#possivelgatilho

Ana após uma batalha judicial, conquistou a guarda da pequena menina a qual ela batizou de Hope. Seu namorado Will não concordou com sua escolha em cuidar da menina  e contráriado a abandonou.

Ana abriu uma lanchonete e passou a trabalhar dia e noite para dar um futuro para a pequena Hope.

Os anos foram se passando e por mais que Ana tentasse dar tudo o que podia para sua filha. Havia um espaço vazio entre elas ao qual ela nunca pode preencher.

No aniversário de dezessete anos de Hope, Ana resolveu que era hora de revelar a verdadeira história sobre a origem dela.

No final da festa ela contou tudo a sua filha. A decepção no rosto de Hope fora evidentemente. E depois desse dia nada mais seria igual.

Hope se rebelou. Ao ir para faculdade se afastou de tudo que sua mãe havia lhe ensinado. Em busca pelos seus progenitores ela descobriu sobre a morte de sua mãe biológica e o desaparecimento de seu pai que fora o único suspeito do assassinato é sequestro dela.

Só isso fora o suficiente para destruir por completo a consciência dela. Hope desistiu da faculdade e se esquecendo dos ensinamentos recebidos de sua mãe adotiva. Ela começou a se envolver com bebidas e drogas. A sair cada noite com um homem diferente.

E isso resultou em uma gravidez indesejada, a qual ela tentou aborta porém fracassou.

Ao voltar para casa de Ana, descobriu que sua mãe adotiva havia sofrido um ataque cardíaco logo após sua partida. O que infelizmente levou a vida dela.

Hope estava sozinha e grávida. A casa de sua mãe fora tudo o que lhe restou. O pai de sua filha, esse ela nem sabia quem era.

Não tendo escolha se casou com o primeiro homem que a aceitou. Sua filha nasceu e essa recebeu o nome de Aless, uma escolha de nome inusitada até mesmo para ela. Porém descobriu-se que era o nome do cristal que ela carregava consigo desde que nasceu.

Com o nascimento de Aless as coisas se complicaram. Seu marido passou a beber e não demorou para que a bebida o levasse a agressões físicas contra ela.

Hope se separou dele e mudou de cidade passando a viver  Forts Hill. Isso quando Aless completou cinco anos.

Não demorou para que se casasse de novo e os mesmos erros fossem cometidos. Porém sem opção ficou presa a esse casamento por conta das ameaças.

Aless cresceu e ao completar dezesseis anos as agressões e os abusos por parte de seu padrasto começaram levando sua inocência e alegria.

Sua mãe se tornará uma alcoolatra e de vez em quando deixava escapar histórias sobre seu passado. Como a morte violenta de sua mãe biológica e seu rapto.

Aless ouvia com atenção ao colocá-la para dormir. Ela não queria deixá-la. Porém não aguentava mais levar aquela vida.

Sendo assim naquela noite ela correu para seu quarto e arrumou seus poucos pertences em sua mochila. Prendeu seus cabelos negros no topo da cabeça. E vestiu seu casaco de moletom.

Ao colocar a mochila nas costas e pegar o pouco dinheiro que havia ajuntado. Ela passou no quarto de sua mãe que dormia profundamente.

Ao beijar a testa dela ela sussurrou. - Eu sinto muito.

Ao olhar para o pescoço dela. Ela viu a joia que brilhava com a luz. Por mais que quisesse levá-la para ter algo para se lembrar de sua mãe. Não teve tempo ao ouvir um barulho vindo do primeiro andar da casa.

Aless passou pela janela e correu pela saída de incêndio. Ao pisar na rua correu sem olhar para trás. Quando sua mãe e seu padrasto dessem por sua falta, ela estaria longe.

Ao subir em um ônibus qualquer ela seguiu para seu novo destino. Estava tão cansada que dormiu no banco. E só acordou quando ouviu o motorista lhe chamar e avisar que haviam chegado no último ponto.

Aless desceu do veículo e seguiu a passos lentos pelas ruas escuras da cidade. Ao seguir para rodoviária ela teve que escolher entre comprar comida ou uma passagem para Nova York. Pois descobriu que não estava tão longe de onde fugiu.

Por mais que seu estômago protestasse ela optou pela passagem. E logo embarcou no ônibus.

Do outro lado do veículo uma criança reclamava do lanche que havia ganhado. Dizendo que não era o que ela queria.

Aless observou com cuidado quando a mulher envolveu o ambuger na sacola e jogou no cesto de lixo no acento da frente. Quando a noite caiu e o motorista parou o ônibus para que pudesse abastecer.

Aless se esgueirou sorrateiramente e c cuidado apanhou a sacola do lixo. Ao abri-la ela correu para o banheiro na parte de trás do ônibus. Onde nem mesmo o cheiro desagradável seria capaz de impedi-la de comer.

Ela apanhou o lanche e o mordeu tentado saborea-lo como podia. Ao terminar ela limpou a boca com a manga da blusa e voltou para seu lugar.

Só aquilo não a manteria durante dois dias. Porém era o que tinha. Aproveitava as paradas para beber água nos bebedoros e de vez enquando conseguia roubar alguns salgadinhos e biscoitos.

Era uma manhã de domingo quando o ônibus parou na rodoviária de Nova York.

Aless desembarcou na cidade que nunca dorme. Ela abraçou o próprio corpo por conta do frio. Ainda estava faminta e o sapato apertava seu pé. E o que ela não daria por um banho.

Ela andou pelas ruas movimentas. Eram tantas luzes e sons. Diferente da cidade onde crescerá. Porém havia uma dúvida como iria sobreviver ali.

Não demorou para que a resposta vinhece com um choque de realidade. O que alguém sem estudos ou experiência poderia fazer.

Ela sentou no banco de uma praça qualquer e viu mulheres vestida de forma vulgar e chamativa. Sim prostitutas. Aless se viu sem escolha.

Ela se aproximou de uma e após se apresentar, ela pediu ajuda. A mulher a levou até uma boate e após trocar algumas palavras com um homem alto e de aparência repulsiva. Ela apresentou Aless.

O homem que se apresentou com Roru levou ela até uma casa no fundo da boate. Ordenou que tomasse  um banho e se apresentasse a ele, sem roupas.

Aless se sentiu humilhada e sem escolha. Ela obedeceu e naquela noite fez tudo o que Roru mandou. E mesmo se inojando dele, teve de se entregar.

Após tudo consumado ele a contratou como dançarina em sua boate. Por dizer que ainda precisava de experiência.

Aless começou a ter aulas de pole-dance, e logo ela passou a dança como uma profissional. Seu corpo apesar de magro era escultural seios fartos e quadril pequeno. Seus cabelos ondulados castanhos chegavam até sua cintura em um corte perfeito. Ela passou a ser a favorita da noite e dos magnatas que visitavam o lugar. Seu nome também foi mudado de Aless passou a ser chamada de Nathasha. Sempre usando lingeries chamativas e cheias de brilho. Assim como ao adornos entorno de suas cochas, Natasha se tornou a rainha da noite.

Essa passou a ser sua vida. O dinheiro que aos poucos ela conseguia economizar era para suas despesas na casa das garotas e economias para sua futura e tão sonhada faculdade de economia.

Roru passou a frequentar o quarto dela. E apenas em raras ocasiões a mandava para o quarto com algum cliente e claro logo que esse pagasse uma continha exorbitante para ele. Pois a única coisa que Roru amava mais que Natasha era o próprio dinheiro.