Um lobisomem bate a porta


-Hermione Jean Granger, eu vou lhe colocar de castigo até que você tenha 30 anos –A voz severa de Jane Granger fez a menina sorrir e correr para o abraço da mãe –E nem venha me acalmar com esse seu abraço de quem sentiu saudades.

-Eu senti saudades –Hermione respondeu com o rosto afundado no moletom da mãe

-Droga, filha –Jane resmungou apertando a garota mais contra si –Eu tinha ensaiado um sermão, mas você me quebra quando é carinhosa. Eu também senti saudades, meu amor.

-Uh-hum –O senhor Granger pigarreou –Eu também estou aqui, sua filha ingrata.

-Papai –Hermione largou a mãe para jogar-se nos braços do pai, que a ergueu como fazia quando era menor –Senti saudades.

-É bom mesmo que tenha sentido –O homem respondeu carinhoso e colocando a filha no chão –Que tal irmos para casa, hum? Sua mãe fez o seu bolo favorito.

-Maicon –Jane ralhou –Era para ser surpresa.

-Desculpe, querida –O homem pediu, nem um pouco arrependido, e pegando o malão da filha –Vamos, meus amores?

-Vamos –Hermione concordou entrelaçando o braço no da mãe

-Não acha que vai escapar de uma longa conversa, menina –Jane alertou –Quero saber direitinho que ideia foi essa de fugir de Hogwatrs, invadir o tal ministério da magia e de duelar com bruxos do mal.

Hermione suspirou e concordou, garantindo que explicaria tudo quando chegasse em casa.

A casa dos Granger ficava num belo bairro residencial de Londres; Uma casa simples, de dois andares, pintada em cores neutras e um pequeno jardim na frente.

Depois de largas suas coisas no quarto, soltar bichento para ele poder passear, ela desceu para a cozinha, onde seus pais a esperavam para um café da tarde. Mesmo tendo beliscado alguns doces no trem, ela sempre teria apetite para a comida de Jane Granger.

-Então, pode começar –Jane incentivou a filha, servindo uma xícara de chá e um prato de bolo a menina

Respirando fundo, Hermione contou tudo; desde os abusos causado por Umbridge, os pesadelos de Harry, a visão do amigo de Sirius preso, da fuga do castelo, do ministério, das profecias, do ataque e então do feitiço que a atingiu.

-Ah, minha menina –Jane exclamou – Eu não acredito que você tenha passado por tanta coisa..

- Está tudo bem agora, mamãe –Hermione garantiu –Eu estou em casa.

-E essa sua profecia, filha. Como funciona isso?

-Eu não sei –Hermione suspirou –Dumbledore esta procurando mais informações sobre ela. Quem a profetizou e quem foi à testemunha. No caso da profecia de Harry, Sibila Trelawney, nossa professora de adivinhação, foi quem profetizou e quem estava com ela era o próprio Dumbledore, transformando-o na testemunha. A minha também tem, mas é apenas as iniciais e eu não as reconheci.

-A ideia de que minha filha tem um destino cercado de morte e dor.. não me agrada –Jane comentou nervosa

-Está tudo bem, mamãe –Hermione afirmou – Às vezes, em adivinhação, nem tudo é como parece. Às vezes, a interpretação é a base de tudo, e talvez a alguma outra interpretação para isso.

- Eu espero que sim, filha –Jane respondeu –Eu espero que sim.

Depois de ajudar a lavar e a guardar a louça, Hermione subiu de volta para o quarto. Jogou-se na cama, observando o teto –decorado com estrelas que brilhavam no escuro –e deixando sua mente correr sobre a profecia.

Hipoteticamente, já que uma pequena parte do seu cérebro se negava a acredita que aquela era a sua profecia, começou a bolar cenários para cada parte da profecia; Ela tinha um longo caminho a trilhar, com destinos dos dois lados (ou seja luz e trevas) e a ambos tinha que servir.. Servir a luz e as trevas? Hermione sempre soube de que lado escolher, como poderia servir as trevas? Ela repudiava tudo pelo qual Voldemort e seus seguidores acreditavam, e ela era uma sangue-ruim, era a escoria para eles. E ainda tinha a parte mais preocupante: o destino cercado de morte e dor. Duas coisas realmente preocupantes. E claro que havia a ultima parte: Ela precisara saber jogar pro bem vencer o mal na batalha final.

...

-Querida, isso chegou para você –Jane avisou entregando a filha uma carta

-Deve ser do Harry, ou da Gina –Hermione respondeu aceitando a carta –Pouco provável do Rony.

A garota deixou o livro de lado e abriu a carta; Ela esperava encontrar a letra do amigo, contando o quanto aquela duas semanas na casa dos tios estava sendo terrível, ou a letra delicada de Gina contando de suas férias deprimente na casa da tia Muriel , ou a caligrafia quase ilegível de Rony comentando algo qualquer. Mas, não esperava encontrar a caligrafia impecável do diretor Dumbledore.

Senhorita Granger,

Lamento interromper suas férias acadêmicas, mas receio que temos assuntos a tratar. Minhas procuras finalmente deram resultados, e suponho que ainda esteja interessada nas respostas.

Porém, não sei ao certo até que ponto receberemos respostas, por isso peço que passe o resto das férias na sede da ordem da fênix,não queremos colocar a senhorita e sua família em risco.

Amanhã, ao entardecer, mandarei alguém para buscá-la.

Aguardo sua resposta.

Alvo P.W.B. Dumbledore

Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro

Soltando um suspiro, Hermione ergueu-se da poltrona e procurou por um pedaço de pergaminho e uma pena. Escreveu uma rápida e afirmativa resposta e pediu para Milles, a coruja de seus pais, para levar a resposta.

-De quem era a carta, filha? –Jane perguntou quando Hermione entrou na cozinha

-Do diretor Dumbledore –Hermione respondeu sentando-se na bancada e apoiando os cotovelos na ilha de mármore

-Algum problema?

-Ele quer conversar comigo sobre a profecia, encontro algumas respostas –Hermione explicou –Amanhã alguém vira me buscar.. e eu terei que passa o resto da férias na sede da ordem.

- Nossa.. –Jane suspirou –Pensei que teria mais tempo com minha garota.

-Eu também –Hermione assentiu – Ficar longe de vocês sempre foi à parte complicada da historia.

- Mais sabe que nunca estamos longe de verdade, não é? –Jane perguntou –Estamos sempre com você.

- É, no meu coração –Hermione revirou os olhos com um sorrisinho –Ainda esse papo? Eu não tenho mais onze anos, mamãe.

-Mais, ainda é minha garotinha –Jane respondeu passando o dedo coberto de farinha no rosto da filha

-Mãe!

Jane sorriu e Hermione não conseguiu não retribuir o sorriso; As duas eram muito próximas e parecidas. Fisicamente, Hermione era uma versão mais jovem de Jane. E tinham uma relação muito boa, Hermione tinha a sua mãe como uma confidente e parceira para o que der e vier.

-Por que não vai chama o seu pai para o jantar? –Jane pediu limpando as mãos

Hermione assentiu e caminhou até o escritório do pai; Quando Hermione não estava aprendendo a cozinhar com a mãe na cozinha, ela passava seu tempo no escritório lendo e observando seu pai. Desde que havia sido aceita em Hogwatrs, todo tempo que passava com os pais valia ouro.

-Papai, o jantar esta pronto –Hermione avisou

- Já estou indo, querida –O homem respondeu erguendo-se da cadeira –Eu vi que recebeu uma carta.

-É, do diretor de Hogwatrs. Ele quer conversar comigo amanhã, e eu não voltarei mais para cá..

-Ah, você já vai? –Maicon lamentou – Detestei a noticia.

-Eu também –Hermione respondeu e de braços dados com o pai voltou para a cozinha

...

No dia seguinte, Hermione passou o máximo de tempo possível ao lado dos pais. Ajudou a mãe em cada tarefa diária, foi correr com o pai, durante o almoço foram ao restaurante favorito deles, e quando chegou próximo ao entardecer, Hermione não conseguiu conter a sensação de melancolia que tomou conta de si.

Odiava ter que se despedir dos pais; Ela amava Hogwatrs, mais seus pais.. Ah, ela sentia falta deles durante o ano, e trocar cartas com eles não era o mesmo que ouvir suas vozes, abraçá-los e tê-lo consigo.

Quando alguém tocou a campainha, Hermione trocou um olhar rápido com os pais, pegou a varinha e espiou rapidamente pela janela. Seu professor, ou melhor ex professor de DCAT , Remo John Lupin, estava parado na soleira da porta.

-Olá, senhorita Granger –Remo cumprimentou quando Hermione abriu a porta

-Professor –Hermione sorriu –Entre. Mamae, papai, esse é meu ex professor de defesa contra as artes das trevas, Remo Lupin. Professor, esses são meus pais, Jane e Maicon Granger.

-É um prazer conhecê-los –Remo cumprimentou com a voz mansa

-O prazer é nosso –Jane respondeu sorrindo – Deseja tomar algo antes de irem?

-Infelizmente, não posso aceitar –Remo respondeu –O diretor Dumbledore esta a nossa espera.

-Ok –Jane suspirou –Vem aqui e me deu um forte abraço, mocinha.

Hermione abraçou a mãe do jeito que ela pediu, sorrindo, e depois abraçou o pai.

-Sentiremos saudades, querida –Jane murmurou acariciando o cabelo da filha

- Nos vemos em breve, mamãe –Hermione garantiu

-Cuide bem dela –Maicon pediu sério

-Eu cuidarei –Remo afirmou pegando a mala de Hermione e a encolhendo magicamente –Pronta para ir?

-Sim –Hermione concordou determinada e sorrindo uma ultima vez para os pais, Remo colocou a mão no ombro dela e então aparataram

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