07
_ Não, não. - falei tentando me soltar das correntes na qual os meus braços estão presos - Me tirem daqui.
Um silêncio prevalecia na sala, somente eu estou aqui. Eu não sei como eu fui me deixar levar por eles, eu não podia ter sido fraca.
A corrente estava forte, impossível de ser quebrada, eu teria que aceitar que esse é o meu paradeiro.
A porta grande preta em minha frente de abriu e uma mulher com aparência mais velha, cabelos castanhos bem escuros, adentrou a sala. Ela estava usando um macacão com o símbolo da HYDRA no centro.
_ Quem é você? - perguntei e ela riu ironicamente.
_ Que coisa triste, você não me reconhece?- falou se ajoelhando em minha frente - Não te lembro alguém?
Mexi a cabeça em sinal negativo e ela revirou os olhos pegando em minha mandíbula, logo a apertando.
_ Me chamo Hazel. Hazel Luise. - disse e eu engoli em seco, era o mesmo sobrenome que minha mãe - Você matou a minha filha.
_ Eu não matei ninguém. - falei com dificuldade por conta de sua mão apertando minha mandíbula - Você é minha avó, não é?
_ Como é esperta. - disse com um sorriso irônico - Tony até que criou uma menina inteligente. Achei que depois da morte da minha filha, você não ia resultar em nada, já que seu pai é completo imprestável. - disse soltando minha mandíbula e se levantou, andando de um lado para o outro.
_ Não fala assim do meu pai. - falei alto sentindo a raiva subir - Diferente de vocês, ele me criou e deu todo o amor que eu precisava. Minha família materna simplesmente me tratava como um bicho, não queriam chegar perto.
_ Não chegamos perto de quem matou nossa filha.
_ E você já parou para pensar em quantas filhas vocês já matou? Quantas famílias vocês destruíram?- falei puxando a corrente tentando me soltar - Vocês são os vilões da história, não tenta inverter as coisas.
Hazel veio na minha direção e deu um chute na minha perna machucada, me fazendo gemer de dor. Isso pareceu soar como música para os ouvidos dela, pois continuou chutando, cada vez mais forte.
Puxei a minha perna para mais perto de mim e ela se sentou em minha frente, com um sorriso irônico estampado em seu rosto. Deu algumas batidinhas em minha perna e suspirou.
_ Fica tranquila, isso aqui só está começando. - disse e saiu da sala, me deixando ali sozinha.
Não vai demorar muito para meu pai vim me salvar, eu sei disso. Natasha também vai se preocupar comigo.
Logo em seguida um homem apareceu na sala, o mesmo em que havia me injetado a substância no pescoço. Reconheci por conta da tatuagem em seu punho.
_ Você matou um de nós. - disse puxando uma cadeira e se sentando em minha frente - Ele se chamava Ronald, era trabalhava para a HYDRA a anos, e você matou ele. - disse com os braços cruzados e eu revirei os olhos.
_ Vai me dizer que você não me trouxe aqui para me matar? Conheço seu joguinho. - falei com a sobrancelha erguida e ele soltou um riso nasal.
_ Ótima opção, mas no momento não. - disse se levantando e se agachou em minha frente - Primeiro eu vou fazer você sentir todas as dores possíveis, depois vamos te matar.
Engoli em seco tentando disfarçar minha angústia. Aprendi que tenho que ser forte e não demostrar fraqueza, mas eu conheço a HYDRA, sei que eles não têm piedade de nada.
_ O que fiz para vocês? Posso pelo menos ter uma explicação descente?- falei e o homem revirou os olhos se levantando.
_ Não gostamos de você. Você nos dá nojo. - disse antes de pegar uma maquininha de choque e a ligar, fazendo o barulho ecoar pela sala - Vamos começar de leve.
Um nó na minha garganta se formou e meus ombros se caíram. Um sorriso no rosto do homem era nítido, ele estava feliz que ia fazer isso comigo.
Tentei me rastejar para trás, mas ele me puxou pelas pernas, ligando a maquininha e a colocando primeiro em minha perna. Meus gritos ecoavam pela sala, ele ria sem dó alguma.
Minha respiração estava pesada e eu senti as lágrimas escorrerem quando eu vi ele vindo em direção ao meu peito. Ele colocou as mãos em meu peito por fora da roupa e deu um sorriso ladino antes de encostar a máquina no peito, me fazendo gritar desesperadamente por conta da dor.
(...)
_ Pensei que você morreria ou pelo menos desmaiasse. - disse o homem desligando a máquina e a jogando sobre a mesa.
Minha cabeça estava baixa e eu não conseguia falar, eu ainda podia sentir a dor. Meu nariz estava vermelho e eu soluçava de tanto chorar.
_ Olha, quando eu te vi no centro da cidade atirando naqueles robôs esquisitos, fiquei muito feliz em saber que vou passar o resto dos meus dias com você. - diz, passando a mão pelo meu rosto - Eu sempre fui louco por Sasha, mas ela nunca se insinuou romanticamente para alguém, mas agora eu estou com a filhinha dela aqui. Você se parece demais com ela.
Isso eu já sabia, todos que me conheceram disseram que eu era a cara de minha mãe. A beleza de nós duas são muito parecidas, a diferença é que minha mãe sempre amou mostrar essa beleza para todos.
_ Isso é um elogio? - falei com um olhar distante e ele assentiu - Acabou a seção de hoje ou tem mais?
_ Amanhã eu volto. - diz depositando um beijo em minha bochecha, me fazendo fechar os olhos.
Esse cara me dá nojo.
_ Meu nome é Rick. - disse - Estou te contando, pois sei que não sairá daqui viva.
Rick saiu pela porta e eu desabei no chão. Eu tentei aguentar, tentei mesmo, mas a dor é insuportável. Eu já tentei resistir a uma série de choques no treinamento para agente, mas sempre foi o que tive mais dificuldade.
_ Pai... - falei entre soluços
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