Capítulo 13 -Entre Deuses e Sussurros
Sorry a demora. Esse é um dos capítulos adicionais, criado para aproximar os personagens. Tive que pensar muito na conversa do Vlad com a Bell. E na primeira cena, eu estou acrescentando novos personagens pra criar mais profundidade no mundo de Etheria, além de estruturas para os eventos da versão original dos livros da trilogia.
Essa é a referência que usei para criar o Daniel Ambrosio, amores. Imaginem o Lucian com os traços orientais também.
**
Passos e mais passos. Ele parecia ter pressa enquanto ia de um lado para o outro do espaço, indo e vindo, as mãos sempre carregando algo.
Lá fora o sol estava próximo de tocar o ponto mais alto do céu, contudo, o grandioso laboratório se encontrava imerso em sua maior parte pelas sombras, com alguns poucos pontos de luz baixa.
Tudo para que a matéria obscura permanecesse concentrada, enquanto era contida pelas barreiras mágicas que o feiticeiro criara com o tempo, fosse por meio do conhecimento que encontrara em pergaminhos já carregados pelos séculos, escritos por bruxos e feiticeiros, fosse pelos seus próprios estudos.
O que poucos sabiam era que Daniel Ambrosio havia conseguido chegar onde ninguém antes o fizera. E talvez, muito talvez, ele estivesse perto de descobrir uma forma de controlar o suficiente a magia sombria a ponto de fazê-la coexistir novamente junto a magia comum, assim restabelecendo o equilíbrio que regia Etheria, o mundo dos humanos e a dimensão dos mortos. O único obstáculo para isso, era que ele precisava saber quem estava por detrás do desequilíbrio e quais eram as suas intenções ao mexer com algo tão poderoso e instável, caso contrário, a energia continuaria fora de sintonia com a magia comum.
Depois de terminar de arrumar uma das estantes, aquela que guardava várias ervas que costumava usar para criação e aperfeiçoamento de novas poções, ele voltou a atravessar o laboratório só para dar uma rápida olhada na matéria obscura e em como ela andava reagindo, pois ele havia percebido que o comportamento daquela energia havia se tornado um pouco mais instável dentro da última semana. E o que parecia ser uma massa negra brilhante planando mediante a algo parecido com uma circunferência criada por pequenas pedras flutuando ao redor, em uma dança lenta no ar, se agitava como nunca antes, parecendo mais ansiosa do que nunca para se livrar daquela parede invisível.
Daniel aproximou-se lentamente, ouvindo os mesmos sussurros perturbadores, ainda que, como sempre, parecessem desconexos por não dizerem nada que pudesse ser compreendido, apenas sentido na pele que se arrepiava em resposta com todas aquelas vozes.
Uma batida na porta foi ouvida. Ele sabia, só pela forma com que o som reverberou, de quem se tratava.
— Lucian. — Ele se virou a tempo de ver o mais novo entrar com uma caixa de madeira envernizada nas mãos, onde era possível ver alguns dos livros e pergaminhos que trouxera, de tão lotada que se encontrava — Eu já não pedi para esperar eu te autorizar antes de entrar? Eu poderia estar com parte da matéria à solta, e se ela tentasse te atacar? Você poderia se ferir.
— Tenho certeza de que ela tentaria — O mais novo colocou a caixa em cima de uma mesa num canto, a mesma na qual Daniel deixava pequenas pilhas de livros que passava noites lendo, buscando incansavelmente por observações de outros estudiosos que poderiam lhe servir como pista para encaixar as várias peças que vinha encontrando com o tempo — Mas aí você seria um irmão incrível e iria me defender. — E sorriu para o mais velho, como uma criança animada com uma nova ideia que tivera.
Daniel suspirou, exasperado com a falta de cautela de Lucian, passando a mão no alto do cabelo sempre desgrenhado, exatamente sobre a única mecha branca ali, cujo aparecimento estava bem longe de ser sobre idade. Aquele garoto lhe testava mais a paciência do que qualquer experiência que fizesse no laboratório. Um segundo depois, seus olhos recaíram sobre a caixa que o irmão mais novo acabara de trazer. Antes que pudesse retomar a conversa, algo incomum chamou sua atenção. De dentro da caixa, uma pequena forma esbranquiçada se arrastava lentamente, deslizando pelo chão de pedras frias do laboratório.
— Zorya? — Daniel arqueou a sobrancelha.
Lucian, já ao lado da caixa, olhou para baixo, arregalando os olhos ao ver a cobra albina.
— Mas como ela...? — Ele começou, mas parou de falar ao notar que Zorya segurava algo delicadamente em sua boca. — O que é isso?
Ambos os irmãos se aproximaram, observando a cobra se mover até a bancada central do laboratório, onde finalmente deixou cair o objeto. Era um envelope, amassado e levemente sujo, mas intacto.
— Isso parece... um convite? — Lucian murmurou, pegando o envelope cuidadosamente, os lumes curiosos. Ao virar para ler o verso, ele notou algo escrito em uma caligrafia impecável que já conhecia bem. — Durand... É da família Durand!
Ao ouvir o nome, a matéria sombria no centro do laboratório começou a se agitar. As pequenas pedras flutuantes que a circundavam tremeram, como se respondendo àquele estímulo.
Daniel sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ele sabia que a magia sombria era imprevisível, mas aquela reação parecia quase... pessoal.
Havia algo acontecendo ali.
O mais velho se aproximou cuidadosamente, inclinando-se para escutar os sussurros que vinham da massa negra. Entre os murmúrios desconexos, uma palavra se destacou.
— Isabell... — ele sussurrou, quase sem perceber.
— O que você disse? — Lucian perguntou, enquanto rasgava cuidadosamente o envelope.
— Isabell — repetiu Daniel, ainda fixo na matéria. — Foi o que ela disse... — Sussurrou, visivelmente abismado — Quem é Isabell?
Lucian, agora com o convite aberto em mãos, leu em voz alta, suas palavras ecoando pelo ambiente, enquanto Zorya se enrolava no tronco do garoto graciosamente até que sua cabeça estivesse em um ponto alto o suficiente para poder acompanhar o que dizia na folha.
— "A família Durand tem a honra de convidar Daniel e Lucian, da família Ambrosio, para um baile em celebração à mais nova membro da família... Isabell Durand."
Os dois irmãos trocaram olhares.
O que diabos estava acontecendo ali?
O que poderia ser um convite para uma festividade comum agora carregava um peso inquietante. Por que a matéria sombria reagira tão fortemente diante de tal nome? E por que Daniel sentia que a resposta para muitas de suas perguntas estava ligada a essa Isabell?
— Que curioso... — Daniel murmurou, mais para si mesmo do que para Lucian — Isso obviamente não é coincidência.
O laboratório agora parecia mais sombrio que o normal, carregado pelas numeras perguntas mudas, porém estampadas no rosto de ambos os irmãos.
Aquele convite, tão inofensivo à primeira vista, trouxe consigo uma nova pista para Daniel.
— Pela sua cara, eu acho que nem preciso perguntar se vamos a esse baile, não é? — Lucian esboçou um sorriso, tentando soar despreocupado, mas sua voz o traía com uma ponta de apreensão.
— Que bom que já sabe a resposta. — respondeu Daniel, seus olhos ainda fixos na matéria sombria que agora parecia lhe observar de volta.
***
O silêncio, sempre tão intrigante, se apropriava de cada canto da mansão por mais uma noite mergulhada em escuridão. Era estranho como mesmo com a presença de uma família grande, aquele lugar raramente era tocado pelo som de passos, vozes ou qualquer coisa do tipo.
Isso fazia com que, por vezes, Isabell se sentisse vivendo com fantasmas.
Foi isso o que Bell sentiu mais uma vez, ao descer para a cozinha, após ser vítima de uma insônia que lhe deixou com uma leve dor de cabeça. A luz da lua esparramava por além das janelas ornamentadas, criando contornos no cômodo, onde prateleiras e utensílios antigos pareciam imóveis como fantasmas do passado.
Um cenário um pouco assustador, quando acompanhado dos sussurros do vento que ousava adentrar pelas frestas da porta dos fundos.
Por um momento, Bell achou péssima sua ideia de ir até ali para encontrar algo que pudesse lhe servir como um lanche ao fim da madrugada, mas o leve medo que sentiu não demorou a dar espaço para a curiosidade que nasceu em seu peito quando seus olhos pousaram em um canto escuro que nunca havia notado antes. Lá, uma escada estreita e antiga, desgastada pelo tempo, lhe fazia se perguntar onde poderia chegar se por ela seguisse.
Intrigada, Isabell pegou uma vela deixada num canto de uma bancada e seguiu pela escada, seus passos rangendo pela madeira envelhecida.
E novamente ela era o único som a se ouvir pela casa.
Não demora para que chegue a um corredor estreito e impecavelmente limpo, com arandelas apagadas e quadros perfeitamente pintados com rosas acinzentadas, que pareciam estar secas. No fim daquele mesmo corredor havia outra escada íngreme.
— Vou ou não vou? — Questionou a si mesma, bem baixinho, vendo o vento vindo de sabe-se lá onde, soprar sua vela, ameaçando apagar a pequena chama ao alto.
Bell inclinou ligeiramente a cabeça para o lado e deixou a tentativa de um sorriso soprado escapar dos lábios.
Que pergunta! Era óbvio que ela iria. Sua curiosidade iria atormentá-la se ela não ousasse.
A nova escada acabava diante de uma janela redonda, diferente das restantes da casa, frente a um espaço no qual uma porta se encontrava entreaberta. Era a porta do sótão.
Ao empurrá-la lentamente, ouvindo o rangido graças as velhas dobradiças, a cena à sua frente era um tanto quanto familiar e misteriosa: O espaço era amplo e estranhamente bem limpo, mesmo com pilhas de livros antigos, baús de madeira desgastados, além de velharias e documentos espalhados. Vladimir está lá, ajoelhado diante de uma mesa, examinando um livro consideravelmente grande sob a luz fraca de uma lanterna a óleo.
— Vladimir? — Bell o chamou suavemente, quebrando o silêncio opressivo.
Ele ergueu a cabeça com um olhar calmo, como se já esperasse sua presença.
— Olha ela, explorando a mansão em plena madrugada. Não deveria ser uma surpresa encontrar alguém aqui. — Ele sorriu sutilmente, uma expressão carregada de leveza em seu tom descontraído.
— Na verdade é quase de manhã, então sim, faz sentido eu estar surpresa em vê-lo de pé a essa hora. — Retrucou ela, adentrando vagarosamente no espaço.
— É uma boa observação, mas vendo como você já está se acostumando com os nossos horários, também era para estar na cama, ao invés de estar vagando por aí.
— Touché. — Rendeu-se, fazendo o outro esboçar um sorriso. — O que está fazendo?
— Arrumando algumas velharias. — Ele ergueu um livro antigo, com a capa desbotada, cheia de runas arcaicas. — Esses documentos pertencem à família... histórias e segredos que muitos esqueceram ou preferiram deixar no passado, ainda que algumas delas não devessem ser esquecidas.
Isabell, atraída pela curiosidade mais uma vez, se aproximou. Seu olhar vagou pelos papeis e pergaminhos espalhados aqui e ali.
— Eu posso ler? — Quis saber, já se sentando perto do mais velho, os lumes entusiasmados varrendo ao redor, ansiosos para encontrar algo que pudesse devorar e assim, quem sabe, descobrir mais sobre aquela família.
— Você já está aqui mesmo... — O tom brincalhão de Vlad fez Isabell erguer a sobrancelha para ele, se divertindo — Se eu disser que você não pode, você vai continuar aqui, não é?
— Que bom que sabe. — E começou a cutucar os documentos mais próximos, folheando-os.
Vladimir soltou um riso soprado, de certa forma satisfeito com o fato de que Bell já se encontrava mais familiarizada com ele e os outros a ponto de fazer brincadeiras.
Bell deu uma boa olhada ao seu redor, vendo pergaminhos e documentos em espécie juntos numa pequena pilha. Havia até mesmo objetos espalhados pelo chão, como uma ampulheta que parecia ter rolado para longe em algum momento e uma caixa que Bell tinha certeza ter uma espada dentro – Provavelmente de esgrima.
Olhando com um pouco de mais atenção, ela viu um majestoso espelho parcialmente tampado por uma cortina escura aveludada. Não demorou para se aproximar do objeto apoiado na parede, não percebendo ser observada por Vladimir que notou seu interesse repentino por algo naquela parte do cômodo.
Bell foi rápida em puxar o tecido que ocultava parte do espelho, apreciando então a moldura dourada que o contornava, evidenciando mais seu formato quadrado, apesar das vértices serem bem ornamentadas com desenhos que lembravam a folhagem curva – novamente lembrando a caracois.
— Lindo. — Ela sussurrou.
— Tinha esquecido da existência desse espelho. — Vlad disse ao longe. — Já está aí há muito tempo...
Bell dedilhou parte da moldura, observando como cada curva e assim forma parecia ter sido meticulosamente esculpida. Aquilo tinha que ter sido feio a mão. Era belo demais para não ser.
— Posso ficar com ele? Colocá-lo no meu quarto? — Ela olhou a imagem refletida do mais velho, encontrando seu olhar.
Era nítida a surpresa no semblante de Vladimir.
— Claro. — Ele a viu sorrir pequeno ao virar em sua direção. — Coloco no seu quarto mais tarde.
— Obrigada! — Ainda sorrindo, Bell voltou para o enorme objeto, apreciando-o mais um pouco.
Tinha gostado muito dele. Ficaria ótimo em seu quarto que tinha espaço de sobra.
Olhando mais um pouco, ela notou a ponta de uma nova moldura logo atrás do espelho. Dessa vez, parecia uma tela.
— O que é isso? — Ela questionou, começando a empurrar o grande espelho para o lado.
Vlad, notando sua intenção, se aproximou.
— Deixa que eu faço isso. — E, sem parecer qualquer esforço, empurrou com os dedos mesmo o objeto para o lado. Assim que o novo objeto foi revelado, o cenho do vampiro franziu: — Não sabia que tínhamos um desses.
Isabell uniu as sobrancelhas também.
Na tela, em manchas de aquarela negra, desenhos intricados de três criaturas surgem à luz, em um fundo aguado em verde oliva: um corvo de penas negras, um imponente tigre de bengala com listras detalhadas, e um majestoso dragão com suas gloriosas asas abertas.Tais criaturas foram pintadas com borros de aquarela e quem sabe algum guache, transitando com manchas — vezes suaves, vezes mais marcadas — não focando em momento algum nas formas em exatidão, mas sim em transmitir a magnificência de tais seres. E assim, através da expansão que só aquele tipo de material poderia proporcionar, tornando belo os movimentos em cinca¹, que as criaturas pareciam vivas na tela composta por um velho pergaminho de algodão, como se estivessem observando o mundo através dos olhos de tinta e papel.
E dentre as figuras majestosas pintadas ali, facilmente houve uma que chamou mais a atenção de Bell.
— Quem são? — Quis saber, a mão passando por sobre as penas e os salpicos intensos sobre elas.
— Esses são os três deuses que regem Etheria... — Vlad respondeu — o Corvo, o Tigre de Bengala, e o Dragão Dourado. Cada um representa um aspecto da ordem e do caos no mundo. O Corvo é o mensageiro entre os mundos, o Tigre governa a força e a fúria, e o Dragão... o Dragão é a essência do poder e da sabedoria.
Isabell toca suavemente a tela, sentindo uma leve vibração em seus dedos, como se houvesse algo mais profundo conectado àquelas figuras, principalmente a ave.
— Agora as coisas estão começando a fazer sentido... — Ela comentou, mais para si do que para o outro.
Vladimir observa-a por um momento, avaliando sua reação.
— Do que você está falando? — Ele sabia que tinha algo ali.
Bell o fitou.
— Lembra o que eu falei do corvo que me trouxe uma rosa?
— Sim. — Foi inevitável Vladimir transitar sua atenção da garota para o quadro, pousando na figura do corvo.
— Se o Corvo é o mensageiro entre os mundos, talvez a rosa tenha sido uma mensagem. — "Assim como a chave foi", acrescentou em pensamento.
— Faz sentido.
— O que acha que pode ser, Vlad? Se for isso mesmo, o que ele pode estar tentando dizer?
Os dois se fitaram por um momento em silêncio. Aquela era uma pergunta difícil.
— Eu não sei. — Foi sua resposta sincera. — Há muitos segredos sobre Etheria que ainda precisam ser descobertos, Isabell. Só sei que se esse corvo que te trouxe a rosa for mesmo um mensageiro de um dos deuses, há algo muito grande prestes a acontecer em nosso mundo.
— Como assim? — Isabell o encarou, confusa.
— Nenhum deus faz algo de forma impulsiva, muito menos se envolver com uma das criações.
— Isso... não é comum no mundo de vocês?
A pergunta em tom tenso, fez Vladimir soltar algo próximo de um riso indignado.
— No nosso mundo, Isabell. — Corrigiu-a. — Você sabe que faz parte dele.
— Eu não-
— Você já notou que tem algo diferente em si. Só a sua ligação com Klaus a ponto de vocês compartilharem sonhos já diz isso. O restante você ainda só não está se negando a enxergar.
Isabell balançou a cabeça em negação, mesmo que as palavras alheias fizessem sentido em sua mente.
Sim, ela ainda se negava a acreditar naquilo no fim das contas.
— Mas é curioso pensar que logo um mensageiro do Corvo estaria entrando em contato com você... — Vladimir pensou alto, com o olhar sobre a pintura do corvo que parecia lhe encarar de volta.
— Por que seria?
— Os deuses se dividem entre si para proteger as criaturas do nosso mundo. O Corvo é responsável pelas criaturas de origem sombria, como os vampiros, lobisomens, e as várias lendas obscuras que contam no mundo humano. Já o Tigre guarda as criaturas de luz, geralmente as que nascem portando algum tipo de magia, como os bruxos, as sereias, os duendes... E o Dragão é o que traz sabedoria às criaturas mais antigas, como os elfos e as fadas, para que conduzam nosso mundo e garantam nossa evolução. — Ele encarou a garota. — Eu não sinto energia sombria vindo de você. Seja lá o que você for, não acho que era para o Corvo escolher te guiar, o que reforça minha teoria de que algo grande está para cair sobre Etheria. Algo ruim.
O silêncio preencheu a sala, exceto pelo sussurro do vento do lado de fora, que fez a luz da vela tremeluzir. Isabell, ainda absorta no quadro a sua frente, estranhamente sentiu verdade nas palavras de Vladimir, uma verdade que a fez se calar.
Havia algo acontecendo, algo grande que parecia estar muito próximo de ficar maior — algo que atingiu Bell de forma profunda, fazendo-a seriamente pensar que o desconhecido que ela vinha evitando enfrentar até o momento, precisava ser encarado.
— Isso tudo me é... assustador. — Revelou em um sussurro.
— Eu sei. Mas quando sentir medo, lembre-se de respirar fundo e seguir em frente. — Ele a encara com intensidade, mas também com uma compreensão silenciosa. — Pois quando a hora chegar, você vai estar preparada para aceitar o que o destino reservou para ti.
Isabell baixou o olhar, desviando do mais velho para o enorme quadro mais uma vez, os três deuses a observando. Algo dentro dela havia despertado ali, uma faísca de reconhecimento que até então permanecia escondida nas sombras.
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cinca¹: erro, inexatidão, deslize
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