Dois dias

Na verdade não sabia o que fazer, tudo era novo para ele. Aquele sentimento que dominava seu peito.

Estava em seu escritório, olhando pela janela e seus pensamentos não saiam dela. Sua Aless.

Tinha que contar a verdade. Ela o odiaria, mas se a queria eternamente tinha que arriscar.

Os dois dias se passaram. Adrian ligava como louco para Algustus que parecia ignorar sua agonia. Se manter longe de Aless fora uma tortura.

A humana o enchia de perguntas, e quando tinha uma chance o seduzia.

Cada beijo era quente como inferno. E os toques...

Aquela manhã ela inovara, desceu usando apenas uma lagerie vermelha rendada.

Adrian prendeu a respiração quando a viu, e se quer sabia que respirava até então.

Ela sorriu e insinuadora abraçou depositando um leve beijo em seus lábios.

O vampiro paralisou, temendo que qualquer movimento que fizesse o levasse a toma-la ali mesmo.

Quando ela seguiu para pia, apanhando um copo com água. Adrian aproveitou a distração e usando sua velocidade sumiu. Não sabia se ela havia notado.

- Atende! - vociferou para secretária eletrônica que mais uma vez anunciava a caixa de mensagens.

Bravo, lançou o celular sobre o sofá de cor creme.

[...]

Algustus seguiu para sala onde havia visto a bruxa da última vez.

A mulher estava em pé de frente a lareira. Seu sorriso era inebriante assim como a pele morena sobre a luz das chamas.

- Aposto como veio buscar seu amuleto. - falou se voltando para ele.

- Está com ele?

- Sim. Porém estou curiosa - caminhou graciosa até a mesa. - quem está tentando esconder.

- Ninguém.

- Mentir é tão feio, mentir para quem te ajuda é mais feio ainda.

- Tem o que pedi ou não? - sua irritação era nítida.

A bruxa sorrindo fez um sinal com a mão  e dois homens apareceram do lado dele colocando um grilhão sobre seu pescoço.

O aço temperado queimou sua pele como fogo. Com um grito estridente, ele caiu de joelhos.

- Acha mesmo que sou estúpida para lhe dar algo assim, sem saber para o que o quer.

Caminhou graciosa até ele, e segurando em sua face, conjurou um feitiço invadindo lhe a mente.

Algustus sentiu como se seu crânio partisse ao meio. Seus olhos se tornaram brancos. E a imagem de Aless surgiu diante de seus olhos.

- Não! - gritou com toda força de seus pulmões.

- Quem é ela? Me deixe ver. - pediu forçando a se lembrar.

Por mais que tentasse Algustus não conseguiu conter suas lembranças. Revelando quem era Aless e seu paradeiro.

- Minha nossa! - a bruxa exclamou ao soltá-lo. - minha nossa. - sorriu entusiasmada.

Com outro movimento de mãos fez o grilhão desaparecer. Algustus se preparou para atacá-la. Porém foi surpreendido, quando ela estendeu o colar para ele.

- Vá. - ordenou com um sorriso - e cuide para que nada de ruim aconteça a jovem.

Sem pensar ela panhou o cordão e correu para fora dali. Não sabia o que ela havia feito. Porém reconhecia o risco que isso traria para Aless.

Afinal, bruxas não eram confiáveis e o sorriso satisfatório daquela mulher lhe trouxe receio.

[...]

Adrian andava de um lado para o outro. Estava apreensivo. Por tudo que resolverá  fazer.

Suas prioridades era manter a humana a salvo, dizer lhe a verdade para em seguida quando fosse aceito por ela, a transforma. Afinal ela já era sua escolhida. E Tamura que queimasse no inferno com sua maldição.

Estava ansioso para saber se Algustus havia conseguido o objeto. Determinado a sair em busca do amigo, apanhou seu terno.
Porém antes que cruzasse o limiar da porta, Algustus invadio.

- O que aconteceu? - Adrian perguntou ao notar o espanto nítido em seus olhos.

- Eu consegui o amuleto. - sacudiu a peça em frente ao rosto de Adrian.

- Ótimo. Será útil por enquanto.

- Mas tem uma coisa - começou sem geito - Acho que devemos tirar Aless da cidade.

- Isso não é necessário. Mas por curiosidade, por que razão acha isso?

Algustus sabia que Adrian o repreederia, porém isso pouco importava no momento.

- A bruxa que me vendeu isso, ela invadiu minha mente e viu Aless, temo que tente de alguma forma encontrar-lhe. Aless é uma peça importante e muitos matariam para colocar as mãos nela.

- Não! - Adrian rosnou - como pode ser tão estúpido ao ponto de deixar ela invadir sua mente?

- Claro como se eu pudesse impedir.

- Você é um vampiro! - vociferou.

- E ela a fonte de poder. Isso não vem o caso. - andou de um lado para o outro - devemos tirar Aless daqui, o colar irá protegê-la contra vampiro
, mas não contra suas ancestrais.

- Não será preciso tanto.

- Como assim?

- Vou transformar Aless.

- O que? - rio de nervoso - você não pode.

- Porque não? Eu a quero para mim e isso a manterá a salvo.

- Você vai matá-la.

- Não seja dramático. Como seria possível mantê-la comigo se não fosse assim.

- Adrian ela é especial o que significa que sua transformação pode não sair como espera, já pensou nisso?

- Ela é uma ancestral poderosa apenas. Pelo menos assim a manteria segura, além do mas, não estou pedindo permissão.

- Vai distribuir a vida dela. - a chateação era nítida.

- Algustus eu já fiz isso a muito tempo, o que quero é ajudá-la.

- Ajudaria se não a transformasse nisso - apontou para ambos. Você mesmo odiava essa existência.

- Por causa da maldição de Tamura, mas agora, tudo é diferente.

- Claro. Não se importa com Aless, apenas consigo mesmo.

Ele fechou o amuleto em suas mãos e seguiu para saída.

- Para onde vai?

- Pelo visto você já tem tudo resolvido, não tem porque eu estar aqui.

Que fosse embora afinal. Adrian pensou. Afinal não precisaria do amuleto.

Ao passar pela porta, Algustus notou a presença do Clã de Crwitos que vinha em peso pelo corredor.

- Mal sinal. - Sussurrou e usando sua velocidade partiu pelo lado oposto.

Ele estava decidido a ir ate Aless. Porém notou alguns perfumes diferentes. Quando se preparou para correr. Fora surpreendido por Crwitos e seu clã.

O vampiro de cabelos cumpridos é loiros se aproximou a passos lentos. Se pondo frente a frente com ele. Enquanto os outros se colocaram a sua volta.
 
- Realmente achou que podia escondê-la por muito tempo? - tais palavras sobressaltaram Adrian.

- Não sei do que...

- Aaaa poupe nos de suas mentiras. Já sabemos que achou a garota. E nesse momento já enviamos alguém até sua casa para acabar com ela.

- Não! - gritou temendo por Aless.

Adrian avançou contra Crwitos, porém os vampiros em torno dele o agarrou. Colocando o de joelhos.

- Não se preocupe será uma morte rápida. Trangam ele. - ordenou aos outros.

[...]

Aless estava na sala, deitada no sofá assistindo um programa qualquer na TV. Quando o jornal começou.

A jornalista estava na antiga boate onde ela trabalhou. Aless aumentou o volume.

- A polícia recebeu um telefonema anônimo que relatava um odor forte vindo do lugar. Porém a surpresa fora achar corpos mutilados. A perícia ainda tenta identificar as vítimas. O delegado descreveu como macabro o que viu lá dentro.

Atrás da repórter loira e bem vestida. Estava passando a equipe de perícia empurrando uma maca. A mão do morto pendeu para fora plástico preto , revelando um relógio de ouro. Que ela reconheceria em qualquer lugar.

- Roru... - sussurrou assustada.

Sentou no sofá, com a mão sobre a boca. Algustus invadiu a casa as pressas.

- Aless você está bem? - perguntou se pondo de frente a ela.

- Algustus o que faz aqui? - perguntou ainda tentando assimilar a notícia da TV.

Fora embora sem se importar. Porém por muito tempo aquela boate fora chamada de lar. E sua amiga? Pensou. Será que havia voltado.

- Não... - sussurrou balançando a cabeça em negativa.

- Aless precisamos sair daqui. - ele falou sem ter certeza de que era ouvido.

- Me perdoe o que faz aqui? - perguntou voltando a si.

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