O passeio
Adrian estacionou o carro na vaga reservada no parque. Aless exibiu seu melhor sorriso ao ver o lugar iluminado cheio de brinquedos e atrações. Sem esperar que ele abrisse a porta, correu para fora do carro.
- Isso é incrível. - falou com uma voz engraçada dando pulos de alegria. Era como ser criança de novo.
- Essa ainda não é a surpresa. - ele falou ao travar o carro com a chave.
- Não? - perguntou atônita.
- Vem. - Ele a chamou estendendo a curva do braço para ela.
Eles andavam por entre as barracas de jogos e guloseimas. As crianças corriam com seus pais de um lado para o outro. O olhar de Aless se tornou melancólico.
- O que foi? - Adrian perguntou preocupado.
- Nada. - respondeu com um sorriso.
- Pode ir em alguns deles se quiser. - ofereceu, recebendo um sorriso em troca.
Ela soltou da mão dele e correu até uma das barracas de tiro ao alvo. Apanhou a arma e depois que Adrian pagou começou a atirar. Porém sem conseguir acertar.
- Eu sempre fui horrível nisso. - sussurrou mal- humorada.
Adrian se colocou atrás de só, encostando seu corpo no dela. Segurou em seus braço ageitando a posição deles.
- Tente agora. - sussurrou no ouvido dela.
- Está difícil. - ela sorriu mordendo o lábio inferior.
- Aless... - sussurrou risonho.
Um arrepio correu pelo seu corpo, a boca dele perto de seu ouvido, era uma tortura. Quando ele se afastou ela apertou o gatilho acertando um dos prêmios disponíveis.
- Isso! - exclamou batendo Palmas.
O prêmio não era grande coisa, apenas uma caixa de bis que era quase do valor dos tiros.
Ela se voltou para Adrian e sorrindo sacudiu a caixa como se fosse um troféu. A noite estava quente, e iluminada. A música do parque era contagiante. Aless de tempos em tempos dançava no meio de todo mundo sem se importar com a vergonha que passava.
Adrian sentia-se preso no encanto dela. Quando girou escorregou em um pacote de pipoca vaziu e quase caiu, se ele mais uma vez não estivesse ali em seu auxílio tomando a em seus braços.
Quando a ergueu, Aless aproveitou a deixa para lhe roubar um beijo. Sua língua quente invadiu a boca dele, lhe trazendo arrepios. Adrian enlaçou sua mão nos cabelos dela, aprofundando o contato. Ele sentiu o sabor do cholate em sua língua, porém não se importou.
Quando ela se afastou encerrando o beijo, ele ainda se manteve de olhos fechados e inconsequente perguntou:
- Por um acaso isso não foi uma forma estúpida de me agradecer, foi? - a encarou.
- Não. - ela sorriu e correu na direção da montanha russa.
- Sério que você quer ir nisso? - perguntou ao sentar em uma das cadeiras.
- Você vai amar. - ela disse risonha.
Quando o ferro de proteção desceu, Adrian estava descrente sobre como arriscar a vida podia ser divertido. O brinquedo começou a se mexer. Quando disparou em alta velocidade o vampiro levou um pequeno susto. Ao olhar para o lado viu sua humana rir e gritar, seu rosto estava completamente vermelho e sua voz já rouca. A cada volta seu cabelo voava de um lado para o outro, seu coração batia como se fosse pular para fora do peito. Adrian invejou isso. O perfume dela inundava o ar, e isso ele apreciou fechando os olhos se deleitou no conhecido cheiro da flor do mamão misturado ao odor do medo e da adrenalina.
Sua luxúria se acendeu. Ele riu ao constatar que só em uma ocasião conseguiria despertar essas mesmas sensações nela.
- Adrian. - ele ouviu a voz dela o chamado. - Você dormiu? - ela gargalhou.
O brinquedo estava parado novamente, e todos desciam. Ele se quer notou, estava tão perdido em seu próprio universo. Ela estendeu a mão para ele que aceitou mesmo que não precisasse.
Depois que ela o arrastou por vários brinquedos, incluindo o carrinho de bate bate. Ele decidiu que era hora da sua surpresa.
- Para onde vamos? - ela pergunta rindo.
- Para o topo do mundo. - ele respondeu.
A roda gigante estava vazia o que era estranho. O rapaz abriu a porta de uma das cabines de metal para que os dois se acomodassem, e ligou o brinquedo. Quando chegou no topo a simplesmente parou.
- Porque parou? - Aless perguntou ao olhar para baixo.
- Porque eu pedi que parasse. - ele falou chamado a atenção dela.
- Como assim? - o encarou.
Ele apenas apontou para cima, e uma chuva de fogos começou. O colorido era a coisa mais linda que Aless já tinha visto. Desenhos em forma de coração.
- Como assim? - Ela perguntou emocionada. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
- Sorriso e lágrimas, você gostou ou odiou? - perguntou sorrindo.
Ela olhou para ele de um geito diferente. Ao qual ele mesmo não conseguiu decifrar.
- Porque fez isso? - perguntou enquanto o encarava.
- Você passou seu aniversário longe de mim, e eu queria te dar algo que ninguém nunca te deu. - estranhamente estava sendo sincero. Pela primeira vez fez algo pensando somente nela.
Ela sorriu e voltou a admirar a chuva de luzes.
- Droga... - sussurrou fechando os olhos com força.
Ele estava prestes a endargar sobre sua reação, quando ela se voltou abrupta o beijando. Ela tocou o rosto dele fazendo pequenos carinhos em sua face. O coração do vampiro passou a bater em um ritmo novo. Os lábios dela despertaram algo novo em seu ser. Como se com um beijo lhe tocasse a alma que se quer estava com ele.
O sabor das lágrimas dela em nada o incomodavam. Ela segurou em uma de suas mãos, e ao afastar sua boca, encostou sua testa na dele.
- Desse geito vai me fazer te amar. - falou com os olhos fechados deixando as lágrimas escorrerem livre por sua face.
Nem mesmo agora ele sabia o que sentia. Ouvir tais palavras o encheu de alegria. Algo que lhe dava a sensação de que podia voar, ir ao espaço e voltar.
Com delicadeza, ele tocou em seu queixo erguendo seu rosto, deu um leve beijo em seus lábios e respondeu.
- Seria eu a mais feliz das criaturas se me desse a dádiva de ser amado por ti.
Aless abriu os olhos e fitou os dele, vendo o infinito em sua frente. Com todo mistério e solidão.
- O que vê quando olha nos meus olhos? - perguntou curiosa. Queria saber se era o mesmo que ela via.
Sorrindo ele tocou sua face e respondeu:
- Vejo o infinito, mas sei que isso é só uma parte do que me faz sentir.
Ela sorriu e o beijou como nunca antes havia feito. Se era sedo para se apaixonar, se era errado sentir isso e pior admitir que já o amava, pouco importava.
Estava perdida e sabia disso. Já para Adrian era como cair em sua própria armadilha, preso em uma prisão invisível e sem correntes. E sua carcereira era a sua liberdade e condenação. E nunca se sentiu tão feliz em estar tão ferrado quando agora.
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