Mary MacDonald
-Senhorita Granger –Dumbledore a cumprimentou assim que Hermione abriu os olhos
-Diretor –Hermione respondeu
A garota passou o olhar rapidamente em volta, tentando se localizar, e então franziu a testa; Havia uma enorme e belíssima casa, quase um castelo, as costas do diretor de Hogwatrs. Hermione só esteve ali uma vez, mais o reconheceu imediatamente: St. Mungo's.
-Diretor, o que estamos fazendo aqui? –Hermione perguntou curiosa
- Uma visitinha –O diretor respondeu enigmático – Senhor Lupin, obrigado por sua ajuda. A senhorita Granger e eu ficaremos bem a parti daqui.
-Certo –Remo concordou – Te vejo em breve, Hermione.
-Até mais professor Lupin –Hermione respondeu e o homem aparatou
-Senhorita? –Dumbledore lhe ofereceu o braço esquerdo e Hermione aceitou, segurando-o gentilmente,e andando na direção das amplas portas do hospital bruxo – Procurei muito por alguma pista sobre sua profecia, mas ela era antiga e pouco conhecida. Até que, revirando alguns antigos pergaminhos, encontrei uma foto antiga. Uma foto tirada antes da primeira guerra bruxa.
O diretor estendeu a Hermione uma foto antiga, desgastada e com marcas, que continha um grupo de pessoas. Hermione reconheceu rapidamente os pais de Harry, Sirius, Remo, o próprio Dumbledore, Pedro e Hagrid.
- A ordem da fênix original –Hermione murmurou
-Exato. Essa foto me chamou a atenção por essas três mulheres aqui, todas com as iniciais M.M. –Dumbledore apontou para o canto direito da fotografia – A da frente, de vestes pretas, é Mary MacDonald. A de vestido florido é Madison McKinnon e atrás delas, a loira, é Marlene McKinnon.
- E uma delas pode ter dito a profecia assim como também pode ter sido a testemunha –Hermione comentou passando pelas portas do hospital
-Sim. Procurei por todas as três mulheres, mas não encontrei vestígios de nenhuma. Por isso, me surgiu a ideia de procurar no ministério por informações.
-Pensei que o senhor não fosse bem-vindo lá –Hermione comentou seguindo o diretor pelos corredores do hospital
-E eu não sou. Mas, conheço um ou outro funcionário. Depois de pedir alguns favores, eles conseguiram a localização da senhorita MacDonald.
- E ela está aqui? –Hermione perguntou olhando em volta
-Sim. Há muitos anos atrás, a senhorita Macdonald foi internada no St. Mungo's depois de sofrer uma intensa tortura através da maldição cruciatus.
-Ela foi torturada? -Hermione perguntou chocada
-Infelizmente sim.
-Por comensais?
- Ao que parece, sim.
Hermione engoliu em seco, nervosa, e então parou quando Dumbledore parou também. Um medibruxo veio a passos rápidos na direção deles, tinha uma expressão séria e fechada.
-Dumbledore.
- Hopkins, agradeço muito por liberar nossa visita.
- Não a de que. Mas, sugiro que não a deixem nervosa. Mary não tem visitas a muito tempo, e costuma ficar muito agitada quando pressionada.
-Seremos breves –Dumbledore prometeu
-Certo, venham comigo –O homem os levou até um quarto na ala oeste – Mary? Você tem visitas?
-Visita? –A mulher, que Hermione não conseguia ver, perguntou baixinho – É Marlene? Ela veio me vê?
-Não, Mary, não é Dorcas –O medibruxo negou
-Então é Mac? É ela? Eu senti tanta falta dela.
Hermione deu um passinho para o lado, saindo de trás dos dois bruxos, e procurou pelo pequeno quarto pela mulher. Mary Macdonald estava sentada numa poltrona florida, tinha em mãos um livro grosso e antigo, e batia suas pantufas no chão ritmadamente. Hermione a analisou rapidamente: Alta, magra, cabelos castanhos escuros e ondulados,olhos escuros e apagados. Ela não parecia doente, mas comparada a foto que Hermione tinha em mãos, ela parecia ter envelhecido 10 vezes a mais do que o normal e agora tinha olhos apagados e distantes.
- Mary –O medibruxo chamou com a voz mansa –Esse é o diretor de Hogwatrs, Dumbledore. Lembra-se dele?
-Dumbledore? –A mulher repetiu – Hogwatrs? Eu acho que já estudei lá. Um dia.
-Sim, senhorita Macdonald –Dumbledore afirmou sorrindo –Estudou. Grifinória.
-Grifinória – A mulher repetiu e sorriu de modo infantil - Quem sabe sua morada é a Grifinória;
Casa onde habitam os corações indômitos;Ousadia e sangue-frio e nobreza Destacam os alunos da Grifinória dos demais.
Hermione nunca tinha conhecido alguém que tivesse sido alvo da maldição cruciatus, ou que tivesse sofrido uma intensa tortura pela maldição, por isso estranho o jeito quase infantil de Mary. Uma vez, lembrou ela, ouviu Neville dizer que seus pais não o reconheciam, suas mentes haviam parado em algum tempo antes dele, e ficado por lá. A mente de Mary parecia como a de uma criança de onze anos;
- Eu vou deixá-los –O medibruxo avisou –Lembrem-se de não deixá-la nervosa.
- Senhorita Macdonald –Dumbledore se aproximou –Está é minha aluna, também da Grifinória, Hermione Granger.
Os olhos apagados de Mary focaram-se em Hermione, que engoliu em seco, e então desviaram-se para longe.
-Hermione. Significa aquela que oculta, ou, aquela que é ocultada.
-É um prazer conhecê-la –Hermione murmurou sentindo-se levemente sufocada naquele quarto
- Senhorita Macdonald, eu gostaria de perguntar algo a você, se me permite –O diretor pediu e como não recebeu resposta, prosseguiu – A senhorita tem algum dom incomum?
- Incomum? –Mary piscou confusa e então arregalou os olhos –Eu tenho sim. Eu sou uma.. Você sabe aguardar segredos? Não conte a ninguém, sim? Eu sou uma bruxa.
Hermione franziu a testa, imaginando se era assim que Neville convivia com os pais;Com eles falando coisas aleatórias, sem noção de qualquer coisa a volta deles ou sem estarem realmente presentes.
-Professor? –Hermione chamou –Não acho que isso vá funcionar.
- Não acho que isso vá funcionar –Mary repetiu deixando o sorriso morrer –Você prometeu. Sim, você disse que me ajudaria. Se souberem o que eu sou.. eles vão me matar. Sim, vão sim. Não conte a eles, não diga que fui eu quem profetizei isso. Por favor, Mac, por favor!
Hermione assustou-se quando Mary começou a se balançar para frente e para trás, abraçando o próprio corpo, enquanto seus olhos apagados focavam-se nela.
-Senhorita Macdonald –Dumbledore a chamou
- Eu não sei. Eu não sei –Mary ergue-se rapidamente correndo na direção de Hermione, ela agarrou os braços da Granger com força –Não fui eu. Não fui eu.
- Eu acredito –Hermione respondeu rapidamente
Mary abraçou Hermione com força, soluçando contra a menina, Hermione não teve solução a não ser retribuir o abraço.
- Está tudo bem. Está tudo bem.
- Eles queriam me matar –Mary murmurou ainda soluçando –Sim. Mataram Dorcas, eu vi.. E depois vieram atrás de mim. Queriam saber da profecia do menino. Mas, não fui eu quem profetizou. Não, eu falei outra profecia. É. Outra profecia.
-Que profecia? –Hermione perguntou com cuidado
- Eu disse a ela para não contar. Ela prometeu. Ela me prometeu! Mas, eu sabia que não podia confiar neles –Mary murmurou cessando as lagrimas
-Neles quem, Mary?
-Sonserinos. Não se pode confiar neles –Mary murmurou –Ela era da Sonserina.
-Ela? Ela quem? –Hermione perguntou com cuidado – Mac?
Mary se afastou, os olhos perdidos outra vez, e então começou a esfregar os braços como se tivesse com frio.
-Estava frio lá. Muito frio. E úmido. Muito úmido. Tinha um riso estranho.. é ele ria estranho. E tinha cheiro ruim.. Ele era feio. Muito feito. Ele queria me matar. Mac me salvou. Ela me salvou.Salvou sim.
-Mary –Hermione pegou na mão da mulher – Que profecia?
Mary soltou a mão como se tivesse levado um choque, ela encarou Hermione e depois Dumbledore, e então correu para o lado oposto do quarto.
-Vocês vieram me matar. É, vieram sim. Querem minha profecia. Mas, não vão ter. Eu não vou entregar. Eu não vou dizer nada. Nunca!
-Mary..
- Vocês matam pessoas como eu. Eu sei que mataram Dorcas. Eu vi –Mary respondeu sacudindo os braços ––Vocês carregam a marca dele!
-Não –Hermione negou e estendeu os braços –Veja: Sem marca alguma!
Mary analisou os braços de Hermione, acalmando-se, mas não voltou a se aproximar.
- Eles queriam o menino e depois a menina –Mary comentou fitando a parede, como se lá estivesse todas as respostas do mundo – Duas crianças que podiam mudar tudo. E tudo por que pessoas como eu... assinei a sentença de morte deles.. Tudo por ser quem sou.
-Mary –Hermione começou lentamente, depois de vê se Dumbledore não a impediria – O que tem você?
-Eu tenho clarividência –A mulher respondeu área –Um dom amaldiçoado.
Hermione olhou para Dumbledore atrás de ajuda; Para ela, aquela visita não estava fazendo sentido. Exceto que agora pareciam ter certeza de que foi Mary quem disse a profecia, mas o estado dela não permitia ter certeza de nada.
Hermione sentiu o lábio inferior tremer; Tinha uma vontade imensa de chorar. Vê o estado que deixaram Mary trouxe um bolo de lagrimas à garganta de Hermione.
- Eles temem o sangue. Sabe que é a única coisa que pode derrubá-lo. Poder e sangue. Não a nada mais forte que isso, não é?
-Não, não ha –Hermione respondeu
- Não a laço mais forte que o sangue – Mary comentou –Ele nos une, nos liga para sempre, e não a como fugir. Eu disse isso a elas. Não importa o que faça, ou para onde fuja,o sangue te trás de volta. Sirius sabe disso.
-Você conhece o Sirius? –Hermione perguntou lentamente
- Sirius a amava, sabia? –Mary perguntou com a voz infantil – Todo mundo sabia disso. Ele faria qualquer coisa por ela. E o mundo dele ruiu quando ela se foi.. eu tive que assisti-lo ruir. Mas, o sangue que ele amaldiçoou, trouxe a esperança de volta. Trouxe a esperança para ele.
E então, como se não tivesse tido um pequeno surto ou falando coisas sem sentido, Mary voltou-se a se sentar em frente à Dumbledore.
-Vocês vieram me vê? Eu não recebo muitas visitas.
- Viemos sim –Dumbledore deu um tapinha na mão de Mary – Você vai ficar bem, senhorita.
-É claro que vou –Mary alisou o cabelo e sorriu – Logo Mac vem me vê. Ela vai lê para mim e pentear meu cabelo. Ela gosta de fazer isso.
-Está na nossa hora –Dumbledore avisou erguendo-se –Foi um prazer revê-la, senhorita Macdonald.
-Nos conhecemos? –Mary piscou confusa
Dumbledore apenas sorriu e caminhou até a porta, Hermione acenou para Mary e seguiu o diretor, antes que saíssem do quarto, Mary falou;
- Hermione. Significa aquela que oculta, ou, aquela que é ocultada.
Hermione olhou para Mary, mas a mulher já tinha perdido-se dentro de sua mente, ela sentiu a mão do diretor tocar a sua e então saiu do quarto.
- Eu não acho que tenha sido de alguma ajuda, diretor –Hermione confessou
- Isso, por que, senhorita Hermione, não soube o que procurar –O diretor piscou maroto
- Então encontrou respostas? –Hermione perguntou
- Receio que não agradara a senhorita, mas sim, encontrei.
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