Round 15: A salvação é individual!
Antônio e Davi estão caminhando lado a lado após o treino, por conta de uma greve da polícia, o treinador optou por levar o rapaz até em casa, por garantia. Eles seguem todo o trajeto falando sobre boxe e sobre detalhes técnicos que Davi deve aprimorar para conseguir evoluir seu estilo de luta.
Tudo está tranquilo e dentro do esperado, até que eles passam por um canto escuro perto de uma praça, é onde os viciados e moradores de rua do bairro se recolhem durante a noite. Aquilo é o mais puro retrato do declínio e abandono humano, as pessoas ali usam trapos e estão sujas, o cheiro delas e do local é muito forte, além de que muitas aparentam estar entorpecidas por algo, para aliviar a dor e esquecer os problemas. Por mais egoísta que seja, além de pena, Davi sente um sentimento de gratidão por não estar na mesma situação que essas pessoas e em poder estar finalmente vivendo uma vida que gosta, com um propósito e objetivos claros.
Se destacam naquele meio, alguns idosos e mulheres com crianças pequenas, além do forte cheiro e clima de tensão entre os mesmos. Davi sente um pouco de receio, mas segue caminhando firme, já Antônio está completamente relaxado e aparentemente é um conhecido destes homens, já que alguns o comprimentam. Ele retribui a saudação e se aproxima para dizer algumas palavras.
--- A galera da igreja tá com um contato pra colocar em clínica de reabilitação. --- Ele diz sério --- Vocês querem ir?
--- Queremos sim, ajeita lá pra nós, coroa --- Um dos homens responde, um dos mais velhos com uma grande e desgranhada barba branca. --- Quero sair dessa.
Antônio segue encarando os homens e abre a carteira, tira todas as poucas notas que estão lá e as entrega para todos. Depois suspira e segue os olhando sério.
--- Dividam igualmente entre vocês, sei que não é muito, mas é o que tenho --- Ele cruza os braços --- Amanhã 7 horas tô passando aqui pra levar vocês com a kombi.
--- Firmeza, coroa. Vamo tá todo mundo aqui, não é, rapaziada? --- O mais velho brada.
--- É!!!!! --- Os mendigos rebatem em coro. Enquanto alguns ainda o encaram com certo receio e dúvida.
Antônio segue seu caminho e Davi continua o acompanhando, andando em silêncio totalmente intrigado com o que acabou de ver. O garoto se aproxima do seu professor e começa a fazer o que sabe de melhor: perguntas.
--- Mestre, tu não tem medo, não? De falar com tantos desconhecidos assim? Não sabe nada sobre eles, sabe a fama desse tipo de pessoa.
--- Não posso ter medo de fazer o bem. Se eu não fizer, que tipo de pessoa eu seria? Os perversos não tem medo de fazer o mal, então porquê eu teria do bem?
A resposta soa como uma grande lição de moral para Davi, que se sente meio inspirado com o que ouviu. O garoto segue admirado e quer saber mais sobre, é um lado e uma faceta de seu mestre que ele nunca havia visto antes.
--- E se eles não aparecerem amanhã? Podem ter dito que iam só pra pegar o dinheiro.
--- Controlo apenas as minhas ações. Eu fiz a minha parte. É que nem a história do sábio e o escorpião.
Antônio olha para o rapaz e o encara nos olhos como se esperasse que ele soubesse a história, quando nota que o garoto não a conhece, ele prontamente começa a contar.
--- Um escorpião estava se afogando em uma poça e um sábio estava tentando o tirar de lá, mas sempre que tentava o ajudar recebia picadas do animal --- Antônio boceja de sono e Davi segue atento ao que ele diz --- Todos zombaram do sábio por isso, mas ele seguiu recebendo as picadas até salvar o animal.
--- Mas isso não é burrice? --- Davi diz confuso.
--- Talvez, mas é uma questão de natureza, apenas. A natureza do escorpião é picar, a do sábio era de fazer o bem. Você deve escolher qual é a sua. Eu sei qual é a minha.
Davi começa a se pegar pensativo e reflexivo sobre o que acabara de ouvir, que tipo de pessoa poderia se considerar boa, mas não ser capaz de fazer uma boa ação sequer? Ele realmente poderia se considerar uma boa pessoa? O que é ser uma boa pessoa? É um tema complexo, ele sente que Antônio romantiza um pouco o tema, mas ele quer permanecer por perto, para ver e saber mais, antes de concluir uma opinião sobre o tema.
--- Posso ir com o senhor amanhã, mestre?
--- Claro --- Antônio sorri --- Fico feliz de que esteja interessado nesse tipo de questão.
--- O que despertou isso no senhor? A igreja?
O rosto de Antônio parece se encher de pesar, como se memórias e lembranças longínquas o atingissem neste exato instante. Ele oscila um pouco e faz um breve, mas tenso silêncio. O homem então engole seco e formula a sua resposta.
--- Também, mas mais que isso . Muito mais na realidade. Meu passado.
--- O que quer dizer com isso?
--- Eu fui um boxeador profissional, um dos bons. Só que perdi para um adversário muito forte, um que não bate com os punhos. Perdi para festas, bebidas, mulheres, drogas. Quando vi, estava nas ruas e viciado.
Davi entra em choque ao escutar isso, nem de longe era algo que conseguia imaginar ou prever saindo da boca do seu professor, é uma imensa surpresa. Ele precisa saber mais, ele tem muitas peças faltando no quebra cabeças em sua mente e não consegue entender completamente todo o ocorrido, por isso segue em silêncio, com os olhos claramente arregalados. Antônio hesita um pouco, mas continua firme contando sobre tudo que passou em sua vida.
--- E era lá que eu continuaria até morrer se não fosse pela ajuda de terceiros. Hoje eu vou a igreja, tenho meu projeto social de boxe e estou limpo há 10 anos. --- O mestre diz orgulhoso --- Deus foi bom para mim, o mínimo que posso fazer é retribuir esta bondade sendo bom com outras pessoas.
---- Mestre... --- Davi hesita --- Desculpe te fazer falar sobre isso. Parabéns por esta melhora.
--- Relaxa, pirralho. Tome como lição, se aprender algo com isso, então esse velhote não foi um completo inútil a vida toda.
🥊
Na manhã seguinte Antônio e Davi voltam bem cedo para o local onde encontraram os moradores de rua, tão cedo que não há uma alma sequer passando pela rua, com algumas raras e escassas exceções de pessoas indo para o trabalho. Davi boceja e coça os olhos já que não é habituado a acordar neste horário, enquanto Antônio está tranquilo, carrancudo e fechado como sempre.
Eles esperam alguns minutos e ninguém aparece, nenhuma das pessoas que prometeram ir até o local compareceram. Aluno e mestre seguem em silêncio na Kombi enquanto tomam café. Davi um café com leite e açúcar, enquanto o ranzinza toma um café preto com canela.
--- Porque faz isso mestre? --- Davi rompe o silêncio enquanto assopra o próprio copo.
--- Porque é o certo.
--- Mas eles nunca vem --- O rapaz rebate --- É frustante, não acha?
O velho fica sério por um instante e parece pensar nas palavras mais adequadas para a situação. O silêncio se alastra e se arrasta por um bom tempo, até o senhor dar de ombros e abrir um sorriso de "sei lá". Logo em seguida começando a falar encarando o aluno nos olhos.
--- A salvação é individual, em tudo na vida. O não querer deles, não faz eu parar de ajudar. Temos que ser bons sem recompensas, sem razões, bondade paga é suborno, não acha?
Antes que Davi pudesse responder, eles avistam ao longe um homem de mais idade vindo na sua direção. O rapaz consegue se recordar e percebe que se trata do morador de rua mais velho do grupo, o que conversou e marcou com Antônio a vinda do transporte para clínica de reabilitação. O mestre ao notar isso, se mostra satisfeito e feliz, logo em seguida cutuca Davi com o cotovelo e segue seu monólogo.
--- E as vezes uma semente vinga, nem que seja uma. Um trabalho de formiguinha por vez. --- Antônio parece sério --- Não somos eternos, um dia eu vou morrer e só restarão os frutos que eu deixar na terra: Vocês meus alunos e as pessoas que eu ajudar. Então me faz o favor de crescer bem e ser uma árvore que dá frutos.
Essa frase invade a mente de Davi e o faz ficar pensativo, ele começa a raciocinar e a lembrar de todos os momentos que já teve com o seu professor e momentos na academia com seus colegas, tudo isso só ocorreu graças ao empenho e dedicação de seu mestre em administrar e manter ativo o projeto social, como uma forma de bondade livre e sem receber nada em troca. O garoto se sente grato por isso e por ter conhecido essas pessoas que o fazem tão bem, foram as ferramentas principais na pouca, mas intensa mudança em sua vida nos últimos meses. "Cresça bem e seja uma árvore que dá frutos!", este é o único pedido que seu mestre o fez desde que se conheceram, é um pedido simples e nobre, que não compensa e nem paga tudo que Antônio já o oferecera. Davi não leva esse pedido como uma sugestão, mas sim como uma ordem direta e uma meta a se alcançar, como forma de expor e expressar toda a gratidão que tem por seu mestre.
--- Pode deixar, mestre! Se eu já me esforçava nos treinos, agora me esforçarei em triplo!
--- Conto com isso --- Antônio deixa escapar um sorriso bobo --- Seremos campeões!
--- Seremos campeões! --- Davi endossa animado.
🥊
--- Davi, não acho nada prudente a gente vir aqui nesse momento!
--- Deixa disso, Helena, um dia pra se divertir e relaxar não vai te matar --- Rebate segurando uma bola de boliche nas mãos --- E digo mais, é véspera da prova! Não adianta estudar hoje, o que você aprendeu já tá aprendido.
A garota fica em silêncio enquanto observa Davi disparar correndo e lançar a bola na pista de boliche, eles observam apreensivos o caminho que a bola segue em direção aos pinos. Só que o lançamento não foi dos melhores e a bola faz um efeito e desvia bem no final, indo em direção aos cantos e passando sem acertar nada. Restando todos os pinos de pé.
--- Eu gostaria de poder dizer que foi quase --- A garota faz uma pausa dramática --- Mas ai seria uma mentira muito deslavada.
--- É... definitivamente não é um dos meus talentos! --- Davi sorri --- Tá vendo? Vir se distrair foi uma boa ideia, de que outro modo você iria ver alguém tão habilidoso assim no boliche?
--- Realmente, é uma oportunidade rara e única na vida! --- Ela ironiza.
Helena se prepara e faz um lançamento, com toda pompa e técnica possível para tal, a bola segue em uma linha extremamente reta e atinge os pinos com tudo, derrubando todos eles. A garota dá um pulinho de animação e solta uma gargalhada ao notar a cara de inveja que Davi fez ao ver a cena.
--- Strike! --- Ela comemora sem parar --- É, tem razão, estudar pro ENEM foi tudo que fiz o ano todo. Relaxar na véspera não vai me matar, ainda mais com você.
--- E ainda somos segundo ano do ensino médio, cê tá fazendo por treino apenas. O pra valer é ano que vem.
--- Sim, mas não é por isso que eu vou ir mal, né?
--- Não não não! --- Davi se enrola um pouco --- Pelo contrário, você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. Além de ser muito esforçada, tenho a mais absoluta confiança de que irá bem!
Ela cora um pouco e se aproxima dele, eles trocam olhares por uns instantes e se observam. A garota segura as mãos de Davi e sorri um sorriso largo e cheio de animação. O rapaz fica meio sem jeito, mas luta ao máximo contra si para não transparecer.
--- Muito obrigado pelo seu apoio, Davi. Faz toda a diferença!
--- Que isso, não é pra tanto --- O rapaz diz tímido. --- Eu que agradeço por animar meus dias assim. Minha vida sem você é muito chata!
--- Eu imagino, você não é lá o cara mais aventureiro do mundo, mas relaxa, eu não vou a lugar nenhum. Vou te encher o saco por muito tempo ainda.
Eles passam o resto do final do dia jogando e conversando, criando um clima agradável que afasta da garota toda e qualquer tensão sobre a prova que virá, a deixando tranquila e com o coração aquecido, com uma sensação de que tudo dará certo e de que ela não está sozinha. Independente do que acontecer, seja lá quando acontecer.
Na manhã seguinte Davi a espera na porta de casa e pega o ônibus junto com ela em direção ao lugar de prova. O rapaz não vai fazer o teste esse ano, então vai apenas para a acompanhar e esperar na porta para a levar de volta para casa. Durante o trajeto Helena parece meio tensa e fica conferindo pela oitava vez se esqueceu algo, verifica os lanches, os documentos, o horário e chega a conclusão de que está tudo bem. Mesmo que sua ansiedade a fique dizendo que tem algo errado.
--- Você não tem muito tempo livre e só anda cansado dos treinos. Não precisava vir comigo pra tão longe de ônibus. Porquê fez isso? --- A garota diz se sentindo um pouco culpada.
A culpa a afeta um pouco, acaba sentido que está explorando e abusando da bondade alheia. E fazer a pergunta só serviu para a deixar ainda mais apreensiva, com medo da resposta de Davi, já que teme acabar sendo um fardo ou alguém que só serve para atrapalhar. A questão é que a resposta do rapaz fez seu coração acelerar e toda e qualquer dúvida sumir, a deixando envergonhada.
--- Você vale a pena, é só por isso. --- Davi tenta mostrar entusiasmo e energia positiva --- E bota pra quebrar na prova!
--- Pode deixar! --- Ela retribui a animação e bate continência como forma de brincadeira.
🥊
A conversa e os pensamentos sobre dar frutos levaram Davi a uma obsessão ainda maior com os treinos, isso levou o rapaz a treinar e praticar corridas após os horários das aulas. A questão é que este é um horário em que as ruas estão muito vazias, tendo apenas ele em sua corrida e Helena o acompanhando de bicicleta. A garota começou a ir junto com ele porquê disse que gostaria de aproveitar a chance para se exercitar também, e sair do sedentarismo depois de alguns meses apenas estudando com todo afinco.
O boxeador dispara com toda a velocidade com passadas longas e constantes, enquanto a garota pedala com tudo para o acompanhar de igual para igual. Depois de um bom tempo e uma boa distância nessa dinâmica, os dois param por alguns instantes. Davi fica dando socos no ar para se manter aquecido, enquanto a garota aproveita a pausa para tomar um gole de água que estava na bolsa térmica que trouxe.
--- Tu quase nunca anda de bike, porque isso do nada? --- Davi indaga sem parar de soltar golpes.
--- Não vou mentir pra você, é perda de tempo. Você sabe quando eu minto --- Ela diz retomando o fôlego --- É perigoso ir sozinho a noite, por isso estou acompanhando seus treinos, pra garantir que você vai ficar bem.
O rapaz para de atacar o ar, coloca as mãos na cintura e solta um largo suspiro. Helena teme que ele fique chateado igual na vez que ela o protegeu de Mosca, mas com a mudança de postura e confiança de Davi, o resultado foi totalmente aposto desta vez. O rapaz abriu um pequeno sorriso, aparentando estar satisfeito pela demonstração de cuidado.
--- Obrigado, você sempre cuida e acredita em mim.
--- Não é nada de mais. --- A garota desconversa acanhada --- E eu quero ter moral quando você for um campeão.
--- Minha primeira medalha vai ser sua. --- Ele solta despretensioso.
Essa informação deixa a menina petrificada por alguns instantes, quase em choque. Ela vive com o Gustavo que é um boxeador e acompanha grande parte da rotina de treinos de Davi, então ela sabe muito bem o quanto de esforço é necessário para se obter uma medalha e no quanto uma medalha tem de valor, não monetário, mas sim valor emocional e de merecimento. É a materialização de uma obsessão e disciplina incomparáveis.
--- Mas mas porque? --- A menina rebate com os olhos arregalados --- Você soa e sangra todo dia pra vencer. É um merito seu!
--- De que adianta méritos se eu não honrar quem me apoia? Você é alguém especial para mim.
Helena morde o lábio e desvia o olhar sem conseguir formular uma resposta, restando apenas estática e zumbido em sua mente. Davi sente o coração galopar no peito, mas estranhamente desta vez a ansiedade não é paralisante, sua mente apenas consegue pensar que algo deve ser feito, que não faria mal arriscar um pouco.
Ele anda na direção dela e segura a mão esquerda dela, sua mão direita a toca delicadamente no queixo e chama a atenção da garota para si. Eles se encaram e se olham por alguns segundos, Helena olha fixamente para a boca de Davi e logo em seguida solta um riso de leve.
O rapaz reage ficando com a respiração mais pesada e sente as pernas tremerem ao notar o quão vermelhas as bochechas da garota estão. A moça solta um suspiro e fecha os olhos, Davi responde fazendo a mesma coisa. Seus corpos se movem para frente quase como se soubessem as coordenadas um do outro, mesmo sem ver nada. Eles sentem o calor corporal e a respiração um do outro, mas quando seus lábios estão quase se tocando, uma buzina de carro os assusta e desperta de volta para o resto do mundo.
Os dois se afastam instintivamente com o susto e o clima de romance desaparece, eles olham ao redor e avistam Miguel passando de carro com a cabeça para fora do carro soltando gargalhadas e exalando animação. O que só deixa os jovens envergonhados, mas não de um jeito bom.
--- ARROCHA NELA, FILHÃO!!!! --- O homem grita dando mais buzinadas enquanto vai indo embora com o carro.
--- Desculpa por isso... --- Davi diz sem saber onde enterrar o rosto de vergonha.
--- Relaxa --- Helena rebate soltando uns tremores e espamos de nervosismo. --- Vamos voltar a treinar.
🥊
Enrolado nas cobertas e com o rosto afundado no travesseiro, Davi fica tendo mini surtos em seu quarto enquanto lembra do que acabara de ocorrer um pouco antes. Não consegue parar de pensar no quão perto chegou de finalmente beijar Helena, a garota de seus sonhos, mas também não consegue esquecer a vergonha que seu pai o fez passar. Ele sabe que provavelmente a garota está pensando no mesmo e que a vergonha e nervosismo de ambos devem estar no ápice agora.
Ele sente seu peito corroer e seus órgãos internos derreterem, é uma situação horrível e ele só consegue imaginar como será estranho quando os dois se verem amanhã. Até que uma notificação no seu celular o chama atenção e ele logo a verifica afim de tentar se distrair e aliviar a mente. Se trata de uma mensagem no WhatsApp enviada pelo Raul.
Raul Seixas:
Ei chefe, passando aqui pra dizer que nosso estudo rendeu e eu passei na matéria! 🚀🙅♂️
Eu:
Parabéns, cara! Sabia que ia dar certo no final
Raul Seixas:
Não conseguiria sem você, mestre.
Eu:
Ei, chefe eu aprendi a tolerar, mas mestre já é de mais! Corta essa!
Raul Seixas:
Ok, ok kskskksksks. Essa eu consigo entender, tu já deu a mão, não vou querer o braço.
Davi se pega rindo e por um instante toda a preocupação some de sua mente, o rapaz se prepara para ir dormir, só que para sua surpresa uma mensagem no grupo do boxe chama sua atenção e faz seu mundo quase cair, o deixando extasiado de emoção e felicidade. É uma mensagem do mestre Antônio.
Mestre dos magos 🧙♂️:
Ei fedelho, seu desempenho nos treinos tá ficando muito bom e você tá dedicado. O Gustavo e o Rodrigo vão disputar um campeonato pequeno de lutas casadas esse final de semana, vou te deixar participar.
Rodrigo Faro 👃:
Ai sim hein, Daviboy? Vai finalmente estreiar nos ringues!
Davi joga o celular para o lado e levanta dando pulos de felicidade, o garoto coloca a guarda e posição de combate, logo em seguida começando a soltar socos fortes e enérgicos, como forma de transparecer tudo que está sentindo, todo o borbulhão de emoções que percorrem todo o seu ser. Finalmente vai rolar o que tanto aguardou!
Contagem de palavras: 3.431
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Notas do autor:
Depois de um mês sem postar, seu autor vagabundo favorito voltou com conteúdo novo! 🫣🫣🫣 Kskksks brincadeiras a parte, desta vez nem darei desculpas, a carreria de final de ano foi foda. Só que não se preocupem, ainda farei o round extra das festas de fim de ano, mesmo fora da data, as farei assim que terminar a estreia do Davi.
Leve spoiler: Próximo capítulo é o corte de peso, ajustes finais e algum conteúdo emocional, e logo em seguida iniciaremos o primeiro campeonato em que o Davi luta!!!!! Davi estreiará no round 17!!!!!!!!!! Demorou mais chegou.
Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Te vejo no próximo capítulo? Até mais, ponham suas luvas e vamos para o próximo round!
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