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Somos cegos quando assim queremos,

Se a ambição faz parecer viável,

Se a impostura é mais confortável,

Vemos o mal por bem, e o escolhemos.

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Iludidos, nós não percebemos

Que o caminho do bem é arável,

Que o mal bate co'o fio do fiável,

Cobra seu preço, mal recebemos.

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Cercados por outros malfeitores,

Projetamos a flor dos agrores,

Cuspimos críticas pelo mundo,

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E o real culpado e meliante,

Que ri no espelho logo adiante,

Faz-se de vítima, o iracundo.

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Considerações

Este poema fala sobre o destilado que vemos ao nosso redor, sem percebermos que parte dele, somos nós que destilamos. Antes de cuspir críticas pelo mundo, que tal investirmos na ótica do altruísmo? Pois o caminho do bem é arável, autosustentável e construtivo.

Quem busca um novo horizonte, que observe o que tem emitido.