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Alguns tipos de nave saíram de dentro do maior, aonde todas as pessoas que estavam ainda na cidade ou no prédio, poderiam entrar e ficarem seguras.

_ Isto é a Shield? - perguntou Pietro, que agora estava ao nosso lado.

_ Isso é o que a Shield deveria ser. - Steve respondeu.

_ Não é tão ruim assim. - Pietro concluiu.

Quando entrei para a Shield, eu tinha certeza que eu tinha entrado para a agência certa, pois ela prega o bem, diferente de muitas que só querem saber de poder e fama. Sei que minha mãe estaria orgulhosa de mim hoje em dia, eu me tornei uma pessoa boa e forte, o que ela ia amar saber.

_ Embarque todos. - a voz de Steve me fez voltar a realidade e logo sair correndo em direção ao prédio.

Antes de chegar no prédio, encontrei muitas pessoas escondidas atrás de algumas coisas que estavam no meio da cidade, então logo os encaminhei para as naves, aonde eles se sentaram e sorriram para mim, como se estivessem gratos. Assim que deixei eles lá, comecei a ajudar alguns idosos e algumas crianças que estavam com dificuldades de andar até lá.

Havia uma abundância de feridos, o que me deixou de coração cortado, sabendo que eles se machucaram por nossa culpa, por nossas ações. Muitas casas estavam no chão e eu fico pensando aonde essas pessoas vão ficar agora que forem salvas se as casas e a cidade deles estão caindo?

_ Vem. - diz Steve me puxando pela mão até uma igreja no centro da cidade, que agora estava destruída.

Todos estavam lá, incluindo Pietro e Wanda. Aproveitei a situação para dar uma olhadinha na minha perna machucada, que começou a latejar por conta do efeito do remédio que estava acabando, mas dessa vez eu não vou deixar uma perna me atrapalhar. Eu vou lutar e fazer de tudo para que Ultron morra.

Ultron apareceu do lado de fora da igreja e junto dele, milhares de robôs que corriam em nossa direção, determinados a nos atacar.

_ O melhor que consigo fazer é isto. É exatamente o que queria. Todos vocês, contra todos de mim. Como podem esperar me deterem?

_ Como disse o velhote. - meu pai diz olhando para Steve - Juntos.

Os robôs vieram em nossa direção de uma vez só e eu comecei a atirar em alguns, mas a quantidade só ia aumentando, mas dessa vez estávamos todos juntos.

Mais alguns disparos pelo local e alguns robôs caídos, mas a minha arma já estava acabando a bala e eu precisaria de um tempo para recarregar-lá, mas acho que eles não estão a fim de me esperar.

Olhei para o lado e Natasha e me entregou um bastão de choque, que logo serviu para eu acertar no rosto de um que tentou me acertar um golpe no rosto. Logo acertei em um atrás, um do lado, mais alguns do outro lado, mas não paravam de aparecer.

Joguei a minha arma já sem nada para o lado e decidi usar somente o bastão, mas logo outra coisa voo em minha direção, me fazendo pegar rapidamente e acertar em mais dois que vinham rapidamente em minha direção. Olhei para o lado e vi que Steve estava usando luta corporal para acabar com eles, então logo joguei o seu escudo sobre o robô que estava em sua frente e ele segurou, dando um sorriso e acertando o escudo no peito de outro que estava vindo por trás.

Mais alguns choques, flechadas, magia e socos até todos irem embora junto de Ultron, que agora estava saindo da cidade um pouco fragilizado. Peguei a minha arma no chão e logo a recarreguei com um pouco mais de rapidez, pois não podemos brincar com essas coisas robóticas que querem nos matar.

_ Temos que sair. - mandou Steve enquanto eu passava a mão pelo meu cabelo que continuava preso no rabo de cavalo - Vou ver se ficou alguém para trás, eu sigo vocês.

_ Mas e o núcleo? - perguntou olhando para um material no centro, na qual eu não entendia e nem queria o que era.

_ Eu o protejo. - Wanda diz fazendo Clint olhar para ela - É o meu trabalho.

Todos concordamos e eu saí junto de Nat e Clint. Encontramos um carro no centro e entramos, logo seguindo rapidamente pelo caminho até pararmos onde estava a nave e algumas pessoas entrando.

_ Não temos muito tempo. - diz Clint.

Descemos do carro e Nat foi para o sentido oposto dizendo que logo nos alcançaria. Cheguei perto das pessoas e ajudei algumas que estavam mais longe a chegarem mais rápido dentro da nave, aonde eu sabia que eles ficariam seguros.

Após colocar todos que eu havia visto, entrei junto na nave e me certifiquei de que todos estavam bem e tentei tranquilizá-los dizendo que tudo ia ficar bem e que só faltava alguns minutos para levarmos eles para um lugar bem longe daqui.

_ Meu filho. - uma mulher chorava no meio da nave e eu olhei para o lado, vendo Clint correndo na direção de um garotinho que estava no meio de alguns destroços.

_ Vai ficar tudo bem, ele vai pegar seu filho. - falei me agachando perto da mulher - Preciso que todos se acalmem, por favor. - pedi em um tom de voz mais alta - Vamos todos ficar... - antes que eu pudesse terminar, uma série de tiros começou, fazendo algumas pessoas gritarem desesperadamente.

Um estrondo alto foi dado para ouvir e quando eu me viro para a direção de Clint, vejo Pietro caído no chão com o corpo cheio de tiros, com certeza morto. Logo me levantei e corri em direção a eles, mas logo parei quando vi que Pietro estava realmente morto ali na minha frente.

Steve se juntou ao meu lado, mas eu não consegui falar nada de frente aquela situação. No começo eu posso até não ter gostado dele, mas ele nos ajudou e esteve ao nosso lado, agora ele morreu salvando vidas.

Me ajoelhei na sua frente e percebi que o menino que Clint havia pegado estava olhando fixamente para o corpo de Pietro, o que me fez levar os dedos na frente dos olhos dele e os fechar, para que o garoto pensasse que ele só estava dormindo.

Clint levou o garotinho até sua mãe e todos já estavam dentro da nave, sendo levados para o maior, onde agora estavam seguros por completo. Antes de embarcar na nave junto deles, parei ao lado de Steve, que estava olhando em direção à igreja.

_ Deu tudo certo. - falei com os braços cruzados - E eu não precisei evacuar.

Ele deu uma risadinha e antes que fizesse qualquer outra coisa, me agarrou rapidamente pelo braço e me jogou em cima da nave, aonde logo caiu do meu lado. Com o corpo ainda dolorido, olhei para baixo e vi que a cidade agora estava caindo e junto dela, Ultron e seus amiguinhos.

Por um segundo eu fiquei feliz, mas logo me lembrei que meu pai não estava na nave, e sim na cidade. Me levantei rapidamente e dei uma olhada para baixo, vendo a cidade somente cair.

_ Meu pai, Steve. - falei colocando a mão na cabeça e ele se virou para mim - Meu pai, Thor, Wanda, eles estão lá.

_ Eles vão ficar bem. - respondeu e logo um estrondo pode ser ouvido, me fazendo olhar para baixo e ver Visão com Wanda nos braços, meu pai em sua armadura e Thor, todos bem.

Dei uma risadinha baixa e Steve deu um tapinha em meu braço.

_ Não somos amigos ainda. - falei e ele soltou uma risada um pouco alta, concordando com a cabeça.

                                                                                 (...)

Já se passaram alguns meses desde o ocorrido e agora temos uma base dos Vingadores nova e algumas pessoas voltaram para suas famílias, e eu voltei para a minha. Pepper fez eu e meu pai ouvir milhares de vezes o quanto era irresponsável o que fizemos, mas logo ela aceitou e voltamos a viver nossas vidas normais, na verdade, quase normal.

_ Fico feliz que tenha dado tudo certo. - falei para meu pai que estava com os olhos na estrada.

_ Eu também fico. - respondeu colocando sua mão sobre a minha - Hoje vai ser rápido, não precisa descer. - diz meu pai estacionando o carro e eu assinto com a cabeça.

Meu pai desceu do carro e eu encostei minha cabeça no banco. Minha mente nunca está quieta, sempre está pensando nas coisas, mas o que importa para mim de verdade é estar aqui com meu pai e a Pepper, pois eles são a razão do meu viver e da minha felicidade.

Eu parei de ligar para os sonhos com minha mãe, na verdade, eu comecei a aceitar tudo. Não acordo mais nas madrugadas e nem penso mais em Rick, para mim ele só é um estranho que fez parte de um episódio da minha vida.

_ Oi, Evie. - Steve diz me fazendo sair dos meus pensamentos e passar a mão pelo meu vestido curto.

_ Oi. - respondi entre um sorriso.

_ Já está bom de conversa. - meu pai diz entrando no carro e logo o ligando - Tchau, picolé.

Antes que pudesse responder, acelerou o carro e saiu estrada afora novamente, me fazendo soltar um riso nasal e encostar minha cabeça no banco e olhar para a estrada do lado de fora.

Agora estava tudo bem.

                                                                       _________________________

Finalizamos a Parte II e confesso que amei escrever! Espero que vocês tenham gostado e agora se preparem para a Parte II.

Uma ótima semana a todos.

Obrigada!

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