This is how it starts
Sirius era alguém paranóico.
Viveu e foi criado por pais conservadores, irracionais e completamente malucos, tudo que fazia, até coisas simples, era motivação para enormes brigas e até violência, então sim, ele era o tipo de pessoa desconfiada, com tiques e extremamente criativo para imaginar problemas onde não tem. Vinha de berço a desconfiança e a premeditação de encrenca. Talvez fosse sua defesa contra as acusações ou sua forma de defesa.
Mais de uma vez durante a escola ele foi a mente brilhante por trás das pegadinhas, das fugas e das declarações mais infames da escola, ajudando todos com seus planos mirabolantes. Essa era a parte boa da sua mente desastrosa, e a ruim vinha quando ele engatava em uma teoria conspiratória, como que Dumbledore, o diretor, era uma drag queen na madrugada das boates e passou quase dois meses indo em vários clubes LGBT+, para no fim só trombar com o diretor e seu marido no shopping.
Não seria a primeira nem a única vez que ele iria bolar um plano, uma ideia ou uma teoria nada haver e encher o ouvido de seus amigos com isso.
E o homem citado estava inquieto, não era necessário ter um QI elevado ou ser a pessoa mais astuta do mundo para ter essa constatação, bastava observá-lo por cinco minutos andando pelo estúdio em círculos murmurando palavrões e amarrando e soltando o cabelo cheio de cachos para aquilo.
A parte dos xingamento de baixo calão não era necessariamente novidade ou algo incomum, o moreno possuía uma boca extremamente suja e expressiva, mas eles estarem sendo sussurrados invés de altos e claros enquanto ele andava, ao contrário de estar jogado no chão, e ainda bagunçando seu cabelo com certeza dava o ar de estranheza e calamidade pública necessária para atiçar a curiosidade de James, que era a pessoa o seguindo com o olhar pelos cinco minutos referidos.
— Certo, abre a boca, que merda 'tá passando na sua cabeça oca? — James bradou irritado enquanto girava as baquetas nos dedos.
— The Marauders vai acabar!
— Vira a boca para lá, caralho! — O homem arregalou os olhos e deu duas batidas com os itens de madeira como se repreendesse a fala em todos os planos, espiritual e térreo. Sendo que nem era religioso, mas sim cuidadoso, pensou. — Bate na madeira também, cão!
— Mas-
— Sirius bate nessa bosta ou eu bato em você! — Potter apontou de forma ameaçadora para ele usando as baquetas, Black só resmungou um palavrão batendo na mesa próxima deles.
— Melhor, senhor exagero? — o cinismo era nítido o que fez James dar língua para ele, a resposta foi a mesma, parecendo duas crianças fazendo birra.
— Exagero tua bunda! — Tentou se esticar para chutá-lo mas ficou só contorcido de forma engraçada.
— Cara, dá para focar no problema real? — Sirius bateu três palminha como se chamasse atenção dele. — Nós temos que fazer algo, sinto nosso fim!
— Sirius para de drama e me explica isso direito, brigou com Remus de novo? Porque você sabe que não me meto no role de vocês!
— Agora eu que digo, vira essa boca para lá! — Ele sacudiu as mãos no ar antes de fingir um arrepio de corpo inteiro, e bater na madeira, apenas para dar o máximo de ênfase que sua mente dramática conseguia. — Credo, credo, nunca mais, repito, nunca mais eu brigo com ele!
— Nunca deveria ter feito para começar, desde os onze anos você não sabe ficar longe do Moony, ele é quase seu oxigênio. — James sorriu brincalhão, aquilo era mais verdade do que seria saudável ser. — Se não é uma briga com ele que está queimando seus últimos dois neurônios, diga a razão do nosso fim.
— Você 'tá muito engraçadinho para o meu gosto. — Sirius cruzou os braços, ato que não durou muito pois logo ele descruzou para iniciar seu discurso teatral cheio de gesticulação. — Todas as bandas morrem depois de cinco anos! É científico, cinco anos de sucesso e depois são longos hiatus, um single ali outro nunca, até sair um integrante, provavelmente Peter, acho que ele meio que sempre quer sair, depois deixaremos de nos seguir no instagram, os fãs surtarão, criarão teorias, anunciaremos na mídia um tempo indefinido, Remus partirá para carreira solo, tentaremos nos unir novamente, os quatro o grande retorno, mas será nosso álbum de despedida! Nobody can drag me down vai virar Anybody can drag me down!
— Essa nem foi a última música do One Direction, seu idiota! — James franziu a feição.
— Irrelevante, Potter! — Sirius bateu as mãos no ar irritado, ele caminhou até o amigo segurando seu rosto entre as mãos. — Essa tá longe de ser a raiz do problema.
— E os Beatles? Dez anos só de sucessos. — Ele falou com ar casual de quem diz algo óbvio, tipo a Terra é redonda, ao menos o máximo que deu com seu rosto espremido na mão cheia de anéis do Black.
— Cara, na real, acho que somos bons, tipo bom para caralho, e tals, mas porra, são os Beatles, né! — Ele largou o rosto de James que sacudiu o rosto fingindo agonia com o toque, a voz de Sirius era tão debochada como a do amigo anteriormente, agora era ele quem dizia coisas óbvias.
— Certo, tem razão, e o que sugere, o grande gênio, detentor de toda a sabedoria do universo? — Potter abriu as pernas, se jogando no puff amarelo do lugar, quase deitado no chão.
— Precisamos mudar nosso conceito, — Sirius tinha os olhos brilhando e rodopiava em seu eixo — um grande sucesso, lançar o novo Do I Wanna Know, virar o Sweater Weather dos jovens! É disso que precisamos!
— E como faremos isso, inteligência superior? O que sugere?
— Lançar um álbum com a faixa principal de nosso compositor romântico preferido. — Um sorriso diabólico surgiu em seu rosto, James podia ver chifres vermelhos e um longo rabo aparecendo junto aquela frase. Péssima ideia, pensou de imediato.
— Sirius, não! E o papo de nunca brigar com ele? Enfiou no cu? — A postura dele ficou ereta de repente e o medo genuíno passando pela feição — Remus te mata antes de deixar! Aí sinto que a banda vai acabar! Esse seria nosso fim, comigo e Remus escondendo seu corpo que ele matou!
— Por que você ajudaria ele a esconder meu corpo? — Sirius pareceu verdadeiramente ofendido.
— Cara, ele teria te matado, o que impediria de me matar? — James levantou do puff pondo a mão no peito. — Temos que ser lógicos.
— Claro, lógicos em uma situação hipotética na qual Remus me mata e você esconde meu corpo! — Ele revira os olhos.
— Cara, você acabou de falar hipotética? Agora sim queimou os dois neurônios, certeza! — James sacudiu a mão no ar como quem tira fumaça. — Olha esse cheiro de queimado.
— Se fuder, James! — Sirius empurrou Potter, o que fez ele rir quase se engasgando.
— Mano, tira essa ideia da cabeça, aquieta o cu.
— Dou um jeito, confia no pai! — Ele bateu em seu peito se enchendo de pompa.
— Boa sorte! — Debochou sem nem tentar esconder. — E não me envolva nisso!
— Vai ser incrível, Prongs! — A animação era contagiante, o homem saltitava pelo estúdio. — Vamos juntar os romances indies do meu Remus com minhas putarias poéticas! Quer mais?
— Espero que Moony veja essa genialidade antes de te capar! — Falou se escorando no amigo, que jogou o ombro contra ele, o afastando.
— James, não mete a estrela cadente nisso!
— Você chama seu pau de estrela cadente? — James praticamente gritou.
— Claro, ela atende qualquer desejo que você peça ajoelhado!
Notas finais:
Mais uma para o Setembro Wolfstar! Essa é só alegria e piadas infames, quem gostou, gostou, quem não gostou bate palma!
A capa foi feita por @devonsgfs que é a também a próxima a postar pelo projeto, eu ficaria de olho!
MUITO OBRIGADA @Miyamura_Harumi sempre salvando o dia betando! Vlw gatinha!!
Essa fanfic era uma oneshot, mas eu resolvi dividir por mera estética dia 18 sai o próximo, entretanto agora dia 17 temos a continuação de Calling For You! Falei que tinha muita coisa no perfil esse mês!
Obrigada por ler, até!
Beijos da Fada!!
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