A viagem

Os raios de sol foram encobertos pelas nuvens carregadas. Aless se levantou animada. Era estranho como se sentia tão completa e feliz. Sabendo que ainda tinha muito o que resolver.

Grace se mecheu do seu lado, se espreguiçando.

- Bom dia. - ela cumprimentou sonolenta.

- Bom dia. Se levanta eu vou apresentar você ao Adrian. - Aless falou ao seguir para o banheiro.

Depois de um banho rápido ela apanhou uma muda de roupa que deixará separada sobre a cômoda na noite passada.

Grace também se aprontou, diferente de Aless sem muita produção, ela optou por usar uma calça jeans surrada e uma blusa branca de algodão.

- Vamos. - Aless a chamou sorrindo e acariciando os cabelos da garota. - logo, logo mandarei dinheiro para você comprar roupas novas. - ela falou levando Grace a sorrir.

Ao descerem as escadas ambas se depararam com Adrian vestido em seu terno, colocando uma jarra de suco sobre a mesa.

- Bom dia. - Ele as comprimentou sem desviar o olhar de Aless. - Você está muito linda.

- Obrigada. - Aless respondeu evitando olhar para Grace, que ela sabia que estava rindo da cena. - essa é Grace, minha amiga.

- É um prazer conhecê-la. - Ele concluiu com um leve aceno de cabeça. - Espero que estejam com fome. - Ele apontou para mesa.

- Faminta. - Grace correu para se sentar.

Adrian se aproximou de Aless e jogando uma mecha de seu cabelo para trás de seu ombro direito, ele acariciou seu rosto com as pontas dos dedos.

Mesmo que ele não entendesse o porque de fazer isso. Ela olhava em seu olhos enquanto ele encarava os dela.

- Eu vou buscar nossas malas. - Ele falou ao se afastar indo  direção a escada.

- Amiga. - Grace a chamou animada.

Aless foi para perto dela, e sentado apanhou uma pera.

- Ele está tão afim de você.

- Você acha? - Ela perguntou sorrindo.

- O jeito que vocês se olham e tão romântico.

- Não sei acho que você está imaginando coisas. - Ela falou ao morder a fruta.

- Vai admiti que você está caidinha por ele. - Grace pediu entusiasmada.

Aless balançou a cabeça em negativa. - termina de tomar seu café. - Ela concluiu sorrindo.

Adrian ouviu tudo de onde estava. Se Aless não admitiu que gostava dele, talvez porque de fato não gostasse. Ambos tinham atração um pelo outro como qualquer homem e mulher e nada mais que isso. Adrian constatou mal humorado. E ao apanhar as malas desceu para sala.

[...]

- Se cuida e não se meta em encrenca. - Aless alertava pela milionésima vez a amiga.

- Vou sentir tanta sua falta. - Ela falou ao abraçá-la.

- Vamos Aless. - Adrian a chamou, abrindo a porta do carona.

- Até logo. - Aless falou ao se afastar da amiga.

Ela entrou no carro, quando Adrian se preparou para fazer o mesmo um Mustang prateado parou de frente para o veículo. E Suzana desceu trajando seu vestido de cetim dourado  e saltos finos.

- Então vai embora sem se despedir. - Ela exibiu seu melhor sorriso de dentes perfeitamente brancos.

- Suzana. Pensei que essa hora já estaria lá. - Adrian sorriu se aproximando da vampira que se quer notou a presença das humanas ou simplesmente resolveu ignorar como se nada fossem para ela.

- Irei semana que vem. - Ela falou ao passar a mão pelo terno dele. E em tom baixo falou no canto do ouvido dele. - quem é a humana no carro?

Aless observava tudo sem muita reação afinal quem era ela perto daquela mulher magnífica.

Adrian sorrindo tocou delicadamente nos braços dela afastando a.

- Ninguém.

- A querido me perdoe mas é alguém sim. Esse brilho na pele dela é o cheiro... - Ela o encarou - e o mesmo cheiro daquela noite e está em você também o que só pode significar.

- Suzana.

A vampira tentou passar por ele, mas Adrian agarrou seu braço.

- Fique calmo não vou feri-la, só estou curiosa.

- Guarde sua curiosidade, logo explicarei tudo. - Ele falou ao soltá-la.

- Assim espero. Mas não se preocupe não tenho ciúmes, espero que tenha se divertido. - e sorrindo ela acenou para Aless que sem geito acenou de volta. - se cuida querido. - Ela disse ao voltar para seu mustang e sair em alta velocidade.

Adrian sorrindo voltou para o carro dando a partida. Após alguns minutos de trajeto ele estava curioso. Aless não falava e sequer olhava para ele.

- Não vai perguntar quem ela era? - Ele perguntou.

- E preciso? É tão óbvio que era sua namorada. - Aless respondeu com um sorriso sarcástico.

- Bom de certo modo , já lhe disse que não usamos rótulos.

- É claro. - Ela continuou olhando pela janelas.

Adrian riu do semblante controlado, mesmo sabendo ser fachada, o coração dela batia tão rápido que mesmo sem uma audição aguçada era possível ouvir. Ousado ele soltou uma de suas mãos do volante e apertou levemente a cocha dela.

- Para. - Ela pediu.

Ele sorrindo deslizou seus dedos para dentro da saia do vestido rodado e preto que ela usava.

- Adrian! - ela falou em reprovação.

- Não vai se fazer de difícil agora vai? - Ele perguntou ao erguer uma das sobrancelhas.

Aless riu zombedeira. E com raiva tentou inutilmente afastar a mão dele.

- Eu pedi pra parar. - Ela fez birra.

- Não tem porque sentir ciúmes. - Ele provocou.

- Eu não estou com ciúmes. - Ela riu nervosa. - porque eu estaria? Nós não temos nada. - Ela voltou a olhar pela janela.

Adrian deslizou seus dedos ainda mais pela pele macia, tocando sobre o tecido da calcinha.

- É claro que temos. - Ele a provocou acariciando seu clitóris.

Aless mordeu os lábios sentindo seu corpo responder o toque. Sim ambos tinham atração, mas não sentimento. A verdade era que a raiva aumentantava conforme ela via que para ele tudo não passava de diversão.

Olhando de encontro aos olhos âmbar  ela sentiu que precisava de mais, toda sua vida girava em torno de dar e receber prazer, deveria existir algo mais.

Adrian notando a frieza do corpo feminino, ele afastou a mão. - O que tem de errado? - Ele perguntou ao apertar o volante.

- Não tem nada de errado. Só acho que como agora serei sua funcionária, não devemos ter certos envolvimentos.

Ele não podia crer no que ouvia. - Está brincando? - a encarou.

- Não estou. Iremos trabalhar juntos e não quero misturar as coisas, e afinal você já tem um compromisso firmado não ficaria bem você sair com duas funcionárias, suponho que Suzana trabalhe lá também.

Ele riu em escárnio. - não está tentando me força a assumir um compromisso, está?

- Não. Afinal como Poderia? - apesar que seria um sonho se assim fizesse. Pensou.

- Aless me entenda mal, gostei muito do que aconteceu entre nós, com toda certeza adoraria repetir, mas não gosto de me sentir amarrado.

- Eu não estou querendo te forçar a nada. Apenas acho que deveríamos mudar nossa relação para algo profissional.

- Como quiser. - Ele concordou taciturno. Afinal dúvida que ela resistisse, quando de fato ele a quisesse.

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top