Capítulo 37

873 PALAVRAS

ENQUANTO ISSO ...

Ao entrar na mina, Nathan, Bill e Gab foram imediatamente envolvidos por uma escuridão opressiva. As lanternas cortavam o breu, mas as sombras pareciam dançar nas paredes, criando uma sensação de que algo estava sempre à espreita.

O ar era pesado e úmido, mas graças ao aparelho de Gabi, já era possível notar uma leve circulação de ar, o que tornava a respiração um pouco menos difícil.

— Parece que o aparelho está funcionando; comentou Gab, sua voz baixa.

Nathan assentiu, mantendo os olhos atentos.

— Vamos manter o foco. Ele pode estar em qualquer lugar.

Eles seguiram adiante, o chão irregular da mina rangendo sob seus pés. Em alguns pontos, os túneis eram tão estreitos que precisaram se espremer para passar, enquanto em outros se abriam em cavernas maiores, cheias de escombros e vigas de madeira deterioradas.

— Cuidado onde pisa; alertou Bill. Essas vigas estão quase podres.

Enquanto avançavam, Nathan percebeu algo no chão: um pedaço de tecido. Ele se abaixou e pegou, segurando-o sob a luz da lanterna.

— É um pedaço do vestido dela; disse ele, reconhecendo a cor.

Gab olhou ao redor, examinando as paredes e o chão.

— Ele passou por aqui. E está tentando nos levar mais para dentro da mina.

Bill franziu a testa.

— Isso não é bom. Ele quer que nos arrisquemos.

Nathan guardou o pedaço de tecido e continuou.

— Não temos escolha. Precisamos encontrá-la.

Enquanto isso, do lado de fora, Robert e Cody estavam atentos. Cada pequeno som da floresta parecia amplificado, e ambos mantinham as mãos próximas às armas, prontos para agir.

— Você acha que eles vão conseguir? Perguntou Cody, a voz carregada de preocupação.

Robert olhou para a entrada da mina, com os olhos apertados.

— Eles têm que conseguir. Não podemos falhar com ela.

***

***

EM OUTRO LUGAR ...

Na casa de Rose, o pequeno Jack Junior estava sentado no colo de Abigail, brincando com um pequeno cavalo de madeira. Ele olhava para a porta ocasionalmente, como se esperasse que sua mãe entrasse a qualquer momento.

— Mamãe? Perguntou ele, olhando para Rose.

Rose se abaixou e acariciou os cabelos do menino, tentando esconder a preocupação que sentia.

— Mamãe está ocupada, querido. Ela vai voltar logo.

Jack Junior franziu a testa, claramente desconfiado.

— Por que ela demora?

Abigail trocou um olhar com Rose, e então com Laura e Emily, que estavam sentadas próximas, tentando encontrar uma forma de ajudar.

— Ela vai voltar. Prometo; disse Abigail, com um sorriso reconfortante, embora seu coração estivesse apertado.

Laura, que tinha um carinho enorme por Jack Junior, pegou um livro e começou a folhear.

— Jack, que tal a gente ler uma história?

O menino hesitou, mas acabou se animando com a ideia.

Enquanto isso, Rose foi para a cozinha, onde finalmente deixou suas emoções transbordarem. Ela encostou-se ao balcão, os olhos marejados.

— Elizabeth... por favor, volte logo.

***

***

Dentro da mina, Nathan, Bill e Gab continuavam a avançar. O silêncio era quase absoluto, exceto pelo som de suas botas contra o chão de terra e pedra.

— Esperem! Disse Gab de repente, segurando o braço de Nathan.

Ele apontou para o chão, onde havia uma marca peculiar na terra. Era um rastro que indicava que algo pesado havia sido arrastado.

— Ele está perto; sussurrou Gab.

Nathan apertou o cabo de sua arma, os músculos tensos.

— Continuem alertas.

Eles seguiram as marcas, que levavam a uma bifurcação no túnel. Nathan parou, avaliando as opções.

— Para qual lado? Perguntou Bill.

Nathan olhou para o chão novamente, tentando identificar mais rastros.

— Pela esquerda. As marcas são mais recentes.

Eles se moveram em silêncio, cada passo cuidadosamente calculado. O túnel parecia ficar mais estreito, e o ar começava a pesar novamente.

Gab colocou a mão no rádio que carregava.

— Gabi, como está o aparelho? O ar está começando a ficar mais pesado.

A voz de Gabi veio pelo rádio, clara, mas preocupada.

— Vou aumentar um pouco a potência. Cuidado aí dentro.

De repente, um som ecoou pela mina ... um som de algo caindo. Todos pararam, os olhos arregalados.

— Ele sabe que estamos aqui; murmurou Bill.

Nathan respirou fundo.

— Não importa. Vamos em frente.

Eles continuaram, e logo chegaram a uma área onde o túnel se abria em uma câmara maior. Nathan iluminou o espaço com sua lanterna e viu algo no chão. Era uma corda, amarrada a um pedaço de madeira.

— Ele esteve aqui; disse Gab.

Nathan olhou ao redor, procurando por qualquer sinal de Elizabeth.

— Elizabeth! Gritou ele, a voz ecoando pelas paredes da mina.

Não houve resposta, apenas o silêncio opressivo.

Bill se aproximou de Nathan, colocando uma mão em seu ombro.

— Vamos encontrá-la. Ainda não acabou.

Nathan apertou os lábios e assentiu.

— Vamos.

Eles continuaram a avançar, mas sabiam que o tempo estava se esgotando. A mina era instável, e cada minuto lá dentro aumentava o perigo.

Dentro da mina, Nathan, Bill e Gab avançavam mais fundo, determinados a encontrar Elizabeth antes que fosse tarde demais. O peso da missão pressionava cada um deles, mas ninguém estava disposto a desistir.

Elizabeth estava ali, em algum lugar, e eles fariam de tudo para trazê-la de volta.

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