Caça a Hermione Black part. 3
— Que porra é essa, Granger? — A figura questionou aumentando ainda mais a distancia entre Hermione e ela
Hermione gostaria de ter uma resposta pra ela. Ela também não fazia ideia do que estava acontecendo, porque estava acontecendo, e o que era aquilo?!
Cobrindo o seu corpo, como um escudo, havia chamas azuis. Chamas azuis! Ela parecia pegar fogo, mas diferente do fogo comum, ela não estava sendo queimada. As chamas não causavam nada além de um leve formigamento, mas isso não deixava de ser esquisito e assustador. Ela estava queimando em chamas azuis?!
— Que porra é essa? — O homem questionou, despertando, e se aproximando — O que você fez?
— Nada. Isso vem dela — A figura se defendeu irritada — Seja lá o que for, não vai me impedir! Phasmatos Morsinus Pyrox Allum!
Para a surpresa geral, aquilo não havia surgido efeito. Em vez da dor monumental, Hermione sentiu apenas o formigamento aumentar levemente e voltando ao normal quando a figura abaixou a mão.
— Isso só pode ser brincadeira! Granger, que merda é essa?
Hermione cuspiu o resto de sangue, ainda não conseguindo forças para falar, ela assistiu ainda do chão as duas figuras começaram a cochichar irritadas entre si. Olhando para trás deles, a terceira figura ainda continuava apagada, e pelo canto do olho, Hermione notou que sua varinha estava mais próxima. Se ela consegui-se chegar até a varinha, havia uma chance de sobreviver aquilo, ela começou a se arrastar na direção da mesma e logo fora chutada com violência no estomago por uma das figuras.
— Ela achou mesmo que conseguiria? — A figura que lhe chutou perguntou debochada — Que patética.
— Já que isso não funcionou — O homem comentou pegando a varinha — Vamos mudar de tática.
Cansada, e sem esperança, Hermione fechou os olhos.
— Hey — A figura mais perto se abaixou e lhe esbofeteou o rosto — Nada disso, Granger. Assista o que faremos com você!
Hermione ignorou a ardência, pois naquele momento sua atenção fora chamada para o pulso da figura. Desenhado num pulso pálido, havia uma tatuagem de um circulo com três arcos interligados. Hermione nunca tinha visto aquele símbolo, nem um bruxo daquele castelo com essa tatuagem, mas anotou as informações pra investigar mais tarde.
— O plano continua mesmo — A figura avisou debochada — Vazia e imprestável, lembra?
Hermione tentou rastejar pra longe, mas a figura voltou a lhe chutar, o que a deixou ofegando de dor e incapaz de se mexer.
— Termine logo.
O homem assentiu, com um feitiço pronto pra ser lançado, ele fora pego de surpresa ao ser atingido por outro.
—— Everte Statium!
A figura ao lado de Hermione também fora pega de surpresa e atingida. A Black assistiu seu corpo cair, perto dos outros dois, sorrindo aliviada por finalmente a ajuda ter chegado.
— Hermione!
O sorriso aumentou quando Harry apareceu em seu campo de visão. Ele se abaixou ao seu lado, os olhos verdes cheios de preocupação, a Black desejou ter forças para abraçar o amigo por ter aparecido — faria isso outra hora. Ela assistiu Harry lhe examinar visualmente, talvez incerto se podia encostar nela com aquelas chamas azuis, e talvez também preocupado com todo aquele sangue que manchava suas roupas e secava em seu queixo.
Quando Harry estendeu a mão lentamente em direção do seu ombro, Hermione sentiu a dormência ficar mais leve e então sumir totalmente. Ela não precisava ver pra saber que as chamas haviam sumido. Harry pareceu aliviado e logo ajudou a amiga a se sentar, encostando-a na parede, e voltando a examinar visualmente o corpo da amiga atrás de todos os ferimentos.
— Quem são eles? — Harry perguntou olhando o trio desacordado
Hermione gemeu de dor quando tentou dar de ombros pra pergunta do amigo. Seu ombro, aquele que havia acertado a parede antes, estava doendo como o inferno — todo o seu corpo estava, pra ser bem franca.
Harry olhou para o estado preocupante da amiga e então para o trio desacordado. Ele queria saber quem havia feito aquilo, queria dar um rosto aos agressores, mas não podia deixar Hermione ali. Ela precisava ir a enfermaria, ou até mesmo ao St.Mungo's. Ele não se orgulharia de dizer que pulou de susto quando a mão gelada da amiga tocou levemente sua mão, ele olhou para Hermione que com muito esforço apontou por trio. Ela também queria saber quem era os três. O Potter assentiu erguendo-se, mas antes que pudesse dar um passo, uma das figuras acordou obrigando Harry a assumir uma posição defensiva para proteger Hermione de possíveis ataques. A figura zombou do gesto e, tão rápido quanto um pomo de ouro, pegou algo no bolso interno e jogou no chão. Uma fumaça tomou conta do corredor, impossibilitando a visão, alertando os sentidos de Harry, que ficou atento a ataques surpresas. Ele logo lançou um feitiço pra limpar o corredor da fumaça e assustou-se quando não encontrou nenhuma das três figuras; Como eles foram embora tão rápidos?
— O que foi isso? — Harry perguntou pra si mesmo
A tosse de Hermione foi quem lhe lembrou de que a situação estava critica para a amiga. Pegando Hermione no colo, tentando ser ao máximo cuidadoso, ele se pós a ir o mais rápido possível para a ala hospitalar.
— Hermione, fique acordada — Harry pediu preocupado
Ele entrou com violência na ala hospitalar, assustando o único aluno que estava ali — um primeiranista que havia comido demais no jantar — e colocou a amiga numa das camas.
— Chame a madame Pomfrey — Harry ordenou ao garotinho da lufa-lufa que correu pra obedecer — Hermione, fique acordada, por favor.
Hermione queria assegurar ao amigo que estava bem, mas estava tão cansada. Tudo doía. E ela queria tirar um longo cochilo. A pequena parte do seu cérebro que ainda funcionava lhe alertou que dormir não era aconselhável.
— Em nome de Merlin, o que aconteceu? — A enfermeira questionou quando chegou à ala e vendo o estado de Hermione
— Eu não faço ideia — Harry respondeu nervoso
Sendo obrigado pela enfermeira, Harry se afastou da cama deixando que a mulher examinasse Hermione. Mesmo sendo treinada para todas as situações, Papoula Pomfrey não pode deixar de se surpreender com o estado da jovem bruxa. Ela pensou que tudo que veria em Hogwatrs seria ossos quebrados, dores causados por feitiços mal praticados e enjoos gerado por poções mal feitas, jamais pensou em atender alunos atacados por basilisco, atacados por dementadores, e agora atingidos por algo tão obscuro quanto as maldiçoes imperdoáveis.
— Senhor Potter, chame o diretor — A enfermeira pediu ainda trabalhando nos ferimentos de Hermione
— Ela esta bem?
— Senhor Potter, chame o diretor — A enfermeira voltou a repetir — Imediatamente!
Mesmo contrariado, Harry obedeceu ao pedido. Terminado de restaurar todas as fraturas, madame Pomfrey pegou meia duvida de poções para Hermione, tendo que ajudá-la a beber, e esperou pelo diretor assistindo Hermione com preocupação.
— Madame Pomfrey — O diretor chamou avisando da sua presença
— Diretor — A mulher respondeu e olhou para Harry – Venha até minha sala, senhor.
Deixando Harry com a amiga, a enfermeira se fechou com o diretor na sala. Ela explicou a situação de Hermione, desde os ferimentos externos até as suspeitas de ferimentos internos, os danos causados e a sua preocupação sobre o que havia atingido a jovem bruxa.
— Mandarei uma carta ao St.Mungo's para que envie um medibruxo — Dumbledore respondeu — Eles tem especialistas nessa área. Mas, Papoula, você tem certeza?
— Eu só vi efeitos assim uma vez, senhor — A mulher respondeu — Acredito que ela tenha sido atacada não por um feitiço e sim por um encanto. Um encanto poderoso. Um encanto sombrio.
O diretor assentiu, com preocupação, então escreveu a carta e pediu que Harry a leva-se até o corujal. Menos de uma hora depois, dois medibruxos chegaram ao castelo sendo escoltados por Hagrid — que havia sido avisado da chegada deles.
— Preciso que todos se retirem. Madame Pomfrey, você pode ficar — O medibruxo avisou depois de ouvir o estado de Hermione
— Não.. — Harry tentou argumentar
— Senhor Potter — Dumbledore interviu — Deixemos que eles ajudem Hermione mais do que nós dois poderemos. Venha, esperemos no corredor.
Harry seguiu o diretor a contra gosto, despedindo-se da amiga com um olhar, deixando que aqueles medibruxos ajudassem sua amiga — eles precisavam ajuda-la!
Ele sabia que devia ter ficado de olho na amiga. Depois que soube que ela havia sido atacada nas escadarias, ele sentiu-se um fracassado, incapacitado de proteger sua família, imaginando o que aconteceria se Voldemort atacasse naquele momento, e mesmo que não Hermione não tivesse sido atacada por você-sabe-quem, ela havia sido atacada e ele não a protegeu. Usando o mapa, ele checou a amiga algumas vezes durante o dia, mas havia esquecido que ela tinha uma aula noturna e quando lembrou, notou que ela estava se mexendo demais num corredor vazio. Ele ficou desconfiado e decidiu checar. Pegou sua capa de invisibilidade e saiu o mais rápido do dormitório.Quando chegou ao corredor onde mostrava Hermione, não havia ninguém. Ele podia ver o nome de Hermione no mapa, mas não podia vê-la no corredor. Demorou algum tempo até ele conseguir quebrar o feitiço ilusório, e se surpreendeu quando encontrou aquelas figuras encapuzadas e sua amiga caída no chão.
— Eu me senti impotente, diretor — Harry confessou— Ela sofreu dois ataques e eu não a protegi. Depois to primeiro, prometi que ia protegê-la.. não fiz isso. Eu quero saber quem foi. Quero dar um rosto aos agressores!
— Não se preocupe, senhor Potter — Dumbledore respondeu — Iremos procurar pelos culpados.
— Não entendo porque fizeram isso — Harry murmurou encostando-se na parede fria — É porque ela esta na Sonserina? Por causa dos Black? Quem mandou atacarem ela? Foi Vol..
— Cuidado garoto — A enfermeira pediu saindo da ala — Você não pode dizer esse nome.
Harry ignorou o comentário.
— Ela está bem? — Harry perguntou
— Ficará. Os medibruxos acreditam que o encantamento não causou danos graves, ou sequelas, mas a deixou exausta fisicamente e mentalmente então ela ficara aqui essa noite, sob os cuidados deles, para descanso.
Harry suspirou aliviado e Dumbledore deu pequenas batidinhas em suas costas, sorrindo também aliviado.
— Posso vê-la?
— Ela está dormindo, então seja rápido e não a acorde.
Harry concordou com o pedido e entrou na ala, indo direto para a cama de Hermione. A amiga ainda estava com uma péssima aparência, mais já tinha recuperado um pouco da cor, o Potter acariciou de leve a mão ainda gelada dela, e se despediu silenciosamente dela antes de sair da enfermaria e ser escolado por Dumbledore para a Grifinória.
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