Capítulo 42

1242 PALAVRAS

Era uma tarde tranquila em Hope Valley, com o sol se pondo no horizonte e pintando o céu de tons suaves de laranja e rosa. O som das folhas balançando ao vento preenchia o ar, e o riacho próximo corria com uma calma que combinava com o momento. Robert caminhava nervosamente em direção ao bosque, onde ele e Laura haviam marcado de se encontrar.

Ele passava as mãos pelos cabelos, tentando se acalmar, mas seu coração estava disparado. Havia algo sobre Laura que sempre o deixava assim ansioso, mas também cheio de uma felicidade inexplicável. Ela era a pessoa que fazia o mundo parecer mais brilhante, mais bonito, mais cheio de possibilidades.

Quando ele finalmente chegou ao ponto de encontro, viu Laura já esperando. Ela estava sentada em uma pedra próxima ao riacho, com os cabelos caindo em ondas suaves sobre os ombros. Ela olhava para a água, mas ao ouvir os passos de Robert, levantou o olhar e sorriu.

— Pensei que fosse me deixar esperando; brincou ela, com uma expressão que era uma mistura de provocação e doçura.

Robert sorriu de volta, o nervosismo sendo substituído por um calor reconfortante em seu peito.

— Eu nunca faria isso, Laura.

Ele se aproximou, e ela se levantou, ficando de frente para ele. Por um momento, eles ficaram apenas se olhando, como se o resto do mundo tivesse desaparecido.

— Você parece... linda; disse Robert, a voz um pouco rouca, como se estivesse reunindo coragem para dizer o que sentia.

Laura corou e baixou o olhar, mas seu sorriso cresceu.

— E você parece nervoso; respondeu ela, olhando para ele novamente com um brilho nos olhos. O que foi, Robert?

Ele suspirou, enfiando as mãos nos bolsos para tentar disfarçar sua inquietação.

— Eu só... queria te ver. Queria estar com você.

Laura inclinou a cabeça, curiosa, mas também emocionada com a sinceridade dele.

— Bem, eu também queria te ver; disse ela, dando um passo mais perto. Acho que sempre quero te ver.

As palavras dela fizeram o coração de Robert disparar ainda mais. Ele deu um passo para frente, diminuindo ainda mais a distância entre eles.

— Laura, eu... Começou ele, mas parou, lutando para encontrar as palavras certas. Eu não sei como dizer isso, mas... você é tudo para mim. Desde o dia em que te conheci, eu soube que você era especial, mas agora... agora sei que não quero imaginar minha vida sem você. Você foi minha força e minha luz enquanto estive em batalha.

Os olhos de Laura se encheram de emoção, e ela sentiu o calor das palavras dele como um abraço.

— Robert... eu sinto o mesmo.

Ele levantou a mão e a colocou delicadamente na bochecha dela, seu toque suave e cheio de carinho. Laura fechou os olhos por um momento, sentindo o conforto e a intensidade daquele gesto.

Quando abriu os olhos novamente, eles estavam tão próximos que podia sentir a respiração dele.

— Eu prometo que vou sempre cuidar de você, Laura. Sempre.

— E eu prometo que sempre estarei ao seu lado, Robert. Não importa o que aconteça.

Sem mais palavras, Robert se inclinou, e seus lábios se encontraram em um beijo cheio de ternura e amor jovem. Era o tipo de beijo que carregava promessas silenciosas, um toque que falava de sonhos compartilhados e futuros imaginados juntos.

O tempo parecia parar, e o mundo ao redor deles desapareceu completamente. Tudo o que existia era aquele momento, aquele beijo e a certeza de que, de alguma forma, seus corações estavam destinados a estar juntos.

Quando o beijo terminou, eles ficaram um momento em silêncio, apenas olhando um para o outro, os rostos ainda próximos. Laura riu suavemente, um som que fez o coração de Robert se aquecer ainda mais.

— Isso foi... Começou ela, mas não conseguiu terminar, pois as palavras pareciam insuficientes.

— Perfeito? Sugeriu Robert, com um sorriso tímido.

Laura assentiu, mordendo o lábio inferior.

— Sim, perfeito.

Eles se sentaram lado a lado na pedra, com Robert segurando a mão de Laura entre as suas. O riacho corria suavemente ao lado deles, como se estivesse tocando uma música para aquele momento.

— Você acha que podemos mesmo ter uma vida juntos? Perguntou Laura, a voz cheia de esperança, mas também de uma leve insegurança.

Robert apertou a mão dela com mais firmeza, virando-se para olhá-la nos olhos.

— Eu sei que podemos. Eu não sei exatamente como será o futuro, mas sei que quero estar ao seu lado. Seja qual for o desafio, vamos enfrentá-lo juntos.

Laura sorriu, sentindo-se mais segura com as palavras dele.

— E você acha que vão nos apoiar? Quero dizer... nossos amigos, nossas famílias?

Robert deu de ombros, mas havia convicção em sua voz.

— Acho que sim. Nós mostraremos a eles que estamos falando sério. Eles verão como nosso amor é verdadeiro.

Laura inclinou a cabeça para o ombro dele, e ele passou um braço ao redor dela, puxando-a para mais perto.

— Eu gosto de ouvir você falar assim; disse ela, fechando os olhos. Me faz sentir que podemos enfrentar qualquer coisa.

— Podemos; respondeu Robert, com um sorriso. Enquanto estivermos juntos, nada será impossível.

Enquanto o sol se punha completamente, e o céu se enchia de estrelas, Robert e Laura continuaram juntos, compartilhando sonhos e sorrisos. Eles falaram sobre o futuro, sobre coisas simples, como onde gostariam de morar, o tipo de casa que teriam, até coisas mais ambiciosas, como os filhos que gostariam de ter um dia.

— Quantos filhos você acha que deveríamos ter? Perguntou Laura, rindo.

Robert fingiu pensar por um momento, mas seus olhos estavam cheios de brincadeira.

— Acho que cinco.

— Cinco? Laura arregalou os olhos, claramente surpresa, mas também se divertindo. Robert, você tem certeza disso?

— Bem, com você ao meu lado, acho que qualquer número seria ótimo; disse ele, piscando.

Laura riu, balançando a cabeça.

— Você é impossível.

— E você é perfeita; respondeu ele, com sinceridade.

Ela parou de rir, olhando para ele com uma intensidade que fez o coração de Robert acelerar novamente.

— Você realmente acha isso?

— Laura, você é tudo o que sempre quis e mais. Eu não sei como tive tanta sorte de te encontrar, mas sei que nunca vou te deixar ir.

Laura se inclinou e o beijou novamente, desta vez com mais confiança, como se estivesse marcando suas próprias promessas nele.

Quando a noite avançou, Robert e Laura perceberam que precisavam voltar para casa. Não queriam se separar, mas sabiam que, por enquanto, era necessário.

Enquanto caminhavam de mãos dadas pela trilha de volta à cidade, o brilho das estrelas parecia mais intenso, e o mundo ao redor parecia cheio de novas possibilidades.

— Prometa que nunca vamos nos afastar, Robert; disse Laura, parando por um momento para olhá-lo.

Ele segurou as duas mãos dela, olhando profundamente em seus olhos.

— Eu prometo, Laura. Nada nunca vai nos separar.

Ela sorriu, sentindo-se mais segura do que nunca.

— Então eu prometo também. Sempre estaremos juntos, não importa o que aconteça.

E assim, sob a luz das estrelas e com seus corações cheios de amor e esperança, Robert e Laura fizeram as promessas que sabiam que levariam com eles para sempre.

O primeiro amor é assim: inocente, puro, cheio de sonhos e incertezas, mas acima de tudo, cheio de uma certeza inabalável de que, naquele momento, nada é mais importante do que estar juntos.  

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