O início
No século 17 em um circo em Londres um conjurador poderoso em busca de vingança, fez um acordo com o desconhecido. O que ele não poderia imaginar e que isso resultaria em uma nova espécie de criaturas, diferente de suas ancestrais, e que o sangue de sua liangem seria o único que teria o poder de quebrar a nova maldição, pois, naquele dia nasceu o primeiro vampiro.
Diferente de outros esse não morria com estacas ou sol. Sua fraqueza era a caixa alma. Algo quase inquebrável que se encontrado e aberto aniquilava o dono dela da face da terra.
Por séculos as bruxas responsáveis por controlar o equilíbrio da natureza, buscaram uma forma de desfazer esse mau, uma maneira de desfazer o feitiço.
E descobriram que o segredo estava no sangue usado para a criação da nova espécie, e somente com a posse desse sangue seria possível tornar o imortal novamente mortal.
Durante séculos elas procuraram pelo conjurador ou por alguém de sua liangem. Parecia ser uma tarefa impossível achar um entre bilhões.
Porém no ano de 1971 uma mulher deu a luz a sua primeira filha. Era noite e uma tempestade saudava a nova recém nascida.
As luzes do hospital se apagaram. E Patrícia sabia o que isso significava. Assustada ela olhou para seu marido. E ao dar um último beijo na testa de sua bebê, ela a entregou para Antom que envolvendo a pequena em uma manta negra a abraçou junto de seu peito.
- Vá de pressa. - Patrícia sussurrou para ele.
Com lágrimas em seus olhos, ele correu para fora do quarto. Os corredores escuros e escorregadios não podiam impedi-lo de salvar sua filha.
Ele chegou no estacionamento e ao entrar no carro deu a partida fazendo os pneus cantarem. A bebê chorava em seus braços. Ele dirigia em alta velocidade. Por mais que talvez tivesse alguns minutos de vantagem. Sabia que isso nada representava se não conseguisse tirar sua filha da cidade.
Sua esposa sentindo que sua pequena chegaria antes do previsto. Seguiu para a floresta de Lynn e lá no meio de uma gruta embaixo de um enorme carvalho branco. Ela criou um portal, que deixaria sua filha em segurança. Infelizmente só uma pessoa com magia em seu sangue podia passar por ele. O plano era que ela fosse com sua filha, porém seus planos deram errado e seu marido um mero humano, tinha que levar a pequena até lá e mantê-la em segurança.
Antom desligou o carro. E tomando sua filha nos braços ele correu floresta a dentro. Ele sabia que não tinha muito tempo.
Ainda no hospital Patrícia tentava se sentar sobre a cama. Ela se assusta ao ver a porta de seu quarto ser arremessada contra a parede.
Um homem alto de cabelos escuros e cumpridos, trajando um sobretudo tão negro quanto a noite, invade a passos lentos o seu quarto.
- Você chegou tarde. - Patrícia sussurrou com sorriso nos lábios.
O homem ergueu seus olhos negros e um rosnando se ouviu quando ele revelou seus caninos brancos e afiados.
Patrícia estava fraca demais para fazer magia. O homem a atacou mordendo seu pescoço apenas para deixar o sangue escorrer.
Jogada sobre o chão frio ela dava seus últimos suspiros. O homem se aproximou e cheirando o cabelo dela, sussurrou.
- Eu vou achá-la.
Ele desapareceu de diante dos seus olhos opacos e sem vida. E já do lado de fora ele parou diante do estacionamento. Com a chuva era impossível sentir o cheiro da criança. O rastro no estacionamento era a única coisa que tinha. Usando sua velocidade, ele correu pela noite embusca de sua redenção.
Antom parou diante do carvalho. A chuva dará uma trégua e ele sabia que logo seria encontrado. Com ternura e dor em seu coração. Ele aconchegou a nenê em uma cesta coberta por sua manta. E com cuidado enrolou em seu pulso o colar com um cristal pendendo sobre ele, esse era o amuleto que sua mãe deixará para protegê-la e mantê-la longe do acalsse de seus perseguidores.
- Boa sorte filha e saiba que te amamos muito.
Com cuidado ele abraçou a criança que dormia tranquila. E com uma corda, ele amarrou a alça do cesto o descendo com cuidado pelo portal.
No fundo da gruta, uma luz azul brilhava em meio a escuridão. O cesto estava quase no fim.
- Achei você?
Antom não teve tempo de se virar para encarar a criatura atrás de si. Torcendo para que não faltasse muito, ele soltou a corda e só o barulho de água foi ouvido.
- Não! - o vampiro gritou enfurecido e ao quebrar o pescoço de Antom. Ele se jogou dentro da gruta.
Porém era tarde. O cesto havia atravessado o portal. E não tendo como parar ele também atravessou surgindo no mesmo instante no meio de uma avenida em Nova York.
- Não!! - ele gritou com ódio. Pois, depois de tudo, havia perdido a criança.
Essa mesma menina apareceu no canto de uma estrada qualquer em Washington. Vários carros passaram perto dela. Porém quando casal enfurecido parou seu carro no acostamento.
Ana desceu furiosa com seu namorado que a ofendia constantemente.
- Volte aqui Ana! Não seja infantil! - ele gritava para ela.
- Me deixe em paz Will. - ela respondeu enquanto corria.
Sem prestar atenção em seu caminho ela tropeçou em um galho e caiu na frente do cesto.
- Você está bem? - Will perguntou evidentemente preocupado com ela.
- Me deixe em paz! - ela gritou ao desvencilhar-se do toque que queria ajudár-lhe.
- Não seja assim. Você sabe que estou certo. - Ele falou. No entanto Ana ouviu um choro baixo e quase inaudível. - Além do mas...
- Cale a boca. - ela pediu e olhando para o lado. No canto de uma árvore ela viu o cesto.
Com cuidado e ignorando seu namorado que a chamava. Ela se abaixou e com a ponta dos dedos tirou a manta qua cobria o pequeno rosto.
- É um bebê! - ela gritou.
E Will correu para ajudá-la. A polícia foi acionada e a criança foi levada para o pronto socorro. Ana acompanhava tudo, sempre estando ao lado da pequenina. Mesmo quando Will surgerio que a deixasse com a polícia e seguissem para casa, ela se recusou e se manteve ao lado da frágil menina.
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