754 PALAVRAS

Todos na cidade de Hope Valley pareciam ter uma opinião sobre o relacionamento de Elizabeth e Lucas. As fofocas corriam soltas, principalmente entre Fiona, Molly e Florence, que estavam sempre juntas comentando sobre tudo.

— Você viu Elizabeth e Lucas passeando de novo ontem? Florence perguntou, sua expressão severa. Ela está ficando muito assanhada.

Fiona revirou os olhos e defendeu sua amiga.

— Gente, ela não fez nada de mais. Ou está com o filho junto, ou com algum aluno, ou mesmo sozinha. Nunca vimos eles nem de mãos dadas.

Florence, sempre firme em suas convicções, respondeu:

— Eu, desde que fiquei viúva, nunca mais olhei para outro homem. Uma mulher tem de respeitar seu marido mesmo após sua morte.

— Talvez você esteja certa, Florence; Molly concordou de forma complacente, sem querer arrumar briga.

Fiona, no entanto, tinha uma visão diferente.

— Acho que Elizabeth tem o direito de procurar sua felicidade. Concordo que Lucas pode não ser o cara ideal, mas no coração ninguém manda.

Enquanto isso, Bill, sempre atento na delegacia, observava Elizabeth.

Ele sabia de tudo o que acontecia na cidade, mas não gostava de ver Elizabeth e Lucas juntos.

Havia algo em Lucas que não inspirava confiança em Bill, e ele sentia a responsabilidade de proteger Elizabeth.

***

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Elizabeth, alheia a muitas das fofocas, continuava sua rotina. Ela passava o tempo ensinando na escola e cuidando de Jack Junior. A escola estava movimentada, e ela se sentia feliz por ver seus alunos crescendo e aprendendo.

Em uma tarde ensolarada, Elizabeth estava passeando pelo parque com Jack Junior quando encontrou Lucas. Ele acenou para ela com um sorriso caloroso.

— Oi, Elizabeth. Como estão vocês hoje? Lucas perguntou, aproximando-se.

— Estamos bem, Lucas. Aproveitando o dia lindo, ela respondeu, retribuindo o sorriso.

Jack Junior correu para Lucas, que o levantou e girou no ar, fazendo o menino rir.

A cena era doce e reconfortante, e Elizabeth não pôde deixar de se sentir grata pela presença constante de Lucas em suas vidas.

Naquela noite, Elizabeth estava sentada em sua varanda, olhando as estrelas. Seus pensamentos vagavam para Nathan e Allie. Ela se perguntava como estariam e se sentiam falta de Hope Valley, tanto quanto ela sentia falta deles. As memórias do tempo que passaram juntos eram fortes, e às vezes, a saudade apertava seu coração.

Enquanto estava perdida em pensamentos, Fiona apareceu, trazendo uma bandeja com chá. Desde que se mudou para casa ao lado, as duas sempre sentava ali para conversar.

— Trouxe um pouco de chá para você, Elizabeth. Parece que precisa de uma pausa.

— Obrigada, Fiona. Você é um anjo. Elizabeth respondeu, aceitando a xícara quente.

Fiona sentou-se ao lado dela, observando as estrelas.

— Sabe, Elizabeth, nem todos na cidade são tão críticos quanto Florence. Eu acho que você tem direito à felicidade. E Lucas, ele parece se importar muito com você.

— Eu sei, Fiona. É só que... às vezes, sinto que estou traindo a memória de Jack. Elizabeth confessou, sua voz cheia de emoção.

— Jack queria que você fosse feliz; Fiona disse suavemente. E você merece isso. Não deve se sentir culpada por seguir em frente.

Elizabeth deu um suspiro profundo, tentando absorver as palavras de sua amiga. Ela sabia que Fiona estava certa, mas as emoções eram complicadas e difíceis de controlar.

***

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Nos dias seguintes, as fofocas continuaram, mas Elizabeth tentou se concentrar no trabalho e na vida com Jack Junior. As crianças na escola estavam animadas com um novo projeto de arte, e Elizabeth adorava ver a criatividade delas florescer.

Na delegacia, Bill estava sempre vigilante. Ele não gostava da ideia de Elizabeth e Lucas juntos, mas sabia que tinha que respeitar as escolhas dela. No entanto, a chegada de um novo mountie na cidade trouxe uma nova dinâmica. Gab, um policial da cidade vizinha, foi transferido para Hope Valley após Nathan partir.

Um dia, enquanto Elizabeth estava na praça da cidade, ajudando as crianças a colher flores para um projeto de arte, Gab passou por ali. Ao vê-la, parou no meio do caminho, como se tivesse levado um choque.

— Elizabeth? Ele chamou, incrédulo.

Elizabeth olhou para cima e encontrou os olhos de Gab.

— Gab? O que faz aqui?

— Fui transferido para Hope Valley, eu cheguei ontem cedo. Nathan e Bill, me pediu para cuidar da cidade, Gab explicou, ainda surpreso por vê-la.

— É ótimo ter você aqui, Elizabeth respondeu, sorrindo. Vamos precisar de toda a ajuda que pudermos.

Enquanto conversavam, Bill observava de longe, analisando a interação entre eles. Ele sabia que Gab era um bom policial, mas não podia deixar de se preocupar com a nova dinâmica que sua chegada poderia trazer.