capitulo 26

O sol pintava o céu com tons avermelhados, afastando a escuridão da noite. Renato estacionou o carro em frente a uma cachoeira, a água caindo com força, o som ecoando na tranquilidade da manhã.

"Por que parou?" perguntei, curioso.

Ele me olhou e sorriu. "Pensei que poderíamos começar nosso último dia de um jeito diferente."

Retribuí com um sorriso simpático.

"Tomar banho nessa cachoeira? Isso pode?" perguntei, com uma mistura de surpresa e entusiasmo.

"Bom, não vejo ninguém aqui para nos impedir!" afirmou, olhando ao redor para se certificar.

Renato começou a desabotoar a camisa, tirando-a e jogando-a em mim. Abriu a porta do carro e saiu, posicionando-se em frente ao veículo, onde as luzes do carro o iluminavam. De lá, virou-se para mim, desabotoou a calça e a deixou cair no chão, sorrindo de forma provocante e acenando com a cabeça para que eu o acompanhasse. Ele entrou na água e mergulhou, desaparecendo sob a superfície.

Peguei meu celular e dei uma olhada em algumas fotos dos amigos nas redes sociais, mas logo ergui a cabeça para ver onde Renato estava. Mas... cadê ele? O pânico começou a me dominar ao perceber que ele ainda não tinha voltado à superfície. Saí do carro, gritando seu nome, e entrei na água para procurá-lo. Quando percebi, meus pés já não tocavam o fundo, e eu estava me afogando. De repente, senti mãos me segurando e me puxando para cima. Abri os olhos e vi que era Renato. Ele me colocou deitado sobre o capô quente do carro.

"Você está bem?" ele perguntou, preocupado.

Tusso algumas vezes, tentando recuperar o fôlego. "Não me assuste assim!" disse, ofegante.

"Você não sabe nadar... e mesmo assim veio me procurar?"

"Sim!" respondi, ainda ofegante.

Nossos olhares se cruzaram, e ele me puxou para um beijo intenso. Enquanto tirava minha blusa, seus lábios deslizavam pelo meu pescoço e clavícula, me deixando em êxtase. Eu sorri discretamente, mas Renato percebeu, pois seus olhos não se desgrudavam dos meus. Ele voltou a me beijar, cheirando meu pescoço, e se deitou por cima de mim, esfregando seu pênis no meu. O calor do capô do carro contrastava com o frio que fazia meu corpo tremer, criando uma mistura intensa de sensações.

Renato, cheio de desejo, terminou de tirar minhas roupas. O calor do capô aquecia meu corpo, enquanto ele me penetrava com força, segurando meus ombros para facilitar os movimentos. Seus lábios carnudos roçavam meu pescoço, chupando minha pele suavemente. O gemido másculo dele no meu ouvido intensificava o prazer a cada movimento de "vai e vem".

"Goza para mim... Ahm... Vai..." ele sussurrava a cada estocada, tentando penetrar cada vez mais fundo, com mais força e rapidez. Um gemido alto e sincronizado escapou de nós dois, ecoando na tranquilidade da manhã.

~*~

Dou um leve sorriso ao sentir os toques suaves de Renato no meu rosto. Minhas vistas, ainda turvas como um borrão, não me deixavam entender onde eu estava.

"Acorde, chegamos na sua casa. Foi uma longa viagem, eu sei!"—disse ele, beijando meu ombro direito.

Levanto a cabeça da janela do carro e percebo que estávamos em frente à minha casa. Os olhos de Renato brilhavam. Seguro seu rosto e o beijo com carinho antes de sair do carro. Despeço-me dele e entro em casa, sentindo uma mistura de cansaço e saudade.

Ao entrar, ouço a voz da minha mãe, conversando com Gael no escritório. Decido subir diretamente para o meu quarto. Após um banho longo e relaxante, me sento na cama e pego o celular para responder às mensagens de Otávio.

"Como estão?

Estou bem, e você? Já chegamos, estou..."

"Erick, eu..."

Ponho o celular de lado ao ouvir a voz de Gael na porta.

"Gael..."

Levanto-me para abraçá-lo, mas ele me dá um abraço rápido e distante. Sinto uma pontada de inquietação—por que estava me tratando assim? Não havia sentido minha falta?

"Eu vim aqui para..."

"Gael, não estou afim de fazer isso agora. Também senti sua falta, mas podíamos só conversar..."

"Não vim para transar."

Ele olha para o chão, e quando ergue os olhos, vejo uma sombra de preocupação.

"É sobre o Otávio..."

Entro na delegacia com o coração acelerado, indo direto para a recepção.

"Otávio Wruck."

Uma policial loira me conduz até uma sala onde fico sentado, esperando notícias. Poucos minutos depois, Otávio entra, com os pulsos algemados e a cabeça baixa.

"Otávio," chamo, já em prantos.

Levanto-me rapidamente e corro até ele. Assim que suas algemas são retiradas, ele me abraça com força, me erguendo do chão enquanto também chora. Ele me coloca em cima da mesa de alumínio e começa a me beijar, seus lábios tremendo de emoção.

"O que aconteceu?" pergunto, enxugando suas lágrimas.

Ainda com a cabeça abaixada, ele murmura:

"Me desculpe... Me perdoe!"

Ergo seu rosto, forçando-o a olhar para mim.

"Pelo quê? O que aconteceu?"

"Ele não pagou a fiança do filho," diz uma terceira voz, a mesma policial loira. "Já está na hora, vamos, garoto!"

Ela coloca as algemas de volta nos pulsos de Otávio. Meu coração se aperta ainda mais ao vê-lo naquela situação, sendo levado embora.

"Eu vou tirar você daqui!" afirmo com convicção.

Sou acompanhado por outro policial até a saída. Na recepção, Renato me espera, sentado ao lado de dois homens morenos com tatuagens no braço. Ao me ver, ele se levanta rapidamente e vem ao meu encontro, me abraçando, tentando aliviar a dor e a angústia que eu sentia.

"Vai ficar tudo bem," ele murmura, acariciando meu cabelo enquanto eu me deixava afundar em seus braços, buscando algum consolo naquela situação tão difícil.

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Atenção

Espero que tenham gostado do capítulo, já deixa sua estrela e seu comentário sobre o capítulo.

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