O massacre
Adrian saiu de casa do jeito que estava, camisa social preta aberta na frente, calça de moletom da mesma cor e pés descalços. Seu ódio era tão grande, que não se lembrou de tirar o carro da garagem optado por ir correndo e pulando por sobre os prédios.
O único pensamento que imperava era o de que Aless havia escolhido retornar para vida que antes levava. Que ao invés dele usá-la, ele foi usado e feito de tolo.
Ele conseguia ouvir as batidas frenéticas de seu próprio coração. Seria só a raiva que o movia? A dúvida surgiu. Claro com certeza. Ele reafirmou para si. Afinal porque mais poderia ser?
O cheiro dela chegou até suas narinas conforme ele se aproximava da boate. O aroma não estava em evidência, se mesclando a outros odores menos atrativos. Porém isso era o suficiente para saber que ela estava ali.
Um urro de ódio tomou o peito dele. Sem pestanejar. Adrian invadiu o lugar. Os seguranças que controlavam a entrada das pessoas, tentaram inutilmente impedi-lo. No entanto, tamanha era sua furia, que usando as mãos Adrian os ergueu jogando-os para dentro do salão lotado.
As pessoas olharam em sua direção, enquanto outros seguranças corriam para em vão tentar empedilo. Adrian a passos lentos apenas ergueu as mãos e ao agarrados lanço-us para cima do balcão, quebrando garrafas e taças. Usando sua velocidade e ele quebrou o pescoço de várias pessoas que tentaram lhe atacar.
- Onde está Aless! - Ele gritou enfurecido.
Sem respostas ele passou a atacar os inocentes que ali estavam. Arrancou algumas cabeças e os corpos mutilados caíram aos seus pés. Ele pensava que assim que encontresse Aless, essa teria um fim pior. Não resistiria mais ao seu desejo a tomaria ali em meio a tanta dor e morte. A possuiria até parti-la ao meio. Pois sabia ser bem capaz disso.
Perdido nesses pensamentos apenas deixou seu lado mais feroz dominar. Arrancando a vida de que cruzava seu caminho mesmo que esses apenas estivessem fugindo.
Quando ele entrou no corredor que dava acesso aos quarto, uma buzina alta soou pelo ambiente avisando que o que estava acontecendo.
Adrian sentiu o leve cheiro do verão e sabia que estava perto de Aless, seu corpo vibrou e o monstro em seu Interior exultou, ao imaginar como seria prazeroso tê-la por completo em seus braços, sem auto controle, sem a maldita preservação. Macularia a pele perfeita com seus dentes afiados, a tomaria com violência e desejo. Depois de ver o pânico em seus olhos.
Porém ao arrombar uma das portas percebeu que o quarto estava vazio. E uma prostituta estava copulando com um homem enquanto este lhe colocava frutas espalhadas pelo corpo. Sua raiva aumentou ainda mais. O cheiro doce o atraiu para lá, confundindo seu olfato.
Ele avançou sobre o casal dilacerado o pescoço do homem, enquanto a mulher gritava em pânico.
[...]
Aless e Grace seguiram pela passagem estreita, estavam quase no final quando ouviram a sirene da boate tocar.
- Será possível que já notaram que sumi? - a garota perguntou assustada.
- Eu não sei, mas não vamos esperar para descobrir. - ambas correram para fora do túnel.
Ao entrar no galpão vazio, seguiram para rua. Onde Aless chamou um táxi.
- Para onde estamos indo? - Grace perguntou.
- Para Madison Avenue. Adrian mora lá. - Ela respondeu ao sentar oa lado da amiga.
- E você acha que ele vai me aceita?
- Eu não falei com ele ainda, mas tenho certeza que ele vai querer te ajudar.
- Aí Nathasa, não era melhor você ter falado com ele primeiro? - Grace falou temerosa.
- Na verdade eu não pensei nisso na hora. Mas não tem problema caso ele não queira ajudar, eu te dou minhas economias e depois vejo o que faço. Só não podia viajar e deixar você presa lá.
Grace sorriu e emocionada abraçou a amiga.
[...]
Adrian estava parado no meio do salão. Os corpos mutilados estavam aos seus pés, e o sangue de suas vítimas manchava suas roupas e sua pele.
Ele tentava entender como chegou a tal ponto. Matou pessoas inocentes e tudo porque pensou que Aless o havia trocado. No entanto nem mesmo ali ela estava. Mas quando a encontrasse pagaria caro pelo susto. Adrian só não conseguia entender, se ela não estáva ali, então onde estaria.
Usando sua velocidade voltou para casa a tempo de ver um táxi parado em frente a mansão.
Aless desceu acompanhada de sua amiga. E o vampiro riu incrédulo, afinal a humana estúpida havia indo cumprir a tal promessa que mencionará. E por isso corria o risco de ser assassinada por ele.
A brisa noturna bateu nos cabelos escuros de Aless levando seu perfume até o olfato do vampiro enfurecido.
O aroma doce trouxe a memória o prazer que ela lhe concedeu. E a sensação de ainda tê-la em seus braços, sentindo cada arrepio que seus beijos lhe causavam. Os olhos dele mudaram do negro para o âmbar.
E agora Adrian se encontrava em um impasse. Perdeu sua consciência e por um motivo banal, naquela noite tirará a vida de sentenas de pessoas, e tudo por pensar que havia sido trocado.
E agora ali estava sua humana, feliz apesar do olhar preocupado em seu rosto.
Aos poucos a raiva foi se descipando, ainda queria explicações porém, estava feliz por não tê-la encontrado a tempo.
Ele esperou que entrassem em casa. E somente quando ouviu a porta da sala se fechar, pulo do prédio da frente para cima do telhado de sua casa. Com passos rápidos, precisos e silenciosos, ele saltou para sua varanda indo para seu quarto.
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