Conseguimos salvar muitas pessoas que estavam no prédio, mas infelizmente houve uma abundância de mortos. 

A tragédia está passando em todos os jornais da cidade e uma boa parte da população estão querendo nos matar por conta da ação e eu não as julgo, se algum conhecido meu morresse de uma forma totalmente trágica igual essa por descuido de certas pessoas, eu iria querer vingança. 

_ Tudo bem, eu irei resolver isso. - falei para a tela de computador onde Nick estava. - Obrigada, diretor.

_ Eu que agradeço. - disse antes de encerrar a ligação.

No momento, eu estou na base dos vingadores, o que eu agradeço já que a Shield está cada vez mais cheia e isso significa que são mais problemas para mim.

Meu pai, quando soube do ocorrido, pediu para que o segurança de Estado viesse conversar com a gente, o que eu acho uma tremenda perda de tempo. 

Todos nós sabemos que erramos e fomos descuidados, não seria necessário que outra pessoa jogasse em nossa cara os erros cometidos. Mas meu pai não me escutou, então, Nick me fez uma ligação e pediu para que eu escutasse com atenção cada palavra dita por ele e depois fazer um relatório para a Shield.

Enquanto eu andava pelos corredores, encontrei meu pai em uma ligação enquanto estava escorado na parede ao lado de sua sala. Ao me ver, fez sinal com as mãos para eu parar e fiz o que ele mandou.

_ Depois resolvemos isso. - disse para a pessoa que estava do outro lado do telefone e logo desligou - Querida, chame o Steve por gentileza, nós já iremos começar a reunião.

_ Claro. - respondi entre um sorriso e logo comecei a caminhar em direção o local aonde eu havia visto Steve pela última vez.

Passei pelo quarto de Wanda e logo escutei a voz de Steve, me fazendo voltar alguns passos para trás. Bati na porta que estava aberta como sinal que eu estava ali e logo os dois olharam para mim.

_ Tony pediu para te chamar, Steve. - falei encarando o loiro que assentiu com a cabeça - Você também, Wanda. 

A ruiva deu um sorriso ladino e logo se levantou, mas antes pediu alguns minutinhos para que ela pudesse olhar algumas coisas.

Assenti e Steve passou por mim, mas logo parou no corredor me esperando para caminharmos juntos até a sala de reunião. 

Me posicionei ao seu lado e logo começamos a caminhar pelos longos corredores da base. 

_ Porque ele está aqui? - perguntou Steve cortando o silêncio entre nós - O segurança de Estado.

_ Por motivos fúteis. - respondi jogando meu cabelo para trás - Isso é bobeira. Não somos crianças que precisam de levar bronca para aprender alguma coisa.

_ Mas por um lado, merecemos isso. - Steve começou - Na verdade, eu mereço. Quando Brock disse sobre Buck, eu perdi meus sentidos e acabei deixando aquilo acontecer.

_ Não foi sua culpa. - falei parando e ele fez o mesmo - Tudo isso não aconteceu por ações suas, Steve. 

_ Obrigado, mas eu não posso mentir em falar que eu não tive um pingo de culpa nessa história. 

Antes que eu pudesse responder, Natasha apareceu no corredor e fez sinal para que nós o acompanhássemos. Caminhamos atrás dela e logo entramos na sala de reunião, onde já estavam quase todos. 

Dei um sorriso fraco para meu pai, que estava sentado fora da mesa central, e me sentei em uma cadeira ao lado de Sam, que me cumprimentou com um aceno de cabeça. 

                                 (...)

_ Há cinco anos, eu tive um ataque cardíaco e caí bem no meio de uma partida de golfe. Acabou sendo a melhor partida da minha vida, porque após 13 horas de cirurgia, descobri algo que os 40 anos no exército não me ensinou. Perspectiva. - o segurança de Estado diz e eu me pego revirando os olhos enquanto olho para o meu que brinca com a manga de sua blusa - O mundo tem uma dívida impagável com os vingadores e até mesmo com uma agente da Shield. - disse se referindo a mim e eu não esboço nenhum tipo de reação diante aquele comentário - Vocês lutaram por nós, nos protegeram, se arriscaram, mas embora muitas pessoas os vejam como heróis, há algumas que preferem usar a palavra "vigilantes".

_ Qual termo o senhor usaria, Sr. secretário? - perguntou Natasha.

_ Que tal, perigosos? - disse, me fazendo soltar uma risadinha.

_ Jura? Perigosos? Não tem algo melhor para nos caracterizar? - perguntei brincando com uma mecha no cabelo e ele me encarou de uma forma séria.

_ Como eu chamaria um grupo de aprimorados residentes americanos que ignoram as fronteiras internacionais? - diz.

_ Não sou aprimorada. Sou fruto de uma agência que luta todos os dias para manter o senhor vivo. - falei séria.

_ Isso não vem ao caso, senhorita Stark. - disse se virando de costas.

Claro que não vem.

Logo um mapa foi mostrado no grande telão a nossa frente e algumas cidades foram mostradas, mas junto delas, todas as missões que tivemos e que acabaram machucando e matando muita gente. 

Eram muitas tragédias e fotos de pessoas que estavam mortas devido a nós, pelas nossas ações. Talvez o que o secretário diz é verdade.

Nós olhamos somente para nossos narizes e acabamos machucando muita gente que não tem nada a ver com a situação. 

Isso não faz parte da Shield e tenho certeza que não faz parte dos vingadores.

_ Ok, já chega. - Steve diz me fazendo piscar algumas vezes para voltar a realidade.

_ Nós ultimos quatro anos, trabalharam com poder ilimitado e sem supervisão. São termos que os governos do mundo não podem tolerar. Mas acho que temos uma solução. - o senhor secretário diz.

Ele pegou um tipo de livro e colocou sobre a mesa, logo Wanda foi a primeira a olhá-lo.

_ O Acordo de Sokovia. Aprovado por 117 países, afirmam que os vingadores deixarão de ser uma organização privada. Em vez disso, funcionarão sob supervisão de um painel das Nações Unidas apenas quando, e se, esse painel achar necessário.

Eu não sou uma vingadora, mas vou completamente contra esse acordo e sei que a maioria também vai. 

_ Os Vingadores foram criados para tornar o mundo mais seguro. E nós conseguimos isso. - Steve diz.

_ Diga-me, capitão, onde estão Thor e Banner neste momento? Se eu perdesse duas bombas nucleares, pode crer que haveria consequências. Compromissos. Garantias. É assim que o mundo funciona. Acreditem, esse é o meio-termo. 

_ Então, há contingências. - James diz.

_ Dentro de três dias a ONU vai se reunir em Viena para ratificar os Acordos. Discutam o assunto. - disse caminhando até a saída.

_ E se chegarmos a uma conclusão que não te agrade? - perguntou Natasha.

_ Então, saiam de cena.