capítulo 5
demorei, mas tô aqui. tava estudando pro enem. esse é o último capítulo, tô bem feliz.
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*
Dylan acordou com dor de cabeça. Ele tinha certeza que alguém martelava sua cabeça, só por diversão ou coisa parecida, e o que tornava tudo pior, raios de sol o acertavam direto o rosto – certo, ele tinha esquecido de fechar as cortinas.
Espera, por que eu esqueci de fechar as cortinas?, ele pensou, achando estranho que não tivesse feito algo que fazia todas as noites.
Ele fechou os olhos e gemeu pela dor que sentia na cabeça. Com os olhos fechados, ele tentou pegar sua coberta para cobrir todo seu corpo como se fosse uma armadura contra os raios solares; mas quando suas mãos tocou nela, ela se moveu pelo colchão, e o movimento não havia sido causado por ele. Ele abriu os olhos e franziu o cenho, buscando entender o que estava acontecendo.
Quando se virou na cama, ao seu lado ele viu costas nuas, branca como leite com alguns arranhões espalhador por todo lugar. Seus olhos foram subindo pelas costas do garoto até chegarem nos cabelos loiros – estranhamente familiares para Dylan.
E então a realidade o acertou como um raio, ele não sabia como deveria reagir. Deveria estar em pânico? Talvez. Deveria acordar Thomas e fingir que nada havia acontecido, mandá-lo em bora ou algo assim? Não, ele provavelmente se lembrava de todos os detalhes, e também, seria meio estúpido mandar Thomas embora quando tudo que Dylan queria fazer era aproveitar o momento.
Ele se virou mais um pouco, passando seus dedos tão levemente pelo cabelo do loiro que seria quase impossível acordá-lo e arruinar o momento. Era exatamente o que ele queria: Thomas dormindo tão em paz na sua cama, acordando do seu lado e o quarto silencioso – ele quase esqueceu sua dor de cabeça, tamanha sua felicidade.
Nós fizemos sexo?, perguntou a si mesmo e franziu o cenho. O pânico surgiu novamente e ele parou de brincar com o cabelo de Thomas para se afastar e ditar o teto.
E se Thomas não quisesse dormir com ele? E se ele estivesse absurdamente bebado? Álcool faz com que você cometa loucuras como dançar nu, dizer coisas que você não queria realmente dizer ou dormir com seu melhor amigo, então Dylan não ficaria surpreso se Thomas acordasse e dissesse que aquilo tinha sido um erro. Ele também não ficaria surpreso se tivesse que fingir ao loiro que aquilo não havia significado nada para ele, então ambos concordarjam em fingir que nada acontecera, mesmo que significasse muita coisa, tudo pela amizade.
A pior parte era que Dylan não conseguia se lembrar de muito. Todas as memórias eram vagas, e era como ver imagens embaçadas, das quais você não pode ver muito, mas que com certeza significam alguma coisa. Talvez eles tivessem se beijado, ir talvez feito sexo – só de tentar lembrar sua dor de cabeça tinha se intensificado.
Ele se sentou na beirada da cama por um tempo, decidiu por boxes limpas e uma vez que fechou as cortinas permaneceu ali encarando Thomas daquele canto.
O garoto britânico não tinha se movido, nem um pouco, e a cabeça de Dylan parecia não querer se desligar. Ele queria ser otimista naquela situação, ao mesmo tempo que só conseguia pensar que na pior das hipóteses onde Thomas o rejeitaria. Não, aquele não era o pior. Thomas lhe dizendo que ele era repugnante ou qualquer coisa do gênero porque eles tinham dormido juntos e talvez Thomas não fosse gay, nem mesmo bissexual… ou nem como uma exceção.
Não, ele não é desse jeito, lembrou a si mesmo. Ele não vai fazer isso.
Ele se virou, e justo quando estava decidido a deixar o quarto um breve barulho e a voz rouca de Thomas o fizeram parar.
— Dyl?
Dylan voltou-se para o loiro e o fitou, ele estava bocejando e se sentando na cama. O lençol cobria metade do seu corpo – Dylan brevemente pensou em como gostaria que estivesse completamente sem nada – deixando seu torso nu.
— O que? – Thomas perguntou, com um fio de voz. — Tem alguma coisa no meu rosto ou…?
— Hm, não. Não, eu só que… – Dylan respondeu, tendo problemas com as palavras que ele queria dizer todas na mesma frase. – É só que…
— Só que…?
— Você se lembra de alguma coisa sobre, hm… a noite passada? – Thomas franziu o cenho, olhando para baixo e para Dylan novamente.
— Você lembra?
— Err… não – Dylan respondeu, ainda incerto das suas palavras. – Quer dizer, eu lembro de alguma coisas, mas…
— Oh – foi tudo que Thomas disse, sem deixar o moreno terminar de falar.
Dylan observou o loiro olhar para baixo enquanto mordia os lábios do jeito que sempre fazia. Um silêncio desconfortável se instalou no quarto, o qual ele queria que desaparece tão rápido quanto havia surgido – mas não sabia como.
— Eu estava bêbado, não é?
— Bem, se não se lembrar de nada que você fez noite passada te faz pensar isso, então, é, você está certo – Thomas respondeu, levantando o olhar. Castanho escuro encontrando caramelo.
— Você estava bêbado? Nós nos beijamos?
— Hm, bem… – ele passou a mão pela nuca e engoliu em seco. – É, a gente meio que deu uns amassos nesse quarto e…
— Mas, nós… Quer dizer, você e eu. Nós fizemos…?
— Sim, Dylan – disse Thomas, o interrompendo no meio da frase. Estava se sentindo impaciente e o jeito que o moreno estava agindo o deixava cada vez mais ansioso. – Nós fizemos sexo.
Dylan abriu e fechou sua boca repetidas vezes, mas as palavras simplesmente não saiam, como sempre. Ele odiava isso em si, ou ele só odiava o efeito que Thomas tinha sobre ele, porque era como se seus neurônios simplesmente morressem todos de uma vez e seu corpo não soubesse o que fazer – tudo porque o loiro havia confirmado que, sim, eles dormiram juntos. Em meio a isso, Thomas o encarava confuso e meio desapontado.
— Olha, nós… nós podemos… – Thomas hesitou, levantando da cama e procurando sua boxe pelo chão. Ele não se importava se Dylan estava o vendo sem nada, até porque, ele não se sentia exposto ou envergonhado. – Uhh, onde tá a minha cueca? – murmurou, parecendo irritado.
– Tom… – Dylan falou, chamando a atenção do loiro para si. Seu olhar seguiu Thomas pelo quarto, vendo quando ele achou o que procurava e vestiu a peça de roupa. – Thomas, eu…
— Não se preocupa, tá tudo bem – ele gaguejou, passando uma mão pelo cabelo. Ele começou a procurar por suas roupas, ignorando o olhar de Dylan, colocando suas roupas o mais rápido que podia ao que começou ou falar. – Nós podemos esquecer tudo isso e… fingir que nunca aconteceu. Nada aconteceu, isso. – completou, enquanto subia o zíper da calça, sobrancelhas franzidas, e era como se estivesse falando mais para si mesmo que para Dylan.
– Thomas, você pode…
— Sair daqui? Claro! Eu já vou sair – Thomas disse, ainda olhando para baixo e andando nervosamente pelo quarto. – Eu só preciso encontrar…
— Meu Deus! – Dylan gruniu e revirou os olhos. – Thomas, você pode, por favor, me ouvir?
Thomas parou de andar, tentando entender como tinha deixado aquele sentimento chegar no estado presente. Com os olhos fixos no moreno ele respirou fundo, toda a ansiedade indo embora.
— Eu não quero fingir que nada aconteceu, ok? – Dylan começou. – Eu também não quero esquecer. Eu queria que pudesse lembrar de mais, eu prometo, mas eu não quero esquecer as lembranças que tenho e que ainda estão na minha cabeça.
— Você tem certeza? – Thomas perguntou, num suspiro. Dylan se aproximou.
— Você sabe quanto tempo eu esperei por algo assim? Eu pensei… eu pensei que você nunca fosse se sentir do mesmo jeito – admitiu, um sorrisinho nos lábios. Então, o sorriso desapareceu e ele tinha uma expressão de tristeza. – É por isso que eu fiquei bêbado, eu queria… Deus! Eu fui tão estúpido. Se no fosse por eu ter…
— Se não fosse por você ter decidido começar a beber como se o mundo fosse acabar, eu acho que isso não teria acontecido – Thomas disse, interrompendo-o pela terceira ou quarta vez na conversa. Dessa vez, Dylan não se importou.
Thomas também se aproximou, Dylan queria dizer tudo que gritava dentro dele, porque aquele era o momento certo. Mas, gostaria de fazer de uma maneira muito melhor. Apenas uma ação. Ele segurou Thomas pela cintura, sentir a pele macia do outro nos dedos era realmente bom, e se aproximou, olhando diretamente nos olhos castanhos do outro. Dylan estava o beijando.
Não era como nos filmes, onde eles vão se aproximando até suas bocas estarem extremamente próximas, mas ninguém sabe quando dar o próximo passo. Não, desde que Dylan estava próximo ele queria saber como era sentir os lábios de Thomas e não queria esperar muito mais por isso. Sério como o primeiro beijo real deles, pelo menos para Dylan. Se lembrar o gosto da boca do loiros, explorar, sentir seu estômago cheio de borboletas, e sorrir durante o beijo porque era muita felicidade para guardar apenas para si.
Eles terminaram na cama, se beijando, dando carinho um ao outro, perdendo todo o tempo juntos possível, querendo repetir o dia para sempre. Os cobertores cobriam metade de seus corpos, as pernas enroscadas e Dylan com sua cabeça encostada no peito de Thomas. Ele ouvia seus batimentos cardíacos, soando como algo muito relaxante e desenhando pequenos círculos com seus dedos na barriga do loiro.
— Eu não devia ter bebido tanto – disse Dylan depois de um tempo, olhando para a parede e então para Thomas.
— Mas… – Thomas começou, tentando encontrar palavras para responder. Ele levou as mãos ao cabelo de Dylan, que estavam um pouco maiores do que ele se lembrava, e passou a brincar com os fios castanhos. – Você pode olhar pelo lado positivo: se não fosse por isso nós não teríamos dito sobre nossos sentimentos. Talvez nunca acontecesse. Eu preciso admitir, eu era, e ainda sou, covarde demais pra dizer sobre os meus sentimentos sem ser rejeitado.
Dylan olhou direto nos olhos do loiro e entrelaçou seus dedos ao passo que Thomas continuava a falar.
— Se você não tivesse bebido, eu teria acordado naquele quarto de hotel ou muito provavelmente deitado no seu sofá. Sem você.
Dylan queria sorrir porque aquelas eram as palavras que ele sempre quis ouvir de Thomas, mas não se lembrar das coisas que haviam acontecido o deixava magoado.
— Mas se eu não estivesse bêbado, eu me lembraria de mais coisas, sabe? – Dylan disse, com as sobrancelhas um pouco franzidas, ainda olhando diretamente para Thomas.
— Por que você está tão chateado com isso?
— Eu gostaria de lembrar de um momento como esse – rebateu, deitando no peito do loiro.
— Bem, você sabe… – Thomas quebrou o silêncio, fazendo Dylan olha-lo mais uma vez. – Nós podemos fazer isso sempre que você quiser se lembrar. Temos bastante tempo, então…
Dylan gargalhou, mostrando pequenas covinhas. O garoto britânico não poderia se sentir mais feliz. Ele sentia-se tão sortudo por tê-lo em sua vida, e agora, nos seus braços.
— Que tal mais tarde? – o moreno sugeriu, molhando os lábios. Thomas o surpreendeu, segurando-o pela cintura, prendendo-o na cama, um sorriso no rosto que fez Dylan derreter por dentro.
— Que tal agora? – sugeriu, sua voz tão suave e cheia de desejo ao mesmo tempo. Dylan riu, deixando um rápido beijo nos lábios do outro.
— Acho que eu estou bem com isso, Tommy.
© PLSTOMMYPLEASE
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