só o trouxe para fora. Tu és amaldiçoado, todas as mulheres que vosmicê toca sofre as mais terríveis mortes. E isso ira segui-lo para sempre. Nunca terá paz assim como eu.

Ela se levantando sumiu de diante dos olhos dele. Naquela noite Adrian teve que fugir dos guardas que ao ouvir os gritos seguiram para o quarto dele e ao encontrá-lo coberto com o sangue de Serena. Tentaram prendê-lo.

Adrian os atacou matando um por um. Ele se escondeu na floresta. Onde passou alguns dias. Sua existência passou a ser atormentada e alimentou-se com sangue de alguns viajantes que cruzavam seu caminho, a luz incomodava seus olhos. Porém ele descobriu que o sol não o faria  pedaços ou o consumia com chamas como contavam as lendas.

Com o passar dos anos ele descobriu mais sobre sua origem ao encontrar outros de sua espécie. E também descobriu que Tamura tinha sobre seu poder a única coisa que podia matá-lo. A famosa caixa alma.

Sabendo disso ele temia. Pois a qualquer momento ela podia terminar com sua vida. Se bem que isso não era o maior de seus problemas. A maldição lançada por Tamura de fato o afetou. Ao se deitar com uma linda donzela a mesma morreu na noite em que se entregou para ele. Pois Adrian saia de si e seu lado sóbrio o tomava levando a vida das mulheres que optavam por se entregar.

Ele também ouviu histórias sobre um sangue especial que usado em um ritual, poderia desfazer a maldição. E daí por diante sua busca se iniciou.

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