Durante a semana, estive mais tempo com Renato do que com Otávio. Renato havia se mudado recentemente para estar mais perto da família, e agora, com a perda do pai, eu tentava, de todas as formas, ajudar a lidar com a culpa que ele sentia pela morte de seu pai. Decidimos fazer uma viagem para um lugar reservado, onde pudéssemos encontrar algum alívio e tranquilidade.

Acordei com Renato alisando suavemente meus cabelos. Ainda com sono, me espreguicei e sorri para ele.

"Bom dia," disse.

"Bom dia. Como você dormiu?" – perguntou ele, com um sorriso carinhoso.

"Bem. E você?" – perguntei, ainda meio sonolento.

"Dormir ao seu lado foi maravilhoso," respondeu ele, sua voz cheia de afeto.

Saimos do hotel onde estávamos hospedados e decidimos explorar um pouco. Fomos até o fervedouro de Bela Vista, um lugar deslumbrante com uma banheira natural de água cristalina. Renato, já dentro da água, me convidou para pular.

"Vem, vou te segurar. Confia em mim!"

Eu respirei fundo, corri e pulei na água. Ao afundar, imediatamente fui levado para cima e flutuei, com Renato segurando minha cintura e me puxando para mais perto de seu corpo.

"Essa viagem está sendo incrível," ele comentou, com um sorriso satisfeito.

"Que bom que você está gostando. Você realmente precisava disso," respondi, me aconchegando contra seu pescoço e envolvendo minhas pernas em torno de sua cintura.

Sentia a água ao redor e a proximidade de Renato, e pela primeira vez em um bom tempo, pude relaxar completamente, longe de todos os problemas e tristezas.

~*~

"Nossa, você está com um cheiro ótimo," disse Renato, me abraçando pela cintura e beijando minha nuca, provocando um arrepio intenso em meu corpo.

"Espero que goste de massa," respondi, tentando manter o tom leve.

Ele me virou para ficar de frente para ele, começou a beijar meu pescoço e a alisar meu corpo. Em seguida, me colocou sentado na bancada da cozinha, tirou a camisa e continuou a beijar meu corpo com paixão.

Ele acordou ao meu lado e sorriu, satisfeito.

"Espero que não esteja com fome, pois só temos comida congelada e a massa queimada no fogão," disse ele, pegando o copo da minha mão e dando um gole.

"Vamos comer fora. Que tal pizza?" sugeriu Renato.

"Só preciso de um banho," respondi.

"Vamos!" exclamou, pulando da cama.

A água gelada caía sobre meu corpo, e eu me perdi em pensamentos sobre o que poderia estar acontecendo na capital. Renato começou a me beijar, e a sensação do calor do seu corpo começou a me aquecer.

"Já percebeu que transamos mais do que fazemos outra coisa?" perguntei, rindo.

"Tem algo melhor do que me sentir dentro de você? Tem algo melhor pra fazer?" Renato disse, beijando meu pescoço.

Senti seu membro enrijecer e crescer, e dei um sorriso entre os beijos. Renato me colocou de costas para ele, e sua boca percorreu meus ombros com beijos suaves e chupões.

"Meu celular está tocando," falei, ofegante.

"Deixa tocar, depois retorna. Quero você agora," ele respondeu, interrompendo os beijos.

"Não, pode ser importante."

Ele parou de me beijar, e eu peguei a toalha do boxe, saí do banho enrolado nela e fui atender o telefone.

Era Otávio na tela. Olhei ao redor e atendi.

"Como estão indo? Como ele está?" Otávio perguntou de imediato.

"Está melhorando."

"Estou sentindo saudade," disse ele.

"Otávio..."

"Eu realmente não quero saber o que vocês estão fazendo. Estou melhor assim, sem saber."

"Só ia dizer que também sinto saudades."

"Erick, me traz a toalha. Você pegou a única," ouvi Renato gritar.

Revirei os olhos.

"Pelo jeito estão se divertindo," falou Otávio.

"Não fique chateado," pedi.

"Não vou ficar! Só não demorem muito, voltem logo."

Antes que eu pudesse responder, ele desligou. Renato estava atrás de mim, todo molhado, deixando o chão ensopado.

"Não me ouviu gritar?" perguntou ele.

"Não," respondi, rindo sem graça.

"Quem era no telefone?"

"Minha mãe, estava preocupada. Querendo saber quando voltaríamos," menti, tentando evitar mais perguntas.

"Uhm, pensei ter ouvido você falar Otávio. Acho que ouvi demais," Renato comentou, vindo me beijar e abraçar.

"Sim, eu falei com ele. Mas não se preocupe, voltaremos logo."