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Depois de uma conversa rápida, descobrimos que o experimento de Ultron estava com a gente e que iria nos ajudar, o que não me convenceu muito, mas pareceu convencer os outros.
Depois de um bom tempo na enfermaria, Violet deu ponto no corte de minha testa e garantiu que ia fazer o possível para não ficar uma cicatriz. O sangue do meu nariz parou e minha perna está com um remédio que alivia a dor, mas esse tem uma duração maior do que o último que usei.
Decididos, todos nós começamos a nos arrumar para irmos buscar a Nat, pois ela era um membro da nossa equipe. Fui até o meu armário e peguei meu outro macacão branco que era mais avançado, pois ele podia calcular os meus batimentos cardíacos e tinha uma flexibilidade maior.
_ Fiquei com saudades. - escutei uma voz masculina atrás de mim e suspirei antes de me virar para trás e vendo Thor brincar com o seu martelo.
_ Mas agora está aqui. - respondi com um sorriso ladino e ele assentiu - Por onde andou? - perguntei pegando minha arma em cima da minha bolsa e a guardando no meu prendedor na perna.
_ Por aí, atrás de resposta. - respondeu o mesmo que ele havia me dito antes, mas decidi somente aceitar a resposta.
_ Se você ainda quiser continuar o que tivemos... - começou a falar, mas eu o interrompi antes de terminar.
— Thor, acho que deveríamos deixar isso no passado. - coloquei a mão em minha cintura e dei um suspiro leve. - Vamos ser amigos igual antes, por favor.
_ Claro, do jeito que preferir. - respondeu passando a mão pelo meu cabelo e eu dei um sorriso ladino.
Thor saiu da sala e eu aproveitei para vestir meu macacão rapidamente, já que iremos decolar em poucos minutos. Após vestir, amarrei meu cabelo em um rabo de cavalo alto e coloquei minha bota branca com um salto médio, logo me levantei e peguei minha bolsa em cima do banco que ficava ao lado de meu armário e a coloquei em minhas costas.
Caminhei até a porta e comecei a andar pelo extenso corredor, até dar de cara com meu pai, que deu um espasmo de susto ao me ver.
_ Porque levou susto? - perguntei entre uma risada e ele bufou passando a mão pelo cabelo.
_ Pensei que era aquele esquisito. - disse - Vamos, todos já estão na nave.
(...)
Estamos chegando na cidade e Steve fez um discurso de horas sobre o que deveríamos fazer, mas confesso que prestei atenção somente em algumas partes. Precisamos tirar toda a população da cidade para que eles estejam seguros, longe de tudo que está acontecendo.
Eu vou retirar as pessoas de dentro dos comércios, e quando terminar, ajudarei algumas pessoas que estão tendo alguma dificuldade de se locomover ou coisa do tipo, pois essa é minha missão, ajudar quem precisa.
Assim que pousamos, saí da nave o mais rápido possível e corri em direção a um supermercado, na qual tinha uma abundância de pessoas, na qual não entenderam nada a minha presença lá.
_ Preciso que todos saiam da cidade, o mais rápido possível. - falei em um tom mais alto, mas ninguém deu atenção.
Peguei a arma que estava presa em minha perna e mirei para teto, aonde atirei algumas vezes na intenção de chamar atenção daqueles que não deram a mínima.
_ Saíam daqui. - gritei e as pessoas começaram a correr desesperadamente.
Após as pessoas saírem, comecei a andar pela cidade, logo vendo uma mulher grávida carregando um garotinho maior nos braços, então logo corri até ela e peguei no braço do garotinho, que envolveu seus braços em volta do meu pescoço e entrelaçou suas pequenas pernas em volta da minha cintura, me fazendo segurar suas costas.
_ Vocês irão encontrar alguém que tenha um meio de transporte? - perguntei para a mulher que estava com a respiração pesada.
_ Não temos ninguém. - respondeu com a mão na barriga - Meu marido viajou com o nosso carro e não tenho amigos e família por perto.
Passei a mão pelos cabelos e logo voltei ela para as costas do menino que parecia estar chorando, pois eu podia escutar seus soluços e seus braços estavam cada vez mais forte em meu pescoço. Pensando em alguma coisa, olhei para um prédio que tinha a frente aonde tinha vários andares e parecia ser bem seguro e resistente, então logo fiz sinal para que a mulher me acompanhasse e comecei a correr em direção a ele.
Havia alguns seguranças na porta e eles logo deixaram a mulher entrar, e quando eu fui tirar o garotinho de meu colo, ele começou a chorar mais ainda e me agarrava com força, me fazendo sentir um aperto grande no peito.
_ Jake, solte ela. - a mulher falou passando a mão pelas costas do garoto - Vai ficar tudo bem.
Eu realmente espero que vai ficar tudo bem.
_ Jake, vá com sua mamãe e eu prometo que vai dar tudo certo. - falei em um tom de voz baixo - Eu volto para te ver.
_ Promete? - sussurrou o garoto levantando sua cabeça e me encarando com seus lindos olhos verdes - Meu irmão, Nolan, vai gostar de te conhecer. - diz me fazendo dar uma risadinha baixa.
_ Eu também vou amar conhecer ele. - respondi o deixando no chão - Agora fique aqui seguro.
Ele sorriu para mim e eu me virei, começando a passar pela multidão que agora estava indo em direção aos andares dos prédios. Assim que consegui sair, dei de cara com Steve levando algumas pessoas para dentro, mas logo uma coisa caí do nosso lado e ao olhar bem, percebo que é um daqueles robôs, então logo pego minha arma e dou um tiro certeiro no meio de sua cabeça, o fazendo cair no chão.
Mais robôs começaram a aparecer e eu comecei a atirar naqueles que ousavam vim para o nosso lado, mas não consegui sentir a presença de um atrás de mim, que logo me jogou para longe, me fazendo bater as costas com força no chão. Olhei para o lado e encontrei uma barra de ferro que havia caído de alguma coisa que agora não tinha tanta importância, mas que foi bem útil para que eu acertasse ele no pescoço de um dos robôs que tentou vir em minha direção.
_ Gostei disso. - falei rodando a barra de ferro em minha mão.
Me levantei correndo a tempo de acertar um golpe em outro robô que tentou acertar um homem pelas costas. Logo em seguida acertei em outros dois que vieram em minha direção e quando eu estava prestes a acertar no terceiro, um tremor na terra me fez parar e olhar para o chão, que parecia que ia rachar a qualquer momento.
Mas não foi isso que aconteceu, e sim outra coisa que eu não sei dizer se foi melhor ou se foi pior. A cidade começou a subir e algumas partes estavam desmoronando, fazendo várias pessoas caírem de uma forma trágica.
Observei Steve parado em frente um poste de luz e corri até ele, logo vendo que ele estava com o mesmo semblante que eu. Uma voz começou a falar e eu logo reconheci que era a de Ultron.
_ Estão vendo a beleza disto? A inevitabilidade? Sobe- se apenas para cair. - diz e eu consigo escutar pessoas gritando pela cidade que agora estava desmoronando - Vocês, vingadores, são o meu meteoro. A minha espada veloz e terrível. E a terra rachar-se sob o peço da derrota de vocês. Expurguem-me dos vossos computadores, virem a minha própria carne contra mim. Não significa nada. Quando a poeira assentar, a única coisa viva neste mundo, será de metal.
Ao finalizar, Steve olhou para mim com um semblante sério e logo venho em minha direção, envolvendo meu rosto com suas duas mãos gélidas.
_ Ele quer a gente, não você. - diz em um tom mais baixo - Vá para um lugar seguro e se cuida, por favor.
_ Não! - respondi em um tom mais alto - Eu não vou recuar, vou ficar aqui com vocês.
_ Faz isso para o seu bem. - sua voz era calma - Nós precisamos de você. Eu preciso de você.
Ao terminar de falar a última frase, um robô veio por trás dele e o jogou para longe, o fazendo cair em cima de um carro. Aproveitei a situação para correr para o outro lado, mas não era para arrumar um lugar seguro, e sim para acabar com os robôs de lá.
Peguei a minha arma e a coloquei em uma das minhas mãos, já que a outra estava segurando o bastão de ferro. Acertei alguns tiros em dois dos robôs e enfiei o bastão no pescoço de outro que tentou me golpear por trás.
Me desviei de outros que voaram em minha direção e acertei um tiro neles, logo os fazendo cair em cima de alguns carros vazios. Corri para trás de um ônibus que estava parado e troquei a minha arma pela do polícia que, infelizmente, estava morto na minha frente. Alguns se aproximaram e eu atirei, não errando a mira nenhum vez.
Um apareceu do meu lado e enfiei o bastão de ferro no meio do seu rosto, o fazendo emitir uns barulhos diferentes e logo se desligar. Parecia que os tamanhos dos robôs eram diversificados, pois cada hora aparecia um diferente e com uma força maior.
Tudo parecia ter se acalmado, então saí com cautela de trás do ônibus e quando percebi que estava tudo tranquilo, comecei a correr em até um ponto aonde eu poderia achar alguém. E eu realmente achei, Natasha estava parada observando tudo que havia caído lá em baixo, e quando eu me aproximei, ela tentou acertar um soco no meu rosto, mas logo desviei agarrando seu pulso e o virando para o lado.
_ Me assustou. - disse quando eu a soltei - Está bem?
_ Estou sim. - respondi.
_ Eu sabia que não ia evacuar. - Steve diz se aproximando e eu dou de ombros com um sorrisinho no rosto.
_ Onde eu arranjo uma vista assim? - perguntou olhando para as nuvens a nossa frente.
A voz de Nick foi escutada pelos comunicadores de Natasha e quando olhamos para frente, vimos uma das naves da Shield subindo, o que me deu um alívio imenso. Pelo menos as pessoas agora estariam seguras.
_ Fury, mandou bem pra caramba. - Steve diz olhando para a nave.
_ Achei que ia falar um palavrão. - Nick diz e eu solto uma risadinha.
_ Eu também achei. - falei
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Esse é o penúltimo capítulo da Parte II, o próximo já vai ser o encerramento. A Parte III irá se passar no filme Capitão América: Guerra civil, espero que gostem.
Tenham uma ótima semana. Obrigada!
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