Capítulo 31
1116 PALAVRAS
A equipe de resgate avançou com cuidado, as lanternas iluminando o chão irregular e destacando pegadas aqui e ali. Nathan liderou, atento a cada detalhe, seus olhos montados em anos de experiência como Mountie. Bill vinha logo atrás, seu olhar experiente varrendo o terreno à procura de algo fora do lugar. Gab estava ao lado de Nathan, segurando uma lanterna e com a outra mão no cabo de sua arma.
— Ele tentou despir a gente aqui; murmurou Bill, agachando-se ao lado de uma trilha de pegadas confusas. Andou em círculos, deu voltas. Você está tentando nos atrasar.
Nathan parou ao lado de Bill, analisando o rastro. Ele descobriu com um aceno de cabeça, mas sua expressão estava comunicada de frustração.
— Ele sabe o que está fazendo; disse Nathan, a voz tensa. Está ganhando tempo.
Gab olhou ao redor, segurando uma lanterna mais alta para iluminar uma área maior. O feixe de luz encontrou árvores altas e galhos quebrados, sinais de que alguém havia passado por ali recentemente.
— Mas ele está carregando Elizabeth; comentou Gab, com a voz grave. Isso deve diminuir a velocidade dele. Não podemos ficar tão longe.
Nathan abriu os lábios, a tensão visível em seu rosto. Ele sentiu uma mistura de medo e raiva crescendo dentro de si, mas primeiro manteve o foco. Elizabeth estava dependendo deles. Ele não poderia permitir ceder ao pânico.
De repente, ele se lembrou de algo...
Algo chamou sua atenção. Um pedaço de tecido preso a um galho baixo. Nathan avançou rapidamente, retirando o pedaço de pano e segurando-o à luz da lanterna. Era pequeno, mas inconfundível.
— É do vestido dela; disse Nathan, segurando o tecido com força.
Mas Nathan não parecia confirmado... era isso. Só podia ser isso...
Ele olhou para o pedaço de tecido que retirou do bolso e depois para o chão ao redor, os olhos estreitos em concentração. Algo não faz sentido. Ele conhecia Elizabeth. Se ela tivesse a chance de deixar uma pista, ela a deixaria em um lugar mais óbvio, onde eles a encontrariam rapidamente.
— Isso não está certo; disse Nathan, quase para si mesmo.
Bill olhou para ele com curiosidade.
— O que quer dizer?
Nathan relaxou o tecido e agitou levemente.
— Isso foi deixado aqui de propósito; explicado. Ele quer que a gente siga nessa direção.
Gab franziu a testa.
— Você acha que é uma armadilha? Você acha que foi ele que rasgou e deixou esse pedaço de tecido?
— Sim, eu acho que foi, porque Elizabeth é muito inteligente para deixar uma pista assim tão na cara. Nathan disse.
– Sim. É exatamente o que eu faria se quisesse despir alguém. Ele andou em círculos, deixou pistas falsas... e agora isso. Ele quer que acreditemos que estamos por perto, mas provavelmente já está longe daqui.
Bill cruzou os braços, ponderando as palavras de Nathan. Ele sabia que o Mountie tinha razão.
— Então precisamos pensar como ele; disse Bill. Se você fosse ele, para onde iria?
Nathan suspirou, olhando ao redor. Ele fechou os olhos por um momento, tentando se concentrar, ignorando o som do vento e a tensão que apertava seu peito. Quando abriu os olhos novamente, sua expressão era de determinação.
— A mina de carvão. Disse Nathan, com firmeza.
Gab e Bill trocaram olhares antes de voltarem para Nathan.
— Uma mina? Disse Gab.
— Exatamente; contínuo Nathan, pegando o mapa da área que carregava em sua mochila. Ele abriu sobre um tronco caído e retirado para a localização localizada da mina. Ele está ganhando tempo. E se ele souber o que está fazendo, vai levar Elizabeth para um lugar onde ninguém pensaria em procurá-la de imediato.
Bill se inclinou sobre o mapa, examinando a área ao redor da mina.
— A mina desativada... Murmurou, pensativo. É um lugar perigoso. Já faz anos desde o desmoronamento. As pessoas evitam ir até lá por causa do risco.
— Exatamente. E é por isso que é o esconderijo perfeito. Ele sabe que hesitaríamos em procurar lá. Disse Nathan.
Gab respirou fundo, as mãos nos quadris.
— Mas se ela está lá, o tempo é nosso inimigo. Essa mina é assustadora desde o acidente. Lembra o que aconteceu com aqueles mineiros?
Houve um momento de silêncio pesado, enquanto todos se lembravam do desastre que havia abalado Hope Valley anos atrás. Quarenta e sete homens perderam a vida quando a mina desmoronou, e desde então, o lugar havia sido abandonado, transformando-se em um símbolo sombrio de perda e tragédia.
— Não temos escolha; disse Nathan, sua voz de autoridade. Se ela estiver lá, precisamos agir rápido. Cada minuto conta.
Bill observou Nathan, notando a tensão em seu rosto, o peso da preocupação em seus olhos. Ele sabia que a polícia tinha razão, mas também sabia que o plano seria arriscado.
— Precisamos de mais homens e do equipamento certo; disse Bill. Não podemos entrar lá às cegas.
Nathan abriu os punhos, mas assentiu. Ele sabia que Bill estava certo.
– Certo. Mas temos que ser rápidos.
Gab olhou para o céu, agora completamente escuro, e depois para o mapa.
— Devemos nos reagrupar. Se a mina for mesmo o destino dele, não podemos demorar.
Nathan guardou o pedaço de tecido no bolso e dobrou o mapa, preparando-se para voltar ao ponto de encontro com o resto da equipe.
— Bill, Gab; disse ele, com os olhos brilhando de determinação. Vamos trazer Elizabeth de volta. Não importa o que aconteça.
Os dois homens concordaram, compartilhando da mesma resolução. Enquanto começava a caminhar de volta pela floresta, a tensão era palpável. Cada estalo de galho sob seus pés parecia ecoar como um tiro, e a escuridão ao redor parecia mais pesada, mais ameaçadora.
O perigo estava à frente, e todos eles sabiam disso. A mina de carvão era uma ruína assustadora, um lugar onde vidas foram perdidas. E agora, talvez, fosse o cativeiro de Elizabeth.
O silêncio que os acompanhava era tão denso quanto o frio da floresta. Nathan, Bill e Gab avançaram, cada um perdido em seus pensamentos, mas unidos por um objetivo em comum: salvar Elizabeth antes que fosse tarde demais.
O caminho de volta parecia mais longo, como se o próprio tempo estivesse conspirando contra eles. Quando finalmente chegaram ao ponto de encontro, os homens que aguardavam perceberam a gravidade nos rostos de Nathan e dos outros.
Nathan respirou fundo, olhando para o grupo.
— Achamos as pistas. Todas apontam para um lugar: a mina de carvão desativada.
Um murmúrio passou entre os homens. A menção da mina trouxe à tona histórias de desabamentos, corredores estreitos e o cheiro de morte que parecia assombrar o lugar.
— Vamos precisar de tudo o que temos; disse Bill. Corda, lanternas, reforços. Esse resgate não será fácil.
Gab completou:
— Mas precisamos estar preparados. Não é só a segurança de Elizabeth no jogo. Qualquer passo em falso, e poderemos ter outro desastre.
Eles sabiam onde Elizabeth estava. Agora, era uma corrida contra o tempo.
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