Capítulo 13
856 PALAVRAS
O sol da manhã brilhava intensamente, lançando uma luz dourada sobre Hope Valley. Elizabeth decidiu que aquele era um dia perfeito para um passeio a cavalo com Jack Jr. A primavera estava em plena floração, e o ar fresco trazia um novo vigor ao seu espírito. Ela preparou Sargent, o fiel cavalo que pertencera a Jack, enquanto Jack Jr. corria animadamente ao redor do celeiro.
— Vamos, Jack! Sargent está pronto! Elizabeth chamou, sorrindo ao ver o entusiasmo do filho.
Jack Jr. correu até sua mãe, rindo e tentando acompanhar seus passos. Elizabeth o ajudou a montar em Sargent, certificando-se de que ele estava seguro na sela. Com um toque suave, ela subiu no cavalo e segurou as rédeas, dando início ao passeio.
O terreno de Elizabeth era vasto e tranquilo, um verdadeiro refúgio. Enquanto cavalgavam, ela observava a alegria no rosto de Jack Jr., que ria e apontava para os pássaros e flores ao longo do caminho. Sargent trotava suavemente, proporcionando um passeio agradável e sem pressa.
Depois de algum tempo, Elizabeth decidiu parar em um pequeno campo aberto para que Jack Jr. pudesse correr e brincar. Ela desceu do cavalo e ajudou o filho a descer também. Jack Jr. imediatamente correu pelo campo, seus risos ecoando pelo ar.
— Vem, mamãe! Ele gritou, correndo ao redor dela em círculos.
Elizabeth riu e começou a correr atrás dele, fingindo tentar pegá-lo. Era um jogo que sempre fazia seu coração se aquecer. As risadas de Jack Jr. eram contagiantes e lhe traziam uma alegria imensa.
Enquanto brincavam, Elizabeth começou a notar algo incomum no horizonte. À distância, no meio da montanha que dividia sua propriedade da de Bill, ela viu uma movimentação estranha. Havia homens carregando algo grande, algo que parecia pesado e difícil de manobrar. Era uma visão desconcertante, considerando que aquele era um lugar isolado, sem moradores e com uma mina de carvão desativada nas proximidades.
A mina de carvão tinha sido fechada anos atrás, após um trágico acidente que resultou na morte de 47 mineiros. Muitos desses homens eram pais de seus alunos, e a memória da tragédia ainda estava fresca em sua mente. Era um lugar que poucos se atreviam a visitar, marcado pelo luto e pela perda.
Elizabeth olhou fixamente, tentando entender o que estava acontecendo. A floresta entre sua terra e a de Bill era densa, e era raro ver qualquer atividade por lá. Além disso, Bill era muito cuidadoso com suas terras. Ele as havia comprado para ficar próximo a Elizabeth após a morte de Jack, e não permitiria que ninguém as invadisse ou atrapalhasse sua vida.
— Jack, venha cá; Elizabeth chamou, tentando manter a voz calma.
Jack Jr. correu até ela, segurando sua mão.
— Mamãe, o que foi? Perguntou ele, com os olhos arregalados de curiosidade.
— Nada, querido. Só vamos ficar aqui perto, está bem? Elizabeth respondeu, tentando não o alarmar.
Ela manteve um olho atento na movimentação ao longe, seu coração batendo mais rápido com cada momento que passava. Quem seriam aqueles homens? E o que estariam carregando?
Depois de um tempo, a movimentação cessou. Os homens desapareceram na floresta, levando consigo o objeto estranho. Elizabeth sentiu uma inquietação crescente. Algo não estava certo, e ela precisava descobrir o que era.
No dia seguinte, Elizabeth decidiu que iria investigar mais de perto. Depois de deixar Jack Jr. com Clara, ela selou Sargent novamente e cavalgou até a área onde vira a movimentação. À medida que se aproximava, a sensação de desconforto aumentava. A floresta parecia mais sombria e misteriosa do que nunca.
Ao chegar ao local, Elizabeth desmontou e começou a explorar. Encontrou sinais claros de que um acampamento havia sido desmontado recentemente. Havia pegadas na terra e marcas de algo grande arrastado. Enquanto examinava o chão, algo chamou sua atenção: uma xícara de chá, idêntica às que Lucas usava em seu bar.
Elizabeth pegou a xícara, seu coração acelerando. O que ela estava descobrindo? Por que uma xícara de Lucas estaria aqui? Guardou a xícara com cuidado, sabendo que aquilo poderia ser uma pista importante.
Continuou a explorar a área, mas não encontrou mais nada de significativo. Mesmo assim, a descoberta da xícara a deixou inquieta. Decidiu que precisava conversar com Gab sobre o que tinha visto e encontrado.
De volta à cidade, Elizabeth foi até a delegacia e encontrou Gab. Ele estava revisando alguns documentos, mas ao vê-la, levantou-se imediatamente.
— Elizabeth, o que houve? Perguntou ele, notando a expressão preocupada em seu rosto.
Elizabeth mostrou a xícara e contou sobre a movimentação estranha que tinha visto na montanha.
— Isso não parece bom, Elizabeth. Vou investigar mais a fundo. Obrigado por me avisar; disse Gab, com um olhar sério.
Elizabeth sentiu um alívio por ter compartilhado suas preocupações com Gab. Sabia que ele faria o possível para descobrir a verdade. Enquanto caminhava de volta para casa, pensou sobre todas as estranhas coincidências que estavam acontecendo. Algo grande estava se desenrolando em Hope Valley, e ela estava determinada a descobrir o que era.
Com cada nova pista, Elizabeth sentia que estava mais próxima de desvendar o mistério. E com o apoio de Gab e dos amigos que confiavam nela, sabia que era apenas uma questão de tempo até que a verdade viesse à tona.
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