Minha triste vida - pt.2
Meu corpo estava molhado e pesava sobre algo duro como pedra. O ambiente ao meu redor estava mal iluminado, exceto por uma pequena janela no canto esquerdo, que deixava entrar um pouco de luz. O calor do lugar fazia o ar parecer denso e sufocante.
"Tiago, ele está acordando..." – ouvi uma voz distante e abafada.
"O... que... estão... fazendo... comigo?" – tentei perguntar, mas minhas palavras saíam entrecortadas e fracas. Senti algo pressionando meus pulsos, e um frio intenso tomou conta do meu corpo. As vozes ao meu redor se misturavam em um turbilhão dentro da minha cabeça.
"O que vamos fazer com ele?" – uma voz mais aguda e perturbadora murmurava.
"Não temos que fazer nada agora, é Maikon quem vai decidir o que fazer com ele."
"Quando Maikon chegar, ele vai querer se aproveitar dele. E você sabe que, quando Maikon faz isso, ninguém mais pode tocar."
Uma voz grossa soava dominadora e ameaçadora.
"Não vou conseguir..." – uma voz hesitante, quase implorando, ecoava.
"Não seja fraco como sua irmã. Mostre que você é homem. Aproveite que ele ainda está dopado."
"Não... Por favor..." – minha voz era um sussurro fraco, quase inaudível.
Senti minhas mãos sendo viradas para baixo, e as algemas em meus pulsos apertaram, beliscando minha pele. Uma sensação de impotência me dominou, e o calor do ambiente parecia intensificar a opressão que eu sentia.
"Eu vou conseguir... Eu sou forte... Não vou fraquejar... Eu sou homem!" – a voz hesitante agora estava se esforçando para se mostrar confiante.
Ouvi o som de um cinto caindo no chão, seguido pelo barulho de uma calça sendo retirada. O toque de uma mão em minha cintura me posicionou de forma desconfortável. Meu corpo, ainda fraco, mal conseguia sustentar a posição.
"Não... Por favor..." – minha súplica era quase um gemido.
"Olha só, ele está pedindo para parar!"
Os passos que ouvi se distanciando, e depois se aproximando novamente, intensificaram o medo que dominava meu ser. A sensação de uma onda de choque percorreu meu corpo quando percebi a iminência do que estava prestes a acontecer.
"Não vou conseguir..."
"Não seja fraco como sua irmã! Mostre que você é homem. Aproveite que ele ainda está dopado," – uma voz grossa e ameaçadora ressoou no ambiente.
"Não... Por favor..." – minha voz saía fraca, uma súplica desesperada.
Senti uma mão firme me virar de barriga para baixo, e as algemas em meus pulsos apertaram, beliscando minha pele com um desconforto agudo. O frio que envolvia meu corpo parecia intensificar a sensação de vulnerabilidade.
"Eu vou conseguir... Eu sou forte... Não vou fraquejar... Eu sou homem!" – a voz hesitante tentava se convencer de sua própria coragem.
O som do cinto caindo no chão e da calça sendo removida ecoou pelo ambiente, aumentando minha angústia e medo.
"Lubrifica o rabo dele primeiro, esse seu pau nem vai entrar direito se não lubrificar."– falou outra voz.
Uma mão tocou minha cintura me pondo de quatro. Meu corpo ainda fraco, não aguentava ficar ajoelhado por muito tempo.
"Não... Por favor!"
"Cala boca, porra!" - gritou alguém.
"Olha ele, ele está pedindo para eu parar!"
Ouço passos se distanciarem, mais também ouço um se aproximar... Solto um grito. Uma onda de choque passa pelo meu corpo.
"Enfia logo o pau dentro dele."
Ele segurou minha cintura e sinto o seu pênis invadir meu corpo, lento e devagar. Ele sussurrava algo bem baixinho.
"Mete com força essa piroca nele."– gritou Tiago.
Eu havia reconhecido a voz do sujeito.
"Eu não consigo... Me desculpe."
Senti a velocidade e a pressão aumentar dentro de mim, com a mesma intensidade com que ele entrava e saía. Cada movimento era uma tortura, uma repetição agonizante que me deixava à beira do desespero.
"Acaba logo com isso, seu Gardenal!" – a voz grossa exigiu.
Ouvi o som de uma porta de ferro enferrujada se fechando, um som que parecia ecoar através do meu desespero. Minhas vistas estavam turvas, girando sem controle. O homem que continuava a me abusar começou a gritar, e o som de seus gritos se misturava ao meu próprio sofrimento.
"Aahh, haaa, eu vou gozar."
Ele aumentou a velocidade, e os gritos. Seus gritos era de amedrontar, meu coração palpitante.
Ele goza dentro de mim e solta um grito de prazer.
"Isso aí garoto, pelo visto você não é tão Gardenal assim!"
Me viram novamente. Vejo o loiro de cavanhaque se aproximar, feito um borram em minhas vistas, com um arma de choque. Ele aproxima a arma do meu peito e aperta, liberando os raios eletromagnéticos que invadem meu corpo.
Dou um grito.
O peso da situação começava a se estabelecer na na minha mente. Cada vez que um novo agressor se aproximava, meus pensamentos se entrelaçavam em um turbilhão de medo e desespero. "Como isso aconteceu comigo? Eu só queria voltar para casa..." Pensava, minha mente lutando para entender a nova realidade cruel que se desenrolava diante de mim. "Eu não sou mais o mesmo garoto inocente que saiu de casa hoje. Isso vai me mudar para sempre."
A cada toque indesejado, me lembrava de momentos mais felizes da sua vida, quando se sentia seguro e amado. "Minha mãe... meu pai... como vou encarar eles depois disso?" Me perguntava, minhas memórias fornecendo um contraste doloroso com a dura realidade em que se encontrava. O pensamento em minha família me alimentava com uma mistura de esperança e desespero. "Eu preciso sobreviver. Preciso voltar para eles."
O medo de nunca mais sair daq estava me paralisando. "E se eu não conseguir escapar? E se eu nunca mais voltar a ser quem eu era antes?" Esses pensamentos torturavam minha mente, causando uma dor emocional quase tão intensa quanto a física.
***
O ambiente em que me encontro parece um pesadelo interminável. O espaço pequeno e mal iluminado amplifica a sensação de confinamento que sinto. As paredes de concreto são frias, e a umidade, misturada com o calor, contribui para um desconforto constante. "É como se esse lugar estivesse vivo, respirando e sufocando ao mesmo tempo." O som das gotas de água pingando em algum lugar distante só aumenta a sensação de isolamento, como se cada gota fosse um lembrete do quanto estou sozinho.
Cada instante parece se arrastar, transformando o tempo em uma massa indeterminada de dor e angústia. "Quanto tempo eu já estou aqui? Hora ou dias?" A espera entre os abusos se torna insuportável, com a antecipação e o medo crescendo a cada minuto. O silêncio, que deveria ser um alívio, se transforma em uma ameaça constante. Quando ele é interrompido, geralmente é para trazer mais sofrimento.
O calor intenso do ambiente contrasta com a frieza das paredes e do chão, criando uma sensação de desconexão entre meu corpo e o espaço. O chão, duro e frio, faz com que cada movimento se torne uma tortura adicional. "O chão está me machucando... cada movimento é um lembrete da minha impotência."
Quando os agressores saem, o silêncio que se segue parece um golpe adicional. É como se essa paz temporária fosse apenas uma pausa na tortura contínua. "Cada minuto de silêncio é apenas uma preparação para o próximo ataque."
Um balde de água fria me acorda abruptamente. Acordo procurando ar, e da minha boca sai uma espuma branca, enquanto o frio me atinge como um choque.
"Hora do banho, putinha."
"Não se aproxima de mim!" – berro, tentando me afastar.
"Hum, a putinha está arisca agora," a voz zombeteira ressoa, e eu reconheço o homem que estava bebendo no bar. Ele é alto, com cabelo castanho e olhos escuros. Usando uma regata cinza e calça jeans, ele se ajoelha na minha frente.
"Me mostra seus dentes, cavalinha. Quero ver o tamanho deles."
Ele pega meu rosto com força, forçando minha boca a se abrir. Seus dedos exploram minha boca, tentando puxar um dente.
"São enormes e lindos."
Ele se levanta, um misto de raiva e frustração no rosto. "Não posso fazer isso!" – diz, chutando o balde de água.
Eu olho para ele, confuso e amedrontado. O que ele não poderia fazer?
"Se descobrirem, mas não tem ninguém aqui! Só eu e você."
Ele pega uma arma de choque e se aproxima de mim, abrindo a calça e expondo seu pênis. Ele mija sobre minha barriga e, ao terminar, joga as últimas gotas no meu rosto. Seu riso cruza o espaço abafado, uma risada cruel e sádica.
"Olha, putinha. Você não é só meu brinquedinho, mas também me excita muito... Não pode morder, nem usar os dentes, senão vai levar choque."
Ele pega meu rosto e força para que eu abra a boca. Enfiando seu pau na minha boca, fazendo movimentos repetitivos. Estocando firme seu membro em minha boca.
"Isso putinha, mama bem gostoso meu pau, vai... Isso, me faz gozar em sua boca gostosa... Isso... Haaam... Gostosa!"
"Ei, cara!"
Ele é empurrado, fazendo seu pênis sair de dentro de minha boca, pelo o que eles chamam de Gardenal.
"Era para você dar um banho nele, não isso."
Ele guarda o membro novamente dentro da calça.
"Então dá você banho nele. Putinha, saiba que o Gardenal está gostando de você."– falou ele saindo pela porta de ferro.
"Vai ficar tudo bem. Olha, colabore comigo, preciso te dar um banho para te preparar para o Maikon, ele gosta de pessoas bonitas como você... Irei te soltar, mas você não pode fugir."– falou ajeitando os óculos que escorregavam pelo nariz.
Ele pega uma chave em seu bolso.
"É verdade que gosta de mim?"
Ele rir. E se aproxima de onde meus pulsos estavam presos. Ainda dopado com os remédios que me deram minha cabeça girava e me atormentava.
"Onde estamos?"
"Estamos longe de Palmas, se quer saber. Se for fugir saiba que não estamos no seu território!"
"Ainda não respondeu minha pergunta, você gosta de mim?"
"Gostar é bastante coisa. Adoraria te conhecer melhor depois que tudo isso passar."
"Depois que tudo isso passar?"– falou indignado.
"Sim!"
Ele me solta, meu corpo está molhe. Ele pega bucha e esfrega em meu corpo, esfregando minhas costas e peito.
Por um minuto volto em si mesmo, a porta estava entre aberta.
"Você está gostando de mim? Quer conversar comigo depois que tudo isso acabar?"
Ele sorri novamente e me olha nos olhos.
"Sim!"
Sorrio, quando ele menos esperava, mordo sua mão direita e com minhas mão seguro sua cabeça e bato com força na minha testa. De imediato ele desmaia, minha cabeça agora tonta e sangrando.
Corro até a porta, vejo uma escada que descia para o andar de baixo. Me certifiquei de que não havia ninguém em casa. Quando desço para o andar de baixo me dou de cara com uma mulher loira com algumas roupas dobradas nos braços. Ela arregala os olhos quando ver meu corpo.
"Pelos fundos, Ricardo está fumando na entrada."– ela me entrega algumas mudas de roupa.
Saio correndo pelo corredor e, no final, encontro uma porta. Antes de sair completamente, olho para todos os lados e sigo pelo caminho de areia. Sinto meu corpo borbulhar por dentro, como se estivesse prestes a explodir. Estou afundado na sensação de desespero e medo.
Chego a um posto de gasolina, onde um senhor de cabelos brancos está varrendo a entrada da lojinha. Corro em sua direção com mais rapidez.
"Moço... moço."
Ele se assusta e pergunta:
"O que foi, garoto?"
O velho olha ao redor, preocupado.
"Você está ofegante. Quer um copo de água? O que aconteceu?"
Aceito a ajuda dele com um aceno.
"Agora me conte a história direito."
"Eu estava em Palmas e fui sequestrado por quatro homens que abusaram de mim. Eu poderia estar morto agora, mas consegui fugir daquela casa lá embaixo."
"Então você não sabe onde está?"
"Não, não estou em Palmas?"
"Você está em São Félix, no coração do Jalapão. Está bem longe de casa!"
As palavras dele me assustam profundamente.
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