XXVIII- Irreplaceable

-Você é ainda mais linda pessoalmente! -a tal Alissa encarava meus olhos, tendo um sorriso simpático nos lábios.

-Você também é linda, Alissa. Ao que parece, todos os Evans são, não é? -ok, eu não gosto de puxar saco, mas era realmente era linda. Seus cabelos louros, os olhos azuis como os dos dois Evans que conheci e seu corpo cheio de curvas eram o esteriótipo perfeito de uma norte-americana.

Ela sorriu docemente, entregando-me uma bebida rosa.

Sex On The Beach, garota! Manda para baixo e vamos dançar! -ela ficou me encarando até a bebida entrar totalmente em minha boca, soltando um gritinho de apoio ao final.

Chris observava tudo ao longe, rindo da minha interação com minhas novas amigas e, no caso, suas primas. Ele conversava com alguns homens de sua idade, todos com poses muito héteras e garrafas de cerveja em mãos. Alguns encaravam as mulheres que dançavam na pista de um modo nada sutil, e outros me lançavam piscadelas ou expressões corporais de flerte enquanto Chris estava distraído. Babacas fura-olhos.

Alissa me puxava, esbarrando em algumas pessoas durante o caminho até o centro da pista. O DJ tocava remix de músicas pop de sucesso. Nós duas nos juntamos a um grupinho com outras cinco garotas, todas dançando loucamente uma versão de "Work", da Rihanna. Algumas rebolavam de um jeito esquisito, totalmente travadas, encarando meus quadris com uma invejinha. Quase gritei "SOU LATINA, PORRA!", mas me controlei para não parecer arrogante.

A música acabou, logo começando "Single Ladies". A cena de Chris dançando hoje mais cedo veio à minha cabeça, o que me fez automaticamente buscar seus olhos. Ele havia saído do lugar, agora parado mais ao canto da roda e disperso da conversa de seus 'amigos'. Eu parei de dançar, me movendo para frente para tentar entender o que ele fazia. Qual foi a minha surpresa ao ver um par de peitos enormes bem à sua frente?

Eu podia vê-la se aproximando dele, tocando seu braço, rindo de qualquer coisa que ele falava. Chris se afastava o quanto podia, encarando qualquer lugar, menos a peituda falsa. Senti um certo alívio por aquilo.

Entretanto...

Quando Chris me pegou os encarando, abriu um sorriso sapeca e provocante. Eu não sabia o que ele ia fazer, mas sabia que eu não iria gostar.

Ele disse algo para a mulher, sem tirar seus olhos dos meus. Ela concordou com ele, e logo os dois estavam de mãos dadas se aproximando da pista de dança.

Eu cerrei os olhos, tentando avisar "se você aprontar, eu te mato!" mas a expressão divertida continuava no rosto dele.

Os dois se aproximaram da nossa rodinha. Chris passou seu braço direito pelos ombros da mulher, atraindo a atenção de todos à sua volta. Bem, ele é Chris Evans. Todos acompanham sua vida pessoal em sites de fofocas e ali, bem na frente de todos, uma possível fofoca estaria começando.

-Chris! Você achou a Mel! -Alissa estava bem alterada, dava palminhas animadas olhando o "casal".

-O destino sempre faz acontecer, né, meninas?! -Mel falava com um ar de superioridade, como se estivesse ganhando uma competição que só existia na cabeça dela.

-Eu senti falta de sua companhia, Mel. -Chris a olhava, dando um beijo estalado na bochecha da loira. Todas ao redor suspiraram, fazendo gemidos fofos e admirando os dois. O sorriso de Mel se alargou.

Eu estava estática, observando a cena como se estivesse numa platéia de teatro. Somente quando os olhos espertos de Chris faiscaram na direção dos meus que pude pensar em como revidar. Ele estava fazendo joguinhos muito baixos, mas não sabe o quão acostumada eu estou com o fundo do poço...

-O Chris realmente estava se sentindo carente ultimamente. Estou feliz por ele estar com alguém hoje. -um sorriso simpático mais falso que os peitos de Mel estavam em meus lábios, junto a um olhar compreensivo. Chris imediatamente estranhou meu comportamento. -Bem, já que tudo está bem com meu bebê -eu apertei as bochecha dele- vou procurar alguém para mim também. Uma mulher tem suas necessidades, não é? -soltei uma piscadela para Alissa, que logo gritou "DETONA, GAROTA!", e fui em direção ao banheiro.

Eu tinha certeza que Chris viria atrás de mim.

Resolvi, então, intensificar a brincadeira.

Mudei o trajeto, indo até uma parte vazia da boate. Identifiquei uma porta sinalizada como "entrada apenas de funcionários".

Em um movimento rápido e discreto, abri a porta e me escondi ali dentro. Tateei as paredes aos lados da porta procurando pelo interruptor, encontrado-o depois de alguns segundos. Liguei a luz, fraca e amarelada, observando as mais variadas vassouras e produtos de limpeza guardados ali.

-Bianca? -duas batidas sutis na porta denunciavam um Chris preocupado.

Respirei fundo, não conseguindo conter um sorriso maldoso, abrindo a porta rapidamente e o puxando para dentro pela camiseta.

Ele se assustou, ficando na defensiva. Fechei a porta novamente, dessa vez a trancando.

-Você está muito saidinho, Evans. -eu me aproximei dele, vendo-o relaxar ao perceber meu tom mais safado do que irritado. -Me senti na obrigação de te lembrar quem é que te enlouquece.

Em um movimento rápido, coloquei-o de costas para a porta, prensando-o nela com o meu próprio corpo. Meus lábios encontraram os dele no mesmo momento, não dando nem tempo para ele entender o que eu estava fazendo.

Minhas mãos foram diretamente aos cabelos dele, puxando-os, enquanto minha língua encontrava seus lábios macios e pedia espaço. Ele não protelou, apenas cedeu e se jogou naquela sensação de nossos corpos juntos, nossas bocas se chocando e nossas mãos perdidas diante de tanta pele para ser tocada.

O ritmo do beijo ficava cada vez mais rápido, intenso, deixando-nos sem ar.

Mas eu não ia parar.

Dirigi meus lábios ao pescoço descoberto e perfumado de Chris, abocanhando sua pele, dando leves mordidas e o sentindo estremecer sob meus braços. Agarrei os cabelos de sua nuca enquanto deixava chupões na base de seu pescoço, me dirigindo à clavícula, parando para lamber a tatuagem que tanto me atraia.

-Que diabos você está fazendo, Bianca? -a voz dele saiu baixa, mais sussurrada que discernível.

-Calado. -meu dedo indicador foi diretamente para a boca dele. -Eu falo aqui.

Ele ficou um tanto surpreso com a Bianca que estava ali. Nossos olhos agora se encontravam, criando a nossa típica bolha em que nada mais existia ou importava. Ele me encarava com total atenção, não ousando desviar por nenhum milissegundo. Minha mente continuava focada na tarefinha de provocá-lo, mas meu corpo era fraco. Ele queria mais Chris, mais de seu gosto de menta e uísque, mais de seus toques sem o menor pudor... Mas foquei na parte da vingança. Pelo menos por enquanto.

Dirigi minha boca até o lado direito de seu rosto, extremamente próximo ao seu ouvido, fazendo que ele ouvisse até a minha respiração.

-Você pode achar que está arrasando com aquelazinha no meio de todos, Evans. -mordi o lóbulo de sua orelha, depois me afastando e tendo o tempo perfeito de vê-lo fechando os olhos de excitação. -Mas é por mim que você fica... -repeti a mesma coisa no lado esquerdo, mordendo seu lóbulo. -...assim. -minha mão direita e ligeira deu um apertão firme em seu membro rígido, carente e desesperado por atenção.

Chris estremeceu, arfando quando sentiu minha mão no lugar que tanto clamava por um toque.

Eu não deixei tempo para ele se recuperar, agarrando seus ombros e o virando na direção contrária. Ele estava em minha frente, eu de costas para a porta.

Depositei um selinho casto em sua boca, agora sem chocar nossos corpos porque sabia que eu mesma não resistiria.

Destranquei a porta, abrindo-a e me colocando para fora.

-Aproveite o fim da festa, Evans. -falei alto, com um sorriso vencedor em meu rosto.

-Você vai me pagar por isso mais tarde, Dantas. Ah, se vai. -sua voz desesperada soou quando eu já caminhava na direção da multidão.

Ele poderia tentar me provocar, mas o amiguinho dele continuaria chamando por mim até o fim da noite.







N/A: um gostinho do que seria Chris Evans naquela noite. Até a próxima maratona <3 (3/3)

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