51 - Centrípeta
Olá, meus amigos!
Para vocês, mais um soneto de autoanálise indireta. Que possamos, na lida, encontrar nosso ponto fixo, estejamos na bonança ou na adversidade.
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Como ser casto e despido,
Se vivo entre mascarados,
De egos pútridos inflados,
E entre escravos da libido?
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Como escapar do que lido?
Do astuto vácuo dos lados,
Dos doces sorrisos afiados,
Do abraço que beija ardido...
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Tentei apurar meus passos,
Segui a flor dos compassos,
E tropecei no calor da visão.
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Entendo, não sou inocente,
Mas por mais que eu tente,
Sou atraído para o furacão.
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