56

Caminhei calmamente pela terra um pouco úmida por conta das fortes chuvas que estamos precisando durante a madrugada.

O lugar está vazio, me possibilidade de escutar o barulho dos pássaros cantando em cima das árvores e do meu coturno entrando em contato com o chão a cada vez que me movo. 

_ Eu vim te ver, precisamos conversar. - falei, me ajoelhando em frente ao túmulo de Sasha Luise, minha mãe.

Fui até o hospital ver o corpo de Nelly e responder a algumas pessoas curiosas com a morte dela. Não sei o que aconteceu, mas me senti na necessidade de vim até aqui contar para a minha mãe as coisas que estão acontecendo, a última vez que vim eu tinha somente doze anos. 

_ Você escolheu o melhor homem para ser o pai da sua filha, isso eu te garanto. Tony Stark fez o papel de todos da minha família para me deixar feliz e me esquecer que eu não tinha ninguém além dele. - comecei - Tinha noites que eu acordava de madrugada e escutava ele chorando baixinho no quarto, sentindo uma dor imensa no peito. A responsabilidade era imensa e perder a mulher que ama não é nada fácil, mas ele foi forte e se tornou o meu maior ídolo. 

Senti um bolo se formar em minha garganta e fechei os olhos por um instante, tentando recuperar as forças para continuar a falar.

_ Sabe a sua mãe, a vovó Hazel? Ela não gosta de mim, na verdade, ela me odeia. - meus olhos se encheram de lágrimas assim que lembrei de todas as palavras que saíram da boca daquela mulher - Segundo ela, eu sou a culpada pela sua morte e outras milhares de coisas, mas não vim aqui para te contar os meus problemas. 

Coloquei a mão em cima da lápide com o nome dela escrito e acariciei, como se realmente fosse a minha mãe ali.

_ Mãe, eu encontrei um homem perfeito para a minha vida. O nome dele é Steve Rogers, a maioria das pessoas conhece ele como o Capitão América. - dei um sorrisinho - Nós não nos dávamos bem no começo, mas com o tempo eu fui percebendo que eu o amava e ficamos finalmente juntos. Ele é o homem com quem eu quero passar todos os dias da minha vida e criar uma família maravilhosa. 

Uma lágrima escorreu. 

_ Eu queria que você estivesse aqui para me ver conquistando tudo isso. Saiba que não tem um dia que não penso em você e na mãe perfeita que eu teria. Não venho muito aqui, mas todas as noites converso com você em minha mente, torcendo para que a senhora entenda tudo e fique feliz por mim mesmo de longe. - me levantei e sorri - Te amo muito, mesmo não te conhecendo, sinto que o nosso amor é imenso.

                                    (...) 

Estamos em uma salinha terminando de arrumar Scott para começarmos a viagem no tempo, o que me deixa com um certo frio na barriga. 

_ Onde esteve hoje de manhã? Pensei em te chamar para tomar um café em uma lanchonete perto da sua casa. - Scott diz, já dentro do traje.

_ Fui visitar minha mãe. - retirei o meu casaco de pele marrom e pendurei ele, ficando somente com uma blusa fina branca de manga longa.

_ Mas a sua mãe... - ele ia continuar, mas assim que lembrou, engoliu as palavras no mesmo instante — Me desculpa...

_ Não precisa se desculpar. - falei indo até Banner, que agora está na forma de Hulk por um bom tempo.

Scott está um pouco nervoso, então Clint se voluntário para ir no lugar dele. Ele vestiu o macacão adaptado e foi, sumindo do nosso campo de visão.

_ Como foi lá? No cemitério. - meu pai pergunta, me puxando para um canto.

_ Me senti leve de ter ido. - cruzei os braços - Você costuma ir lá visitar a minha mãe? 

_ Eu ia bastante quando você era mais nova, mas hoje em dia eu não vou com muita frequência. - respondeu, levantando as mangas de sua blusa preta.

_ A Pepper não gosta muito que você vá? 

_ Ela não liga para isso, querida. - ele passou a mão pelo meu rosto - Pepper nunca ligou em me ver de frente ao túmulo de Sasha porque sabe o verdadeiro motivo de eu estar lá.

_ E qual seria o motivo? 

_ Eu contava para ela cada desenvolvimento seu. Quando você aprendeu a andar e falar, eu fiquei quase três horas contando para a Sasha que você conseguiu fazer coisas novas. - ele sorriu - Sua mãe e eu temos muito orgulho de você, Evie. 

Antes que eu pudesse responder, um barulho foi feito e olhamos para o lado, vendo Clint de volta, parecendo cansado.

Corri até ele e coloquei a mão em seu coração, me certificando se está tudo bem. Não posso perder mais nenhuma pessoa. 

_ Tudo bem, Clint? - perguntei e ele assentiu.

_ Deu certo. - falou, ofegante.

                                    (...)

_ Ok, então funciona. Agora precisamos saber sobre "quando" e "onde". - Steve disse em pé - A maioria das pessoas dessa sala já encontrou pelo menos uma das seis joias do infinito.

_ Ou podem substituírem a palavra "encontrou" por "quase foi morto por uma das seis joias do infinito". - meu pai disse, caminhando até a mesa. 

_ Bom, eu nem sei do que estão falando. - Scott disse, confuso com a fala de meu pai.

_ Isso não importa, nós só temos partículas Pym para uma volta e uma ida para cada um. E essas joias estiveram em vários lugares diferentes durante a história.

_ Dá nossa história. Não há muitos pontos convenientes para entrarmos, certo? - meu pai diz e eu concordo com a cabeça.

_ Então, devemos escolher os nossos alvos. - Clint sussurra.

_ Correto. - Tony diz.

_ Então, vamos começar com o Éter. - Steve diz - Thor, o que você sabe?

O loiro não está o mesmo da última vez que o vi, agora o cabelo está bem maior e bagunçando e sua barba está comprida e volumosa. Seu corpo está diferente e ele está toda hora com uma latinha de cerveja em mãos.

_ Ele está dormindo? - Natasha pergunta.

_ Não, tenho quase certeza que morreu. - James disse.

_ Não brinca com isso, precisamos dele. - falei, mordendo a tampa da caneta que eu estou em mãos.

Demoramos um tempo para acordá-lo, mas assim que voltou para a realidade, levantou bruscamente e foi para frente do telão onde mostra o Éter.

_ Então, por onde eu começo. - ele retirou seus óculos escuros - Primeiramente, o Éter não é uma joia, é uma coisa mais parecida com um tipo de lama... então as pessoas deveriam corrigir e parar de falar errado. 

_ Ele não está nada sóbrio. - sussurrei para meu pai que bufou diante da situação.

_ Mas tem uma história interessante sobre o Éter. Meu avô, há muitos anos, teve que esconder a joia dos Elfos Negros. - ele fez um som com a boca, tentando trazer um ar de mistério - Assustadores. Então, a Jane, na verdade... - ele mexeu no sistema e clicou na foto de Jane - Olha a Jane aí. É, a Jane era uma antiga paixão minha e ela prendeu a mão dentro de uma pedra uma vez e aí o Éter ficou preso dentro dela e ela ficou muito doente. Eu tive que levá-la para Asgard e tentamos dar um jeito nela. A gente estava namorando na época, sabe? Eu tive que apresentar ela para a minha mãe, que foi assinada. - ele deu um suspiro. - Sabe, eu e a Jane não estamos mais namorando, mas isso acontece, nada dura para sempre...

_ Senta lá. - meu pai diz pegando em seu braço, já impaciente.

_ Eu não acabei ainda. - disse se soltando - A única coisa permanente na vida é a impermanência. - ele riu e meu pai bateu palmas.

_ Incrível. - Tony diz - Ovos? Café da manhã? 

_ Não. Eu queria um Bloody Mary. - respondeu com um sorriso no rosto.

                                      

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