A proposta

- E sobre o que o senhor deseja conversar? - Ela perguntou ao fechar o lençol na frente do corpo.

- Eu gostei de você. - Ele começou - e sinto que preciso te ajudar, acho que merece mais do que a vida que leva aqui.

Aless não sabia o que pensar, não o conhecia ou sequer acreditava na "bondade humana".

- Eu não sei. Mas o que me oferece? - Ela perguntou curiosa.

- Eu sou dono de uma empresa de publicidade chamada Constase operation e associates. E estou precisando de uma secretária. Eu vi você e acho que pode dar certo. - Ele tentava parecer sincero.

- Eu nunca trabalhei com isso, nem sei por onde começar.

- Tudo que você precisar saber nós vamos ensinar. Você deve ter economias o suficiente para alugar um apartamento ou algo do tipo e se não tiver posso ajudá-la com isso também.

- Certo. E o que vai querer em troca? - Ela foi direta.

- Não quero nada, apenas acho que você merece uma chance.

- Por que eu? Se nesse lugar existem várias outras mulheres iguais a mim, então porque me escolher?

- É sempre tão desconfiada assim Aless? - Ele perguntou sorrindo.

- Eu aprendi com a vida que nada vem de graça. - Ela respondeu seria.

- Tem razão, por isso quero que trabalhe para mim. - Ele falou ao se colocar de pé.

- Mas, Roru não vai me deixar ir. - Ela falou ao se lembrar de seu cafetão.

- Isso para mim não é problema. - Ele disse, e com sua mão esquerda apanhou seu cartão de apresentação no bolso do terno. - caso aceite minha proposta, me ligue e do resto eu cuidarei.

Ele estendeu o cartão que ela logo apanhou e leu o nome dele seguido do número de celular.

- Adrian S. Hills.

- Se decidir por ir , me ligue antes do anoitecer, sairei da cidade amanhã a noite. - Ele falou ao seguir para a porta do quarto. - Até logo Aless. - Ele falou ao tocar a maçaneta.

- Espera! - Ela gritou ao se por de pé, abandonado o lençol sobre a cama.

Quando Adrian se virou para encará-la, foi recebido novamente com um beijo. Aless enlaçou seus braços entorno do pescoço dele, abraçando o afetuosamente enquanto sua língua se entrelaçava com a dele.

Adrian desceu sua mão pelas costas dela e apertou sua nádega esquerda, Aless sorriu de encontro a boca dele, e sem aviso prévio se afastou, deixando o vampiro sem reação.

- Até. - Ela respondeu sorrindo.

- Por favor se descida por ir. - Ele falou sorrindo e deixou o quarto fechando a porta por trás de si.

Aless sorrido se jogou na cama, e ao vasculhar os lençóis encontrou novamente o cartão. Ela se deitou de costas e erguendo o pedaço de papel negro com letras prateadas, releu o nome como que recitava um mantra.

- Adrian... Adrian. - Ela saboreava as palavras sentindo seu corpo reagir com as lembranças recentes.

Mal sabia ela que Adrian a ouvia de trás da porta. Para ele, apesar do prazer sentido, Aless era apenas um meio para um fim, sabia que ela aceitaria sua proposta, era apenas uma questão de tempo.

[...]

Ao se vestir Aless voltou para o quarto, e Grace ao vê-la chegar correu até ela fechando a porta atrás de si.

- Me conte tudo e não me poupe dos detalhes sórdidos.

- Grace agora não, estou cansada. - Aless falou ao se jogar na cama.

- Se está cansada e porque foi bom. Até sorrindo você está. - Ela falou ao se sentar na cama. - vai me conta. - Ela pediu ao cutucar a perna de Aless.

- Está bem. Foi bom. - Ela falou jogando as mãos para cima.

- Só isso? Foi bom. A fala sério um gostosão daqueles. - Ela cruzou os braços.

- O que mais você quer que eu diga?

- Diga tudo! - Ela exclamou jogando as mãos para cima.

Aless sorrindo se sentou na cama colocando o travesseiro entre as pernas.

- Nós não chegamos a fazer tudo, foi mais umas preliminares bem elaboradas.

- Como assim? - Ela perguntou curiosa.

- A não sei explicar, mas ele é muito bom, sabe bom mesmo. - Ela concluiu mordendo seu lábio inferior.

- Uall. Na próxima você deixa eu ir no seu lugar? - Ela perguntou entusiasmada.

- Mas é claro que não. - ambas riram. - não sei, ele é diferente dos outros homens com quem já estive.

Ela falou, porém não sabia que Roru estava ouvindo do outro lado da porta.

- Não vai me dizer que está apaixonada por ele? - Grace perguntou.

- Não, eu acabei de conhece-lo. E que ele tem algo diferente a pele, o cheiro. E sem contar que ele sabe como usar bem a boca.

- Aaaaa. - Grace gritou animada. - sem duvidas ele faz bem o trabalho, pois te deixou babando. - Ela riu.

- Pior que deixou e em todos os sentidos. - Ela apontou para baixo.

Roru ao ouvir a conversa sentiu seu ciúmes aflorar. Aless nunca falou ou demonstrou interesse por seus clientes, e agora dizia essas coisas. Por mais que ele gostasse do dinheiro. Não iria permitir que ela voltasse a vê-lo.

[...]

Na manhã seguinte Aless seguiu para a cozinha onde as outras garotas estavam. Ao se sentar a mesa. Grace entra correndo carregando uma grande cesta de café da manhã.

- Nossa quem te deu isso Grace? - uma das garotas perguntou.

- Até parece, isso não é para mim. Um garoto veio entregar.

- E para quem é? - Aless perguntou.

- Para vocês bobinha e adivinha quem mandou? - Grace respondeu risonha.

Aless se colocou de pé e apanhou a cesta das mãos da amiga, colocando a sobre a mesa. Na fita rosa amarrada na boca do embrulho havia um cartão em papel timbrado. Com as pontas dos dedos Aless apanhou o, lendo em seguida.

- Obrigada pela noite maravilhosa, espero poder revê-la em breve. A cesta é para que recupere suas forças e continue linda. Assinado Adrian S. Hills.

- Ooooooo.... - as garotas falaram em uníssono.

- Que fofo amiga. - Grace falou ao bater palmas.

- O que está acontecendo aqui? - Roru perguntou irritado.

Todas as garotas se viram para encará-lo.

- A Nathasa ganhou um cesta de café da manhã, do novo cliente dela. - Tereza falou zombedeira.

- E quem esse cara pensa que é para ficar mandado lembrancinhas para cá! -  com furia Roru puxou a cesta de cima da mesa.

- Calma Roru foi só um mimo. - Aless respondeu calmamente.

- Um mimo? - Ele perguntou enfurecido e ao se aproximar dela puxou o cartão que segurava. E ao lê-lo sua raiva aumentou.

Ele com furia arremessou a cesta no lixo ao lado da porta.

- Não. - Aless gritou.

Roru se voltou para ela. - Eu não sei o que aconteceu entre vocês. Mas nunca mais irá vê-lo, não me importa o quanto ele pague.

- Roru, aconteceu o que sempre acontece. - Ela respondeu com calma.

- E ainda me responde? - a irá era evidente.

- Não estou respondendo, apenas acho que não tem porque se incomodar com isso. - Aless apontou para cesta.

- Eu discordo! Eu seu bem o que pensa sobre ele. Ouvi vocês duas conversando. - Ele apontou para Grace e depois para ela.

- Roru.

- Não Aless. - Ele usou o nome verdadeiro dela. Coisa que nunca havia feito depois de tê-la batizado de Natasha. - Você nunca mais vai ver esse cara. E se me desobedecer já sabe o que vai te acontecer. - Ele falou entre dentes.

E sem dizer mais nada se afastou. Aless tinha medo de aceitar a proposta de Adrian, não o conhecia e não sabia quais suas reais intenções. Porém nada seria pior do que a vida que levava.

Decidida ela seguiu para seu quarto, e ao tracar a porta, procurou em seu esconderijo um buraco na parede atrás da cama, seu celular que comprou sem o consentimento de Roru.

Ao apanhar também o cartão de Adrian que estava sobre a escrivaninha. Ela discou o número levando o celular até o ouvido, depois de dois toques a voz grave do outro lado da linha foi ouvida.

- Alô.

- Eu gostaria de falar com o senhor Adrian Hills.

- Aless. - Ele falou ao reconhecer a voz dela.

- Oi. Eu liguei para dizer que aceito sua oferta. - Ela falou quase em um sussurro.

- Quem bom. Ficou muito feliz que tenha aceitado Aless.

- Sim. Quando vem me buscar?

- Hoje mesmo. - Ele respondeu risonho.

- Mas você precisa saber que Roru está decidido a não deixá-lo me ver. Acho que ele achou a cesta de café um atrevimento da sua parte.

Adrian soltou uma gargalhada do outro lado da linha.

- Pouco me importa o que ele pensou. me interessa saber se você apreciou.

- Sim. Eu gostei. - Aless sorriu sem saber ao certo porque. Ouvir a voz grave em seu ouvido mesmo que pelo telefone, a fazia tremer.

- Que bom. Te vejo em breve Aless.

- Parece que gosta de repetir meu nome. - Ela o provocou.

- Eu gosto. A final ele é tão doce quanto você. - Ele falou sexy.

- Saiba que eu também achei que você tinha um sabor gostoso. - Ela correspondeu, e podia jurar que ouviu um pequeno rosnando vindo do outro lado da linha.

- Quando quiser provar mais e só pedir, afinal sei que gostou ter bebido de mim.

- Aaaa. - Ela tampou a própria boca a tempo de soltar um gemido involuntário.

Porem mesmo assim ouviu a risada vitoriosa dele. - calma Aless, logo estaremos juntos e poderei ouvir esse gemido bem perto do meu ouvido, enquanto a penetro com força.

- Mal posso esperar por isso baby. - Ela  falou com suavidade.

- Délicieux. - Ele respondeu em francês.

Porém ao ouvir passos do lado de fora do quarto Aless se apressou em se despedir.

- Eu tenho que desligar.

- Como queira.

Aless escondeu o celular e empurrou a cama para o lugar se lançando sobre ela. Seu corpo ardiam em desejo apenas por ouvir a voz dele e a promessa de que a possuiria com força.

- Mal posso esperar por isso. - Ela falou, e com sua mão passou a percorrer seu corpo, se recordando da noite passada.

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