51

5 anos depois... 

A cidade está calma, coisa rara de acontecer em uma cidade grande na qual moramos. As casas estão fechadas por conta do frio excessivo. 

Eu estou em uma roda com algumas pessoas ao lado de Steve, que escuta atentamente cada um que se sente na vontade de falar.

_ Então... saí com uma pessoa. Foi a primeira vez em cinco anos. Estava lá sentado para jantar, nem sabia o que falar. - um homem de óculos falava, um pouco nervoso.

_ E sobre o que conversaram? - perguntou Steve, interessado.

_ As tretas de costume. Mudanças que aconteceram. O meu trabalho, o trabalho dele. A saudade que temos do Mets. - ele deu uma pausa - Aí veio o silêncio, e ele chorou enquanto nos servia salada.

_ E você, chorou? - perguntou com as mãos entrelaçadas sobre a minha perna coberta por uma calça vinho. 

_ Chorei pouco antes da sobremesa. Mas vou voltar e estar com ele amanhã. - o homem disse e eu concordei com a cabeça.

_ É isso aí. - Steve disse - Você fez a sua parte. Arriscou, mas não sabia como iria acabar. - algumas pessoas deixavam lágrimas escorrerem - E é isso mesmo. Temos que dar esses pequenos passos, para tentarmos voltar a ser completos e encontrarmos um propósito. - ele deu uma pausa e pegou uma das minhas mãos - Fui congelado em 1945 após conhecer uma mulher. Acordei depois de setenta anos e pensei que nunca ia achar uma pessoa que me fizesse sentir os mesmos sentimentos, mas eu estava errado, eu achei uma mulher maravilhosa. Evie entrou na minha vida e trouxe a felicidade, apesar de não gostar muito de mim no começo, hoje nos amamos de uma forma incondicional. 

Meus olhos se encheram de lágrimas e eu dei um sorriso largo. 

_ Amar o Steve se tornou a minha atividade preferida, e o melhor é que não preciso fazer nenhum tipo de esforço. — ele selou nossos lábios e, quando olhei para as pessoas, elas estavam sorrindo diante da cena. 

Já está ficando tarde, então nos despedimos e todos foram embora, sobrando somente eu e Steve no local. Peguei meu casaco de linho preto que estava sobre uma cadeira e vesti, logo pegando a chave do carro que estava embaixo dela. 

_ Amanhã eu irei para a casa de lago do meu pai, quer ir comigo? - perguntei para o loiro que guardava as cadeiras no canto da sala - Preciso visitar uma pessoinha especial.

Meu pai e Pepper trouxeram ao mundo uma pessoa que se tornou muito importante para mim. Morgan Stark é minha irmã mais nova e minha amiga.

Eles estão ficando na casa do lago por conta da segurança. Por mais que tudo esteja calmo, nunca se sabe quando pode acontecer alguma coisa drástica.

_ Não posso, tenho algumas coisas para resolver na cidade. - ele se aproximou - Dê um abraço na Morgan, diga que mandei um beijo e que estou doido para vê-la novamente.

_ Pode deixar, ela vai amar saber disso. sorri e ele entrelaçou nossas mãos - Vamos lá para casa. 

_ Vamos sim. - ele respondeu entre um sorriso.

                                      (...)

Adentramos o local e eu pendurei meu casaco, Steve fez o mesmo e logo fomos em direção à sala.

A moça que limpa aqui veio mais cedo e deixou tudo organizado, do jeitinho que eu gosto. Não consigo ficar em uma casa toda bagunçada e suja.

_ Fica à vontade, vou pegar um vinho. - falei e ele assentiu, sentando no sofá macio.

Fui até a cozinha e peguei um vinho tinto Château Haut-Brion. Abri o armário e peguei duas taças de vidro e levei para a sala.

Coloquei em cima da mesinha de centro e me sentei ao lado de Steve, que encarava algumas pastas no painel da televisão.

Dei um tempo nas missões de campo da Shield para poder colocar minha cabeça em ordem, então agora fico responsável por alguns contratos das indústrias Stark. Recebemos uma oferta na semana passada e a decisão caiu sobre mim, mas não quero pensar nisso agora.

Amanhã, irei conversar com meu pai a respeito disso e irei dar uma resposta final. 

Abri o vinho e coloquei um pouco nas duas taças, estiquei uma para Steve e ele agradeceu com um sorriso.

_ Posso te perguntar uma coisa? - falei dando um gole na bebida.

_ Claro. - respondeu.

_ Você ainda tem esperança de trazermos as pessoas de volta? - perguntei e ele engoliu em seco.

_ É uma pergunta difícil, e acho que não vou saber responder.

_ Todas as noites, eu fico pensando neles e uma forma de trazer todos de volta para a nossa vida. Me sinto ruim de saber que eles podem voltar e a gente não faz nada. - minha voz é baixa, mas por dentro eu estou querendo gritar.

_ As joias foram destruídas, não sei se tem outro jeito.

_ Tem que ter, Steve. Vamos tentar pelo menos. - falei - Eu tenho contato com pessoas experientes, posso pedir para eles nos ajudarem.

_ Tudo bem. - ele colocou a mão em minha bochecha - Eu vou reunir todos e vamos fazer eles voltarem. 

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